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1 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S 2 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S 3 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino Revisão Ortográfica: Clarice Virgilio Gomes / Bianca Yureidini Santos PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S 6 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Tercio Saccol 7 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Esta unidade analisará alguns conceitos e práticas do marke- ting, entendendo os elementos que constituem essa área profissional, as estratégias e os itens que devem ser levados em conta em um planejamento empresarial. Também será discutida a necessidade de revisitar práticas de marketing no ambiente digital e entender como se configura o portfólio de produtos. As discussões culminam, nesta unidade, com a construção do marketing pessoal, o planejamento de carreira e como elementos da área de marketing podem ser revertidos para a lógica pessoal-profissional. Por fim, pretende-se elencar alguns aspectos importantes para construção da marca pessoal, como a co- municação verbal e não-verbal, a postura profissional em diferentes ocasiões, a construção de redes de relacionamento de trabalho e a gestão do tempo em ambientes e tarefas profissionais. Marketing. Carreira. Marketing Pessoal. Promoção Pessoal. Marca Pessoal. Desenvolvimento Pessoal. 9 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 MARKETING E PORTFÓLIO DO PRODUTO Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13 38 21 Avaliação de Mercado e Marketing ____________________________ Planejamento de Carreira ______________________________________ Marketing Digital _______________________________________________ CAPÍTULO 02 TRABALHO, CARREIRA E MARKETING PESSOAL Mundo do Trabalho e Transformações __________________________ 34 29Recapitulando ________________________________________________ 24Portfólio do Produto ___________________________________________ 45Marketing Pessoal _____________________________________________ Recapitulando _________________________________________________ 49 CAPÍTULO 03 COMUNICAÇÃO, MARCA PESSOAL E POSTURA PROFISSIONAL Construindo a Marca Pessoal _________________________________ 55 Comunicação Verbal e Não-Verbal _____________________________ 58 Postura Profissional ____________________________________________ 62 10 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Recapitulando __________________________________________________ 69 Considerações Finais ____________________________________________ 73 Fechando a Unidade ____________________________________________ 74 Referências _____________________________________________________ 77 11 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S O marketing é um conjunto de atividades para entender, ana- lisar e dar atendimento às necessidades dos clientes. Isso ocorre em diferentes etapas, desde a concepção de produto, serviço ou ideia até o atendimento pós-venda. A partir do desenvolvimento das organizações, da transformação da cultura, das relações de consumo e das lógicas de trabalho, o marketing passou a ser presença obrigatória em diferentes tipos de organizações, fundações, empresas e até no setor público. A compreensão da área e do campo de estudos é fundamental não apenas para quem deseja trabalhar com criação de valor ou es- tratégia, mas para todos os profissionais que estão inseridos em uma realidade que sofre cada vez mais transformações ágeis, onde negó- cios ascendem e desaparecem todos os dias. As escolhas que fazemos diariamente como consumidores estão permeadas, mesmo quando não pensamos nisso, em estratégias e ações de marketing. Por isso, o estudo desta área se afirma como necessário para diferentes áreas, mesmo aquelas em que, aparentemente, não há cone- xão direta. Assim, entender o composto de marketing, estratégia, lógicas de comunicação para produtos, serviços e ideias é algo que permeia não apenas unidades como empresas, mas a sociedade como um todo. Atualmente, diante de um cenário cada vez mais complexo, onde algoritmos têm determinado a forma como conduzimos nossa vida pessoal e profissional na internet, também se faz estratégico compre- ender como empresas se posicionam nesse meio e como diferentes ferramentas têm sido usadas para alcançar os clientes. Da mesma forma, faz-se necessário para quemestá no mun- do dos negócios saber como se compõe um portfólio de produtos e serviços diante das possibilidades que surgem e como se customizam processos e sistemas de comunicação. Analisar oportunidades, neste sentido, permite, além da própria capacitação, entender de forma sistê- mica porque alguns itens ganham terreno e outros não, em um mercado extremamente competitivo. E se todas essas análises se aplicarem a serviços, produtos e até ideias, como fica o profissional envolvido? A mera capacitação, sa- be-se, não é capaz de alavancar uma carreira ou estimular o desenvol- vimento pessoal. Para tanto, é necessário pensar em um planejamento, entendendo as evidências oferecidas pelo mercado e trabalhando den- tro das possibilidades e demandas existentes. O mundo do trabalho, aliás, conta com diversas inovações que rompem ciclos de forma cada vez mais dinâmica, oferecendo uma margem cada vez mais exígua de tempo para análise, compreensão e posicionamento. O planejamento visa justamente minimizar incertezas, 12 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S assegurar o mapeamento de competências e permitir a atuação dentro das lacunas existentes. A partir disso, tem-se o marketing aplicado ao profissional. Trata-se de um espaço rico para apresentar ferramentas, estratégias e possibilidades na leitura de realidade, visando exaltar características e incrementar relacionamentos, pensando sempre na conquista de espa- ços, evolução de capacidades e avanço profissional. Para tanto, é necessário, como em uma empresa ou produ- to, constituir uma marca pessoal. É como um profissional poderá ser conhecido, identificado e sua reputação será estruturada no mercado. Entender e pensar em formas de atingir essa marca pessoal, seja se relacionando com outros profissionais, promovendo capacitações pes- soais ou atacando limitações e restrições nas habilidades, é pensar não apenas na empregabilidade, mas na capacidade de ser um agente pro- tagonista em um mercado de múltiplas disrupções. Essa construção de marca pode ser feita através de diferentes contextos, realidades e etapas, mas não pode desprezar a comunica- ção, em todas as suas formas, verbal e não-verbal, a edificação de uma rede de contatos e relacionamentos no mercado de trabalho bem como a administração do tempo e das tarefas, visando não apenas ser um profissional mais completo, mas realizado, pertinente e relevante. 13 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S AVALIAÇÃO DE MERCADO E MARKETING Falar sobre marketing é adentrar em um campo bastante co- nhecido na rotina de quem vive em um país como o Brasil. Quando você vai ao mercado, paga por uma capacitação, quando almoça, quando escolhe uma viagem, o marketing está em tudo. Não se trata de uma atividade aleatória, demanda planejamento e cuidados éticos, técnicos e sociais. Falar em marketing é compreender um conjunto de atividades para atender necessidades de diferentes clientes. Isso não é apenas na venda ou na sedução de uma propaganda. O marketing está em todas as etapas desse relacionamento, e para atender seus públicos, é impor- tante conhecer bem hábitos, vontades, anseios etc. Segundo a AMA (Associação Americana de Marketing), MARKETING E PORTFÓLIO DO PRODUTO M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S 13 14 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Marketing é a atividade, o conjunto de instituições e os processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral. Pesquisa de marketing é a função que liga o consumidor, o cliente e o público ao profissional de marketing por meio de informações - informações usadas para identificar e definir oportuni- dades e problemas de marketing; gerar, refinar e avaliar ações de marketing; monitorar o desempenho de marketing; e melhorar a compreensão do marke- ting como um processo. A pesquisa de marketing especifica as informações necessárias para resolver esses problemas, projeta o método de coleta de informações, gerencia e implementa o processo de coleta de dados, analisa os resultados e comunica os resultados e suas implicações. (AMA, 2017). Normalmente, o marketing está dividido entre quatro decisões e ações que formam uma espécie de composto de marketing, que seriam produto, preço, praça (distribuição) e promoção (comunicação). Esses 4 Ps são decisões ou ações que uma empresa ou organização usa para atender necessidades de um mercado. Antes de falar sobre como isso ocorre, é importante revisar essas atividades do composto de marketing O Produto - É o item, ideia ou serviço negociado ou vendido pela empresa. Bens são aqueles que podem ser tocados, como um alimento, um celular, um carro ou uma garrafa de cerveja. São bens tan- gíveis, mensuráveis, que o consumidor é capaz de sentir. Já os serviços são intangíveis, e não podem ser separados do fabricante. Muito do que se oferece é uma combinação de bens e serviços. Quando você vai a um hotel, paga por serviços, ou quando investe