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NUTMED - Saúde Reumatológica

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A etiologia da maioria das condições reumáticas 
permanece desconhecida. Além disso, algumas formas de 
condições reumáticas podem afetar outros órgãos, como 
pele e vasos sangüíneos. 
 
 As condições reumáticas não possuem cura conhecida e 
não normalmente crônicas, mas podem estar presentes 
como episódios agudos com duração curta ou intermitente, 
associadas com períodos alternantes de remissão, ausência 
de sintomas e exibição ou piorados sintomas, que com 
freqüência podem ocorrer sem qualquer etiologia 
identificável. A inflamação, que é a causa predominante da 
dor, é o componente mais debilitante de todas as formas de 
artrite. 
 
 O processo inflamatório normalmente ocorre para 
proteger, reparar o tecido danificado por infecções, lesões 
de esporte, toxicidade ou feridas por acúmulo de líquidos e 
células. Removendo-se a causa, o processo inflamatório 
normalmente cede. Se a inflamação é atribuível ao estresse 
das articulações (osteoartrite) ou se é uma resposta 
imunológica (artrite reumatóide), na maioria das formas de 
artrite, a reação inflamatória continua fora de controle, 
causando dessa forma mais dano que reparo. 
 
As drogas comumente usadas no tratamento das doenças 
reumáticas: 
 
 
Medicamento 
Efeitos colaterais 
Nutricionais Metabólicos Redução 
no 
conteúdo 
Salicilatos e 
AINEs 
tradicionais 
 N/V; 
 Gastrite; 
 Úlcera 
péptica; 
 Hemorragia 
GI. 
 K alterado; 
 Anemia. 
 
 Vit C; 
 Folato. 
 
AINEs- COX2  Estomatite; 
 N/V; 
 Úlcera 
duodenal; 
 Constipação
; 
 Diarréia; 
 Hemorragia 
GI. 
 Edema; 
 Aumento 
da uréia; 
 Anemia. 
 
Anti-maláricos  Anorexia; 
 N/V; 
 Diarréia. 
 
Penicilaminas  Anorexia; 
 Estomatite; 
 N/V; 
 Diarréia; 
 Paladar 
alterado. 
 Proteinúria; 
 Anemia. 
 Zinco; 
 Cobre; 
 Ferro. 
Corticóide  Náusea; 
 Úlcera 
duodenal. 
 Intolerância 
à glicose; 
 BN -; 
 K alterado; 
 Edema; 
 Diminuição 
CTL; 
 Anergia. 
 Cálcio. 
Imunossupressor  Anorexia; 
 Estomatite; 
 Náusea; 
 Diarréia; 
 Paladar 
alterado. 
 Diminuição 
CTL; 
 Anergia. 
 Folato; 
 Cálcio. 
Ouro  Estomatite; 
 Vômito; 
 Diarréia. 
 Proteinúria; 
 BN -. 
 
 
 A desnutrição, em graus variáveis, é um achado comum 
em pacientes com doenças reumáticas, incluindo artrite 
reumatóide, poliarterite nodosa, doença de Behçet e lúpus, 
podendo ser decorrente de: 
 
 Catabolismo mediado pelas citocinas  citocinas pró-
inflamatórias como IL-1 e TNF associam-se com o 
hipermetabolismo e perda de massa celular; 
 Anorexia  associada ao tratamento medicamentoso e 
às citocinas pró-inflamatórias; 
 Comprometimento GI  anormalidades da cavidade oral 
sendo um prejuízo adicional à ingestão nutricional reduzida; 
acometimento da articulação temporomandibular; 
xerostomia; disfunção esofagiana; má absorção; enteropatia 
perdedora de proteínas; 
 Síndrome nefrótica, em especial em pacientes lúpicos. 
 
A) OSTEOARTRITE: 
 
 È a forma mais prevalente de artrite. A obesidade, o 
envelhecimento, gênero e anormalidades congênitas 
parecem ser os maiores fatores de risco. 
 
 É um processo crônico caracterizado pelo amolecimento 
da cartilagem articular e inclui fenômenos reativos, mediados 
quimicamente, como a congestão vascular, a atividade 
osteoblástica. 
 
 A maior diferença entre osteoartrite e artrite reumatóide é 
que a osteoartrite não é de origem sistêmica ou auto-imune, 
mas envolve a destruição da cartilagem com inflamação 
assimétrica. 
 
