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Trabalho Processos psicológico básico , percepção, aprendizado e memória

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Trabalho
 De 
 Processo psicológico Básico, Percepção, Aprendizado e Memoria 
Principais tipos de ilusão de ótica e os fenômenos cognitivos envolvidos e as principais teorias que explicam seu funcionamento:
O Cognitivismo é, em parte, uma síntese das formas anteriores de análise, como o Behaviorismo e o Gestaltismo. A Psicologia Cognitiva utiliza uma análise quantitativa precisa para estudar como as pessoas aprendem e pensam. Uma abordagem mais recente é o Cognitivismo.
Em Psicologia Cognitiva compreende-se alguns objetivos da pesquisa, tais como: coleta; análise de dados; desenvolvimento de teorias; formulação; e testagem de hipóteses. 
A coleta de dados e a análise estatística auxiliam os pesquisadores na descrição dos fenômenos cognitivos. Todavia, a maioria dos psicólogos cognitivos desejam entender além da cognição. Buscam também, entender o motivo do pensamento para explicar e descrever a cognição. Esse processo resulta na geração de hipóteses, proposições experimentais em relação às consequências empíricas esperadas, como os resultados da pesquisa.
Os pesquisadores buscam coletar a maior quantidade possível de informações a respeito de um determinado fenômeno, podendo ter ou não noções preconcebidas em relação àquilo que poderão encontrar durante a coleta dos dados. 
Muitos psicólogos cognitivos têm esperança de usar os conhecimentos obtidos por meio da pesquisa para auxiliar as pessoas a utilizarem a cognição em situações reais. Os psicólogos cognitivos usam vários métodos para explorar a forma que os seres humanos pensam. Esses métodos são: (i) experimentos de laboratório; (ii) pesquisa psicobiológica; (iii) autoavaliações; (iv) estudos de caso; (v) observação naturalística; e (vi) simulações por computador.
	Existem ideias norteadoras da Psicologia Cognitiva – que são aplicados independente dos fenômenos específicos estudados. Os dados na psicologia cognitiva, por exemplo, só podem ser compreendidos completamente na teoria explanatória com o uso de dados empíricos. 
A ciência não é apenas um conjunto de fatos coletados de forma empírica, ela comporta fatos que são explicados e organizados por teorias científicas. A teoria faz com que se compreendam as limitações das generalizações empíricas e porque ocorrem. Entretanto, a teoria sem dados é vazia. 
Logo, teorias e dados dependem uns dos outros. As teorias geram as coletas de dados, que, por sua vez, ajudam a corrigi-las.
A cognição é, geralmente, adaptativa, mas não em todas as instâncias específicas. Quando o ser humano comete erros, é impressionante como os sistemas cognitivos funcionam bem. Pode-se perceber, aprender, recordar, raciocinar e solucionar problemas com enorme precisão. Isso ocorre mesmo com uma grande quantidade de estímulos. 
Qualquer estímulo pode desviar o indivíduo do processamento adequado da informação. Todavia, os mesmos processos que levam a perceber, recordar e raciocinar com precisão na maioria das situações, podem levar ao erro. As mesmas características que os tornam altamente eficientes dentro da enorme gama de circunstâncias, podem torná-los ineficientes em outras circunstâncias específicas. Portanto, os seres humanos representam uma adaptação altamente eficiente, porém imperfeita, dos ambientes que enfrentam. Os processos cognitivos interagem uns com os outros e também com processos não cognitivos.
Para grandes autores, a percepção é o conjunto de processos pelos quais é possível reconhecer, organizar e entender as sensações provenientes dos estímulos ambientais. A existência de ilusões perceptivas indica que aquilo que se sente não é necessariamente o que é percebido na mente. 
A visão tem início quando a luz passa através da camada protetora do olho. Essa camada, a córnea, é um domo claro que protege o olho. 
A questão de onde se deve estabelecer o limite entre a percepção e a cognição - ou mesmo entre a sensação e a percepção - é motivo de grande divergência. As questões da sensação se concentram nas qualidades da estimulação. A informação sobre a mesma cor/ tonalidade responde a diferentes questões para a percepção, que são normalmente questões de identidade, forma, padrão e movimento. 