em uma formação. As ideias, por sua vez incluem conceitos que também podem ser comercia- lizados de alguma forma. Dentro do P produto é necessário entender quais característi- cas do que se está oferecendo, respondendo questões como: quando e como um cliente vai usar esse item, serviço ou ideia? Como é? Qual o nome? Como ele é diferente do que já é oferecido em outros lugares? Quais necessidades esse produto, serviço ou ideia satisfaz? O P de preço, ao contrário do que pode parecer, nem sempre é monetário. É tudo aquilo que o cliente renuncia - por exemplo, dinheiro, tempo, energia, disposição em troca de determinado item ou serviço. Há uma série de fatores que determinam o preço de algo, entre eles o valor do que se oferece para o consumidor, as faixas de preço para produtos e serviços em cada área de distribuição, o comportamento do cliente e disposição para desembolsar algo (tempo, dinheiro), a possibi- lidade de segmentação de acordo com públicos e ofertas e a concorrên- cia, só para citar alguns. O preço está conectado diretamente, portanto, à percepção da marca pelo público consumidor. O terceiro P, de praça, ou distribuição, está ligado a toda cadeia 15 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S necessária para levar um produto a um cliente no momento em que o cliente deseja. Trata-se, de certa forma, da colocação no mercado de um produto ou serviço, ou como algo chega ao consumidor. Está associado a como o público busca por produtos e serviços, se há esta- belecimentos como pontos de venda, quais são, se há presença virtual, como ela é, e quais os canais de distribuição ou acesso disponíveis atu- almente. Como podemos pensar, não adianta um item, por exemplo, um pacote de macarrão, ser saboroso, nutritivo, bem embalado, acessível para a maioria e não estar disponível em supermercados ou lojas. O último P é o da promoção ou comunicação, é como a em- presa informa, comunica ou lembra os clientes em relação a um bem ou serviço para influenciar pessoas e demandar uma resposta. A co- municação é capaz de incrementar o valor de um bem ou serviço. Não confundir com a promoção como as liquidações, às quais estamos habituados em determinadas épocas do ano, aqui, está se falando de mensagens para o público, escolha de canais e ações para apresentar soluções, escolhas de estratégias e análise de concorrência. Esse mix contribui para nortear qualquer negócio, não apenas para incrementar vendas, mas no sentido de fidelizar públicos e mantê-los. Valaria Zeithamil e Mary Jo Bitner (2003) adicionaram 3 ps ao mix de marketing tradicional, pensando no cliente como foco. O P de pessoas está ligado ao atendimento de hábitos e desejos dos consumidores, da visão sobre os colaboradores que fazem o atendimento. O P de processos está ligado a açõespara deixar os clientes satisfeitos, desde o início até depois da venda. Já o P de percepção tem a ver com a expectativa ou ideia do cliente sobre a empresa, permitindo entender aspectos sobre produto ou serviço. Estratégia Quando falamos em estratégia de marketing, nos referimos à ideia de planejamento, de organização antes de qualquer medida prática por parte da empresa. Uma estratégia de marketing envolve o mercado alvo de uma empresa, os 4 Ps que mencionamos anteriormente é a base sobre a qual a empresa quer ter uma vantagem competitiva sustentável: 16 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S vantagem competitiva sustentável é uma vantagem que põe a empresa à fren- te da concorrência, não pode ser facilmente alcançada e, dessa forma, pode ser mantida por um longo tempo. A vantagem competitiva é como um muro erguido pela empresa em torno de sua posição no merca- do. Com esse muro, os concorrentes do lado de fora têm dificuldade para manter contato com os clientes do lado de dentro – conhecidos como mercado-alvo. Se a empresa tiver construído um muro em torno de um mercado atraente, é óbvio que os concorrentes tentarão derrubá-lo. Com o tempo, as vantagens se desgastarão em virtude dessas forças competitivas. Contudo, ao construir muros altos e es- pessos, as empresas podem manter essa vantagem, minimizar a pressão do concorrente e impulsionar os lucros por mais tempo. Dessa forma, o estabele- cimento de uma vantagem competitiva sustentável é vital para o desempenho financeiro positivo de longo prazo. (GREWAL, 2016 p. 25) Para tanto, há quatro estratégias dominantes no composto de marketing para que essa vantagem competitiva se estabeleça, sendo a excelência com clientes, a operacional, a de produto e a de localização (física ou virtual). Figura 1 - Macroestratégias para agregar valor ao cliente Fonte: GREWAL, 2016 A estratégia com clientes ocorre quando uma empresa pensa no valor para reter consumidores e oferece um atendimento acima da média. Entre as possibilidades para reter um cliente fiel, estão uma marca sólida, produtos diferenciados e atendimento para solidificar uma base. O atendimento ao cliente também é fundamental para se adquirir uma van- 17 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S tagem competitiva sustentável. Embora isso não seja fácil, já que deve acontecer de forma prolongada, entranhando-se na cultura da empresa, a construção de reputação pode se manter por um longo período. A excelência operacional ocorre através da eficiência com relação a suprimentos e relacionamento com fornecedores, o que pode baratear custos e tornar processos mais eficientes. A excelência de produto, ocorre quando a empresa oferece produtos com valor percebido alto, por exem- plo, investindo em sua própria marca e na qualidade do que é oferecido. Por fim, a excelência de localização que pressupõe o acesso fácil por parte do consumidor aos itens. Isso não significa, necessariamente, investir em sedes físicas, mas disponibilizar canais para que seu produto ou serviço chegue ao consumidor final, por exemplo, por telefone, internet etc. Grewal (2016) lembra que eficiência, no entanto, não é algo que se alcança do dia para noite, muito menos um aspecto que se alcance e se permita relaxar posteriormente. Para tanto, é necessário pensar e tornar estratégico um plano de marketing. É um documento com a análise da si- tuação de marketing, com oportunidades e ameaças à empresa, com obje- tivos e estratégias levando em conta os 4 Ps mencionados anteriormente. As três fases do planejamento de marketing são planejamento, implementação e controle. Essas fases se desdobram em cinco etapas. Como perceberemos mais adiante, isso não é apenas importante para quem pensa em vender mais, criar reputação para um serviço ou am- pliar a divulgação de uma ideia, mas inclusive para quem pensa em ga- nhar mais projeção pessoal e profissionais. O plano de marketing conta com: 1) definição da missão e visão da empresa; 2) análise de diversas partes envolvidas que afetam o negócio; 3) segmentação, seleção e posicionamento; 4) os 4 Ps, já mencionados aqui e 5) avaliação do de- sempenho da estratégia através de métricas e correções. 18 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Figura 2 - O plano de marketing Fonte: Grewal, 2016 Normalmente, o plano de marketing compõe-se dessas etapas, mas é possível ler de diferentes formas, estratificando mais ou conectando uma a outra. De qualquer forma, é importante saber que o planejamento é responsável por sistematizar informações para desenvolver as metas. É ali que a empresa vai revisitar sua missão e entender como pode se projetar sem desrespeitar suas lógicas, processos e dinâmicas. É também ali que surge a matriz SWOT, uma ferramenta usada por muitas áreas, inclusive pelo marketing pessoal, como veremos adiante, capaz de identificar Forças (Strengths) e Fraquezas (Weaknesses), e o ambiente externo, consideran- do suas Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). Uma vez que a situação está definida, é necessário identificar chances para aumentar vendas e lucros com o STP, que é a tríade: segmentation, targeting and positioning, ou em livre tradução, segmen- tação, seleção e posicionamento. A partir do STP, é possível dividir o mercado em segmentos, entender quais quer conquistar e pensar em como posicionar produtos e serviços. A etapa 4 compreende os 4 Ps já mencionados aqui e inerentes 19 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S a qualquer debate sobre marketing. Por fim, é necessário avaliar, através de métricas construídas e padronizadas pela empresa, os resultados. Comunicação Embora a discussão sobre criação e desenvolvimento de valor seja por si só um tópico importante, é indispensável pensar que a co- municação ganha, ainda mais no cenário atual, uma dimensão estraté- gica absoluta em qualquer planejamento de marketing. E à medida que os estímulos que recebemos não param de aumentar, seja por número de canais, dentro da internet ou presencialmente, como eles chegam ao consumidor e são lembrados por ele é algo ainda mais complexo. Em- bora não seja o nosso objetivo aqui, é importante lembrar que qualquer dinâmica de comunicação está submetida a uma lógica de um emissor, que manda a mensagem, a própria mensagem, que é o que se quer dizer, através de um canal, que é por onde a mensagem vai circular, através de um código (palavras, som, estímulos visuais, etc.), para um receptor. Figura 3 - Exemplo do processo de promoção/Comunicação em unidades de informação Fonte: Portal do Grupo de Pesquisa em marketing da informação, 2005. Assim, é importante entendermos que cada receptor decodifi- ca uma mensagem de uma forma, e nem sempre isso se dá de acordo com as intenções iniciais do emissor. E a maneira como ocorre essa decodificação tem a ver com o contexto e a realidade do público-alvo. É claro que cada etapa analisada aqui está ligada a uma série de fatores. Um dos modelos comuns para traduzir esse processo ligando ao con- sumo no marketing é o chamado funil de vendas. Chamada por alguns autores de AIDA (atenção, interesse, desejo, ação), envolve a busca por 20 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S atenção, traduzi-la em interesse, transformar o interesse em desejo, e, por fim, o desejo virando ação de compra ou contratação. Figura 4 - Como usar CTA para melhorar resultados Fonte: PANAYOTOU, Guilherme Martins. 