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Doenças periodontais na infância

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Layanne Vasconcelos 
Doenças periodontais 
 
Introdução 
 A doença periodontal é a 2ª doença de maior 
importância epidemiológica para a Odontologia; 
 Foi negligenciada durante anos pelos dentistas, 
principalmente em crianças e adolescentes; 
 A doença periodontal é uma das causas de perda 
precoce dos dentes e representa um problema de 
saúde pública; 
 Doenças gengivais; 
 Periodontites. 
Periodonto 
 Peri – ao redor de; 
 Odonto – dente; 
 Conjunto de tecidos que protegem e sustentam os 
dentes; 
 Função principal: inserir o dente no tecido ósseo e 
manter a integridade superficial da mucosa bucal; 
 Durante a infância sofre diversas modificações – 
erupção dentária, por isso, é importante 
reconhecer a normalidade. 
Periodonto de proteção 
 
Periodonto de inserção 
 
Características normais do 
periodonto na infância 
 Sofre alterações provenientes do processo de 
esfoliação e erupção dentária; 
 Sulco gengival pode atingir profundidade de até 
7mm; 
Características normais 
do periodonto de proteção 
 Contorno da gengiva marginal: 
• Criança: borda bem evidente e arredondada; 
• Posiciona-se coronariamente em relação a junção 
cemento-esmalte; 
 
 Cor da gengiva inserida: 
• Criança: coloração mais avermelhada; 
• Altura menor aumenta progressivamente com a 
idade; 
 
 Textura da gengiva inserida – “casca de laranja”: 
• Criança: pontilhado discreto ou inexistente; 
• Superfície lisa e brilhante; 
 
 Mucosa alveolar: 
• Criança: delgada e avermelhada; 
• Papila gengival em forma de sela; 
 
Exame do paciente 
 É de suma importância que o examinador conheça 
profundamente as características normais do 
periodonto nos seus aspectos anatômicos, 
fisiológicos, histológicos e radiográficos; 
 Saúde e normalidade não são conceitos estáticos. 
Representam uma gama de variações que 
refletem uma condição saudável. 
 Como os fatores predisponentes podem causar 
periodontopatias? 
 
 
Layanne Vasconcelos 
 
Diagnóstico 
 Diagnóstico das doenças periodontais é obtido por 
meio da comparação com o estado normal da 
gengiva e a partir da avaliação dos dados clínicos 
e radiográficos é que se pode ter noção da 
extensão e a gravidade da lesão. 
Classificação dos 
fatores etiológicos 
 Locais: 
• Biofilme dental; 
• Microorganismos; 
 Predisponentes: 
• Esfoliação e erupção; 
• Apinhamento dentário ; 
• Respiração bucal; 
• Cálculo dentário; 
• Aparelho ortodôntico; 
• Restaurações incorretas; 
 Fatores modificadores: 
• Alteram a evolução da doença agravando a 
sintomatologia; 
• Condições sistêmicas: 
• Distúrbios hormonais; 
• Diabetes; 
• Discrasias sanguíneas; 
• Fatores ambientais: 
• Nutrição; 
• Estresse; 
• Depressão; 
• Fatores traumatizantes: 
• Contatos oclusais permanentes; 
• Hábitos parafuncionais; 
• Fatores imunológicos: 
• Alguns indivíduos estão mais predisponentes às 
D.P. – identificação precoce do risco = prevenção. 
Periodontopatias 
 O tipo mais comum de doença periodontal que 
afeta crianças e adolescentes é a gengivite 
associada à presença de biofilme, com prevalência 
variada, chegando até mais de 90% das crianças 
com algum grau de alteração gengival. 
Gengivite 
 Almeida, T.C. avaliaram a prevalência de gengivite 
em 579 crianças de 7 a 12 anos, de escolas 
públicas da zona urbana de Marília–SP. Os 
resultados mostram que não foi verificada 
influência dos fatores idade e sexo na doença 
gengival e que o tipo de gengivite encontrado foi 
considerada inicial de severidade leve; 
 Aranha, L. A. avaliou a presença de gengivite em 
196 escolares de 12 anos, escolas públicas de Boa 
Vista–RR, 78,57% dos escolares apresentaram até 
20% de superfícies sangrantes. Mostrando que 
uma parcela importante das crianças examinadas 
apresentava gengivite, necessitando de medidas 
de controle da atividade da doença; 
 Cambrone, L. et al., avaliaram a prevalência de 
gengivite em 206 crianças com idades entre 7 e 14 
anos, e concluíram que a prevalência de 
inflamação gengival foi observada em todos os 
participantes, sendo que 95 (46,1%) gengivite leve 
e 111 (53,9%) de gengivite moderada; 
 Xavier, A.S. et al., avaliaram as condições gengivais 
em 93 crianças com idade de 6 a 12 anos, em 
Araçatuba-SP. Concluíram que 91,40% das 
crianças apresentaram gengivite, mas que 70,97% 
tinha gengivite leve. Apenas 8,6% ausências de 
gengivite. 
Periodontopatias – Gengivites 
 Inflamação do tecido gengival provocada pela 
placa bacteriana associada a fatores locais; 
 Temos alterações de forma, textura, cor, volume e 
contorno restrita ao periodonto de proteção e 
formação de bolsas gengivais ou falsas bolsas, 
detectadas através do sangramento à sondagem 
ou espontâneo; 
 A condição sistêmica, quando presente, pode 
agravar a inflamação causada por irritantes locais, 
mas nenhuma condição sistêmica por si só, 
provoca gengivite. 
Gengivite induzida por biofilme 
 
 Mais prevalente na infância; 
 Características clínicas: 
• Alterações de cor, tamanho, consistência e 
textura; 
• Alteração da margem gengival, aumento da 
vascularização e hiperplasia; 
• Papila – aprofundamento da área do col; 
• Profundidade do sulco “bolsa gengival”; 
• Sangramento provocado; 
• Ausência de dor; 
• Biofilme; 
 Tratamento: 
• Motivação do paciente à higiene bucal; 
• Revelação do biofilme; 
• Escovação orientada; 
• Raspagem, alisamento e polimento. 
 
