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A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Aula 02 AULA 04 - Choque, Drenagem Torácica E Sondas Clínica Cirúrgica (Universidade Positivo) A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Aula 02 AULA 04 - Choque, Drenagem Torácica E Sondas Clínica Cirúrgica (Universidade Positivo) Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-positivo/clinica-cirurgica/aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas/4740230?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-positivo/clinica-cirurgica/3727200?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-positivo/clinica-cirurgica/aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas/4740230?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-positivo/clinica-cirurgica/3727200?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas AULA 04 - 30/05/16 CHOQUE, DRENAGEM TORÁCICA E SONDAS CHOQUE DEFINIÇÃO É um colapso circulatório, que leva a um estado de má́ perfusão tissular. Melhor definida como: Síndrome caracterizada por uma incapacidade do sistema circulatório em fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos de forma a atender a suas necessidades metabólicas. É uma condição dinâmica, com alterações frequentes e progressivas, com uma sequência de estágios que retratam a evolução do processo de deterioração no organismo. Ou seja, se não conseguirmos reverter o estado de choque ele levará a morte. CLASSIFICAÇÃO - hipovolêmico - perda de liquido (sangue, plasma e/ou agua e eletrólitos). Pode ser dividido em: Hemorrágico- perda sanguínea para o meio interno (por exemplo: hemotórax) ou para o meio externo (trato digestório). Exemplos: ruptura de baço- hemorragia interna; hemorragia por ulcera duodenal- hemorragia externa. Hemorragia interna é aquela que sangra para dentro de alguma cavidade; por isso a hemorragia de ulcera duodenal é externa, pois não sangra para uma cavidade e sim para dentro do trato digestório e vai se exteriorizar. Não hemorrágico- perda de outros tipos de líquidos. Ex: diarreia, poliúria, queimaduras extensas -perde exsudato -, desidratação. -cardiogênico - Decorrente de disfunção miocárdica (exemplo: infarto do miocárdio, miocardiopatias, contusão cardíaca, etc.). * nessa classificação o choque obstrutivo e restritivo entram dentro do choque cardiogênico. Obstrutivo: pode ser pela obstrução da via de saída ventricular (ex: embolia pulmonar maciça em que o sangue não consegue passar para o pulmão). Restritivo: restrição ao enchimento ventricular (ex: pericardite constritiva e tamponamento cardíaco ). Distúrbios do ritmo cardíaco (ex: bradi ou taquiarritmias). Disfunção valvar avançada – insuficiência valvar grande em que o coração bate e o sangue volta. - distributivo – esta relacionado com a microcirculação: -Séptico - secundário a infecções graves e no qual faz com que aja um defeito circulatório na microcirculação -Neurogênico - ocorre interrupção generalizada do controle vasomotor. por ocorrer um corte na comunicação da microcirculação atingindo o controlo neurogênico ( ex: trauma raquidiano ou bulbar, raquianestesia alta). -anafilático - reações inflamatórias secundárias a reações de antígeno anticorpo. Também haverá problema na microcirculação. -choque complicado- mais de uma das entidades faladas acima interagem entre si, ou seja, mais de um fator desencadeante é identificado. Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas Choque hemorrágico complicado por infecção ou falência miocárdica - ex: sofre um acidente, perde sague e enfarta; Choque cardiogênico complicado por infecção ou hipovolemia; Choque séptico complicado por falência cardíaca ou hipovolemia. EPIDEMIOLOGIA No choque cardiogênico há uma mortalidade de ate 80% nos pacientes. Taxa de mortalidade em choque séptico de até 60%. Então, a mortalidade do choque é altíssima. Já o choque hipovolêmico e mais variável, pois se conseguir fazer um diagnóstico precoce e fizer as ressuscitações adequadas, se consegue salvar o paciente ( mais em trauma ou em cirurgia por