2018 A Comunicação Integrada de Marketing, por sua vez, não pres- supõe apenas a propaganda, como se convenciona, mas envolve rela- ções públicas, marketing direto, promoção etc. Falar em Comunicação Integrada de Marketing, ou a chamada sigla CIM, é mencionar o apoio ao elemento promoção dos 4 Os. Ogden e Crescitelli (2008) lembram que há três pilares importantespara aplicar a CIM: a) o tema central, que permite agregar e integrar mensagens para diferentes formas de comunicação; b) as formas de fazer a comunicação e a CIM sempre pressupõe duas ou mais: c) público-alvo, os diferentes públicos no horizonte do produto ou serviço. O composto de marketing integrado envolve propaganda, ven- das pessoais, promoção de vendas e publicidade, por exemplo. No entanto, ao mencionarmos produtos e estratégias digitais, temos um universo próprio, que conta com análises específicas. O mix de comunicação, que faz parte do P “promoção” pode envolver uma série de serviços, aspectos e técnicas para me- lhorar a imagem, alavancar vendas e aumentar alcance. Entre eles 21 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S estão a propaganda, que pode ser feita de forma paga em mídias off e online para divulgar produtos e serviços; vendas diretas, que consistem no contato direto para realização das próprias vendas; promoção de vendas, que envolvem ferramentas como amostras, concursos, cupons, etc.; relações públicas, que consiste no ge- renciamento de comunicação com diferentes públicos externos e internos; marketing direto, que envolve esforços direcionados para públicos que já contam com algum interesse no produto e marketing digital, como mencionado nesta unidade. MARKETING DIGITAL É provável que este texto esteja sendo lido através da internet. É através da internet que fazemos muitas coisas atualmente, como pe- dir comida, carro, assistir filmes, fazer pesquisas ou agregar interesses em comum. Com a internet emerge uma mudança de paradigma, com a pulverização da informação, a fragmentação dos emissores (antes ape- nas alguns grupos de comunicação produziam e circulavam, enquanto agora com mídias sociais há milhões fazendo isso), a mudança na aten- ção e a segmentação de públicos em nichos cada vez menores. Isso, é claro, mudou o marketing, que passa a obrigar-se a olhar para esse movimento, onde há uma notória descentralização nos sistemas de comunicação: Quando você ouve falar de marketing digital, publicidade online, web marke- ting, mobile marketing, inbound marketing, ou quaisquer outras composições criativas que se possa fazer dessas palavras, estamos falando em utilizar efe- tivamente as tecnologias digitais como uma ferramenta de marketing, envol- vendo comunicação, publicidade, propaganda e todo o arsenal de estratégias e conceitos já conhecidos na teoria do marketing (TORRES, 2018, p. 65). Torres (2018) acrescenta que é necessário entender os com- ponentes da internet, visando criar uma estratégia de marketing. São eles o ecossistema digital, que é o conjunto dos agentes digitais, e dos recursos, dispositivos, etc.; os agentes digitais, que são sites, redes sociais, empresas e serviços; DNA digital, que são as características que envolvem um agente; identidade digital, nosso perfil, interações e como afetam nossa identidade; cultural digital, que são os papeis que a identidade digital representa nas interações e estratégias digitais, que envolvem o próprio marketing e a gestão do conhecimento. Mas, como isso afeta as definições e estratégias de marke- ting digital? É importante observar a mobilidade desse ecossistema, as 22 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S oportunidades e limitações que emergem, e como isso pode afetar a estrutura de um negócio, serviço ou empresa. No caso dos agentes digi- tais, é importante entender suas funções, como eles podem ajudar a de- senvolver ou dar algum tipo de suporte às ações de uma organização. Também é importante atentar aos componentes do chamado DNA digital. Essas informações podem balizar estratégias de marketing ou aplicação de recursos. A identidade digital, por sua vez, é a base do marketing digital e das estratégias. Torres (2018, p. 83) considera inclu- sive o marketing digital como uma consequência direta da identidade digital. Além disso, cada um dos papeis da cultura digital é determinante para se criar estratégias na empresa. Como vimos, com o crescente avanço da tecnologia e infra- estrutura, há uma multiplicidade de informações disponíveis, de graça. Como destaca Anderson: Por um lado, a informação quer ser cara, por ser tão valiosa. A informação certa no lugar certo, muda sua vida. Por outro lado, a informação quer ser grátis, porque o custo para acessá-la está sempre caindo. Então você tem essas duas forças lutando uma contra a outra (ANDERSON, 2017, p.97). A partir disso, há muitos serviços que apostaram no acesso restrito da informação ou conteúdo e agora precisam revisitar suas prá- ticas. Para alcançar os objetivos, é necessário achar meios de se che- gar lá. Algumas estratégias são: • Inboud marketing - marketing de atração, que facilita ser en- contrado pelo público na internet. No Inbound Marketing, busca-se en- tender de forma detalhada o comportamento e percepção do consumidor para, depois, estabelecer um canal de comunicação com as pessoas, buscando ter um canal de comunicação com elas. Atualmente, inbound tem sido recorrentemente traduzido como marketing de conteúdo, que é uma estratégia, outras são blogs, podcasts, vídeos, newsletters etc. • Marketing de conteúdo - Consumidores procuram cada vez mais soluções na internet e o marketing de conteúdo busca ajudar a posicionar uma marca no lugar e momento certo para compra de um consumidor. Lembra-se do funil de vendas que mostramos antes? A ideia do marketing de conteúdo é que através de informações importantes, atraia, converta e depois transforme-se a audiência em consumo. Diferentes formas podem ajudar a diversificar a maneira como alcançar os clientes como: a) Blog - um canal de comunicação diretamente da organiza- ção ou do profissional, de fácil administração e edição, com fácil otimi- zação para mecanismos de busca. b) Site institucional - Aumenta a confiança e credibilidade, se 23 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S torna um canal com conexão direta entre o conteúdo e os serviços e produtos oferecidos c) Redes Sociais - Canal para comunicação, influência e diálo- go, que são um espaço nobre para estimular debates, análises coletivas e conversas. Para tanto, sugere-se que, desde o início, haja uma iden- tificação de objetivos, análise das redes (e seus algoritmos), criação de um perfil, análise da concorrência, definição de um plano e calendário de publicações e aprendizado com resultados. • E-mail marketing - É o envio de mensagens com finalidades comerciais para um grupo de contatos, visando aumentar vendas, co- municar-se com clientes, propor conteúdos e até atrações especiais. Permite conhecer dados e mensurá-los através de número de abertu- ras, respostas etc. Eles podem ser: a) De informação - passando notícias ou ações sobre a organi- zação (normalmente curtos e com informação de forma direta). b) De nutrição - influenciam o leitor para que tome uma ação, oferecendo conteúdos que conduzam o usuário ao clique ou à compra. c) De educação - materiais selecionados, conteúdo exclusivo que foca em solução de problemas. d) De transação - Focados na conversão do usuário, com uma oferta, sem exageros. e) Newsletters - tipo de e-mail recorrente, com materiais, men- sagens e informações. • SEO - O Search Engine Optimization permite que um con- teúdo, informação ou dado seja encontrado nos buscadores com mais facilidade, melhorando os rankings. Existem os fatores on page, que são aspectos que podem ser otimizados dentro de páginas, como tags, títulos etc., e os off page, como tempo de carregamento, links etc. • SEM - Também há o Search Engine Marketing, que envolve mídia paga, além da orgânica. Mídias pagas podem oferecer mais facil- mente o acesso por parte do consumidor. Na publicidade, pode haver mídias adquiridas, que são aquelas vindas de interação com o público, possuídas, pertencente a alguém, e pagas, promoção por meiode anúncios. Já o PCC é a compra de mídia mediante número de cliques. Há também display que normalmente apa- recem em páginas. O retargeting é aquele banner que aparece depois que se visita algum site ou pratica determinada ação. Importante tam- bém é o anúncio em redes sociais