A cognição ocorre à medida que essa informação é utilizada para servir a outros objetivos. Na adaptação sensorial, as células receptoras se adaptam à estimulação constante ao deixar de disparar até que haja uma mudança na estimulação. Por meio da adaptação sensorial, pode-se parar de detectar a presença de um estímulo. Este mecanismo garante que a informação sensorial possa mudar de forma contínua.
 Em razão da adaptação sensorial da retina (superfície receptora do olho), os olhos constantemente realizam rápidos movimentos, que, por sua vez, criam constantes alterações na localização da imagem projetada no interior do olho. Para estudar a percepção visual, os cientistas inventaram um modo de criar imagens estabilizadas. Estas imagens não se movimentam na retina porque, na realidade, elas seguem os movimentos dos olhos.
Constância Perceptiva
 A constância perceptiva ocorre quando a percepção de um objeto permanece igual, mesmo quando a sensação proximal do objeto distai se altera (Gillam, 2000). As características físicas do objeto distai externo provavelmente não estão mudando, mas, porque ao ser humano é possível lidar efetivamente com o mundo externo, o sistema perceptivo possui mecanismos que ajustam a percepção do estímulo proximal. Dessa maneira, a percepção se mantém constante, embora a sensação proximal mude. Dentre os diversos tipos de constâncias perceptivas, consideram-se dois principais: constância de tamanho e de forma. A constância de tamanho é a percepção de que um objeto mantém o tamanho, apesar das mudanças no tamanho do estímulo proximal. O tamanho de uma imagem na retina depende diretamente da distância do objeto em relação ao olho. O mesmo objeto colocado em duas distâncias diferentes projeta imagens de tamanhos diferentes na retina. Algumas ilusões surpreendentes são obtidas quando os sistemas sensoriais e perceptivos são enganados pela mesma informação, que normalmente auxilia o indivíduo a adquirir a constância de tamanho. Apresenta a ilusão de Ponzo, na qual dois objetos que parecem ser de tamanhos diferentes são, na verdade, do mesmo tamanho. A ilusão de Ponzo resulta da impressão de profundidade criada pelas linhas convergentes. Imagens de tamanhos equivalentes em profundidades diversas normalmente indicam objetos de tamanhos diferentes. Outro exemplo é a ilusão de Müller-Lyer, nesse caso, dois segmentos de reta com o mesmo comprimento parecem ter comprimentos diferentes. Ambos são do mesmo tamanho, mas o tamanho do círculo central relativo aos círculos ao seu redor afeta a percepção de tamanho do círculo central. Assim como a constância de tamanho, a constância de forma está relacionada à percepção das distâncias, mas de um modo diferente. A constância de forma é a percepção de que um objeto mantém a mesma forma, apesar das mudanças na forma do estímulo proximal
Percepção de Profundidade
À medida que se movimenta em seu ambiente, o indivíduo está sempre olhando em volta e se orienta visualmente no espaço em três dimensões. Ao olhar para frente à distância, olha-se para a terceira dimensão da profundidade. A profundidade é a distância de uma superfície, em geral, usando-se o próprio corpo como superfície de referência em termos de percepção de profundidade. Vamos ver o que acontece quando se transporta o próprio corpo ou se movimenta para alcançar objetos, ou mesmo quando se posiciona no mundo tridimensional. E preciso utilizar todas essas informações com relação à profundidade. também descreve a paralaxe de movimento, a única pista de profundidade monocular que não está na figura. A paralaxe de movimento requer movimento e, portanto, não pode ser utilizada para avaliar a profundidade em uma imagem estática, como, por exemplo, uma fotografia. Outro método de avaliar a profundidade compreende as pistas de profundidadebinoculares, baseadas na recepção da informação sensorial em três dimensões para ambos os olhos (Parker, Cumming, Dodd, 2000
também resume algumas das pistas binoculares usadas para a percepção da profundidade. As pistas de profundidade binoculares usam o posicionamento relativo aos olhos do indivíduo. Os dois olhos estão posicionados com distância suficiente para levar dois tipos de informação ao cérebro: a disparidade binocular e a convergência binocular. Na disparidade binocular, ambos os olhos enviam imagens cada vez mais diferentes ao cérebro, à medida que
os objetos se aproximam. O cérebro interpreta o grau de disparidade com indicação da distância até o espectador. Além disso, para os objetos vistos em lugares relativamente próximos, o espectador usa as pistas de profundidade baseadas na convergência binocular. Na convergência binocular, os dois olhos viram cada vez mais para dentro à medida que os objetos se aproximam. O cérebro interpreta esses movimentos musculares como indicações da distância. como esses dois processos funcionam. O cérebro contém neurônios especializados na percepção da profundidade, conhecidos, obviamente, como neurônios binoculares, que integram a informação que chega dos dois olhos para formar a informação sobre profundidade. Os neurônios binoculares são encontrados no córtex visual
A Abordagem Gestaltista
a abordagem gestaltista de configuração perceptiva, com base na idéia de que
o todo é diferente da soma de suas partes individuais . A abordagem
gestaltista provou ser especialmente útil para o entendimento de como se percebem grupos
de objetos ou mesmo partes deles para formar todos integrais
Princípios de Percepção Visual da Psicologia da Gestalt
Figura-fundo Quando se percebe um campo visual, alguns objetos (figuras) parecem destacar-se e outros aspectos do campo recuam no fundo
Proximidade Quando se percebe uma variedade de objetos, tende-se a ver os que estão próximos como um grupo.