perder muito sangue). FISIOPATOLOGIA PA = DC (débito cardíaco) x RP (resistência periférica) DC = VS (volume sistólico) x FC (frequência cardíaca) Nessas duas formulas se vê toda a fisiopatologia do choque. Hipovolemia – perdeu sangue = diminui VS > diminui PA - porque tem diminuição do DC. Cardiogênico – o coração não consegue bombear= diminui VS Séptico –esta relacionado com a resistência vascular periférica = diminui PA, causa hipoperfusão. Neurogênico – engloba mais de uma entidade= diminui FC, diminui resistência vascular periférica e consequentemente diminui VS. MECANISMOS ORGÂNICOS PARA COMPENSAR O CHOQUE -Lembrar que temos o centro vasomotor, que localiza-se no Bulbo (Tronco Encefálico), normalmente esse centro faz com que aja vasoconstrição periférica. Também termos liberação de substancias que vão fazer essa vasoconstrição periférica (adrenalina e noradrenalina). É parecido com os mecanismo endócrino e metabólicos do trauma (já foi dado), em que tende a se manter órgãos alvo do organismo em funcionamento (principalmente o cérebro). -Sistema renina - angiotensina – aldosterona: retém Na e água com o intuito de aumentar a volemia; -Liberação do AHD aumentada – para reter água. -Liberação de substâncias vasoativas: Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina)- cuidar que no começo, quando são liberadas em excesso, elas podem aumentar a hipóxia tecidual, pela vasoconstrição acentuada; Histamina- quando liberada vai levar à vasodilatação e ao aumento da permeabilidade vascular, levando a edema acentuado ( normalmente em estado mais avançado do choque). Serotonina- atua na musculatura lisa, ocasionando tanto constrição quanto dilatação vascular. Polipeptídeos vasoativos- como bradicinina (vasodilatação) e angiotensina II (vasoconstrição); Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 Vasopressina- nosso hormônio diurético mas também um potente vasoconstritor, liberado maciçamente na hipovolemia e principalmente nas bacteremias (choque séptico). Estimula os fatores de coagulação e deprime o miocárdio. Prostaglandinas- principalmente a prostaciclina que é um potente vasodilatador e anti- agregante plaquetário e a tromboxona que é igualmente anti-agregante plaquetário mas ocasiona vasoconstrição. *Toas essas substâncias são as mesmas que são liberados no efeito endocrinometabólico do trauma. EFEITOS CELULARES DO CHOQUE: A isquemia celular leva a: Hiperprodução de ácido lático, com consequente acidose metabólica; Diminui a síntese proteica, por queda na fonte energética; Lesões na membrana celular, perda da organização estrutural da célula e finalmente morte celular.FATORES PREDISPONETES (PODEM COMPLICAR MAIS O CHOQUE): Extremos de idade – prematuridade e senilidade; Distúrbios cardiovasculares prévios – HAS, valvulopatias, miocardiopatias...; Distúrbios endócrinos e metabólicos – diabetes, desnutrição, hipo-hipertireoidismo; Falências orgânicas – pneumopatias, hepatopatias; Anemias, etc. FATORES DESESNCADEANTES: Hipovolemia – perda sanguínea, de plasma e/ou de água e eletrólitos; Queda do débito cardíaco – IAM, tamponamento cardíaco, arritmias, miocardiopatias agudas; Infecções graves- choque séptico; Obstrução vascular – embolia pulmonar maciça – choque obstrutivo; Ação de drogas – anestésicos (fazendo um choque neurogênico), hipotensores; Anafilaxia, etc. PRINCIPAIS ORGÃOS ATENGIDOS NO CHOQUE: Cérebro – O primeiro sinal de hipoperfusão cerebral é a agitação (comum em PS, paciente agitado porque perdeu muito sangue e esta em choque hipovolêmico), seguida por depressão do nível de consciência e finalmente coma. Coração – primariamente envolvido no choque cardiogênico, resultando de acentuada queda na contratilidade do ventrículo E. Pulmões – pulmão de choque ou síndrome da angustia respiratória aguda (SARA) – alterações pulmonares que cursam principalmente com microatelectasias. Ainda não esta bem estabelecido como ocorre esse pulmão de SARA, mas há uma diminuição da complacência pulmonar e aumento da resistência vascular pulmonar. Leva á má oxigenação, sendo resistente mesmo à administração de O2. Rins – no inicio há uma vasoconstrição, quando perpetua faz com que ocorra uma queda da filtração glomerular e oligúria, podendo evoluir para necrose tubular aguda e insuficiência renal aguda. Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas Fígado – hepatopatia aumenta a morbi-mortalidade; Intestino – isquemia pode levar a necrose mesentérica. Intestino isquêmico, parado, com liquido dentro faz translocação bacteriana. Com relação aos órgãos na hipoperfusão (QUADRO - prof leu o quadro + as frases que coloquei a baixo): Fadiga respiratória dificulta a troca gasosa. CIVD: coagulação intravascular disseminada. Alterações de consciência: vai ficar agitado e evoluir até o coma. Colestase: parada de bile no fígado. QUADRO CLÍNICO: Os sinais mais precoces de choque são taquicardia e vasoconstrição periférica (extremidades frias e pálidas)- mais em choque hipovolêmico; alteração de nível de consciência (agitado). A pressão sistólica não é parâmetro confiável para detecção precoce do choque, pois os mecanismos compensatórios mantém a pressão normal no inicio ( até uma perda de 30% da volemia). Mas depois ela e importante para perceber a evolução, ver se o paciente esta respondendo ao tratamento. Choque Hemorrágico: Volemia do adulto normal = 7% do peso corporal. Uma pessoa com 75kg vai ter em torno de 5L de sangue. Crianças = 80 a 90 ml/Kg de sangue. CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO (QUADRO- prof leu) Hipotensão classe III - 90/60mmg Débito urinário: >30ml/h normal; 20-30 alterado mas considerado bom; 5-20 chegando a oligúria. CH: concentrado de hemácia. Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 Gravar: classe I e II, só trata com cristaloide e se percebe pela clinica, ainda não tem alterações de hipotensão. A partir da classe III e IV, já é hipotenso e deve entrar também com concentrado de hemácias. DIFERENCIAÇÃO CLINICA DA ETIOLOGIA DO CHOQUE: Choque hemorrágico – causa mais comum do choque, portanto, uma vez identificado o estado de choque, o tratamento deve ser iniciado como se o paciente estivesse hipovolêmico. Hidratação vigorosa. Choque cardiogênico – identificado pela doença de base. Paciente de meia idade, tabagista e com alguma doença de base já se suspeita. Pode ocorrer por tamponamento cardíaco, IAM, disfunção ventricular grave, arritmias , etc. Choque neurogênico – perda do tônus simpático por lesão nervosa. Caracterizado por hipotensão sem taquicardia (porque se corta o estimulo) e sem vasoconstrição cutânea. Choque séptico – chama-se de choque quente. Tem taquicardia, porém, com pele rósea e quente, pressão sistólica próxima do normal em quadros iniciais. MANIFESTAÇÕES CLINAS DE HIPOPERFUSÃO (QUADRO) Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas Possível causa: Perda hídrica importante, hemorragia, diarreia > hipovolêmico. Dor no peito, alterações do ECG, cardiopatia > cardiogênico. Quadro de infecção, pneumonia, abscesso, crises de febre > séptico. Hipersensibilidade á drogas, exposição à toxinas (ex: picada de abelha) > anafilático. Fatores de risco para TEP (mulher, anticoncepcional, tabagista, repouso prolongado, cirurgia ortopetica), tamponamento cardíaco, peneumotórax hipertensivo > obstrutivo (não deixa de ser cardiogênico) TRATAMENTO: Tratamento inicial -Acesso vascular imediato (abocath calibre mínimo 16): Acesso percutâneo periférico em veia do braço ou antebraço; Flebotomia em veia superficial do braço ou safena; Acesso central - intracath - em subclávia. -Reposição líquida inicial: Na reanimação inicial são utilizadas soluções eletrolíticas isotônicas. A solução de Ringer Lactato é a escolha inicial; solução salina fisiológica é a segunda escolha (pois em grandes quantidades pode ocasionar acidose hiperclorêmica). O volume líquido inicial em paciente chocado é administrado tão rapidamente quanto possível, em dose de 1 a 2 litros no adulto e de 20 ml/Kg em crianças. (mais para choque hipovolêmico). Classe I – cristalóides (3 ml de solucão para 1 ml de sangue perdido); Classe II – Cristalóide – mesma