e a promoção de conteúdo em mídias sociais, por exemplo. Tudo isso é importante porque determina como uma empresa ou produto pode ficar mais ou menos visível na internet, seja quando se faz uma busca ou entra em uma rede como o Facebook, por exemplo. É 24 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S importante, uma vez que se gera o lead, oferecer o conteúdo e analisar as métricas de engajamento e aderência por parte do cliente. Tudo isso faz parte da presença digital da marca, quando se ganham atribuições e especificações. PORTFÓLIO DE PRODUTOS Nos negócios, é muito improvável que você tome uma decisão de compra sem saber uma lista do que a empresa oferece. Imagine pedir uma pizza sem ter em mãos os sabores ou comprar um carro sem conhe- cer os modelos de uma concessionária. Pode-se dizer que, quanto mais organizada e com maior nível de detalhes for a lista, maiores são as chan- ces de gerar interesse, e, posteriormente, de concretizar um negócio. O que é portfólio? É possível que você já tenha ouvido essa pa- lavra inúmeras vezes, em diferentes áreas. Um designer que mostra suas realizações, um arquiteto que apresenta suas obras, um jornalista que une uma série de reportagens. Todos eles estão apresentando uma espécie de lista de trabalhos, de itens ou realizações. Os portfólios de produtos se referem ao grupo de produtos desenvolvidos por determinada empresa. É nele que está o leque de itens, serviços ou ideias, e esse portfólio é capaz de mostrar a produção, a qualidade e possíveis diferenciais. Existem muitas formas de se montar e apresentar um portfólio de produtos. É possível selecionar desde a plataforma até a quantidade de artigos disponibilizados ou se a oferta será segmentada por tipo de produto. No caso da plataforma, ela pode ser, por exemplo, uma estante de livros, um site. A plataforma pode ser analógica ou digital, com uma infinidade de características, possibilidades e contextos. Em relação à segmentação, empresas podem dividir produtos por matéria-prima ou público-alvo. Falar de portfólio de produto está diretamente associado ao que se vende ou desenvolve, já que toda a estratégia de marketing será feita em torno disso. Para definir a estratégia, é necessário entender que ela é im- prescindível para o sucesso dos negócios, e assim deve ser planejada e desenvolvida para mostrar capacidade criativa e produtiva de um em- preendimento. Pensando no marketing digital, que discutimos anteriormente, é possível elaborar o marketing de conteúdo para mostrar uma coleção de livros lançados, com vídeos no youtube e ebooks sobre os autores envolvidos. A partir disso, se faz textos para blogs e abre-se um formu- lário para fazer o download da obra, onde o consumidor pode entrar no funil de vendas. Uma vez que o cliente chega ao site, se não houver 25 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S um portfólio com os livros bem estruturado, organizado e atrativo, como pensará o comprador? Quanto mais ele irá procurar? Algumas etapas são fundamentais na definição do gerencia- mento eficaz do portfólio de produtos e serviços. A primeira delas é a identificação do mercado, do que há disponível em oportunidades e da concorrência. Estudar o mercado é fundamental para o planejamento estratégico de qualquer área, e ela deve, antes de olhar para o mercado disponível, entender o todo, que é tudo que está sendo feito em deter- minada área em produtos e serviços. Somente depois dessa análise, é que a empresa pode buscar uma participação de mercado estimada. Posteriormente, é importante gerenciar o que chamamos de ci- clo de maturação do portfólio ou ciclo de vida de um produto. Qualquer produto ou serviço está conectado a ciclos de maturação que passam pelo lançamento, compreensão, adoção até sua substituição ou completo desaparecimento. Essas fases são importantes porque afetam o volume de vendas, e, consequentemente, a rentabilidade geral da empresa e da organização. Em cada fase, é necessário olhar para a participação no mercado, o potencial de crescimento sempre lembrando a faixa de preço, público-alvo e canais de distribuição do produto ou serviço em questão. Figura 5 - Gráfico ciclo de maturação produto e serviço TAVARES, Fernanda Marina, 2012 Pensar em portfolio de produto é, certamente, entender quais e quantos têm participação no mercado e quais os potenciais de cresci- mento. Para planejar, é necessário olhar de forma sistêmica o conjunto de negócios que a empresa tem, com aspectos envolvendo vendas, 26 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S marketing, financeiro e serviços de operação. Uma vez reconhecidos os aspectos de mercado, é necessário criar categorias por faixa de preço, público-alvo e canal de distribuição. Uma categoria pode ser formada por produtos ou serviços que oferecem uma experiência específica mais ou menos semelhante, por exemplo, computadores desktop e notebooks. A partir disso, entender as diferen- tes faixas de preço ofertadas, pensando nas distintas possibilidades de acordo com o público-alvo. Posteriormente, se deve identificar produtos e serviços correlatos. Os produtos correlatos são aqueles que agregam valor ao produto base da empresa, que normalmente ajudam a incre- mentar a receito de produtos base. Uma vez feitas, todas as análises são importantes para moneti- zar esse portfólio, monitorando sua corrosão e o seu crescimento. Para tanto, é necessário criar e executar estratégias de precificação, levando em conta a coerência dentro de uma série de aspectos do mercado, e pensando na rentabilidade. É a precificação que permitirá pagar custos e despesas, dentro de um ponto de equilíbrio. Para fazê-la, há uma sé- rie de aspectos internos e externos de mercado. Para saber como precificar, não basta olhar projeções com bases em vendas antigas, é necessário entender tendências de mercado, volu- me de vendas em diferentes canais, custos do produto (e suas variações), margem esperada e potenciais problemas que o mercado pode oferecer. Também é importante atentar para o desenvolvimento de tecnologias, sem adotá-las sem o devido conhecimento dos impactos, mas também, sem deixar o desenvolvimento técnico ameaçar os negócios da empresa. Uma forma bastante consagrada de fazer a análise de portfólio de produtos ou serviços é a matriz BCG (Boston Consulting Group), que permite pensar no melhor equilíbrio de lucro com menos recursos. Na prática, ela ajuda a entender o que pode gerar mais receita a partir de menos tempo e dinheiro investido. A matriz conta com uma visão em três áreas, de acordo com Ambrosio e Ambrosio (2005): situação estratégica, necessidades financeiras de cada unidade de negócio e abordagem para atender estratégias. Para Stern e Deimler (2007) as empresas necessitam de produtos para fortalecer o caixa, com: 1) es- trelas que devem garantir o futuro; 2) vacas leiteiras que vão fornecer capital para esse crescimento futuro e; 3) pontos de interrogação que têm por objetivo virar estrela utilizando capital adicional. A matriz conta com dois eixos, sendo um a taxa de crescimento do mercado e o outro a participação do produto no mercado. Cada eixo tem dois setores, onde podem ser alocados os produtos e serviços. As vacas leiteiras são aqueles que geram grandes lucros sem necessidade de investimento de muito tempo ou dinheiro. As estrelas são produtos e 27 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S serviços que geram lucro, mas demandam investimentos para alcançar bom nível de vendas. Do outro lado, os pontos de interrogação ainda não geram receita alta,mas podem ser apostas ou possibilidades. Já os abacaxis, trazidos em algumas matrizes como animais de estimação, são produtos com margem ruim ou baixo nível de vendas e devem ser analisados de forma pontual pela empresa. Tabela 1 - Participação na geração de lucros da empresa Fonte: NAKAGAWA, Marcelo. Ferramenta: Matriz BCG. Muitas empresas usam matrizes como essa ou seme- lhantes, por permitirem a visualização gráfica de um cenário complexo de multiplicidade de marcas e permitindo a definição de estratégias, além de dar equilíbrio a carteira de produtos. Ao utilizar a matriz BCG (Boston Consulting Group) é ne- cessário evitar o risco de tomar decisões apenas olhando para a empresa, sempre tome o cuidado de olhar para fatores externos. A participação de mercado é importante, mas não pode ser o único 28 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S fato para determinar se um produto está tendo sucesso ou não. Além disso, o crescimento de mercado não é a única coisa rele- vante para se atuar ou não em um segmento. Além disso, se reco- menda, para uso da BCG (Boston Consulting Group), algum tempo de empresa, porque é mais possível entender como está se dando a história no mercado de cada produto ou serviço. A matriz é uma ferramenta, mas é incapaz, diante da complexidade das empresas, de dar todas respostas possíveis. 