 Ela é causada por uso excessivo da articulação, 
enquanto a artrite reumatóide é um distúrbio auto-imune 
sistêmico, que resulta em inflamação simétrica da 
articulação. 
 
 Articulações mais freqüentemente afetadas: 
interfalangianas, polegar, joelhos, quadris, tornozelos e 
coluna, que sustentam o volume do peso do corpo. 
 
TRATAMENTO MÉDICO 
 
 De acordo com as diretrizes do American College of 
Reumatology, a história médica e o nível de dor devem 
determinar o tratamento mais apropriado e incluem: uso de 
acetaminofeno ou AINEs, injeções de corticóide intrarticular. 
 
 A reconstrução cirúrgica pode ser indicada para 
pacientes com osteoartrite que não estão respondendo a 
outras terapias médicas. 
 
TERAPIA DE MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA 
 
a)Exercício: Embora a dor seja limitante do exercício, 
exercício sem carga (aeróbicos) como nadar, têm mostrado 
reduzir os sintomas, aumentar a mobilidade e diminuir o 
dano contínuo da osteoartrite. 
 
b)Terapia Nutricional 
 
ATENÇÃO – CHEMIN & MURA 
 
 Um dos principais fatores de risco para osteoartrite é a 
obesidade. A redução de 5kg no peso corporal está 
associada a uma redução de 50% no risco de desenvolver 
osteoartrite, melhora nos sintomas e ganho de função 
articular. 
NUTRIÇÃO NA SAÚDE REUMATOLÓGICA 
 
Prof. José Aroldo Filho 
goncalvesfilho@nutmed.com.br 
 
Dieta: 
 Restrição calórica moderada; 
 Redução da quantidade de gorduras; 
 Consumo de CHO integrais, vegetais e frutas. 
 Estímulo à atividade física aeróbica de baixo impacto, 
para reduzir o impacto articular e auxiliar no controle do 
peso. 
 
ATENÇÃO – KRAUSE 
 
- Kcal apropriadas para perda de peso ou manutenção; 
- uso de W-3; 
- Ingestão adequada de vitamina D e cálcio; 
- Altas doses de antioxidantes dietéticos, incluindo vitamina 
C, vitamina E, betacaroteno e selênio podem ser benéficos, 
mas são necessários maiores estudos. 
- considerar uso de glicosamina e condroitina. 
 
 Em tratamento clínico-nutricional, a KRAUSE (2013) faz 
menção ao uso de dieta anti-inflamatória (enriquecida com 
curry, gengibre, açafrão/curcumina, alecrim – anti-
inflamatórios; fitoquímcos antioxidantes presentes em chás, 
vegetais folhosos e crucíferos e carotenoides; rica em W3 e 
W9 e pobre em W6; cebolas e batatas – ricas em solanina, 
potente anti-inflamatório), que é semelhante à dieta 
mediterrânea e, quando associada a exercícios, parece 
reduzir inflamação e lesão em joelhos. 
 
 Frente ao consumo de antioxidantes, por mais que a 
osteoartrite possua um componente estresse oxidativo, não 
foi observado benefício no uso de antioxidantes em altas 
doses (vitamina C, tocoferóis, beta-caroteno e selênio). 
Deve ser aconselhado alcançar os níveis diários de ingestão 
de vitamina B6, vitamina D e K, folato e magnésio. 
 
 Uso de capsaicina tópica com nitroglicerina reduz dores 
locais. O uso do SAMe (S-Adenosil-Metionina) 600 a 
1200mg/dia parece promissor. O SAMe é um comsposto 
antioxidante, melhorando a mobilidade. 
 
 A glicosamina parece melhorar em 50% os sintomas, 
logo deve ser considerado seu uso. 1500mg diários de 
glicosamina associada a 1200mg de condroitina resultou em 
alívio significante na dor. A dose deve ser fracionada em 3 
tomadas. 
 
B) ARTRITE REUMATÓIDE 
 
 A artrite reumatóide pode acometer qualquer 
articulação, porém os alvos mais comuns são as 
articulações pequenas de extremidades, como mãos e pés. 
O envolvimento é simétrico e bilateral. 
 
 As queixas mais freqüentes incluem dor, inflexibilidade e 
inchaço. O inchaço é causado pelo acúmulo de líquidos na 
membrana que reveste as articulações, com inflamação dos 
tecidos ao redor. 
 
 Ocorre mais freqüentemente nas mulheres que nos 
homens, com inicio principalmente após os 35 anos de idade 
e possui manifestações sistêmicas. 
 