Semelhança A tendência é agrupar objetos com base em sua semelhança
Continuidade A tendência é perceber formas que fluem de modo regular ou contínuo ao invés de formas interrompidas ou não contínuas
Fechamento Tende-se a fechar ou completar objetos que, na realidade, não são completos
Simetria Tende-se a perceber objetos como se formassem imagens de espelho ao redor do próprio centro. Por exemplo, quando se vê a Figura uma configuração de parênteses, colchetes e chaves, a variedade se enxerga formando quatro conjuntos de sinais, ao invés de oito itens individuais, porque se integram os elementos simétricos em objetos coerentes
Sistemas de Reconhecimento de Padrões
 O primeiro sistema é especializado no reconhecimento de partes de objetos e na montagem dessas partes em todos distintos 
O segundo sistema, muitas vezes, é o mais importante para o reconhecimento de fisionomias. Assim, ao olhar para um amigo que você vê todos os dias, irá reconhecê-lo usando o sistema configuracional
O reconhecimento de fisionomia ocorre, ao menos em parte, no giro fusiforme do lobo temporal
Percepção Direta
De acordo com a teoria da percepção direta de Gibson, o conjunto de informações nos receptores sensoriais, inclusive o contexto sensorial, é tudo de que o homem necessita para perceber qualquer coisa, ou seja, o ser humano não necessita de processos cognitivos superiores ou qualquer outra coisa para mediar as experiências sensoriais e as percepções. As crenças existentes ou os processos de pensamentos de inferências de níveis elevados não são necessários à percepção
Gibson acreditava que, no mundo real, as informações contextuais suficientes, com o passar do tempo, geralmente existem para que julgamentos perceptuais sejam feitos. Ele afirma que o ser humano não precisa apelar para os processos intelectuais de alto nível para explicar a percepção
Teorias Ascendentes {Bottom-up) e Descendentes (Top-dov/n)
As teorias que começam com o processamento de características de nível elementar são chamadas de teorias ascendentes {bottom-up), ou seja, são acionadas por dados (isto é, por estímulos). Entretanto, nem todos os teóricos se detêm nos dados sensoriais do estímulo perceptual e muitos preferem as teorias descendentes (top-dourn.), que são conduzidas por processos cognitivos de nível elevado, pelo conhecimento existente e pelas expectativas anteriores que influenciam a percepção (Clark, 2003). Essas teorias, então, operam considerando os dados sensoriais, como o estímulo perceptivo. As expectativas são importantes. Sempre que as pessoas esperam para ver algo, elas o verão mesmo que isso não esteja ali no momento ou já não exista. Pot exemplo, supondo que alguém espere ver uma determinada pessoa em um determinado lugar. Esse indivíduo pode pensar que vê aquela Pessoa, mesmo que esteja vendo, na realidade, outra pessoa que apenas vagamente lembra aquela outra (Simons, 1996). As abordagens descendentes (top-down) e ascendente (bottom-up) são aplicadas em praticamente todos os aspectos da cognição. Com relação à percepção, existem duas teorias importantes que expressam as abordagens ascendente (bottom-up) e descendente (top-down), mas que, de algum modo, podem lidar com diferentes aspectos do mesmo fenômeno. Em última análise, uma teoria completa da percepção precisa compreender tanto os processos ascendentes (bottom-up) como os descendentes (top-down).