29 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2018 – Banca FGV Órgão: Prefeitura de Niterói Cargo: Ana- lista de políticas públicas e gestão governamental Nível: Superior A Matriz BCG foi utilizada por uma empresa do ramo de alimentos e bebidas para análise de seu portfólio de produtos. Sobre as aná- lises permitidas pela BCG, analise as afirmativas a seguir. I. Uma marca de biscoito já consolidada no mercado, que gera uma alta receita sem necessidade de alto investimento em marketing, é um exemplo de vaca leiteira. II. Um refrigerante com baixo desempenho em um mercado em de- clínio é um exemplo de ponto de interrogação. III. Um doce alocado no grupo das estrelas gera pouco custo para a manutenção da sua fatia de mercado. Assinale a opção que indica as afirmativas corretas. a) I, apenas b) II, apenas c) III, apenas d) I e II apenas e) I, II e III QUESTÃO 2 Ano: 2018 – Banca FGV Órgão: TJ-SC Cargo: Analista Administra- tivo Nível Superior A figura abaixo apresenta uma matriz BCG aplicada ao portfólio de produtos de uma empresa. A partir do exposto na matriz, é correto concluir que: a) Ao produto A é do tipo “estrela”, que traz a maior rentabilidade para 30 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S a empresa; b) o produto C é do tipo “ponto de interrogação”, que deve ser abando- nado, se possível; c) o produto B é um produto “maduro”, que a empresa deve abandonar para investir nos produtos “estrela” e “cachorros”; d) o produto B é do tipo “vaca leiteira”, gerador de elevados fluxos finan- ceiros que devem ser usados para financiar os outros produtos; e) os produtos D e E são “cachorros”, no início do ciclo de vida, nos quais a empresa deve investir para desenvolver novos mercados. QUESTÃO 3 Ano: 2014 – Banca CESGRANRIO Órgão: PETROBRAS Cargo: TÉC- NICO(A) DE COMERCIALIZAÇÃO E LOGÍSTICA JÚNIOR Nível: Médio O gerente de um grande fabricante de computadores decide que a empresa deve focar-se na fabricação de computadores de alto de- sempenho, utilizando para tal os componentes mais avançados, e oferecer atualizações e melhorias dos aparelhos a cada três meses. Por essa decisão, depreende-se que essa empresa é orientada para a) Produção b) Produto c) Marketing d) Relacionamento e) Vendas QUESTÃO 4 Ano: 2014 – Banca: IFsul Órgão: IFsul Cargo: Administrador Nível Superior Considerando o conceito de Marketing, é correto afirmar que sua premissa central é a) definir mercados para as organizações, com base no mix de marketing. b) comunicar as proposições de valor da organização para as partes interessadas c) compatibilizar as capacidades de uma organização e desejos de seus clientes, a fim de atingir objetivos de ambos. d) identificar os desejos dos clientes. QUESTÃO 5 Ano: 2015 – Banca NC-UFPR Órgão: COPEL Cargo: Administrador Junior Nível: Superior Em relação ao mix de marketing (mais conhecido como 4ps), e considerando a aplicação prática dessa ferramenta, assinale a al- ternativa correta. 31 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S a) É formado por um conjunto de ferramentas que auxilia uma empresa a desenvolver o composto de preço de um produto ou serviço. b) É uma ferramenta fundamental para que a empresa possa atingir um determinado público-alvo, utilizando análises mercadológicas. c) A propaganda é utilizada para informar e motivar o consumo de um produto/serviço, visando atender às necessidades do mercado. d) É um conjunto de ferramentas de marketing, táticas e controláveis, que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no segmento-alvo. e) Tem como principal foco o desenvolvimento de pesquisas em relação ao comportamento do mercado. QUESTÃO 6 Ano: 2015 Banca: UFPR Órgão: Companhia Paranaense de Energia Prova: Analista comercial júnior Nível: Superior O funil de vendas é uma importante ferramenta para gerir, otimizar e compreender o perfil de seus clientes. Sobre essa ferramenta, é correto afirmar: a) Na entrada do funil, é necessário identificar os clientes em potencia- lidade para os negócios da empresa. b) Maturação é a etapa de conhecimento do cliente, para poder apre- sentar o produto ou serviço que atenda suas necessidades. c) Apresentação é a etapa em que os diferenciais do produto ou serviço são destacados para o cliente, juntamente com o valor, para que seja realizada a negociação. d) A etapa de qualificação é aquela em que o cliente recebe informações sobre o produto, sejam ofertas, conteúdo, newsletters. e) É na etapa de prospecção que são analisados quantos contatos com negócios fechados são necessários para cumprir e superar as metas. QUESTÃO 7 Ano: 2017 – Banca: FAU UNICENTRO Órgão: E-Paraná Cargo: Ana- lista Mídias Sociais Nível: Superior No Marketing digital, a palavra marketing vem antes da palavra di- gital, ao menos aqui no Brasil. O que quero dizer é que os con- ceitos fundamentais de marketing, publicidade e design são mais importantes do que todas as ferramentas digitais vistas aqui. São as estratégias, o planejamento e o pensamento humano que vão fazer as táticas utilizadas nas ferramentas atuais ou futuras darem resultados. (TELLES, André. A revolução das mídias sociais. 2.ed. São Paulo: M. Books do Brasil, 2011. p.176) Das afirmações abaixo, qual delas não é verdadeira? a) Os gestores da Marca tem total controle sobre ela no ambiente digital. 32 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S b) O comportamento do consumidor atual com a internet deixou de ser um simples receptor da comunicação para se tornar retransmissor e formador de conteúdo. c) Cada pessoa com um computador e um pouco de habilidade tem as ferramentas para fazer suas opiniões sobre sua marca ser ouvidas por outras pessoas. d) O controle da mensagem é uma ilusão. e) Os consumidores enviam e-mails, usam twitter e o facebook para falar das suas experiências com as marcas. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE O marketing passou por várias mudanças durante décadas, catalisadas por transformações em produtos, tecnologias e hábitos de consumo. Dessa forma, o marketing também evoluiu, passando gradualmente a aplicar abordagens diferenciadas em suas estratégias para alcançar a satisfação dos consumidores e, consequentemente, as vendas. Nesse sentido, o marketing digital vem ganhando notoriedade e importância estratégica. Disserte sobre o marketing digital, apresentando sua impor- tância para os negócios na atualidade. TREINO INÉDITO São fases do planejamento de marketingdas empresas a) Planejamento, segmentação e estratégia. b) Avaliação, controle e promoção. c) Produto, preço e praça. d) Planejamento, implementação e controle. e) Análise do contexto, criação de estratégia e pós-venda. NA MÍDIA REDES SOCIAIS DEVEM CRESCER MAIS DE 20% NO BRASIL ATÉ 2023 Um estudo divulgado pelo Cuponation indica que o número de usuários de redes sociais no Brasil deve crescer mais de 20% até o final de 2023, chegando a aproximadamente 114,5 milhões de pessoas acessando ativamente serviços como o Instagram e outros. Fonte: Tecmundo Data: 20 fev. 2020. Leia a notícia na íntegra: https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/ 150579-redes-sociais-devem-crescer-20-brasil-2023.htm NA PRÁTICA A empresa Alpargatas, que produz as sandálias Havaianas, é um dos 33 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S grandes cases do Brasil de reposicionamento de marca e utilização ade- quada dos 4 Ps. Quando surgiram as sandálias o público era predomi- nantemente das classes C e D. Os produtos tinham design confortável, simples, preços baixos e locais de vendas acessíveis. Embora não fos- se um problema, a empresa buscava reposicionar sua marca e mudar o posicionamento. A partir disso, criaram a campanha "Todo Mundo Usa". Com o lançamento da marca Havaianas Top, vieram modelos mais sofisticados e gradualmente passaram a alcançar diferentes públicos. Atualmente, a marca atinge dezenas de países, com modelos distintos e franquias especializadas. Pensando nos 4 Ps, podemos pensar que em PRODUTO, houve uma mudança nas cortes, estilos, embalagens e design. É possível encontrar de modelos mais simples até alguns pen- sados para ocasiões especiais. A variedade, aliás, foi um atributo para mudar a percepção de marca. A abertura de franquias reconfigurou o P Praça, criando um ambiente para os potenciais públicos. Atualmente há produtos disponíveis desde mercados até franquias em ruas ou sho- pping centers. Com o reposicionamento, houve aumento dos Preços, o terceiro P. Isso ocorreu por conta de um reposicionamento, entregando valor adicionado e design, além da análise de concorrência, que impac- tou. Já no P promoção, houve um encaminhamento para uma busca pela personalização, com comerciais descontraídos, com apelo para ar- tistas e pessoas que pudessem incorporar a diferença da marca. Fonte: Araújo; Rosas (2011) A estratégia do marketing da sandália Ha- vaianas. PARA SABER MAIS Filme sobre o assunto: O homem que mudou o jogo (Columbia Pictures, 2011) Jerry Maguire, a grande virada (Sony Pictures, 1996) 34 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S MUNDO DO TRABALHO E TRANSFORMAÇÕES Vivemos hoje em um mundo de aceleradas transformações tecnológicas e diversos fenômenos sociais, políticos, econômicos e cul- turais, ligados à globalização. Isso nos afeta de forma direta, e também influencia o mercado de trabalho. Diante da multiplicidade de mudanças, é comum se deparar com diversas dúvidas que vão desde a escolha de um curso, seja ele técnico, de capacitação, graduação ou pós-gradua- ção, até a decisão sobre deixar um emprego ou investir as economias em abrir um empreendimento. Multiplicaram-se as ofertas de formação, as demandas mercadológicas e a própria complexidade do comércio e dos serviços diante de uma veloz reconfiguração. Essa reconfiguração acontece por distintas razões, que