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Departamento de Agricultura GAG 186 - Produção de Hortaliças Tuberosas CULTURA DA BATATA DOCE Prof. Ariana Mota Pereira ariana.pereira@ufla.br INTRODUÇÃO • Família: Convolvulaceae Ipomoea batatas Ipomoea aquatica– consumo de folhas e brotos na Malásia e China Ipomoea acuminata – corda de viola INTRODUÇÃO Utilização • Alimentação humana • Indústria – alimentos, cosméticos, tecidos, papel • Alimentação animal • Produção de etanol – extração amido ORIGEM • Centro de Origem: Entre a Península de Yucatán, no México, e o Noroeste da América do Sul PRODUÇÃO NO MUNDO FAO (2019) Figura: Área colhida de batata-doce no Brasil, em hectares. Fonte: Produção Agrícola Municipal (PAM), IBGE (2018). IMPORTÂNCIA ECONÔMICA PRODUÇÃO NO BRASIL Tabela: Produção total e produtividade de batata-doce nos maiores produtores de batata-doce do Brasil Fonte: PAM, IBGE (2018) ENTRAVE PRODUTIVO Causas da baixa produtividade: • Emprego de baixa tecnologia • Baixa uso de insumos • Ineficiência do controle de pragas e doenças • Utilização de solos pobres em nutrientes • Uso de genótipos adequados a região de cultivo IMPORTÂNCIA ECONÔMICA Fonte: Aquisição domiciliar per capita, IBGE (2008). Aquisição domiciliar per capita anual de batata-doce (kg), por Unidade da Federação. • A batata-doce é uma hortaliça herbácea, tuberosa, perene, embora seja cultivada como anual • Ocorre grande variação quanto à forma, cor e recorte das folhas MORFOLOGIA MORFOLOGIA • As inflorescências ocorrem em cachos nas axilas das folhas • Flores hermafroditas MORFOLOGIA • Auto incompatibilidade • Polinização cruzada – insetos • Alto grau de hererozigose: elevada variabilidade genética • A parte comestível é formada pelo engrossamento das raízes adventícias Talo Base Raiz tuberosa Ápice Raiz secundária Gema MORFOLOGIA Casca Câmbio Cortex Parênquima central MORFOLOGIA FASES DE DESENVOLVIMENTO Fonte: PAM, IBGE (2018). FASES DE DESENVOLVIMENTO Fonte: PAM, IBGE (2018). TEMPERATURA Temperatura ótima: 25 °C Figura: Desenvolvimento das raízes tuberosas de batata-doce sob diferentes regimes de temperatura (diurna/noturna). Foto: Reddy (2015). • 500 mm por ciclo • Período crítico - 40 a 55 dias após o transplante O excesso de umidade pode induzir o alongamento das raízes, processo denominado de “chicote” DISPONIBILIDADE HÍDRICA Foto: João Bosco Carvalho da Silva • Suporta sombreamento médio de 25% • 40 % redução na produção total DISPONIBILIDADE DE LUZ Consorciação CULTIVARES • Produtividade potencial; • Duração do ciclo; • Exigências edafoclimáticas; • Resistência a pragas e doenças; • Exigência nutricional e em tratos culturais; • Exigência do mercado (Formato e coloração). Figura: Raízes de cultivares com colorações diversas. Foto: Geovani Bernardo Amaro. CULTIVARES Foto: Paula Fernandes Rodrigues Brazlândia branca Brazlândia rosada Brazlândia Roxa Coquinho Princesa Beauregard CULTIVARES Foto: Paulo Lanzetta • Alimentos biofortificados BRS Amélia BRS Cuia BRS Rubissol CALAGEM E ADUBAÇÃO • Análise química do solo • Quantidade exportada • Produtividade esperada CALAGEM E ADUBAÇÃO • Fósforo - todo no plantio • Nitrogênio - metade no plantio e o restante 45 dias após • Potássio • O manganês, boro e o zinco são os micronutrientes mais extraídos pela planta. PROPAGAÇÃO • Lavouras comerciais: ramas, mudas e raízes Plantas: 2 a 3 meses Pontas de ramas: 6 a 8 entrenós (30 cm) Figura: Mudas de batata-doce retiradas para o plantio de novas lavouras. Foto: Geovani Bernardo Amaro. • Viveiros