regra Classe III – Cristalóide e sangue Classe IV – Cristalóide e sangue -Parâmetros a serem monitorados durante o tratamento: Sinais vitais: FC, FR, PA Nível de consciência; Débito urinário – deve manter-se inicialmente a 50 ml/h no adulto e 1ml/Kg/h em crianças; OBS.: abaixo de 1 ano de idade o débito urinário deve manter-se a 2ml/Kg/h. Equilíbrio ácido-básico; OBS: Esse é o tratamento inicial. O tratamento do choque normalmente vai ser otimizado na UTI –com cateter para ver pressão central, etc, feito por intensivista. Depois do tratamento inicial deve-se cuidar com tratamento da condição básica. Tratamento da condição básica: Cessar fonte de hemorragia. Ex: gravidez ectópica rota, primeiro repõe liquido e depois se leva para o centro cirúrgico para controlar o sangramento. Mesma coisa em uma hemorragia digestiva alta por úlcera duodenal, paciente chocado, primeiro é necessário estabilizar o paciente e depois chamar o endoscopista. Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 Agora, paciente com choque séptico, ex: abcesso, não vai adiantar injetar liquido se não tratar a fonte de infecção ( com antibióticoterapia ou drenagem). Em casos de choque cardiogênico ou em outros choques também, usamos drogas que aumentem a força de contração miocárdica, que são drogas vasoativas. Tabela com as principais drogas vasoativas utilizadas: Dopamina- dose (ERRADO NA TABELA) 0,5 a 2 u/Kg/min, tem efeito dopaminérgico, ou seja, vai aumentar a diurese. Normalmente se inicia com a dose beta adrenérgica, que é de 2,5 a 6, vai aumentar o volume circulatório e vai fazer uma vasodilatação. Se faz uma dose alfa adrenérgica, >6, vai fazer uma vasoconstrição. Dobutamina-dose de 515, efeito beta adrenérgico, aumenta o VMC e faz vasodilatação (TUDO PUTA!!!!) Adrenalina- dose menor que 0,03 efeito beta adrenérgico; entre 0,03 e 0,15 efeito alfa e betaadrenérgico; maior que 0,15 faz vasoconstrição Noradrenalina- tem efeito alfa e beta. DRENAGEM TORACICA ANATOMIA O pulmão é revertido por uma serosa que é a pleura visceral. Essa serosa também revesta a parte da parede, que é a pleura parietal. Entre essas duas pleuras tem um espaço virtual que é a cavidade pleural ou espaço pleural, é neste local que pode ocorrer o depósito de líquidos e de ar, fazendo com que tenha a necessidade de uma drenagem torácica. Mesma coisa no coração, que pode haver o tamponamento cardíaco. Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas Os vasos e nervos passam na parte de baixo das costelas, ou seja, na borda inferior da costela. Por isso, na drenagem não pode ficar com o dreno na borda inferior da costela, para não lesar a vascularização e inervação. INDICAÇÕES: Trauma torácico - desde que tenha uma lesão pleural ou uma lesão importante. Hemotórax Pneumotórax Derrame pleural neoplásico sintomático ou recidivante Empiema pleural Quilotórax Após toracotomia No trauma: Pneumotórax for pequeno, ou seja, menor de 30% da cavidade e não tenha sintomas não há necessidade de drenar, normalmente ele reabsorve sozinho em uma proporção de 1,5% ao dia, ex: pneumotórax de 20% da cavidade me torno de 14 dias já reabsorveu. Hemotórax sintomático ou progressivo ao RX deve drenar. Em torno de 80% dos traumas torácicos são tratados só com a drenagem torácica (não necessita de toracotomia para reverter o processo). Hemotórax médio (500 a 1500 ml)- drenar. Hemotórax grande (mais do que 1500 ml) - drenar. Pneumotórax de grande volume - drenar. PNRUMOTÓRAX: É a presença de ar no espaço pleural, entre o pulmão e a parede torácica, ou seja, entre a pleura parietal e visceral. Sintomas são dor torácica, dificuldade respiratória. Em casos graves (pneumotórax hipertensivo) pode levar a hipóxia e choque cardiogênico do tipo obstrutivo, porque vai comprimir o coração vai diminuir a pressão. Pneumotórax hipertensivo- ex: perfuração pulmonar, cada vez que inspira o ar ele vai para dentro da cavidade torácica e não consegue voltar, assim vai empurrando até desviar o mediastino e fazer choque do tipo obstrutivo. Raio X : lado direito(DO PACINETE) totalmente