podem MARKETING PESSOAL M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S 34 35 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S ser analisadas por diferentes óticas. Com a ascensão de um sistema mais liberal economicamente a partir dos anos 90, no mundo, cresceu a competitividade, o sistema ficou mais mecanizado e notadamente me- nos intensivo em pessoal. Cresceu, então a demanda por um trabalha- dor com visão mais ampla dos processos (GOMES, 2003). Os próprios ciclos de transformação acontecem cada vez mais rápido, obrigando a uma constante revisão para evitar a obsolescên- cia. Com isso, é crescente a importância do capital humano. Segundo De Botton (2009), a partir desse cenário complexo, é importante tomar o protagonismo da carreira profissional, desenvolvendo instrumentos, criando visão estratégica e buscando se capacitar em novas compe- tências. Competência, aliás, é uma palavra determinante nesse novo mundo do trabalho que gera expectativas e incertezas. Para Perrenoud, nas ciências da educação e do trabalho, identifica-se um amplo consenso em torno da seguinte definição: competência é o poder de agir com eficácia em uma situação, mobilizando e combinando, em tempo real e de modo perti- nente os recursos intelectuais e emocionais (2013, p.45). O autor acrescenta que no mundo do trabalho, conseguir de- senvolver as competências não é uma escolha, apenas uma condição essencial. É necessário saber aprender, evoluir, transformar-se. Mas competências para que e para quem? Há muitas perguntas diante de um cenário onde profissões deixam de existir a cada momento, e outras demandas emergem a partir de necessidades, dispositivos tecnológicos e possibilidades digitais. Ciampa et al, destaca sobre o mercado: tornou-se mais tecnológico e intelectualizado, ficou menos dependente de hierarquias, passou a exigir um alto e contínuo grau de preparação e edu- cação, competências como flexibilidade, adaptabilidade, compartilhamento e cooperação, passando a valorizar também a criatividade, a inovação e as atitudes empreendedoras (2014, p. 14). As transformações passam por desenvolvimento da inteligência artificial, big data, business intelligence e vários outros termos ganhando dimensões novas nas rotinas corporativas. Com isso, a ideia de ter uma formação fixa, uma trajetória estável em uma mesma organização e fun- ções imutáveis, como ocorreu até outrora, ficam em xeque. Diferentes consultorias de carreira apontam, inclusive, que profissionais que estão se formando agora terão até cinco carreiras diferentes ao longo da vida, uma prova da flexibilidade e dimensão mutável em que vivemos. Com isso, um cenário de maior mobilidade, liquidez e agilida- de, verificamos, por vezes, um descompasso entre instituições de en- 36 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S sino, organizações, governos e dinâmica de desenvolvimento técnico e social, gerando tensões e dificuldades. Preconiza-se que o profissional que está inserido nessa realidade consiga ter um olhar sistêmico, amplo e complexo, compreendendo a partir da aprendizagem contínua, leitura, atualização e networking, como pode se propor enquanto protagonista. Com uma lógica empresarial desafiada pela tecnologia, algu- mas lógicas de regramentos, legislações e códigos se tornaram mais flexíveis. Algumas provas disso são a crescente terceirização de ser- viços, a economia compartilhada, como Uber, Airbnb e Netflix, onde a aposta no serviço não está na produção, mas no capital social tecno- lógico capaz de unir esforços existentes e oferecer ao usuário. Outra demonstração dessa transformação é a crescente ascensão da ideia de empreendedorismo, seja pela defasagem de áreas formais, seja por intenção, vontade ou ambição pessoal. Uma pesquisa apresentada em 2017, pela Federação das In- dústrias do Rio de Janeiro, mostra que dois em três jovens no Brasil pensa em empreender. Um dos dados encontrados no levantamento na comparação com outros países mostra uma disposição diferente da- quela encontrada como parâmetro até agora Ainda que os jovens empreendedores brasileiros não se sintam tão aprisiona- dos pela estrutura de trabalho das corporações, eles estão menos dispostos a sacrificar a vida pessoal em prol do trabalho e possuem menor predileção pela figura do chefe como guia para as decisões do que a média estrangei- ra. Dessa forma, não surpreende que eles valorizem menos a estabilidade profissional, frequentemente associada a grandes empresase instituições sólidas, do que seus pares estrangeiros (FIRJAN, 2016, p. 8). Outra pesquisa, essa da Fundação Getúlio Vargas em parceria com a empresa PWC, divulgado em 2014, mostra que assumir responsa- bilidade e liderança são demandas que disparam como mais relevantes 37 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Figura 6 - Características mais pertinentes aos novos modos de trabalho Fonte: Relatório o futuro do trabalho FGV/PWC 2014 Ciampa Et Al (2014) descreve algumas competências como fundamentais no trabalho em meio ao século XXI. São elas: lidar com problemas, inovar, aprender, empatia, conhecimento tecnológico, apren- dizado contínuo, liderança, iniciativa, planejamento, relacionamento in- terpessoal, visão global, negociação, automotivação, equilíbrio emocio- nal, criatividade, comunicação, comprometimento, trabalho em equipe, aceitação de risco, empreendedor. 38 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Segundo um relatório do World Economic Forum, de 2015, algumas habilidades importantes para o profissional do futuro já estão mapeadas. São elas flexibilidade cognitiva (capacidade de pensar diferente, imaginar caminhos novos), capacidade de nego- ciação (com clientes, colegas, gestores diante das transformações recorrentes no mercado), orientação para servir (preocupação para ajudar e atender aos outros, orientando diante das mudan- ças), julgamento e tomada de decisões (examinar dados e usar o big data para tomar decisões estratégicas), inteligência emocio- nal (reconhecer e avaliar emoções estabelecendo empatia), coor- denação com outros (coordenar ideias, avaliações e habilidades juntas), gestão de pessoas (pensar os funcionários como recur- sos valiosos), criatividade (ideias inovadoras para tirar vantagem das mudanças), pensamento crítico (capacidade de usar a lógica e raciocínio) e resolução de problemas complexos (habilidade para solucionar problemas novos e distintos dos atuais). Como destacam os autores, essas competências não têm a ver apenas com os novos profissionais, mas todos os trabalhadores. E é praticamente impossível pensar que todos consigam desenvolver um conjunto completo dessas competências, então o importante é avaliar o que é mais compatível com necessidades do mercado, crenças pesso- ais e perspectiva a partir da área, região, interesse, etc. PLANEJAMENTO DE CARREIRA Ciampa et al (2014) lembra que a palavra carreira deriva do latim e está ligada a história de um indivíduo profissionalmente em um determinado período. Nesse sentido, Dutra conceitua carreira como: as sequências de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante a vida de uma pessoa. A carreira envolve uma série de estágios e a ocorrência de transições que refletem necessidades, motivos e aspirações individuais e expectativas e imposições da organização e da sociedade (2011, p. 17). Essa definição é importante porque ao debater o planejamen- to, faremos referência a um conceito geral, que passa por uma constru- ção pessoal, mas também pelo que se considera mercadologicamente 39 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S carreira. Uma carreira está diretamente ligada à reputação, imagem e credibilidade que determinado profissional constrói em sua trajetória. Também tem a ver com competências desenvolvidas e resultados que se alcançou ao longo de uma vida ou tempo de atuação profissional. Já, Oliveira (2013) entende que carreira está ligada a um conjunto de ações pensadas e estruturadas que mostram a evolução de cada um, a partir de demandas das organizações, dos próprios indivíduos e dos grupos onde o profissional está inserido. Como abordado anteriormente, nas últimas décadas os am- bientes organizacionais tornaram-se mais mutáveis e maleáveis, diante da interdependência e velocidade das transformações. Ciampa Et al (2014) lembra que a ideia de emprego formal, quando um profissional tinha uma capacitação que o assegurava, de certa forma definitivamen- te para uma área, empresa ou atuação, mudou. Essa realidade, claro, causa desconforto, desamparo. Afinal, como não se preocupar com a perda dos postos de trabalho existentes? A resposta para essa questão está ligada à capacidade de ser empregável. A empregabilidade está relacionada ao fato de adquirirmos novos conheci- mentos e habilidades capazes de assegurar o emprego dentro ou fora da empresa. Portanto, perder a empregabilidade é pior do que perder o empre- go. A empregabilidade agrega valor aos profissionais e às empresas e está baseada em: autoconhecimento, plano de desenvolvimento de carreira e vi- sibilidade. Conhecer-se é ter clareza do que você̂ possui de competências, qualidades, virtudes e necessidades a serem melhoradas e desenvolvidas (Ciampa, Et Al, 2014, p. 34). É necessário, portanto, estabelecer um plano de desenvolvi- mento para cada profissional, visando aumentar seu nível de empre- gabilidade. Isso