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Dietoterapia nas Doenças dos Sistemas Nervoso e Músculo-esquelético

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Dietoterapia nas Doenças do Sistema Nervoso e do Músculo-Esquelético ou reumáticas
Professora: Viviane Mukim de Moraes Mesquita
Disciplina: Nutrição Clínica II
Doença de Alzheimer
Conceito: é um tipo de demência senil, onde ocorre uma diminuição, lenta e progressiva de neurônios e suas sinapses e portanto das funções cognitivas (memória recente, orientação, atenção e linguagem) gerando desorientação e dificuldade para compreender e se expressar. A causa mais associada é o acúmulo de proteína beta-amilóide
Planejamento dietoterápico:
VET: 26 a 34Kcal x Kg - normocalórico (adequação ao peso normal). Em muitos casos precisará utilizar suplementos calóricos (ex: Nutridrink sem sabor e Souvenaid (específico para esta doença); Levemente hiperprotéica cerca de 0,8 a 1,2g x Kg, Priorizar suplemento de BCAA e glutamina caso haja muita fraqueza muscular; Normoglicídica (priorizar carboidratos complexos) e Normolipídica (priorizar as gorduras PUFAS e MUFAS)
Cuidados Nutricionais: 
suplementar nutrientes antioxidantes (selênio, vitaminas C, E, A e carotenóides como o betacaroteno, luteína e zeaxantina (esses 2 últimos presentes em grande quantidade na gema do ovo)
suplementar vitamina B12, B9 e B6 para reduzir o acúmulo de homocisteína nas artérias cerebrais e também junto com a vitamina C ajudam na síntese de neurotransmissores como dopamina)
 uso de simbióticos. Povilhar farelo de aveia, ou farinha de linhaça, ou alguma outra farinha integral em frutas ou nas grandes refeições para prevenir constipação
 ômega 3 (o DHA atua na saúde dos neurônios, para o desenvolvimento cerebral e na neurotransmissão)
 vitamina D (existem receptores de vit D no cérebro que atuam na formação de novas memórias)
consumo de café e chás pode ter um papel protetor contra o declínio cognitivo, doença de Alzheimer e demência
 evitar o uso frequente de panelas de alumínio e minimizar a ingestão de antiácidos, fermento em pó.
dieta MIND (Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay). Esta dieta baseia-se na limitação de sódio, produtos industrializados origem animal e dos alimentos com elevado teor de gordura saturada e gorduras TRANS e o incentivo ao consumo de vegetais verdes-escuros, oleaginosas, peixes, aves, azeite, frutas roxas, abacate, cereais integrais. 
Doença de Parkinson
Conceito: caracterizada por rigidez muscular, tremor de repouso, lentidão dos movimentos, acrescentando-se instabilidade postural e alterações vegetativas. 
Características desta doença: Tremor das mãos o que pode tornar a escrita trêmula com diminuição do tamanho das letras (MICROGRAFIA) e rigidez, o paciente sente dificuldade em iniciar os movimentos, a marcha é irregular. 
Causas: a doença de Parkinson ocorre pela baixa concentração de substâncias neurotransmissoras no cérebro, sobretudo a dopamina. Algumas pessoas podem apresentar quadro similar à Doença de Parkinson, pelo uso prolongado de certas substâncias como cinarizina, fenotiazina, tetrabenzina, defensivos agrícolas, e intoxicações pelo manganês, uso de “crack” e neurotoxinas de indústria química e siderúrgica. 
