Buscar

Pedido de Revogação de Prisão Preventiva e Relaxamento de Prisão em Flagrante

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE PETRÓPOLIS/RJ 
Autos nº XXXXX
CLÁUDIO VALENTINO, já qualificado nos autos, por seu procurador infra-assinado, com procuração em anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requer a REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, com base no artigo 316 do Código de Processo Penal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
I) DOS FATOS 
No dia 29 de setembro de 2014, Paulo Dantas foi encontrado morto na sua residência. O requerente teve a sua prisão preventiva decretada, sob o fundamento da conveniência da instrução criminal. O Ministério Público denunciou o requerente pela prática do delito previsto no artigo 121, “caput”, do Código Penal. A testemunha Marieta foi ouvida em juízo e diante do avançado da hora, o Magistrado suspendeu a audiência e designou outra data para inquirição da testemunha de defesa faltante e interrogatório do réu. 
II) DO DIREITO 
A) DO FUNDAMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA 
O Magistrado decretou a prisão preventiva por conveniência da instrução criminal, porque supostamente o réu teria ameaçado a testemunha Marieta. Todavia, a testemunha Marieta foi ouvida em juízo e disse não ter sido ameaçada ao longo da instrução criminal. Assim, o motivo invocado pelo magistrado para o decreto da prisão do requerente não mais subsiste, uma vez que a testemunha já prestou declaração em juízo. Logo, não subsiste nenhum fundamento para a manutenção da prisão preventiva, já que o requerente não representa perigo à ordem pública, à ordem econômica, à conveniência da instrução criminal ou aplicação da lei penal, estando, portanto, ausentes os pressupostos e requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal. Diante disso, a revogação da prisão preventiva é medida que se impõe. 
B) DO PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA 
O requerente teve a sua prisão preventiva decretada. Todavia, a prisão deve constituir a última ratio, devendo ser decretada em último caso, já que se trata de medida excepcional. Isso porque prevalece no nosso ordenamento jurídico o princípio da presunção da inocência, previsto no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal/88. Logo, deve a prisão preventiva ser revogada. 
C) DA MEDIDA CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO 
Em não sendo concedida a liberdade plena, possível a fixação de medida cautelar diversa da prisão, prevista no artigo 319 do Código de Processo Penal, por se tratar de medida mais conveniente e adequada ao caso, nos termos do artigo 282 do Código de Processo Penal. No caso, a medida mais adequada ao caso seria a impossibilidade de o requerente estabelecer contato com a testemunha, nos termos do artigo 319, inciso III, do Código de Processo Penal. Assim, concedida a liberdade, o requerente se compromete a não estabelecer qualquer tipo de contato com a testemunha Marieta. 
III) DO PEDIDO 
Ante o exposto, requer: 
a) A revogação da prisão preventiva; 
b) A expedição do alvará de soltura; 
c) Subsidiariamente, a concessão de medida cautelar diversa da prisão; 
d) Vista ao Ministério Público. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local XXX e data XXX 
Advogada XXX OAB XXX
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA DO JÚRI DA COMARCA DE XXX
 
 
João da Silva, XXX (nacionalidade), XXX (estado civil), XXX (profissão), portador do CPF/MF nº XXX, com Documento de Identidade de n° XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, XXX (Município – UF), vem por meio de sua advogada, conforme procuração em anexo (documento 01), requerer à Vossa Excelência o pedido de
RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
Visando declaração de nulidade do auto de prisão em flagrante (nº XXX) com a correspondente expedição de alvará de soltura com o fundamento no art. 5º LXV, da Constituição Federal e artigo 310, inciso I, do Código de Processo Penal, pelas seguintes razões fáticas e jurídicas:
I - DOS FATOS
O requerente foi preso em flagrante no dia 12 de agosto de 2019 por ter, supostamente, incorrido no crime de homicídio nos termos do art. 121, caput, do Código Penal.
Ocorre que, segundo depoimento prestado no dia 11 de agosto por Lúcio Pereira, João da Silva teria sido o autor do crime de homicídio praticado contra a vítima Marcelo Cardoso ocorrido no dia 10 de agosto de 2019.
Por relevante, imperial registrar que somente a partir deste depoimento o requerente passou a ser perseguido, sendo, então, efetivada sua prisão em flagrante. Ressalte-se que até o presente momento o auto de prisão em flagrante não foi encaminhado ao Juiz competente.
II - DO DIREITO
Dispõe art. 5º, LXV, da Constituição Federal:
“A prisão será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”.
No caso em tela é de rigor o relaxamento da prisão em flagrante, como será demonstrado a seguir.
Registre-se, embora ocioso, que a situação exposta não enseja o auto de prisão em flagrante delito nos moldes do artigo 302 do Código de Processo Penal. É notória a ilegalidade desta prisão, tendo em vista que a perseguição ao suposto autor do delito ocorreu um dia após a sua consumação, sendo realizada a prisão em flagrante no dia 12 de agosto, dois dias após o fato.
Conforme anotado alhures, nenhuma das quatro hipóteses legais do artigo 302, do Código de Processo Penal se encontram presentes nesse caso, quais sejam, estar cometendo infração penal, acabá-la de cometê-la, ser perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer do povo, em situação que faça presumir ser autor da infração, ou ser encontrado, logo após, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração penal.
Ressalte-se, ainda, conforme disposto no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Demais disso, não se olvida, por óbvio, que a prisão em flagrante, no caso em tela, não observou as formalidades essenciais elencadas no artigo 306, § 1o do Código de Processo Penal, ou seja, não foi remetida a lavratura e remessa do auto de prisão em flagrante ao juiz competente no prazo de 24 horas.
No decorrer do processo criminal, se houver, será provada a inocência de João da Silva.
Pede-se, contudo, o imediato relaxamento dessa prisão ilegal, nos termos do art. 310, I, do Código de Processo Penal, uma vez que não se caracterizou a situação de flagrância nos termos do artigo 302, incisos I, II, III e IV, do Código de Processo Penal.
III - DO PEDIDO:
Ante o exposto, requer à Vossa Excelência, uma vez provada a inexistência de flagrante delito, determinar o relaxamento da prisão, colocando o requerente em liberdade.
Por fim, que seja ouvido o representante do Ministério Público, expedindo-se o competente alvará de soltura e, caso haja necessidade, que seja designada Audiência de Custódia, nos termos do provimento conjunto nº XXX do Tribunal de Justiça do Estado de XXX.
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
XXX (Município – UF), XXX (dia) de XXX (mês) de XXX (ano).
 
ADVOGADA XXX
OAB n° XXX

Continue navegando