está ligado a aspectos envolvendo a formação, a per- sonalidade e o comportamento. É importante lembrar que o nível de conhecimentos que vai existir em uma organização está diretamente ligado aos profissionais que fazem parte dela. São suas ideias, modos de agir e pensar que fazem o ecossistema de negócios. Criar estratégias para aumentar o nível de empregabilidade pas- sa por analisar e interpretar cenários, antecipar-se a tendências e apren- der, não apenas na educação formal, mas de forma autônoma por diver- sos instrumentos, canais e fontes. Desenvolver um plano de carreira é atentar para fatos, movimentos e perspectivas não apenas do profissional como da área onde ele atua. Ciampa et al (2014) descreve que o proces- so de planejamento passa por missão, análise de ambiente, autoconhe- cimento, plano de carreira e avaliação, como vemos na figura a seguir: 40 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Figura 7 - Processo de planejamento de carreira Fonte Ciampa Et Al (2014) 41 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Oliveira (2018, p. 71) propõe uma metodologia para elaborar e desenvolver um plano de carreira. A partir de seis fases e 17 etapas, o autor pretende discutir os componentes de um plano de carreira, os fatores condicionantes e os cuidados para planejamento nesta área. A primeira fase é de análise de mercado, onde se coleta infor- mações sobre o mercado de trabalho, possibilidades e identificação de aspectos positivos e negativos. Essa fase é dividida em quatro etapas que são: a busca por uma visão, ou seja, entender como se projeta a vida a partir de determinado contexto, olhando para empresas, merca- do, etc.; o estabelecimento de valores pessoais, que representam uma espécie de norte para cada pessoa, ou seja, crenças, ética pessoal, o que considera acertado, responsável, etc.; a identificação de oportuni- dades e ameaças, que pressupõe a análise de possibilidades, como chances, capacitações, investimentos e, do outro lado, coisas negati- vas, situações do mercado de trabalho que muitas vezes podem ser minimizadas se trabalhadas de forma antecipada; o debate de cenários permite que analise de forma sistêmica, o que vai possibilitar entender melhor critérios e medidas para se preparar para o que pode vir. Oliveira (2018, p. 78) acrescenta que a segunda fase envolve outro tipo de análise, a de vocação e capacitação profissional. A ideia é mostrar como o profissional se percebe ou se coloca dentro de suas capacidades e talentos. Também divididas em etapas, essa fase está diretamente ligada a discussão anterior, de atenção ao novo e complexo cenário. A primeira etapa dessa fase consiste em enxergar as aptidões de cada um, permitindo olhar para sua vocação como fator para progredir profissionalmente. A segunda etapa está ligada a habilidade para conquistar e aplicar diversos conhecimentos em diferentes momentos da atuação profissional. O autoravalia que esse aspecto está diretamente ligado ao reconhecimen- to de pontos fortes e fracos. "são esses pontos que proporcionam as dife- renças das realizações profissionais de cada pessoa." (p. 78). A terceira etapa da segunda fase é estabelecer os focos de atua- ção, olhando para a missão. Como destaca Oliveira (2018) é o que ajuda o profissional a direcionar seu olhar para um segmento de mercado, com os esforços de carreira. É importante manter a identidade profissional, sem tirar o foco da proposta. A quarta etapa consiste em ter uma postura estratégica, permitindo que cada profissional analise sua projeção dentro de seus focos de atuação, na atualidade ou futuramente. A terceira fase chamada pelo autor de estabelecimento da van- tagem competitiva está ligada a compreensão de uma realidade para otimizar o plano de carreira. Apenas duas etapas a compõem: a análise dos concorrentes, que se permite conhecer outros alunos, profissionais, colegas, etc. para entender melhor a dimensão do mercado de trabalho 42 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S e o estabelecimento de vantagem competitiva, que é compreender por- que o mercado assimila um profissional em detrimento de outro, perse- guindo diferenciais na carreira. A fase de número quatro consiste no estabelecimento de ob- jetivos e estratégias. É impossível falar em planejamento ou plano de carreira sem conhecer exatamente o que se persegue, como e com quais recursos. Para tanto, a etapa um dessa fase pressupõe o próprio estabelecimento de objetivos e metas, partindo da premissa de que "ob- jetivos são resultados quantificados e com prazos a serem alcançados para se consolidar o plano de carreira. Metas são etapas ou passos intermediários para se alcançarem os objetivos do plano de carreira" (p. 79). A outra etapa da fase quatro é, tendo em vista os objetivos e metas colocados anteriormente, o desenvolvimento de estratégias e projetos, que são exatamente formas de se alcançar o que se projeta, um mo- mento demandante de maior criatividade no plano. O estabelecimento do código de ética profissional é a fase cinco do plano de carreira. Veja que aqui não está se falando apenas no con- junto de normas de uma profissão, como advogado ou contabilista, mas de um conjunto mais sistêmico. A primeira etapa dessa fase consiste em estabelecer políticas, que são nada mais do que critérios para tomar de- cisões em relação a carreira, códigos pessoais que independem de área ou segmento, mas que pautam a conduta do profissional e a segunda etapa é, o código profissional, que segue um conjunto de diretrizes para cada área, organização, profissão, etc. Em suma, essa fase convida o profissional a pensar sua ética em diferentes frentes, para que ele eventu- almente não se depare com uma atividade, projeto ou ideia que o coloque em conflito pessoal, trabalhando contra propósitos em que acredita. Diferentes profissões aplicam distintos códigos de ética e conduta, normalmente elaborados por conselhos e federações profissionais, e por empresas ou organizações que contratam pro- fissionais. A ética profissional está ligada a disciplina, moral e cos- tumes, sendo uma proposta de base para exercício profissional das funções. Se espera, a partir da implantação da ética profis- sional, da formação de consciência de um grupo de profissionais. Além do próprio código de ética profissional, uma empresa pode ter a própria conduta regrada por algum código. A ideia é que os objetivos da empresa, e não de uma categoria profissional, sejam 43 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S alcançados. Muitas vezes, códigos de ética contam com regramen- tos em cartas, documentos oficiais, e até demandam juramentos específicos em formações profissionais. Já um código corporati- vo tenta apresentar mecanismos para que regras sejam seguidas, muitas vezes através de exemplos. A sexta fase é a análise da evolução profissional. Ela permite que se acompanhe o plano de carreira de cada um, através de diferen- tes etapas, sendo a primeira a análise da evolução profissional, onde se verifica, através de indicadores anteriormente definidos, como está evoluindo (ou não) a atividade do profissional. A segunda etapa é de desenvolvimento de estratégias para aprimoramento, onde se criam ou adotam ferramentas, possibilidades, pesquisas para gerar inovação e agregar valor ao que está sendo desenvolvido. A terceira, por sua vez, está ligada a qualidade do plano de carreira, que é "tudo que se faz em termos de aspectos intrínsecos, rastreados, de custos e de atendimento das expectativas das pessoas quanto ao seu futuro profissional” (p. 79). Também é importante entender que há componentes do plano de carreira, que são conhecimentos e atitudes que compõem a base de cada profissional. Os conhecimentos, por exemplo, são fundamentais em qualquer tipo de atividade. Seja você um prestador de serviços, um dono de pequeno negócio ou professor, terá que desenvolver um leque de conhecimentos para consolidar sua aplicação em algum contexto. Entre os conhecimentos estão o da própria atividade. Um profis- sional que trabalha em uma loja de roupas, por exemplo, deve conhecer o mercado, a precificação, o varejo como um todo, as tendências, etc. Outro conhecimento importante é o de administração ou gestão. Não se trata de necessariamente ser graduado na área ou ter lido manuais clássicos. É importante, que o profissional entenda a lógica sistêmica. Como funcionam diferentes departamentos? Como se interrelacionam? Como é o planejamento? Outro conhecimento trazido por Oliveira (2018) como funda- mental para o plano de carreira é o de ser generalista, mas com espe- cialização. Isso significa compreender o todo, na área e na empresa, também, mas se especializar ou focar em determinado segmento onde suas metodologias e diferenciais competitivos possam ser respaldados. Também é relevante o referencial de atuação, que nada mais é que cul- tura geral. Esteja atento ao noticiário, à cultura, às discussões sociais, às demandas humanas. Isso tudo contribui para um olhar mais comple- xo e menos suscetível dentro do plano profissional. Os profissionais também devem se direcionar para a inovação. Isso não significa, necessariamente, a técnica informática ou o domínio 44 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S de maquinários, mas o senso de oportunidade e visão para olhar proble- mas de outra forma ou entender