 Os medicamentos de uso comum são os AINEs, 
salicilatos, imunossupressores, agentes de remissão, 
esteróides e antimaláricos. 
 
O envolvimento articular pode gerar várias consequências: 
- acometimento de articulações de pés e mãos, gerando 
limitação da habilidade de fazer compras, preparo e 
consumo de alimentos; 
- comprometimento temporomandibular que pode impactar a 
habilidade de mastigar e deglutir; 
- manifestações extra-articulares como aumento da taxa 
metabólica, xerostomia, disfagia, anorexia, alterações em 
mucosa GI. 
 
 Devem-se observar as mudanças de ingestão dietética, 
o peso corrente e a história de mudança de peso.Discutir associação entre uso de alguns alimentos e 
aparecimento de sintomas. 
 
 A associação de alimentos com crises da doença 
deve ser discutida devido à possibilidade de alergias 
alimentares não detectadas. 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS DIETÉTICOS E AGUDIZAÇÃO/REMISSÃO DE 
SINTOMAS (CHEMIN & MURA) 
 
 Alergia alimentar vista em 30% dos pacientes com AR, 
como leite de vaca e derivados; 
 Aminoácidos L-canavanina, presente na alfafa e soja  
indutor de anticorpos anti-DNA e quadro semelhante ao 
Lúpus; 
 Chocolate, álcool, morango, carne de porco, tomate, 
salsicha e espinafre  estímulo à secreção de histamina e 
aminas vasoativas  agravantes de quadro de AR; 
 Café (liberação de epinefrina e norepinefrina) e frutas 
cítricas (fenilefedrina)  possíveis desencadeadores de 
crises. 
 Vitamina C e zinco  síntese de colágeno e uso no 
tratamento de AR  Zinco modula a resposta imunológica 
de linfócitos T, cicatrização e efeitos antiinflamatórios (efeito 
benéfico em AR); 
 Ácidos graxos W-3  Efeitos antiinflamatórios e 
atenuação de sintomas de AR. 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL KRAUSE (2010/2013): 
 
- dieta saudável. 
- calorias ajustadas à idade e às necessidades do paciente. 
- PTN1,5 – 2,0g/kg. 
- adequado aporte de vitaminas do complexo B. 
- evitar alérgenos alimentares. 
- adequado aporte de cálcio e vitamina D. 
- uso de W-3. 
- jejum seguido de dieta vegetariana ou uso da dieta 
mediterrânea (azeite de oliva – gordura neutra estável). 
 
 Em terapia clínico-nutricional, refere o uso de W3 e seu 
poder anti-inflamatório. Recomenda-se 50mg/kg de EPA 
associado a 30mg/kg de DHA, verificar traços de mercúrio 
nos peixes ou suplementos. 
 
 Existe um fitoquímico presente no azeite extra virgem 
(prensado a frio), o oleocantal, que possui atividade anti-
inflamatória similar ao ibuprofeno. Deste modo, recomenda-
se o uso de azeite de oliva extra virgem, entretanto deve ser 
feito uso de antioxidantes para manter a estabilidade do óleo 
de oliva. 
 
 A inclusão de alimentos fontes de W6-GLA, em 
associação ao W3, permite que o corpo humano produza a 
PGE1 (potente anti-inflamatória), que aliviaria a rigidez 
matinal, a sensação dolorosa articular, sem efeitos colaterais 
graves. 
 
 No campo da fitoterapia, o uso do trovão chinês da 
videira de Deus (Tripterygium wilfordii) na China, para 
Cozzolino & Cominetti (2013)  Alimentos comuns que 
causam mudança real na atividade de doença: milho, 
trigo, bacon, laranja, aveia, centeio, leite, ovos, carne 
bovina e café. 
 
tratamento de doenças auto-imunes necessita de maiores 
estudos. O uso prolongado ou excessivo poderia suprimir o 
sistema imune e reduzir a densidade óssea. 
 
ATENÇÃO – CHEMIN & MURA 
 
 Atentar-se ainda às flutuações de peso corpóreo (perda 
involuntária, ganho associado à terapia com 
corticoesteróides) e ao percentual de massa gorda, que 
tende a se elevar, mesmo quando existe perda de peso. 
 
 A perda de peso e de massa muscular pode ser 
atenuada com a introdução de exercícios de resistências 
leves, com fortalecimento da musculatura periarticular, além 
dos benefícios associados ao alongamento, ao relaxamento 
e ao condicionamento cardiorrespiratório, por meio de 
atividades aeróbicas leves. 
 
