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Importância da Vacinação

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12
IMPORTÂNCIA DA VACINA - IMUNIZAÇÃO
Suzan Danieli Santos de Oliveira
 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI	
RESUMO
As vacinas se tornaram uma forma de prevenção de diversas doenças que á algum tempo atrás geravam uma grande quantidade de vítimas e que nos dias de hoje estão praticamente erradicadas graças ao surgimento das campanhas de vacinação. As vacinas são importância para sociedade pois alem de proteger que as recebe, protege também a sociedade como um todo, quanto maior for o número de pessoas vacinadas, menor será a quantidade de pessoas afetadas por determinada bactérias ou vírus. Com o surgimento de movimentos contrários às vacinas, os antivacinas, esse assunto está gerando polêmica na comunidade científica e na sociedade em geral. Levi (2013) afirma que, “em meados do século XX surgiu o conceito de “vacinose”, atribuído a uma série de doenças agudas e crônicas de naturezas alérgica e reumatológica e a outras que, segundo alguns autores, teriam seu desencadeamento a partir do recebimento de vacinas”. Este trabalho teve como objetivo mostrar a importância da imunização para o bem estar de todos, desmistificando os argumentos dos antivacinas. A conclusão desta pesquisa é de que a maior parte das pessoas tem conhecimento e faz uso das campanhas de vacinação. Mas por outro lado uma pequena parcela não se preocupa, não acredita, dúvida e simplesmente deixam de se imunizar, pondo assim a sua saúde em risco, bem como a saúde de todos a sua volta. Então a questão é esclarecer em primeiro lugar, quais os motivos que levam uma parcela da sociedade a adotar essa postura e buscar esclarecer com este trabalho o motivo pelo qual não se deve pensar desta forma. Uma entrevista feita com um profissional na área da saúde básica em Abaetetuba-PA, foi realizada para esclarecer e enfatizar a relevância da imunização nos dias atuais em nossa comunidade, bem como ela é realizado e se aqui na cidade é bem difundida.
Palavras-chave: Vacina; Imunização; Antivacinas; Conseqüências; Conscientização 
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho é baseado em informações sobre o tema “A importância da Vacina – Imunização”. Nele serão encontrados, conceito e origem da vacina; a vacinação aqui no Brasil e o atrito que os antivacinas causam ao redor do mundo. As vacinas se tornaram uma forma, eficaz e importante, de prevenção às doenças que no passado causavam muitas mortes, e que hoje em dia, estão quase todas erradicadas graças ao surgimento de campanhas de imunização. Estas campanhas são organizadas e definidas por calendários que o Ministério da Saúde promove. 
[...] Os calendários de vacinação estão regulamentados pela Portaria ministerial nº 1.498, de
19 de julho de 2013, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo o
território nacional, sendo atualizados sistematicamente por meio de informes e notas técnicas pela CGPNI. [...] (MINISTERIO DA SAÚDE, 2014. p. 15)
Essas campanhas são de suma importância e necessárias para o bem estar da população em geral, porem existem aqueles que são contrários e defendem a não imunização, os Antivacinas.
No século XVIII iniciou-se a história da vacina, quando o médico inglês Edward Jenner durante suas pesquisas e experiências médicas, comprovou que, que uma pessoa saudável era inoculada com uma secreção de alguém com a doença varíola, esta desenvolvia sintomas muito mais brandos e tornava-se imune à patologia que em si havia sido introduzida, ou seja, ficava protegida.
É interessante notar, que as vacinas são importantes não só porque protegem quem as recebe, mas também a sociedade como um todo, afinal, quanto mais pessoas forem vacinadas, menor a quantidade de pessoas afetadas por determinada bactéria ou vírus e, conseqüentemente, menor a probabilidade de transmissão desse patógeno. “A vacinação é uma das formas mais eficientes, em termos de custo, para evitar doenças. Ela atualmente evita de 2 a 3 milhões de mortes por ano, e outro 1,5 milhão poderia ser evitado se a cobertura vacinal fosse melhorada no mundo”, afirma OMS1 (2019).
