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AO JUIZO DA .... VARA FEDERAL DA COMARCA DE BELÉM/PA TRANSPORTES E COMERCIO XP LTDA inscrita no CNPJ sob n. ____________, com sede nesta cidade de Belém/PA na Rua _________, n.____, endereço eletrônico_______, neste ato representada por seu sócio-administrador, nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do Rg Nº_____, inscrito no CPF sob o nº_____ residente e domiciliado na _____, Nº__, bairro, CEP, Belém/PA, por intermédio de seu advogado, conforme instrumento de mandato anexo, com escritório profissional na ________, n.____, onde recebe intimações e notificações, vem ,respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 300 e 319 do Código de Processo Civil e art. 38 da Lei n. 6.830/80, propor a presente: AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL C/C TUTELA PROVISÓRIA DE URGENCIA em face da União Federal, pessoa jurídica de direito público, na pessoa de seu representante legal, com sede à sede nesta cidade de Belém/PA na Rua _________, n.____, endereço eletrônico____, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 1. DOS FATOS Trata-se de Ação Anulatório de Débito fiscal cumulado com tutela de urgência em razão da auto de infração que lançou o débito de R$ 140.000,00, de Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSSL) Em 31/03/2016 ocorreu o fato gerador da CSLL no valor de R$ 100.000,00, assim, o referido débito foi regularmente declarado na ECF e na DCTF. Contudo, o contribuinte pagou apenas R$ 10.000,00 do referido débito no prazo estabelecido que ocorreu no dia 30/04/2016. Ocorre, excelência, que no dia 25.08.2021, foi iniciada uma fiscalização pela autoridade competente verificando que o referido débito não foi objeto de pedido de parcelamento, nem de pedido de compensação e o autuado continuava em mora. Assim sendo, foi lançada a diferença atualizada com juros de mora e multa de oficio, totalizando o montante de R$ 140.000,00 por meio do auto de infração. Ressalte-se, que o sujeito passivo tomou ciência apenas em 15.12.2021. Diante do mencionado, excelência, é cristalino que é indevida tal cobrança e não restou alternativa ao sujeito passivo senão acionar a tutela jurisdicional. 2. DO CABIMENTO Conforme dispõe o art. 38 da Lei 6.830/80, cabe ação anulatória para anular qualquer ato administrativo eivado de ilegalidade ou inconstitucionalidade que possa resultar em cobrança tributária. No caso em tela, o contribuinte recebeu notificação de auto de infração do qual discorda por entender ser indevida a cobrança. Assim sendo, é perfeitamente cabível a presente ação nos termos do artigo mencionado com o fim de anular o respectivo auto de infração. 3. DA TUTELA DE URGÊNCIA Nos termos do art. 300 do CPC, a tutela de urgência será concedida se houver probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. No presente caso, há probabilidade do direito, vez que, o auto de infração foi lançado há 5 anos depois do inadimplemento. O perigo de dano irreparável está justificado em razão das futuras consequências fiscais que o contribuinte pode vir a sofrer, como a constrição de seus bens. Por isso, resta evidenciado a presença dos requisitos autorizadores da tutela provisória de urgência. 4. DO DIREITO 4.1. DA PRESCRIÇÃO Veja excelência, o fato gerador da CSSL ocorreu, no dia 31.03.2016, e em 30.04.2016, a sua constituição definitiva através da declaração gerando assim a obrigação acessória de pagar, no entanto, apesar de o sujeito passivo ter confessado a divida o valor não foi pago integralmente. Ressalte-se que ente só realizou a fiscalização e se deparou com a inadimplência no dia 25.08.2021 e o contribuinte tomou ciência regula apenas em 15.12.2021, sendo assim, prescrito o direito de cobrança. Art 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Outrossim, considerando a data em que ocorreu a Constituição de crédito tributário em favor da Fazenda Pública, a pretensão do ente em cobrar deveria ocorrer até o dia 30.04.2021. Vejamos o que trata o art. 156, do Código Tributário Nacional nesse sentido: Art. 156. Extinguem o crédito tributário: (...) V - a prescrição e a decadência; Assim, a execução fiscal cabível deveria ocorrer em cinco anos contados da sua Constituição definitiva até o despacho que ordena a citação do executado. Todavia, a prescrição ocorreu antes mesmo da movimentação da administração pública para promover a sua cobrança ocorrendo a prescrição. Conforme versa a súmula 409 STJ, in verbis: Súmula 409- Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser decretada de ofício art 219, Inciso 5 do CPC. Assim, considerando que os débitos já se encontram inexigíveis, vez que transcorrido o prazo prescricional não pode o sujeito passivo ser executado. Evidente que é nula o auto de infração que embasa a execução fiscal, devendo ser julgada extinta a execução fiscal proposta. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer a V. Excelência: a) A concessão da tutela provisória de urgência, uma vez, presentes os requisitos do art. 300 do CPC, a fim de suspender a exigibilidade do crédito tributário; b) Seja julgado procedente o pedido, para o fim de anular o ato eivado de ilegalidade que culminou na cobrança de R$ 140.000,00 a titulo de CSSL, tendo em vista, que o auto de infração encontra-se alcançado pelo instituto da prescrição; c) A citação do réu, na pessoa de seu representante legal, para querendo contestar a presente ação sob pena de revelia, nos termos no art. 319, VII do CPC e desde já se manifesta pelo não interesse de realização de audiência; d) A condenação da ré seja ao pagamento de custas e honorários advocatícios na forma do art. 85 do CPC. Protesta por todos os meios de prova em direito admitidas. Dá-se a causa o valor de R$ 140.000,00 ( cento e quarenta mil reais) Nestes Termos, Pede Deferimento. Belém/PA, 31 de Maio de 2022 ____________________________ ADVOGADO OAB/UF..
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