Planejamento dietoterápico:
 Normocalórica: VET: 26 a 34Kcal x Kg. Em muitos casos precisará utilizar suplementos calóricos (ex: Nutridrink sem sabor); 
 Normoprotéica cerca de 0,8 a 1,0g x Kg. Estudos sugerem uma restrição protéica (cerca de 10g de proteína) durante o dia e uma recomendação de acordo com a RDA para o período noturno, alegando que este esquema melhoraria a ação do levedopa (medicação tomada durante o dia), pois este medicamento compete com o mesmo sítio de absorção que os aminoácidos
 Normoglicídica (priorizar carboidratos complexos) e Normolipídica (priorizar as gorduras PUFAS e MUFAS)
Cuidados Nutricionais: 
Com o avanço da doença a rigidez muscular acaba dificultando os movimentos de cabeça e pescoço e a alimentação pode tornar-se muito vagarosa. Pode acontecer disfagia e até mesmo líquidos ralos (ex: água, refrescos) precisarão ser espessados para evitar engasgos (ex. de espessantes: Thick easy; Nutilis). Com o avanço da doença podem precisar de GTT
O tremor nas mãos também podem dificultar o paciente de alimentar-se sozinho. 
A levodopa, medicação anti-parkinsoniana, pode causar sensação de boca seca, enjôo e constipação, sendo assim muitos pacientes se beneficiam de chupar gelo e tomar chás gelados adicionados de gengibre em pó. Devemos priorizar alimentos ricos em fibras e oferecer água frequentemente.
Epilepsia
A epilepsia é um distúrbio do cérebro que se expressa por meio de crises epilépticas repetidas, onde o indivíduo possuidor deste mal sofre convulsões (ou ataques) periódicos, durante os quais podem vir a perder a consciência por alguns segundos ou, até, por vários minutos, conforme o tipo de epilepsia em questão.
 TRATAMENTO NUTRICIONAL – DIETA CETOGÊNICA
	Como boa fonte de gorduras, deve ser utilizado o óleo triglicerídio de cadeia média que é absorvido mais rapidamente do que outras gorduras é transportado diretamente para o fígado e reduz a cetose mais rapidamente. Na dieta cetogênica, há baixos níveis de proteínas, logo de carnitina necessária para o transporte das gorduras de cadeias longas, possibilitando a penetração das mesmas nas membranas das mitocôndrias onde serão metabolizadas. 
	 É necessária a suplementação de cálcio e vitamina D; de ômega 3 (principalmente na forma DHA)
Esclerose Múltipla
Conceito: doença do sistema nervoso causada pela destruição da bainha de mielina (que promove a transmissão dos impulsos nervosos). Não há uma causa específica, acredita-se ser de fundo imunológico.
Tratamento Nutricional
	A dieta deve ser levemente hiperprotéica (priorizar suplemento de BCAA e glutamina), normocalórica, normoglicídica, com restrição de carboidratos refinados e glúten, normolipídica, mas com alto teor de PUFAs, em particular dos W6 e W3. O fracionamento deve ser aumentado para que se tenha refeição menos volumosa, uma vez que estes pacientes apresentam o apetite diminuído e fraqueza/cansaço muscular.
Esclerose Lateral Amiotrófica - ELA
Doença do sistema nervoso causada pela destruição progressiva dos nervos motores. Há forte associação entre prática contínua de exercícios intensos (devido a liberação exagerada no sangue de glutamato (metabólito da glutamina (AA muscular)).
Sintomas: inicia-se com fraqueza muscular e espasmos. Com o avanço da doença, ocorre atrofia dos músculos esqueléticos e fraqueza nos músculos da face dificultando os processos de respiração, mastigação e o processo da fala.
Tratamento Nutricional
Planejamento dietoterápico:
VET: 26 a 34Kcal x Kg - normocalórico; Levemente hiperprotéica cerca de 0,8 a 1,2g x Kg, Priorizar suplemento de BCAA e glutamina caso haja muita fraqueza muscular; Normoglicídica (priorizar carboidratos complexos) e Normolipídica (priorizar as gorduras PUFAS e MUFAS)
Cuidados Nutricionais
Evitar alimentos secos farelentos, pois podem causar engasgo no paciente, devido à redução no peristaltismo bucal. Devido à disfagia até os líquidos finos podem ser difíceis de serem engolidos. Nestes casos indica-se o espessante para líquidos via oral ou em determinados casos nem a via oral será possível tendo que utilizar a alimentação enteral por sonda ou GTT (gastrostomia). 
uso de simbióticos. Povilhar farelo de aveia, ou farinha de linhaça, ou alguma outra farinha integral em frutas ou nas grandes refeições para prevenir constipação
 ômega 3 (o DHA atua na saúde dos neurônios, para o desenvolvimento cerebral e na neurotransmissão)
Síndrome de Guilain Barré
É uma polineuropatia que pode ser resultante de uma reação imunológica mediada por células dirigidas aos nervos periféricos.