Nesse contexto surgem algumas inquietações acerca de como a população enxerga a importância da vacina, se para eles é de grande valor a participação nas campanhas do governo e se os mesmos fazem questão de manter a sua imunidade em dia. Este é um assunto que causa duvidas ainda.
Por isso a metodologia utilizada nesta pesquisa, é o método narrativo consistindo em entrevista com um profissional na área da saúde básica da cidade de Abaetetuba - PA, sobre o tema aqui citado, com o interesse de esclarecer como esta questão é difundida em nossa comunidade. Espera-se que este trabalho possa servir como suporte para um melhor entendimento das questões que permeiam a conscientização de todos os seres humanos para importância da Vacinação.
2. CONCEITO SOBRE VACINA
A vacina é uma importante forma de imunização ativa e baseia-se na introdução do agente causador da doença (atenuado ou desativado) ou substâncias que esses agentes produzem no corpo de uma pessoa de modo a estimular a produção de anticorpos e células de memória pelo sistema imunológico. Por causa das células de memória e dos anticorpos, a vacina garante, que quando, o agente causador da doença infecte o corpo dessa pessoa, ela já esteja preparada para responder de maneira rápida, antes mesmo do surgimento dos sintomas da mesma. A vacina é, portanto, uma importante forma de prevenção contra doenças.
Embora seja muito eficiente, o sistema imunológico precisa de certas condições para funcionar bem e o tempo é uma delas. Por exemplo: na primeira vez em que uma criança é exposta a um micróbio, seu sistema imune não consegue produzir anticorpos em um prazo inferior ao que o agente agressor leva para se instalar e provocar os sintomas. Assim, apesar do esforço de proteção natural do organismo, a criança ficará doente. Por essa razão, as vacinas têm importância crucial: elas permitem a imunização preventiva, o que elimina o risco de adoecimento e de complicações muitas vezes fatais.
FIGURA 1 – Função da vacina
FONTE: Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/vacinas>. Acesso em 24 de setembro de 2021.
 
A imagem acima mostra a função da vacina, ela estimula a defesa do corpo contra os microrganismos causadores de doenças. O ditado popular “melhor prevenir do que remediar” se aplica perfeitamente à vacinação. Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. Poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas gerações só ouvem falar em histórias. O resultado da vacinação não se resume a evitar doença. Vacinas salvam vidas.
3. COMO SURGIU A VACINA
A história da vacina iniciou-se no século XVIII, quando o médico inglês Edward Jenner utilizou a vacina para prevenir a contaminação por varíola. Edward nasceu em maio de 1749, na Inglaterra, e dedicou cerca de 20 anos de sua vida aos estudos sobre esta doença.
Durante suas pesquisas, Jenner fez uma experiência comprovando que, ao inocular uma secreção de alguém com a doença em outra pessoa saudável, esta desenvolvia sintomas muito mais brandos e tornava-se imune à patologia em si, ou seja, ficava protegida. Jenner desenvolveu a vacina a partir de outra doença, a cowpox (tipo de varíola que acometia as vacas), pois percebeu que as pessoas que ordenhavam as vacas adquiriam imunidade à varíola humana. Consequentemente, a palavra vacina, que em latim significa “de vaca”, por analogia, passou a designar todo o inóculo que tem capacidade de produzir anticorpos. Diante dessa observação, em 1796, Jenner inoculou o pus presente em uma lesão de uma ordenhadora chamada Sarah Nelmes, que possuía a doença (cowpox), em um garoto de oito anos de nome James Phipps. Phipps adquiriu a infecção de forma leve e, após dez dias, estava curado. Posteriormente, Jenner inoculouno mesmo garoto, pus de uma pessoa com varicela, e o mesmo nada sofreu. Surgia aí a primeira vacina.
LEVI (2013), faz afirmações sobre o assunto:
[...} Devemos ao inglês Edward Jenner o desenvolvimento do primeiro método seguro de vacinação. Após 20 anos de estudos, realizando experiências com a varíola bovina, Jenner demonstrou, em 1796, que uma proteção poderia ser obtida com a inoculação de material extraído da lesão pustular humana de varíola bovina (cowpox, que hoje sabemos ser causada por um ortopoxvirus bastante próximo do vírus da varíola). Deu ao material o nome de vaccine, derivado do termo latino vacca, e ao processo denominou vaccination. [..] (LEVI, 2013, p. 5).