 
 
 
 
Layanne Vasconcelos 
 
Gengivite não induzida 
por biofilme 
 
 Gengivite eruptiva; 
 Características clínicas: 
• Inflamação gengival; 
• Fibrose gengival; 
• Dor, febre; 
• Perda de apetite; 
• Sulco 7mm; 
 Tratamento: 
• Manutenção de uma boa higiene bucal; 
• Controle; 
 Gengivite não induzida por biofilme: Anti-
convulsivantes: 
 Características clínicas: 
• Hiperplasia generalizada; 
• Indolor; 
 Tratamento: 
• Cirurgia; 
• Higiene. 
 Em casos que não vai se parar o 
anticonvulsivante, faz cirurgia? 
Gengivite associada 
ao respirador bucal 
 
 Características clínicas: 
• Hiperplasia; 
• Ressecamento; 
• Irritação gengival; 
 Tratamento: 
• Correção do hábito; 
• Cirurgia. 
Gengivoestomatite Herpética 
 
 A Gengivoestomatite Herpética Aguda é a primeira 
infecção causada pelo Vírus Herpes Simples 
(HSV); 
 HSV-1 
HSV-2 
 O HSV → parasita intracelular obrigatório 
apresenta grande afinidade por células: 
SNC Ectodérmicas 
 (G.E.H.A) – 1 a 6 anos de idade; 
 Características clínicas: 
• Sintomatologia aguda; 
• Vesículas pequenas; 
• Úlceras dolorosas; 
• Febre; 
• Salivação aumentada; 
• Irritabilidade; 
• Dor à mastigação; 
• Enfartamento ganglionar; 
 Contágio: 
• Contato mucocutâneo direto com secreções 
infectadas pelo vírus; 
 Período de incubação: 
• 7 a 14 dias; 
 Tratamento: 
• Sintomático e de suporte → autoresolutiva; 
• Importante! Higienizar a região afetada; 
 Tratamento: 
• Bochechos com antissépticos; 
• Violeta de genciana 2%; 
• VASA; 
• Aciclovir; 
• Vitaminas C/Cetiva AE; 
• Complexo B. 
Gengivite da puberdade 
 
Layanne Vasconcelos 
 
 Características clínicas: 
• Adolescência (11 a 14 anos); 
• Alteração tecidual; 
• Papilas avermelhadas (hiperplásicas); 
• Resiste a terapêutica rotineira; 
 Tratamento: 
• Higiene oral; 
• Controle periódico (raspagem, polimento e 
curetagem gengival). 
Gengivo ulcero necrosante 
 
 GUN; 
 Rara em pré-escolares; 
 Pacientes mais afetados são adolescentes e 
adultos jovens; 
 Infecção gengival aguda e de etiologia complexa; 
 Sintomatologia: 
• Dor; 
• Sangramento; 
• Hálito fétido; 
• Hálito metálico; 
• Febre; 
 Ulcerações e necrose das papilas gengivais 
cobertas por pseudomembrana; 
 Fatores predisponentes: 
• Estresse; 
• Pacientes debilitados; 
• Deficiências nutricionais; 
• Má higiene oral; 
 Tratamento: 
• Limpeza profissional; 
• Enxaguantes bucais; 
• Antibióticos; 
• Analgésicos; 
• Higiene oral; 
 Gitirana, V.F. et al. (2003), avaliaram um programa 
de educação odontológica escolar em 30 crianças 
de 4 a 5 anos de idade,por meios de métodos 
educativos e preventivos, e obtiveram resultados 
que demonstraram diminuição no índice de placa 
gengival com diferença estatística significante 
após aplicação do programa de educação em 
saúde; 
 Santos, C.S. et al. (2006), avaliaram o efeito de um 
programa em saúde bucal em 67 crianças de 6 a 8 
anos de idade. O programa foi composto por 
palestras, cartilhas e higiene bucal supervisionada 
por 2 semanas, intercaladas por uma semana de 
palestras. Após 3 meses de acompanhamento, os 
autores concluíram a efetividade do programa, 
observando uma redução significativa dos índices 
de higiene oral e gengival, quando comparado aos 
exames iniciais. 
Periodontopatias – Periodontite 
 
 Quando o processo inflamatório atinge, além do 
periodonto de proteção (gengiva), as estruturas 
do periodonto de sustentação (ligamento 
periodontal, cemento radicular e osso alveolar); 
 Características clínicas: 
• Bolsa periodontal; 
• Mobilidade dentária; 
• Migração dos dentes; 
• Dor provocada; 
• Halitose; 
 Características radiográficas: 
• Reabsorção óssea alveolar; 
 
 Tratamento: 
• Controle do biofilme; 
• Eliminação de fatores predisponentes; 
• Reequilíbrio dos fatores sistêmicos. 
Conclusão 
 Medidas preventivas devem ser instituídas para 
afetar e modificar o comportamento e o ambiente 
dos indivíduos o mais precocemente possível, 
reduzindo assim o risco à doença periodontal em 
todos os pacientes, principalmente os mais 
suscetíveis; 
 Programas de promoção de saúde bucal 
mostram-se eficazes em relação ao controle da 
doença periodontal.

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