Sintomas: inicia-se com uma infecção gastrintestinal ou respiratória, mais tarde (cerca de 1 a 3 semanas) surgem os sintomas de comprometimento do SN, como fraqueza muscular começando nas pernas e subindo para o tronco e músculos intercostais, pescoço e crânio. A paralisia total pode ocorrer dentro de poucos dias.
Tratamento Nutricional: Evitar excesso de carboidratos, principalmenteos simples, pois estes pacientes freqüentemente vão estar em respirador mecânico. Ao mesmo tempo a dieta deve ser hiperprotéica e normo a hiperlipídica (de acordo com a adequação do VET).
	O uso de espessantes de líquidos ou até mesmo o suporte enteral pode se tornar necessário por causa da disfagia.
 Miastenia Grave
É uma neuropatia caracterizada por fraqueza nos músculos esqueléticos (principalmente os dos olhos, face, faringe, laringe e do sistema respiratório), devido um defeito auto-imune na articulação neuromuscular.
Tratamento Nutricional: Refeições de consistência líquida a pastosa devem ser mais fracionadas e menos volumosas. Um período de descanso de meia hora antes das refeições diminui a fadiga na hora das refeições, por isso o café da manhã deve ser a refeição mais densa, pois o período de descanso muscular foi maior.
Doenças do Músculo-esquelético ou reumáticas
Classificação
Distúrbio Imunológico  Artrite reumatóide
 Lúpus eritematoso sistêmico
Distúrbio Mecânico  Osteoartrose
Distúrbio Inflamatório  Gota
Distúrbio Metabólico  Osteosporose
 
Exames nas doenças reumáticas
Exame radiológico
Laboratorial
1) Provas de atividade inflamatória (VHS, proteína C reativa, eletroforese de proteínas, complemento.)
2) Provas específicas  Anticorpos antiestreptoccócicos – antiestreptolisina
  Fatore reumatóides
  Anticorpos antinucleares (FAN)
3) Análise do líquido sinovial
4) Outros exames laboratoriais importantes: glicose, uréia, creatinina, ácido úrico, hemograma, fosfatase alcalina, cálcio e fósforo.
Lupus Eritomatoso Sistêmico - LES
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pela presença de diversos autoanticorpos.
Causa manchas na pele (mancha "asa borboleta" (vermelhidão característica no nariz e face)), artrite, serosite, leucopenia, trombocitopenia, anemia causada por anticorpos contra células vermelhas - anemia hemolítica
Tratamento Nutricional
Dieta normocalórica, normoprotéica, normoglicídica (restrita em carboidratos refinados, pois estes pacientes tendem a apresentar dislipidemia do tipo IV (aumento de TG endógenos) e resistência insulínica) e hipolipídica (priorizando PUFAS e MUFAS). A dieta também deve ser restrita em sódio (por causa do edema e HAS) e xenobióticos e rica em ômega 3, simbióticos, nutrientes antioxidantes.
Durante uma crise de lúpus, os anticorpos podem atacar a cartilagem das articulações. Os danos podem ser parcialmente reparados por meio da ingestão de alimentos ricos em enxofre (cebola, alho e aspargo).
O uso de corticoides está associado à perda de massa óssea e à osteoporose. Se o uso for necessário, aumente o consumo de cálcio (leites, vegetais verde-escuros e soja).
Aumente o consumo de água também, beba um copo a cada 2 horas. 
Osteoporose
Osteoporose é uma doença caracterizada pela perda da massa óssea, deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com o consequente aumento do risco de fratura
Tratamento nutricional
Aumentar o aporte de alimentos ricos em cálcio como leite (principalmente desnatado) e derivados (em particular: queijos e iogurtes), produtos a base de soja, sardinha, ostra, folhas verde-escuras (principalmente brócolis, couve, repolho), feijão branco, tremoço, orégano, folha de beterraba, semente de girassol, semente de linhaça, gergelim, oleaginosas.