O médico continuou sua experiência, repetindo o processo em mais pessoas. Em 1798, comunicou sua descoberta em um trabalho intitulado “Um Inquérito sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da aríola”. Apesar de enfrentar resistência, em pouco tempo, sua descoberta foi reconhecida e espalhou-se pelo mundo. Em 1799, foi criado o primeiro instituto vacínico em Londres e, em 1800, a Marinha britânica começou a adotar a vacinação. A vacina chegou ao Brasil em 1804, trazida pelo Marquês de Barbacena.
FIGURA 2 - Edward Jenner, responsável por criar a primeira vacina.
FONTE: Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-historia-vacina.htm> .
Acesso em 30 de setembro de 2021.
Edward Jenner (foto acima), foi um naturalista, médico e biólogo britânico. Nascido em Berkeley no condado de Gloucestershire na Inglaterra, no dia 17 de maio de 1749. Tornou-se aprendiz de cirurgião aos 14 anos de idade. Mais tarde foi estudar em Londres. Em 1772, voltou a sua cidade natal onde ficou conhecido pela invenção da vacina contra varíola. Jenner faleceu aos 73 anos em decorrência de AVC.
4. VACINA NO BRASIL
A maioria das vacinas protege cerca de 90% a 100% das pessoas. O pequeno percentual de não proteção se deve a muitos fatores — alguns estão relacionados com o tipo da vacina, outros, com o organismo da pessoa vacinada que não produziu a resposta imunológica adequada. Quanto à segurança, ou seja, à garantia de que não vai causar danos à saúde, é importante saber que toda vacina, para ser licenciada no Brasil, passa por um rigoroso processo de avaliação realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esse órgão, é regido pelo Ministério da Saúde (MS), analisa os dados das pesquisas, muitas vezes realizadas ao longo de mais de uma década, e que demonstram os resultados de segurança e eficácia da vacina obtida em estudos com milhares de humanos voluntários de vários países. Objetivo é se certificar de que o produto é de fato capaz de prevenir determinada doença sem oferecer risco à saúde.
A ANVISA, por meio da Resolução (RDC) n. 55, de 16 de dezembro de 2010, estabelece os requisitos mínimos para o registro de produtos biológicos, entre eles as vacinas. As fases de desenvolvimento exigidas por essa RDC são semelhantes às exigidas pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC). São elas:
Fase exploratória ou laboratorial: Fase inicial ainda restrita aos laboratórios. Momento em que são avaliadas dezenas e até centenas de moléculas para se definir a melhor composição da vacina.
Fase pré-clínica ou não clínica: Após a definição dos melhores componentes para a vacina, são realizados testes em animais para comprovação dos dados obtidos em experimentações in vitro.
Fase clínica: Segundo a Agência de Medicina Europeia (EMA), um estudo ou ensaio clínico é “Qualquer investigação em seres humanos, objetivando descobrir ou verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e outros efeitos de produto e identificar reações adversas ao produto em investigação, com o objetivo de averiguar sua segurança ou eficácia”. Esta etapa é dividida em outras fases:
· Fase 1: É a primeira avaliação do produto e tem como objetivo principal analisar a segurança e se induz alguma resposta imunológica. O grupo de voluntários costuma ser pequeno, de 20 a 80 pessoas — em geral, adultos saudáveis.
· Fase 2: Nesse momento, o objetivo é avaliar a eficácia e obter informações mais detalhadas sobre a segurança. O número de pacientes que participa é de algumas centenas.
· Fase 3: Aqui, o objetivo é avaliar a eficácia e a segurança no público-alvo, aquele ao qual se destina a vacina, ou seja, se ela realmente protege da doença. O número de voluntários aumenta, chegando a milhares.
· Fase 4: Após a aprovação pela Anvisa, o laboratório obtém o registro que o autoriza a produzir e distribuir a vacina em todo o território nacional. Como os estudos clínicos são realizados com um número de pessoas inferior ao que receberá a vacina, o laboratório continua acompanhando os resultados, a exemplo do que ocorre com outros medicamentos. O objetivo é monitorar a ocorrência dos eventos adversos. Essas fases são conduzidas pelo laboratório fabricante e os resultados, quando demonstradas a eficácia e segurança da vacina, passam a integrar um dossiê que é encaminhado para a apreciação da Anvisa.