 
Teorias Ascendentes [bottom-up)
As quatro teorias bottom-up mais importantes da petcepção da fotma e do padrão são: as teorias do gabarito, as teorias do protótipo, as teotias das características e as teorias da descrição estrutural.
Teorias do Padrão
Uma teoria afirma que todas as pessoas possuem armazenada na mente uma enorme quantidade de padrões, que são modelos altamente elaborados para os moldes que as pessoas poderão reconhecer. Reconhece-se um molde pela comparação deste com o conjunto de padrões. A seguir, escolhe-se o padrão certo, que combina perfeitamente com aquilo que se está observando (Selfridge, Neisser, 1960). Vêm-se exemplos de combinações de padrões na vida diária. As impressões digitais correspondem-se dessa maneira. As máquinas processam
rapidamente os números impressos nos cheques, comparando-os aos padrões (gabaritos). Cada vez mais, produtos de todos os tipos são identificados por meio dos códigos universais de produtos (CUPs ou "códigos de barra"), que podem ser lidos e identificados por computadores no ato da compra. Jogadores de xadrez - que conhecem muitas jogadas- utilizam-se da estratégia de combinação de acordo com a teoria do padrão para poderem se lembrar dos jogos anteriores
Em cada um dos exemplos citados, o objetivo de se encontrai uma correspondência perfeita e desconsiderar as correspondências imperfeitas orienta a tarefa. Seria alarmante, por exemplo, descobrir que o sistema bancário de reconhecimento de números deixou de registrar um depósito em sua conta corrente. Isso pode acontecer porque o sistema do banco estava programado para aceitar um caractere ambíguo, segundo o que parecesse a melhor possibilidade. Para a correspondência de padrões, apenas uma correspondência exata será suficiente. E é exatamente isso o que se espera do computador do banco. Entretanto, consideremos o sistema perceptivo agindo em situações cotidianas. Ele raramente funcionaria caso se exigissem correspondências exatas para todos os estímulos a serem reconhecidos. Imagine-se, por exemplo, precisar de padrões mentais para cada percepto possível do rosto
de alguém que se ama ou um para cada expressão facial, ou cada ângulo de visão, cada penteado ou cada vez que se aplica ou remove maquiagem. As letras do alfabeto são mais simples que as fisionomias e outros estímulos complexos. De qualquer modo, as teorias de correspondência de padrões (ou gabaritos) também não explicam alguns aspectos da percepção das letras. Por exemplo, essas teorias não explicam a percepção humana das letras e das palavras na Figura 3.15. É possível identificar duas letras
diferentes (A e H) a partir de somente uma forma física. Hoffding (1891) observou outros problemas.E possível se reconhecer um A como A independentemente das variações no tamanho, na orientação e na forma nas quais a letra está escrita. Deve-se, então, acreditar que o ser humano possui padrões mentais possíveis para cada tamanho, orientação e forma de uma letra? Armazenar, organizar recuperar tantos padrões na memória seria muito complicado.
