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CONCURSO DE PESSOAS

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CONCURSO DE PESSOAS
● É a denominação dada pelo Código Penal às
hipóteses em que duas ou mais pessoas
envolvem-se na prática de uma infração penal.
Teoria� quant� a� concu�s� d� pessoa� (com� dev�
se� � puniçã�):
● Unitária (monista ou igualitária): havendo
pluralidade de agentes, com diversidade de
condutas, mas provocando-se um resultado, há
somente um delito. Todos que tomam parte na
infração cometem idêntico crime. Adotada
● Pluralista (autonomia da cumplicidade):
havendo pluralidade de agentes, com
diversidade de condutas, ainda que provocando
somente um resultado, cada agente responde
por um delito. Adotada como exceção
pelo CP, arts.124 e 126; arts.333 e 317; art.235
● Dualista: havendo pluralidade de agentes,
com diversidade de condutas, causando um só
resultado, deve-se separar os coautores, que
praticam um delito, e os partícipes, que
cometem outro. manda punir de maneira
diferente o co-autor e a partici
Classificaçã� d�� crime� segund� � concu�s� d�
pessoa�
a) Crimes unissubjetivos ou monossubjetivos
(crimes de concurso eventual): são aqueles que
podem ser praticados por uma só pessoa (deve
utilizar o art.29).
b) Crimes plurissubjetivos (crimes de concurso
necessário): são aqueles que só podem ser
praticados por duas ou mais pessoas em
concurso, por haver expressa exigência do tipo
penal nesse sentido. Ex: art. 35 da Lei n.
11.343/2006; art.288; art.137.
➞ condutas paralelas: as ações de cada um
dos sujeitos se desenvolvem em colaboração,
no mesmo plano e direção, tendo em vista um
mesmo resultado, como no crime de
paralisação do trabalho
➞ condutas convergentes (bilaterais ou de
encontro): as ações partem de pontos opostos
e, desenvolvendo-se em colaboração, tendem a
encontrar-se, com o que se constitui a figura
delituosa. É o que se verifica:
➞ condutas contrapostas: os comportamentos,
partindo também de pontos opostos,
desenvolvem-se um contra o outro, como:
c) Crime de participação necessária: cometido
por um só autor, embora o tipo exija a
participação necessária de outra pessoa, que é
o sujeito passivo e não é punido. Ex:
Modalidade� d� concu�s��
1. Coautoria: existe quando duas ou mais
pessoas, conjuntamente, praticam a conduta
descrita no tipo penal.
➞ autoria mediata (concurso impropriamente
dito, pseudo concurso ou concurso aparente):
modalidade de autoria que ocorre quando o
agente se vale de pessoa não culpável, ou que
atua sem dolo ou culpa, para executar o delito.
O executor é utilizado como instrumento por
atuar sem vontade ou sem consciência do
que está fazendo e, por isso, só responde pelo
crime o autor mediato. Não existe concurso de
agentes entre o autor mediato e o executor
impunível. (A que é maior, manda ou instiga B
que é menor a matar C, A não foi o autor
direto, mas se utilizou de alguém imputável
para praticar o crime)
★ Ex: falta de capacidade do executor em
razão de menoridade, doença mental ou
embriaguez; coação moral irresistível;
erro de tipo escusável e obediência
hierárquica.
2. Participação: diz respeito àquele que não
realiza ato de execução descrito no tipo penal,
mas, de alguma outra forma, concorre
intencionalmente para o crime. (art.29, norma
de extensão).
➞ Participação moral: Pode se dar por
induzimento (o sujeito faz surgir a ideia do
crime em outra pessoa) ou instigação (o
partícipe reforça a intenção criminosa já
existente em alguém, “vai lá mate o cara
mesmo”)
➞ Participação material: auxílio. Consiste em
colaborar de alguma forma com a execução do
crime, sem realizar a conduta típica (o verbo do
preceito primário). quando o sujeito pratica
materialmente algo (o sujeito fornece a arma,
leva a vítima até o local, segura durante o
estupro)
➞ Participação de menor importância: causa
de diminuição de pena que só tem aplicação
quando o juiz verifica, no caso concreto, que a
contribuição do sujeito para o crime foi
pequena, não merecendo a mesma reprimenda
dos demais envolvidos.
➞ Concorrência em crime menos grave: aplica
para o autor e o partícipe. O agente desejava
praticar um determinado delito, sem condição
de prever a concretização de crime mais grave,
deve responder pelo que pretendeu fazer. (vai
roubar uma casa que acha que está vazia, dá
uma merda e acaba matando alguém)
Pa�ticipaçã� p�sterio� a� crim�
● Só é realmente partícipe de um crime quem
contribui para sua consumação. Daí por que
seu envolvimento deve ter ocorrido antes ou
durante a execução do delito.
● O envolvimento posterior ao crime,
dependendo da situação concreta, pode
configurar também crimes
➔ Ex: favorecimento pessoal (art. 348 do
CP) ou real (art. 349 do CP); ocultação
ou destruição de cadáver; o cara que
furtou pede pra um amigo guardar um
carro depois de furtar…
Teoria� quant� � punibilidad� d� pa�ticipaçã�
● Teoria da acessoriedade mínima: pune-se o
partícipe apenas quando concorre o fato típico.
● Teoria da acessoriedade média limitada:
pune-se apenas quando concorre para um fato
típico e ilícito, ainda que não-culpável (prevalece,
o brasil adotou essa)
● Teoria da acessoriedade máxima ou
extrema: pune-se o partícipe apenas quando
concorre para um fato típico, ilícito e culpável.