Esse acompanhamento também é realizado pelo Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Vigilância de Eventos Adversos Pós-vacinação (EAPV) do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O objetivo é quantificar e qualificar os eventos adversos para não haver dúvidas de que os riscos de complicações graves causadas pelas vacinas são nulos ou muito menores que os oferecidos pelas doenças contra as quais elas oferecem proteção.
5. OS ANTIVACINAS – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
Doenças infecciosas que poderiam ter sido eliminadas do planeta, como o sarampo e a própria poliomielite, ainda são males da saúde pública de alguns países que atualmente enfrentam o surgimento de um novo grupo que pode dificultar a batalha: os antivacinas.
FIGURA 3 – Imagem que representa o movimento antivacina.
FONTE: Disponível em: <https://milenar.org/2015/11/07/o-que-leva-algumas-pessoas-a-assumirem-posturasanti-
vacinacao/>. Acesso dia 30 de setembro de 2021.
O movimento antivacinas, representado pela imagem acima, ganhou força principalmente após a publicação de um artigo científico na revista Lancet (um dos mais importantes periódicos sobre saúde do mundo) no ano de 1998, no qual o médico inglês Andrew Wakefield associou o aumento do número de crianças autistas com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Isso foi o suficiente para que pais assustados deixassem de vacinar os filhos.
Entretanto, alguns anos depois, descobriu-se que o médico, na verdade, recebia pagamentos de advogados em processos por compensação de danos vacinais. A própria revista Lancet foi obrigada a se retratar, mas o estrago já estava feito. O estudo gerou uma sequela terrível, pois muita gente, inclusive profissionais da saúde, ainda o citam”, conta Isabella Ballalai, presidente da Comissão de Revisão de Calendários e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
De acordo com estas afirmações, LEVI (2013) salienta que:
[...] em meados do século XX surgiu o conceito de “vacinose”, atribuído a uma série de doenças agudas e crônicas de naturezas alérgica e reumatológica e a outras que, segundo alguns autores, teriam seu desencadeamento a partir do recebimento de vacinas. (LEVI, 2013. p. 14-15)
Segundo a OMS, as razões por que as pessoas escolhem não se vacinar são complexas, e incluem falta de confiança, complacência e dificuldades no acesso a elas. Há também os que alegam motivos religiosos e científicos, para não vacinar a si mesmo ou a seus filhos.
De acordo com Jacqueline Howard (2017), os principais argumentos utilizados por este movimento são de que:
1. Não há provas de que as vacinas não provoquem autismo. Há atualmente inúmeras pesquisas que afirmas que não há ligação entre autismo e vacinas.
2. Existem muitos exemplos de crianças que desenvolveram autismo depois da vacinação. Não há provas sobre este fato apenas histórias e boatos.
3. Não é da conta de ninguém se meu filho não é vacinado. Na verdade, pais que não vacinam seus filhos podemcolocar em risco a vida de outras crianças, e doenças evitáveis podem se infiltrar na comunidade.
4. As vacinas podem sobrecarregar o sistema imunológico das crianças. Isto não é verdade. Do momento em que nascem os bebes estão expostos a todos os tipos de vírus. A maioria dos médicos, os centros de controles de doenças e o instituto de medicina concordam que o sistema imunológico das crianças consegue lidar com as pequenas doses de antígenos de várias vacinas.
5. A imunidade natural é melhor do que a que vem de vacinação. A chamada imunidade natural é resultado do corpo combatendo doenças infecciosas com sucesso. Pesquisas mostram que a resposta imunológica de pessoas de que foram vacinadas é tão boa quanto a pessoas cuja imunidade vem de uma infecção. Mas é claro, a imunidade da vacinação é preferível, pois vem se o risco de uma infecção perigosa.