Além disso, como se anteciparia ou se criaria tantos padrões para cada objeto de percepção concebível
Teorias dos Protótipos
A complicação e a rigidez das teorias dos padrões rapidamente deram origem a uma explicação alternativa para a percepção de padrões: a teoria da correspondência de protótipos. O protótipo é uma espécie de média de uma classe de objetos ou padrões relacionados que integra todos os traços mais característicos (e mais frequentemente observados) daquela classe. Ou seja, o protótipo é altamente representativo de um padrão, mas não pretende oferecer uma correspondência exata ou idêntica de qualquer padrão ou de outros padrões
que representa. Há uma grande quantidade de pesquisas que sustenta a abordagem de correspondência de protótipos (por exemplo, Franks, Bransford, 1971).O modelo de protótipo parece explicar a percepção das configurações. Entre os exemplos estão um conjunto de pontos, um triângulo, um diamante, uma letra F, um M ou até mesmo uma configuração aleatória (Posner, Goldsmith, Welton, 1967; Posner, Keele, 1968) ou desenhos extremamente simplificados de fisionomias (Reed, 1972). Os protótipos incluem até mesmo feições muito bem definidas criadas pela polícia, chamados de identikits, que são normalmente utilizados para a identificação de testemunhas (Solso, McCarthy, 1981; Figura3.17). Surpreendentemente, parece que o ser humano é capaz de formar protótipos até mesmo quando nunca tenha visto um exemplar que corresponda exatamente ao protótipo, ou seja, os protótipos que o indivíduo forma parecem integrar todos os traços mais característicos de um padrão. Isso ocorre mesmo quando nunca se tenha visto um único caso em que todas as características típicas sejam integradas ao mesmo tempo (Neumann, 1977). Considere uma ilustração dessa questão. Alguns pesquisadores geraram diversas séries de padrões, baseados em um protótipo. Em seguida, mostraram aos participantes a série de padrões gerados, contudo não apresentaram o protótipo no qual se baseavam os padrões. Mais tarde, mostraram novamente a série de padrões gerados aos participantes e também outros padrões, incluindo tanto os distratores como o padrão do protótipo. Nessas condições, os participantes não apenas identificaram o padtão do protótipo como aquele que haviam visto antes (por exemplo: Posner, Keele, 1968). Eles também ofereceram avaliações particularmente altas da própria segurança em ter visto o protótipo antes (Solso, McCarthy, 1981).
Teorias das Características:
Outra explicação alternativa da percepção de formas e padrões são as teorias de correspondência de traços ou características. De acordo com essas teorias, o indivíduo tenta estabelecer correspondência entre as características de um padrão e aquelas armazenadas na memória, ao invés de associar um padrão inteiro a um gabarito ou protótipo (Stankiewicz, 2003). Um desses modelos de correspondência de características é chamado de pandemônio, no qual" demônios" metafóricos - com funções específicas - recebem e analisam as características onde um estímulo (Selfridge, 1959). O modelo de pandemônio de Oliver Selfridge descreve "demônios da imagem", os quais passam uma imagem retinal de "demônios de características". Cada demônio de característica manifesta-se quando há correspondência entre o estímulo e a característica oferecida. Essas combinações são gritadas aos demônios no próximo nível da hierarquia, os "demônios (pensamentos) cognitivos", que gritam possíveis padrões armazenados na memória associa dos a uma ou mais características observadas pelos demônios das características. Um "demônio da decisão" ouve o pandemônio de demônios cognitivos e decide qual foi visto, a partir de qual demônio cognitivo esteja gritando com mais frequência (ou seja, qual deles tem mais características correspondentes). Embora o modelo de Selfridge seja um dos mais conhecidos, existem outras propostas de modelos e a maioria dos modelos de características não apenas distingue diferentes características
Teoria da Descrição Estrutural
Considere-se uma forma pela qual se possam formar representações mentais estáveis de objeto sem 3-D, com base na manipulação de algumas formas geométricas simples (Bieder man, 1987). Esse meio é um conjunto de geons em 3-D (para íons geométricos), que inclui objetos como tijolos, cilindros, cunhas, cones e seus equivalentes em eixos curvos (Biederman, 1990/1993b, p. 314)- De acordo com a teoria do reconhecimento por componentes de Biederman (RPC), é possível reconhecer rapidamente objetos observando-se suas cunhas para depois decompor os objetos em geons. Os geons também podem se recompor em configurações alternativas. Sabe-se que um pequeno grupo de letras pode ser manipulado para compor inúmeras palavras e frases. Igualmente, um pequeno número de geons pode ser usado para construir muitas formas básicas e, depois, em uma infinidade de objetos básicos os geons são simples e não variam conforme o ponto de vista, ou seja, os objetos consttuídos a partir de geons são facilmente reconhecidos de muitas perspectivas, independentemente do ruído visual. Segundo Biederman (1993a), sua teoria RPC explica de forma simples como se consegue reconhecer a classificação geral de tantos objetos de maneira rápida, automática e precisa. Esse reconhecimento ocorre apesar das mudanças no ponto de vista, e até mesmo em muitas situações nas quais o objeto que estimula está deteriorado de algum modo. A teoria RPC de Biederman explica como se reconhecem cadeiras, lâmpadas e rostos de modo geral, masnão explica como reconhecer cadeiras ou rostos específicos. Um exemplo seria o próprio rosto ou o de um grande amigo.

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