A presença de grande quantidade de proteínas de origem animal, excesso de gordura saturada, fosfatos, álcool, açúcar refinado, ácido oxálico, fibras insolúveis e cafeína também comprometem a absorção do cálcio ou aumentam a sua excreção pelas fezes e urina.
Osteoartorse ou Artrose
Desgaste da cartilagem articular, a qual é um tecido liso e que juntamente com o líquido sinovial são responsáveis pelo mecanismo de rolamento e deslizamento que ocorre nas juntas permitindo o adequado movimento das mesmas.
Tratamento nutricional 
	O tratamento nutricional é o mesmo da osteoporose, mas pode-se prescrever sulfato de condroitina (400mg) + sulfato de glucosamina ou glicosamina (1000mg) na forma de sachê. Recomenda-se 1 sachê/dia.
	Tanto a condroitina quanto a glicosamina reconstituem a cartilagem óssea.
Gota ou Hiperuricemia ou Artrite gotosa
É uma inflamação aguda e intensa devido ao depósito de cristais do ácido úrico nas articulações e tendões 
Tratamento nutricional
Restringir o consumo de alimentos hiperpurínicos como as carnes vermelhas, ensopados de carne ou frango, vísceras, embutidos, sardinha e atum enlatados e leguminosas. Entretanto, leite e derivados, ovo, peixe e cereais são hipopurínicas pois tem como base nitrogenada principal a pirimidina e não a purina.
Aumentar a hidratação, mas evite bebidas alcoólicas pois o álcool acelera a xantina-oxidase aumentando a quantidade de ácido úrico no sangue.
Restringir produtos industrializados e ricos em gorduras TRANS e gorduras saturadas e preferir CHO com fibras
Suplementar nutrientes antiinflamatórios e antioxidantes 
Restringir alimentos ricos em ácido oxálico (prejudicam a excreção de ácido úrico): chocolate, mate, caju, tomate, folhas verde-escuras (rúcula, couve, agrião, almeirão, brócolis, mostarda, espinafre).
Artrite Reumatóide
Dor, rigidez e inchaço, principalmente nas pequenas articulações, mais freqüentemente as interfalangeanas proximais das mãos e dos pés. 
Tratamento nutricional 
- A dieta deve ser adequada em calorias (GEB Xfator injúria de 1,14 a 1,35 (na fase aguda) e 1,2 a 1,3 (para pacientes com limitações de movimentos realizando fisioterapia)); hiperprotéica (1,5 a 2,0g/Kg/dia), normolipídica dando ênfase a utilização do W3, pois diminui a rigidez muscular e a fadiga, além de ter um importante papel antiinflamatório e normoglicídica. Deve-se suplementar vitaminas B6, C (por causa do uso de aspirinas que lesionam a mucosa intestinal e reduzem a absorção destas vitaminas) e vitamina D e cálcio, pois estes pacientes freqüentemente apresentam osteoporose e osteomalácia, por causa da menor absorção de cálcio e vitamina D devido ao uso de corticóides e redução na ingestão.
- Consumir e grande quantidade ameixas, cerejas, amoras, cranberry (uva do monte)...
- Reduzir ao máximo o uso de sal, farinhas e açúcares refinados.
- Para combater a dor pode-se usar chá de casca de salgueiro (semelhante a aspirina) e unha de gato ou gengibre (ação antiinflamatória), boswelia, açafrão (cúrcuma).
Sugestão de prescrição anti-inflamatória: Extrato seco de Boswellia (500mg) + Cúrcuma (500mg) na forma de cápsula
Também pode-se prescrever sulfato de condroitina (400mg) + sulfato de glucosamina ou glicosamina (1000mg)+ colágeno hidrolisado (10mg) na forma de sachê. Recomenda-se 1 sachê/dia.

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