A recusa em ser imunizado muitas vezes tem razões em argumentos de cunho religioso. Este por sua vez é enraizado na fé, acredita-se que a pessoa que se imuniza estaria contrariando a vontade de Deus, desta forma para não o desobedecer, alguns religiosos acabam pondo a si e a sua família em risco. LEVI (2013) afirma que, “argumentos religiosos, que são contra inoculações são anteriores a própria existência da vacina de Jenner.
Há também argumento cientifico para tal ação. De acordo com este argumento não se deve fazer uso das vacinas pelo fato de que a imunidade natural produzida pela própria doença é superior àquela que a vacina produz. Porém esta tática traz o risco inerente à aquisição de doenças.
LEVI (2013) explica que:
[...] a maioria das vacinas atuais produz imunidade duradoura e eficiente. Em alguns casos, os níveis de anticorpos são até mais elevados do que os produzidos pela doença, como é o caso da vacina HPV. Em outros, como varicela, sarampo, caxumba e coqueluche, realmente a imunidade após a primeira dose da vacina pode ser mais baixa e transitória que após a infecção natural. No entanto, os esquemas vacinais atuais preveem, para esse tipo de vacinas, repetição suficiente para reduzir a taxas muito baixas as falhas primárias, quando não há resposta imunológica após sua administração, ou as falhas secundárias, quando a proteção cai com o tempo, necessitando de um reforço para reavivá-la. (LEVI, 2013. p. 23).
As consequências para a sociedade em geral, que uma pessoa não imunizada pode causar podem ser desastrosas, como aumento da morbidade e da mortalidade, não somente de crianças, mas também da população adulta. Seria um verdadeiro retrocesso em termos de saúde pública.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	Este trabalho foi elaborado baseando-se na pesquisa bibliográfica. Nesse tipo se enquadram todas aquelas fontes que estão contidas no “papel, ou seja, as escritas. Este tipo de pesquisa é elaborada utilizando-se de um material que já está pronto, composto sobre tudo por livros e artigos de caráter cientifico.
Conforme esclarece BOCCATO (2006):
[...] a pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica.
Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação. (BOCCATO, 2006, p. 266).
Outro método de pesquisa também utilizado, foi o narrativo consistindo em entrevista narrativa, que se caracteriza como ferramenta não estruturada, visando a profundidade, de aspectos específicos, a partir das quais emergem histórias de vida, tanto do entrevistado como as entrecruzadas no contexto situacional. Esse tipo de entrevista visa encorajar e estimular o sujeito entrevistado (informante) a contar algo sobre algum acontecimento importante de sua vida e do contexto social.
De acordo com as afirmações de CLANDININ e CONNELLY (2011):
[...] uma verdadeira pesquisa narrativa é um processo dinâmico de viver e contar histórias, e reviver e recontar histórias, não somente aquelas que os participantes contam, mas aquelas também dos pesquisadores” (CLANDININ e CONNELLY, 2011, p.18).
A pesquisa foi realizada com um profissional da saúde básica da cidade de Abaetetuba - PA, sobre o tema aqui citado, com o objetivo de esclarecer e enfatizar a relevância da imunização nos dias atuais, em nossa comunidade, bem como ela é realizada e se aqui na cidade é bem difundida e aceita. Espera-se que este trabalho possa servir como suporte para um melhor entendimento das questões que permeiam a conscientização de todos os seres humanos para importância da Vacinação.
A escolha desse tipo de abordagem surge do interesse de, a partir das histórias e experiências desses profissionais, entender melhor o como funcionam as campanhas de vacinação, como são realizadas e divulgadas.
A escolha dos sujeitos da pesquisa foi feita a partir de questionamentos e dúvidas referentes ao tema deste trabalho dentro do sistema de saúde básica do município.
A entrevista, que foi registrada na fotografia ilustrada logo acima, foi realizada da seguinte forma: a profissional que trabalha na UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Aviação, em Abaetetuba-PA, respondeu a três perguntas especificas:
1 - Como é divulgada, realizadas e organizadas as campanhas de vacinas no município?
2 - Como é feito o controle dos lotes e quantidades das vacinas?
3 - Como é feito o controle dos lotes das vacinas?