licenciados - in vitro Garantia de sanidade e pureza genética das mudas. A técnica de propagação in vitro e posterior multiplicação em viveiro PROPAGAÇÃO PROPAGAÇÃO • Mudas – Maior índice de pegamento, maior uniformidade, maior gasto com mão de obra • Ramas – pegamento mais demorado PLANTIO • Textura areno-argilosa • Ausência de compactação • Bem drenados Plantio em leiras ou canteiros 30 cm 80 a 100 cm Figura: Preparo das leiras (A) e canteiros (B) para plantio da batata-doce. Fotos: Geovani Bernardo Amaro A B Mudas colhidas com antecedência para murcharem, evitando-se assim que se quebrem ao serem plantadas. PLANTIO Fotos: Geovani Bernardo Amaro Plantio em canteiros: base das ramas enterrada posicionando seu ápice para a parte interna, com a configuração de linhas duplas PLANTIO Fotos: Geovani Bernardo Amaro 15 cm a 40 cm entre plantas PLANTIO • Manual PLANTIO Figura: Máquina acoplada ao trator para plantio de mudas de batata-doce, com (A) - visualização traseira das quatro linhas de plantio; (B) pinça para colocação das ramas. Fotos: Larissa Pereira de Castro Vendrame A B • Mecanizado • Controle de plantas daninhas: até 60 dias após o plantio TRATOS CULTURAIS Dois ingredientes ativos de herbicidas registrados: linurom e cletodim • Amontoa: 45 após o plantio Reformar as leiras Proteger as raízes • Replantio mais de 15% das ramas não vingarem. PRINCIPAIS PRAGAS: • Broca-da-raiz (Euscepes postfasciatus) • Broca-do-coleto ou das hastes (Megastes pusialis) Fonte: Lourdes Regina Lopes Batista -UFAL/CCA PRINCIPAIS PRAGAS: Controle: • Cultivares resistentes a insetos do solo; • Rotação de cultura - tomate, cenoura, alho, brássicas, trigo ou arroz por 2 a 3 anos; • Usar ramas produzidas em viveiro; • Pulverizar os viveiros a partir da brotação; • Fazer amontoa; • Destruir os restos culturais. • Podridão da raiz ou mal-do-pé (Plenodomus destruens) Fotos: Eng. Agr. Valmir Duarte PRINCIPAIS DOENÇAS • Nematoide das galhas - Melodogyne incognita • Nematoide reniforme – Rotylenchulus reniformis NEMATOIDES Figura: Sintomatologia em raízes de batata-doce causadas por Meloidogyne spp. Foto: Jadir Borges Pinheiro • Rachaduras • Escaldadura Exposição das raízes ao sol ou geadas • Coração duro A polpa permanece dura após o cozimento Raízes expostas a temperatura < 8 - 10º C • Decomposição interna Tecido da raiz torna-se esponjoso DESORDENS FISIOLÓGICAS COLHEITA • Número suficiente de raízes obtenha o tamanho comercializável (70 - 450g). Fotos: Lucimeire Pilon Figura: Colheita manual (A) e colheita mecânica (B). A B COLHEITA • Se não for feita a colheita LAVAGEM EMBALAGEM • De acordo com o grupo varietal (branca e roxa) e peso: Extra (70 a 149 g) Extra A (> 450 g) Extra AA (150 a 449 g) • Atacadistas adotam critério diferente: –1A / G / 2A CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO • Defeitos CLASSIFICAÇÃO • Defeitos CURA Objetivos: • Cicatrização de partes danificadas no processo de colheita • Controle da oferta no mercado Maior tempo de prateleira – 6 a 10 meses Melhora aparência e sabor • Armazenamento em galpões bem ventilados • Armazenamento refrigerado: 14 ± 1 ºC e UR ± 90% • Injúria por frio: abaixo de 12 ºC ARMAZENAMENTO Embalagem e transporte em sacos plásticos H FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO Figuras: Consumo in natura (A), minimamente processada (B), palha (C), palito ou chips (D), doce (E), farinha (F), fécula para consumo na forma de tapioca (G) e produção de álcool (H). Foto: Giovani Olegário da Silva F B A C D E G DÚVIDAS