diferentes soluções possíveis. Soma-se a esses conhecimentos o de administração do tem- po. É comum avaliarmos, hoje, profissionais de diferentes vertentes buscando dar cursos, palestras ou gravar vídeos sobre produtividade, procrastinação, etc. Quando se fala em conhecer e gerenciar o tempo, significa otimizar seus recursos, e não necessariamente se sobrecar- regar profissionalmente. Além deste, é fundamental, por fim, ser ético e desenvolver situações alternativas, que ajudem a pensar de forma estratégica o cotidiano e as aplicações de rotinas corporativas. Acrescenta-se aos conhecimentos, habilidades importantes para desenvolver um plano de carreira. Enquanto os conhecimentos dão conta do saber, é importante o "saber fazer". São habilidades a ati- tude proativa, o bom relacionamento com as pessoas, o conhecimento pessoal para saber trabalhar com erros - e aprender com eles quando for o caso, ter autoavaliação recorrente (e não falamos daquelas autoa- valiações corporativas ou na faculdade, mas de uma percepção própria do profissional), ser agente de mudanças, entendendo a complexidade dos cenários e se entendendo como parte do processo e ter intuição. Também deve-se considerar habilidades importantes para o planejamento de carreira saber trabalhar em equipe, ter a capacidade de resolver conflitos, saber desempenhar novas tarefas e se adaptar às mudanças no mercado: "Lembre-se que, quanto mais a pessoa demora neste processode adaptação, mais dificuldades vai tendo em alcançar as novas realidades e necessidades do mercado" (OLIVEIRA, 2018, p 82). Por fim, é importante entender que, ainda que se trace todo um planejamento para costurar um plano de carreira, há fatores externos que são determinantes, e também devem ser levados em conta pelo profissional. São eles a qualidade e intensidade dos relacionamentos, as mudanças nas empresas, que podem ser planejadas ou não, a es- trutura de poder e hierarquia e os riscos e frustrações Oliveira (2018) traduz os condicionantes e componentes do plano de carreira no quadro: 45 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S Figura 8 - Componentes do plano de carreira Fonte: Oliveira, 2016. Como elaborar um plano de carreira para ser um profis- sional bem-sucedido. MARKETING PESSOAL No início desta apostila, discutimos alguns conceitos de marke- ting que se aplicam a produtos e serviços e, posteriormente, discutimos como os profissionais se inserem e quais debates emergem a partir de tantas transformações tecnológicas e sociais. Discutimos, anteriormen- te, uma nova dinâmica que afeta as relações de trabalho, afetando de forma determinante a estabilidade e as construções rígidas no mundo corporativo. Usar ferramentas e estratégias podem ajudar profissionais a se tornarem protagonistas da própria carreira, como através de uma marca pessoal e técnicas e ferramentas no cotidiano. O marketing pessoal se configura nesse debate. Kotler concei- tua marketing pessoal como: [...] uma nova disciplina que utiliza os conceitos e instrumentos do marketing em beneficio da carreira e das vivencias pessoais dos indivíduos, valorizando o ser humano em todos os seus atributos, características e complexa estru- tura. É a estratégia adotada visando atrair, conquistar e desenvolver relacio- namentos, melhorando constantemente sua imagem, onde seus diferenciais, seus pontos fortes são evidenciados (2003, p. 91). A perspectiva é que se usem discussões já praticadas em em- presas e organizações em geral para alcançar sucesso. Há princípios e conceitos de mercado que podem ser adequados e aplicados ao desenvol- 46 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S vimento de cada pessoal através de uma estratégia de marketing pessoal. Dessa forma, pensando em um plano de marketing pessoal, o potencial do profissional é otimizado. Há uma valorização de habi- lidades, sejam elas naturais ou adquiridas. Assim como no marketing de produtos e serviços, alguns autores fazem livres adaptações para pensar no "produto pessoa". O primeiro P, que é a pessoa, portanto, está ligada a aceitação da imagem em um setor ou área de atuação. O segundo P, promoção, estaria ligado a criação de visibilidade, com a divulgação pessoal, aumentando oportunidades. O terceiro P, que seria ponto de venda ou praça, que no caso do marketing pessoal é onde o profissional expõe sua imagem, como redes sociais, currículo, redes de relacionamento etc. Por último, o quarto P, de preço, seria menos o valor financeiro, mas a valorização de atributos e qualidade. Construindo o Marketing Pessoal Assim como no marketing de produto, convencer eventuais inte- ressados, requer suscitar percepções e sentimentos. Isso quer dizer que o profissional deve cuidar de si assim como uma marca de uma empresa toma cuidados em relação ao seu produto e serviço. Ciampa lembra que a construção da sua marca pessoal, deve ser bem alicerçada, ou seja, requer aprimoramento contínuo, aproveitar as oportunidades de novos aprendiza- dos, leituras que “edifiquem” a solidez da sua marca, ou seja, conteúdos de valor (livros, artigos científicos, revistas especializadas no segmento em que você̂ pretende atuar, documentários etc.); é dessa forma que você̂ agregará conteúdo e conhecimento de valor que poderá́ aplicar no seu dia a dia pro- fissional (2014, p. 26). Construir a nossa marca, assim como um produto, passa pelas sensações despertadas nos ambientes em que interagimos. Ainda que um profissional tenha diplomas, certificações e experiências, sua cons- trução tem a ver com a imagem construída, percebida e avaliada. Isso significa que o profissional deve evitar, a todo custo, a venda de uma ima- gem que ele não pode sustentar, por qualquer razão. Assim como em um produto, construir a imagem profissional de forma positiva pode demorar muito tempo, mas uma mentira pode comprometer todo esse trabalho. Para desenvolver uma marca pessoal, é necessário considerar alguns aspectos. O primeiro deles é pensar que não há um único esfor- ço na construção dessa marca. Ela está alicerçada sobre valores, éti- ca, qualidade do trabalho, desempenho e flexibilidade. Também se faz 47 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S importante lembrar que avaliar a imagem é algo que recorrentemente fazemos com marcas de produtos, serviços, personalidades, mas que podemos fazer também profissionalmente conosco. Ritossa (2011) lem- bra que "uma vez que a percepção de como os outros nos veem é fun- damental para compreendermos a nossa imagem, não devemos confiar apenas na nossa opinião" (p. 22). Significa dizer que ao entender a construção do seu perfil é importante ouvir colegas, clientes, amigos e contatos. Por fim, é importante estar continuamente corrigindo eventu- ais erros ou distorções encontradas nesse caminho. Lembre-se que a diferenciação pode vir de uma série de aspectos, inclusive intangíveis. Assim como ocorre no mercado de bens e serviços, é necessário pensar a construção da marca pessoal, tenha ela os valores que tiver, den- tro da ideia de segmentação e público-alvo. É claro que aqui não estamos falando de uma segmentação como a de um produto ou serviço, porque pensar em pessoas requer compreender uma subjetividade maior. Mesmo assim, é importante entender que "a melhor maneira de evitarmos a disper- são de nossos esforços é identificarmos um nicho de mercado com o qual possamos nos relacionar positivamente" (Ritossa, 2011, p. 24). É comum ouvir de profissionais, especialmente quando há uma dificuldade relacionada a empregabilidade, como uma demissão mas- siva ou mesmo um fechamento de ciclo de ensino, que "vai mandar currículo para todos os lados". Essa é uma prática que deve ser evi- tada justamente porque, de acordo com nossa formação, experiência, resultados, trajetórias, já que nossos atributos e competências não são relevantes para todos de forma igual. É possível que você esteja se perguntando como falar em pú- blico-alvo, já que se promover profissionalmente é muito diferente de vender um automóvel ou um computador. Tal qual as corporações, devemos nos preparar para efetuar algumas pes- quisas sobre o mercado de trabalho em geral e que nos municiem com in- formações geográficas, demográficas, psicográficas ou comportamentais a respeito das empresas, tais como: localização, área de atuação, tamanho, tendências de crescimento do segmento, cultura organizacional, políticas de recursos humanos, oportunidades de crescimento profissional e concorrên- cia, entre outros (RITOSSA, 2011, p. 26). Uma possibilidade para diagnosticar melhor como alcançar os públicos e segmentos que mais tem a ver com o perfil do profissional é a matriz Swot. Kotler (2000) explica que a análise SWOT é uma ava- liação de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças dentro de uma organização. Com ela, é possível entender onde mudar ou aprimorar uma estratégia para melhorar processos. 48 M A R K E TI N G P E SS O A L - G R U P O P R O M IN A S No marketing pessoal, pontos fortes podem ser habilidades ou competências onde o profissional pode mostrar vantagens. Os pontos fracos são aqueles que demandam aprimoramento. Não necessaria- mente estão ligados a questões técnicas, pode ter conexão com aspec- tos emocionais, relações de trabalho, etc. Oportunidades são chances para aprimoramento, evolução,
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