Logo após foi solicitado que a entrevistada contasse sua opinião e vivencia em relação as campanhas de vacinação em que ela participa.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conforme afirma Levi (2013), o uso da vacina é de suma importância para a prevenção e controle de doenças que ao longo do tempo tirou a vida de inúmeras pessoas. Elas previnem de forma duradoura e eficaz o contagio de várias doenças.
O Ministério da Saúde também esclarece que fica mais fácil, na saúde pública, eliminar ou controlar, por meio de vacinação, doenças quando em fase epidêmica. Para isso o governo mantém campanhas de imunização, sendo esta um esforço adotado para erradicação de uma ou mais doenças que assolam uma determinada região, ou a fim simplesmente de preservar a erradicação já obtida.
Com o intuito de buscar mais conhecimentos sobre o tema abordado nesta pesquisa, as repostas obtidas na entrevista mostraram que a população de Peixoto aceita e participa muito bem das campanhas de vacinação no município, a procura é bem satisfatória. E a maioria das campanhas atingem as metas estimadas.
Respondendo à pergunta de número 1, a profissional falou:
- “A rotina de vacinação é realizada por meio do calendário de vacinação planejada pela secretaria de Saúde do município. Onde apresenta quais vacina a população deve tomar em determina época da vida, grupos de ricos etc. por exemplo a vacinação do HPV que é disponibilizada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade. Idade essa onde pode ocorrer os primeiros contato com o vírus,estatisticamente falando. As campanhas são divulgadas através de mídias sócias (facebook, instagram, whatsapp etc.), radio, televisão, cartazes dente outros”.
Em relação ao controle de lotes e quantidades das vacinas, a reposta foi à seguinte:
- “O controle é realizados através do sistema SI-PNI (Sistema de Informação de Programa de imunização) onde é registrado a entrada e saída das vacinas”
O Programa Nacional de Imunizações é responsável por reunir as informações de vacinação de todo o país. Para isso, são utilizados sistemas informatizados que facilitam o acompanhamento por todos os gestores.
Sobre sua opinião e vivencia nesse meio, a profissional afirmou que:
- “Já participei de inúmeras campanhas, onde a maioria bateu a meta de vacinação esperada, tudo realizado com segurança e local apropriado, pois osuporte oferecido pela prefeitura e a secretaria de saúde do município são muito bom. Sentimos-nos uma peça muito importante nesse sistema, onde já contribuir com a imunização de familiares, colegas de trabalho, e a população em geral, e isso é muito gratificante para nos”.
O presente estudo buscou ressaltar a importância da vacina, enfatizando que, ao se vacinar cada cidadão além de se proteger irão proteger todos a sua volta. E que a ideia dos antivacinas não tem fundamento, e que suas campanhas para a não imunização só prejudicam a saúde púbica em geral. Todos os argumentos usados por eles são derrubados cientificamente.
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que, aqueles que não se vacinam de colocar sua própria saúde em risco, como também de seus familiares e as pessoas que vivem ao seu redor, além de contribuir com a circulação de doenças. A vacina é a melhor forma de se proteger de diversas doenças graves e de suas complicações, a qual pode levar a morte. 
Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos os anos até a metade do século passado. Mas, mesmo estando sob controle hoje em dia, elas podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar.
O Governo tem mantido a responsabilidade e o controle sobre a questão de imunizar a população. E esta aceita de forma eficaz aos programas de saúde que o governo proporciona.
REFERÊNCIAS
BALLALAI, Isabela; BRAVO, Flavia (Org.). Imunização: Tudo o que você sempre quis saber. Rio de Janeiro: RMCOM, 2016.
BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006.
CLANDININ, D. Jean. CONELLY, F. Michael. Pesquisa narrativa: experiências e história na pesquisa qualitativa. Tradução: Grupo de Pesquisa Narrativa e Educação de Professores ILEEL/UFU. Uberlândia: EDUFU, 2011.
LEVI, Guido C. Recusa de Vacinas: Causas e conseqüências. São Paulo: Segmento Farma, 2013.
MINISTERIO DA SAÚDE, Coleção institucional. Saúde de A a Z. Disponível em:
<www.saude.gov.br/bvs>. Acesso em 30 de setembro de 2021.
Suzan Daniele Santos de Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Ciências Biológicas (FF06822) – Prática do Módulo V – 20/09/2021

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