preto (ar), já o lado esquerdo tem um pouco mais de vascularização. A parte branca do lado direito não e o coração e sim o pulmão (que foi afastado para a Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 esquerda). É um pneumotórax, provavelmente já hipertensivo por estra empurrando o coração. Raio X: pneumotórax grande do lado esquerdo e do outro lado da para ver bem toda a vascularização pulmonar. Raio X - linha com pneumotórax pequeno, não chegou nem a 30% da cavidade e sem sintomas. Nesse caso, não há necessidade de se fazer uma drenagem torácica. HEMOTÓRAX E a presença de sangue na cavidade pleural. Normalmente é causado por trauma, sangramento de punção de vaso torácico ou pleural ou ainda neoplasia; Sintomas mais comuns são dispneia e taquicardia, podendo levar a um choque hipovolêmico; Ate 90% do tratamento cirúrgico do trauma torácico é realizado somente com drenagem do hemotórax, não sendo necessário realizar toracotomia. Raio X: hemotórax direito. QUILOTÓRAX: Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas É a presença do liquido linfático dentro do tórax. Normalmente ocorre após punção ou laceração do ducto torácico, que esta á esquerda. Por isso, se da preferência em fazer punção de subclávia a direita, para não correr o risco de lesar. Imagem- como o liquido sai do ducto linfático ele parece um leite. MATERIAL PARA DRENAGEM DE TÓRAX: PVPI, material estéril, avental, luvas, etc... Dreno de tórax – normalmente de silicone. Frasco em selo d’água Anestésico local Material cirúrgico: hemostáticas, bisturi, porta-agulhas, pinça anatômica Fio de sutura (algodão ou nylon) (IMAGEM) DRENAGEM EM SELO D’ ÁGUA - Se coloca o dreno, coloca um conector que vai até o selo d’água e entra dentro da água, assim, cada vez que o paciente inspira, o ar que esta dentro do tórax vai para o dreno, passa pela água e sai para o ar ambiente. O ar não consegue voltar para dentro da cavidade pleural porque a água faz um mecanismo de válvula. Se não tiver drenagem de selo d’água o paciente inspira e o ar sai, mas quando expira o ar volta, dessa maneira o pneumotórax aumenta, pois existe uma pressão negativa dentro do tórax- sendo mais fácil o ar entrar do que sair- só não vai piorar se o pulmão estiver grudado ou colabado na parede, mas normalmente o pulmão esta solto. CALIBRE DO DRENO: Varia de acordo com o tamanho do paciente e o tipo de material a ser drenado (se for drenar liquido deve ser um dreno mais calibroso, mas se for drenar ar não precisa ser tão calibroso). Usualmente utiliza-se o dreno de 32 French; Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 No pneumotórax pode ser escolhido diâmetro menor (ex.: 28). IMAGEM- pneumotórax antes e após drenagem. TÉCNICA: Pneumotórax hipertensivo – método rápido, no 2° EIC, linha médio clavicular, coloca um abocath grosso, tira a agulha e o ar vai saindo. Drenagem - no 5° ou 6° EIC na linha médio axilar DRENAGEM: 1. Anestesia o local; 2. Pequena incisão (suficiente para penetração do dreno ou de 1 dedo- porque o ideal é palpar o local que vai drenar); 3. Entrada de hemostática, por dissecção romba, no bordo superior da costela, abre a musculatura intercostal, coloca o dedo e palpa (porque pode colocar o dedo e sentir por exemplo o baço, dessa maneira evita drenar a cavidade abdominal); 4. Abertura da pleura parietal; 5. Colocação do dreno. O ideal é fazer um corte um pouco mais para traz, para poder fazer um túnel para cima – até o bordo superior da costela- se faz isso porque na hora que for tirar dreno, vc puxa o dreno e comprime onde esta passando o túnel, para ser mais fácil de retirar. A colocação deve ser sempre na direção superior. fixa o dreno com um ponto em U e faz vários nós ao redor desse dreno ( chamado de nó em bailarina). Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas DRENAGEM POR PUNÇÃO (TORACOCENTESE) É apenas aspirar o liquido. Vai à região posterior, percute bem para ver onde esta o liquido, punciona e manda para exames. Não é drenagem, apenas punção. Algumas pessoas dizem para fazer antes da drenagem torácica, mas normalmente não há necessidade. CUIDADOS Sempre com o frasco em selo d’agua para baixo Fazer raio X de tórax após a punção, para ver se esta bem posicionado, e antes de retirar o dreno. Quando for retirar: pedir para o paciente fazer uma inspiração e trava a respiração (ele disse PARA), assim o pulmão fica bem expandido, colocar o dedo em cima da incisão e puxa o dreno, só comprime o túnel que se fez e por ultimo coloca um esparadrapo. COLPICAÇÕES COMUNS: Dreno localizado fora da cavidade pleural; Lesões pulmonares, hepáticas e esplênicas (por isso sempre fazer uma exploração digital); Hemorragia intercostal (quando entra na borda inferior da costela); Persistência do pneumotórax – pode ser devido a não colocação correta, a entrada de ar na cavidade, por abertura da pele ou má fixaçãodo dreno. COMPLICAÇÇOES DA DRENAGEM: Dreno não oscila – dreno pode estar dobrado, obstruído, ou foi colocado no subcutâneo ou abdômen; porque o normal e que cada vez que o paciente respirar o ar vai sair e a coluna de agua vai mexer/ oscilar. Débito diminui, porém a imagem radiológica persiste – dreno pode estar obstruído, conector fino ou muito longo, coletor cheio, hemotórax coagulado no dreno, derrame septado ou bolha de enfisema; Enfisema subcutâneo – o dreno possui buraquinho e se não colocar todos dentro do tórax, se um dos orifícios ficar dentro do subcutâneo vai fazer enfisema subcutâneo – reposicionar. RETIRADA DO DRENO: No pneumotórax - Quando o raio X o pulmão já voltou para o lugar e não há mais fuga aérea ou observação de borbulhas no frasco de drenagem; No hemotórax e empiema é retirado quando não há mais saída de sangue ou de pus. Solicitar ao paciente que realize manobra de Valsalva, para se criar pressão positiva intra-torácica, evitando-se ocorrência de pneumotórax quando da retirada. Ocluir imediatamente o orifício. SONDAGENS TIPOS DE SONDA: Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 Sonda nasogástrica / orogástrica Sonda duodenal Sonda retal Cateterização urinária Sonda nasogástrica- utilizada quando o paciente esta vomitando demais, ocluído - se usa para fazer uma descompressão gástrica; ou engoliu comprimidos para suicídio- usa pra fazer lavagem gástrica. Colocação: Mede o tamanho da sonda- deve ir do estômago, passar pelo lobo da orelha e ir até o nariz. Coloca o paciente em posição e faz uma flexão do mento sobre o tórax (para facilitar a passagem) e fixar de uma maneira correta a sonda (para evitar necrose se asa do nariz). Sonda enteral- é a mesma coisa, mais passa o piloro. Normalmente é para fazer uma nutrição. Geralmente tem uma ponta metálica que se radiografa para ver se ela esta para frente ou não. Pode ser passado por endoscopia. Sonda vesical- Sondas de alívio (Nélaton) Sondas de demora (Foley) Balonete insuflável na ponta (cuff) Homem: uretra na posição vertical, deve-se ir até o final da sonda antes de insuflar o cuff. Mulheres: abertura das pernas (visualização da uretra), mas fácil por ser uma uretra pequena e reta. Sonda de alivio (IMAGEM 1), para paciente em pós-operatório, não consegue urinar, esta com globo vesical. Da preferência a sonda de alívio ao invés da sonda de demora porque a chance de infecção é muito menor. Sempre cuidar com assepsia e antissepsia. bolsa coletora de urina (UIMAGEM 2). Sondas de 1 via e 2 vias (IMAGEM 3), pode ser usado para lavar a bexiga. Na mulher: limpa a região, localiza o clitóris e logo abaixo vai estar a uretra, passa a sonda. Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=aula-02-aula-04-choque-drenagem-toracica-e-sondas No homem: além de limpar, o ideal é colocar xilocaína na seringa e colocar dentro da uretra (para uma passagem mais fácil e menos dor). A posição em ereção está errada, deve-se retificar o pênis. Só insuflar o balonete se tiver certeza que esta dentro da bexiga e depois a fixação. Caso não consiga fazer a sonda se faz uma cistostomia. Faz uma incisão e coloca a sonda direto na bexiga. Baixado por Auri Silva (j.aurilans@gmail.com) lOMoARcPSD|14703953
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