Requisit�� d� concu�s� d� pessoa�
a) pluralidade de condutas: mais de uma
conduta apta a concretização do verbo
participação
b) relevância causal das condutas: a conduta
tem que ter relevância
c) liame subjetivo: deve haver um vínculo
subjetivo ou psicológico entre os agentes, ou
seja, é necessário que haja um concurso de
vontades (princípio da convergência). Em outras
palavras, ao menos um dos agentes deve
aderir à vontade do outro, concorrendo para a
prática da infração penal, ainda que o outro
não esteja ciente da contribuição do primeiro.
Isso significa dizer que não é necessário o
prévio ajuste entre os criminosos.
★ Ex: Pedro sabendo que Paulo tinha
planejado furtar o banco em que
trabalha, aproveita e deixa de ligar o
sistema de alarme. Verifica-se que não
houve ajuste prévio, mas Pedro aderiu à
conduta de Paulo, não havendo ajuste
prévio entre eles
➞ autoria colateral: Não há prévio
planejamento. É quando dois agentes, embora
convergindo suas condutas para a prática de
determinado fato criminoso, não atuam unidos
pelo liame subjetivo
★ ex: “A” e “B” resolvem matar “C” e, sem
que um saiba do outro, atiram,
morrendo a vítima em razão do disparo
de “A”). Aquele que alcançou o intento
responde pela consumação; o outro,
somente pela tentativa
➞ autoria incerta: Ocorre quando, na autoria
colateral, não se consegue apurar qual dos
envolvidos provocou o resultado. Onde ambos
os concorrentes respondem pelo crime, porém
na forma tentada.
★ Ex: A e B atiram contra C:
✓ A acerta, mata e B erra: consumado e tentado
✓ Não se sabe de qual arma veio o tiro fatal:
ambos tentativa
✓ A acerta, mata instantaneamente e B acerta:
consumado e crime impossível
✓ Não se sabe de qual arma veio o tiro fatal
instantâneo: ambos crimes impossíveis.
d) identidade de crime para todos os
envolvidos.: o CP adotou, como regra, a teoria
monista, pela qual todos os agentes que
concorreram para a prática da infração penal,
por ela respondem. Em suma, todos os agentes
respondem pelo mesmo crime, isto é, o mesmo
tipo penal. Excepcionalmente o CP adotou a
teoria pluralista, em que se pune cada agente
por tipo penal diverso, embora cada um tenha
contribuído e buscado o mesmo resultado.
★ Exemplo: Paulo oferece dinheiro para
Pedro, guarda de trânsito, para não ser
multado. Este aceita a quantia
oferecida. O primeiro responde por
corrupção ativa (CP, art. 333) e o
segundo por corrupção passiva (art. 317).
Incomunicabilidad� d� determinada� circunstância�
● Circunstância pessoal ou subjetiva: são
dados acessórios (acidentais) que, agregados ao
crime, tem função de aumentar ou diminuir a
pena, Não interferem na qualidade do crime,
mas sim afetam a sua gravidade (quantitas
dlicti).
★ jamais se comunicam, sendo irrelevante se
o co-autor ou partícipe delas tinha
conhecimento
★ Ex: confissão, relevante valor moral ou meio
cruel
● Circunstância objetiva: materiais ou reais,
aquelas que ligam os meiose modos de
realização do crime, tempo, ocasião, lugar,
objeto material e qualidades da vítima.
★ comunicam-se, mas desde que o co-autor
ou partícipe delas tenha conhecimento
● Condição pessoal: modo de ser ou a
qualidade inerente à pessoa que o acompanha
em qualquer situação, independem da prática
da infração penal.
★ não se comunicam entre os co-autores ou
partícipes. Assim, cada sujeito responderá
de acordo com suas condições
★ Ex. Menoridade, reincidência, parentesco
● Elementares: componente integrante do
tipo penal incriminador. Ex: art.312 e 123.
★ Sempre se comunicam, desde que o coautor
ou partícipe tenha conhecimento
★ crime de peculato: o termo funcionário
público, se comunica com o que ajuda a um
funcionário público a desviar o dinheiro, vc
tb comete esse crime
Crim� culp�s�
● Admite a coautoria e não a participação.
● São coautores todos os que agem de forma
culposa contribuem, conscientemente, para o
resultado culposo
● É impossível a participação nos delitos
desta natureza, pois toda e qualquer pessoa
que tenha agido culposamente será tratada
como autora do delito.
Crim� omissiv�
● Pode ocorrer, desde que a pessoa que se
omitiu tivesse o dever e podia evitar o
resultado.
★ Ex: bombeiro (participação), país que
não alimentam o filho (coautoria).
● Ocorre a coautoria em crime omissivo,
desde que haja a vontade deste em anuir à
omissão do outro. Duas pessoas, de comum
acordo, deixando de prestar socorro a uma
vítima ferida, podendo socorrê-la sem risco
pessoal, serão coautoras no crime de omissão
de socorro
● Conivência (concurso absolutamente
negativo): participação por omissão, quando o
agente não tem o dever de evitar o resultado,
nem tampouco aderiu à vontade criminosa do
autor. Não é punível.
★ teoria restritiva ou objetiva: autor é
aquele que pratica a conduta descrita
no tipo (prevalece essa na doutrina e
na jurisprudência).

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