C) GOTA 
 
 Distúrbio do metabolismo das purinas no qual níveis 
anormais de ácido úrico se acumulam no sangue 
(hiperuricemia). 
 
 Como conseqüência, os sais de urato se formam e se 
acumulam nas articulações. 
 
 A doença, que normalmente ocorre após os 35 anos, é 
caracterizada por dor artrítica que está usualmente 
localizada num ataque súbito de dor, principalmente nos pés 
que irradiam para as pernas. 
 
 A gota é tratada com drogas que inibem ou eliminam a 
síntese de ácido úrico. 
 
 A probenecida e a sulfimpirazona diminuem os elevados 
níveis de ácido úrico no sangue aumentando a eliminação 
através dos rins. 
 
 O alopurinol inibe a produção de ácido úrico. 
 
 Podem ser utilizados também a indometacina ou 
fenilbutazona. Os AINEs são favoráveis a menos que seus 
efeitos colaterais sejam também perturbadores. 
 
 O ácido úrico é derivado do metabolismo das purinas que 
constituem as nucleoproteínas. 
 
 Deve-se estimular o consumo de líquidos (~3L por dia) 
para ajudar com a excreção de ácido úrico e minimizar a 
possibilidade de formação de cálculos. 
 
 As gorduras diminuem a excreção de urato, logo, as 
diretrizes recomendam dietas com pobre teor de lipídeos. 
 
 O tratamento dietético visa estimular a manter ou 
alcançar o peso corpóreo ideal. 
 
 Não é recomendado o uso de bebidas alcoólicas, pois o 
etanol aumenta a produção de ácido úrico. 
 
Cozzolino & Cominetti (2013)  reduzir o consumo de 
frutose, o excesso de consumo está associado à 
hiperuricemia. 
 
ÁLCOOL E GOTA: 
 
•A acidose láctica secundária à intoxicação alcoólica aguda 
pode reduzir a excreção renal de ácido úrico; 
•O metabolismo do etanol estimula a produção hepática de 
purina; 
•O etanol inibe a conversão do alopurinol (hipouricemiante) 
em seu metabólito ativo, o oxipurinol; 
•Baixa adesão de etilistas crônicos a dietas e tratamento de 
longo prazo. 
 
Alimentos a serem omitidos – altos teores de purinas 
(100 – 1000mg/100g alimento) 
Anchovas Arenque Caldo 
Carne de ganso Cavala Coração 
Extratos de carne Levedura Mexilhões 
Miolos Ova Pâncreas de vitela 
Perdiz Recheio de carne 
(carne moida) 
Rim 
Sardinhas Vieira Pão doce 
 
 
Alimentos a serem analisados – conteúdos moderados de purinas 
(9 – 100mg/100g alimento) 
Aves Aspargos Carne 
Cogumelos Ervilhas secas Espinafre 
Feijões secos Lentilhas Marisco 
Peixe 
1 porção (100g) de carne, peixe e ave ou 1 porção de vegetais (45g) 
deste grupo é permitido diariamente na fase de remissão. 
 
Alimentos liberados – conteúdo insignificante 
Açúcar e doces Arroz Azeitonas 
Bebida de cereal Bebidas carbonatadas Bolos e biscoitos 
Broa de milho Infusos Cereais 
Chocolate Condimentos Conservas 
Creme Ervas Frutas 
Gorduras Leite Manteiga 
Margarina Molho branco Nata 
Nozes Óleo Ovos 
Pão branco Picles Pipoca 
Macarrão Pudim Queijo 
Sal Sobremesas de coalho Gelatina 
Sorvete Vinagre Vegetais (exceto 
aspargos, 
cogumelos, ervilha, 
espinafre, feijões e 
lentilha). 
 
OUTRAS DOENÇAS REUMATOLÓGICAS 
 
a) Síndrome de Sjögren 
 
 È um distúrbio inflamatório crônico com diminuição da 
produção de secreções, dentre elas a saliva e as lágrimas. 
Deve-se buscar o alívio dos sintomas e alimentação com 
conforto. 
 
 O controle da xerostomia também deve incluir 
estratégias para a redução do risco de cáries de dental, 
inclusive enxágüe freqüente com água, escovar os dentes 
ou usar soluções com flúor. 
 
 Como a deglutição é um problema, os alimentos fáceis 
de serem ingeridos podem ser úteis. 
 
b) Síndrome da ATM (Articulação temporomandibular) 
 
 Resulta na dor ao se alimentar. 
 
 O objetivo do tratamento dietético é altera a consistência 
alimentar para reduzir a doa à mastigação. 
 
 Deve-se buscar a autonomia do cliente, buscando-se a 
independência na preparação e consumo, minimizando a dor 
e a frustração. Os alimentos digitais que não se desintegram 
facilmente podem ser úteis. 
 
 
 
 
 
c) Esclerodermia 
 
 A esclerodermia é uma esclerose progressiva, 
sistêmica, caracterizada pela deposição de tecido conjuntivo 
fibroso na pele e órgãos viscerais, inclusive do TGI. 
 
 Uma manifestação de esclerodermia é a síndrome de 
Raynaud (isquemia ou frio nas extremidades pequenas, com 
os dedos das mãos), a qual causa dificuldade no preparo e 
consumo de alimentos. 
 
 Os sintomas GI incluem náuseas e vômitos, azia, 
disfagia, diarréia, constipação e incontinência fecal. A perda 
de peso, disfunção renal e de múltiplos órgãos pode ocorrer. 
 
 A disfagia pode ser um sintoma que requer intervenções 
nutricionais. 
 
 A má absorção de lactose, ácidos graxos e minerais pode 
causar problemas maiorese a suplementação pode ser 
necessária. 
 
d) Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) 
 
 O lúpus não possui etiologia específica clara e acredita-
se que a predisposição genética, a presença de anticorpos 
anti-DNA e fatores ambientais possam estar envolvidos. 
 
 É considerado uma doença auto-imune que afeta todos 
os órgãos e sistemas, afetando o metabolismo, a 
necessidade e a excreção de nutrientes. 
 
 A função renal é desarranjada, causando dessa forma 
excreção excessiva de proteínas e, com freqüência, 
insuficiência renal. 
 
 Os corticóides alteram as necessidades de proteínas, 
sódio, líquido e cálcio. Antimaláricos parecem ser eficazes 
no tratamento de lesões cutâneas de alguns indivíduos, 
porém possuem vários efeitos colaterais, inclusive GI. 
 
 Não existem terapias dietéticas específicas, sendo 
ajustada de acordo com as alterações e necessidades 
individuais do paciente. 
 
 O suporte nutricional pode ser necessário em casos 
crônicos. 
 
e) Síndrome de distúrbio de fadiga crônica e fibromialgia 
 
 Possuem sintomas reumáticos, mas não têm cura 
comprovada e incluem alterações como dores em 
articulações, cefaléias, letargia pós-esforço, dor muscular e 
concentração prejudicada. 
 
 Uma dieta vegetariana estrita (vegan) tem mostrado 
efeitos benéficos nos pacientes com fibromialgia, pelo 
menos por um curto período de tempo, com melhora da dor 
em articulações e qualidade do sono. 
 
 As opções de tratamento para fibromialgia parecem ser 
limitadas e geralmente insatisfatórias. O exercício também 
tem se mostrado eficaz nos pacientes com fibromialgia (3 
tempos de 30 minutos por semana). 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE SAÚDE REUMATOLÓGICA 
 
1) Josimar tem 35 anos, é operário de obra e foi atendido na 
emergência de um hospital geral com “dor intensa nas 
juntas”. Na sua história consta que após almoçar uma 
macarronada ao sugo com refrigerante, foi ao futebol do 
grupo de trabalho. Jogou duas partidas e bebeu várias 
cervejas com azeitonas para comemorar a vitória do seu 
time. O diagnóstico de Josimar é de crise de gota provocada 
por (Residência HUPE 2009): 
 
(A) cerveja 
(B) azeitonas 
(C) refrigerante 
(D) macarronada 
 
 
2) (Residência UFF – 2010) A gota é um distúrbio do 
metabolismo de purinas, no qual os uratos de sódio são 
formados e acumulados nas articulações e tecidos. Durante 
o estágio agudo da doença, é necessário restringir alimentos 
ricos em purinas, dentre os quais: 
(A) chocolate e lentilha. 
(B) espinafre e aves. 
(C) carne moída e pão doce. 
(D) leite e chá. 
 
3) (EAOT 2010) Pacientes litiásicos com hiperuricosúria 
devem evitar, em especial, alimentos de origem animal ricos 
em 
(A) purinas. 
(B) vitamina E. 
(C) cromo. 
(D) zinco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – A 2 - C 3 – A

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