Buscar

Questionamento Socrático

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Questionamento Socrático
Método socrático é definido por Beck e Dozois como um método de descoberta guiada onde o terapeuta faz uma série de perguntas cuidadosamente sequenciadas, para ajuda na definição de problemas, auxiliar na identificação de pensamentos e crenças, examinar o significado de eventos, ou avaliar as ramificações de pensamentos, ou comportamentos particulares.
É considerado por muitos, o principal pilar da Terapia Cognitivo Comportamental, por isso, muitas vezes nem é considerado uma técnica, já que se faz o uso dele durante todo o processo terapêutico. A ideia por trás do questionamento socrático é trazer à tona o que o paciente está pensando e direcionar este pensamento para algo mais funcional, ao invés de o terapeuta dizer o que ele acredita que o paciente está pensando.
Um mantra muito comum de ser usado por terapeutas cognitivos, para estarem sempre cientes de utilizar o questionamento socrático nas sessões é: “pergunte, não fale”. 
Pensamento disfuncional = este pensamento costuma ser rígido, generalizante e exagerado, e nós consideramos ele, um fato.
Através do questionamento socrático conseguimos perceber que nossos pensamentos, não são fatos, e sim, ideias, suposições. Com isso, há a flexibilização do pensamento disfuncional, descobrimos outras possibilidades de resposta ao evento gatilho e nossas reações melhoram. Temos uma resposta emocional menos intensa ou um comportamento mais funcional. Com o tempo, quando conseguimos treinar nossa mente para sempre duvidar, questionar nossas certezas que nos fazem mal e pensar em alternativas, ao mesmo tempo, conseguimos aumentar o tempo de resposta entre pensamentos e as reações. Assim, conseguimos viver mais focados na realidade, com menos estresse, angústia e com menos comportamentos disfuncionais, que nos prejudicam e nos causam ainda mais sofrimento.
E como podemos utilizar o método socrático? O que podemos fazer para estarmos sempre atentos para a utilização dos questionamentos, é ter o mantra de “Perguntar, não dizer”, se você for profissional de área e se você for paciente, você pode lembrar que seus pensamentos, não são fatos, são ideias e que, como todas ideias, podem ser questionada. Para começar o questionamento, você pode utilizar algumas listas prontas com alguns questionamentos. Com o tempo, você vai adquirindo mais experiência e conseguirá utilizar o método sem a necessidade de um guia. Como treino, você pode pegar uma folha de papel e no topo, escrever o pensamento que você quer desafiar.
A primeira pergunta, pode ser “Qual é a evidência em favor deste pensamento? E contra ele?”, tente listar evidências, provas concretas e não achismos. A próxima pergunta pode ser “Estou baseando esse pensamento em fatos ou em sentimentos?”, com a resposta da pergunta anterior, você pode conseguir avaliar se você está baseando seu pensamento em evidências, ou em sentimentos. Sentimentos muito fortes, podem ofuscar nossa mente e trazer a distorção cognitiva chamada emocionalização, que é achar que o que você pensa é verdade, porque você está sofrendo emocionalmente.
Terceira pergunta: "Esse pensamento é preto e branco? Quando na realidade é mais complicado?”, podemos ter a tendência de pensar em absolutos. Esse pensamento, tudo ou nada, não nos ajuda. Ver as coisas como realmente são, que elas possuem outros lados, tons de cinza, podemos dizer. Respondendo essa pergunta, podemos perceber uma maior complexidade nos eventos vivenciados. Eu poderia estar mal interpretando as evidências? Posso estar fazendo suposições? Outras pessoas poderiam ter interpretações diferentes da minha se estivessem na mesma situação? Quais as possíveis interpretações?
“Estou olhando para todas as evidências, ou apenas o que apoia meu pensamento?”, poderia meu pensamento ser um exagero do que é verdade? Essa pergunta pode nos ajudar na percepção de que podemos até estar com o pensamento vindo de um local correto, ele pode ser meio verdade, mas, mesmo assim, será que não estamos exagerando o que é verdadeiro no pensamento? “Estou tendo esse pensamento por hábito, ou os fatos apoiam ele?”, como somos criaturas de hábitos, nossos pensamentos disfuncionais também podem se tornar linhas de pensamentos habituais. Por conta disso, essa pergunta pode nos ajudar a saber se nosso pensamento realmente é uma informação válida ou se é um hábito nosso. 
“Alguém passou esse pensamento ou crença para mim? Se sim, esse alguém é uma fonte?”, se você for do tipo esponja, você pode acabar por pegar sentimentos e pensamentos de outras pessoas mais intensas ou disfuncionais e acabar acreditando que são válidos quando não são. E a última pergunta que você pode fazer é: “O meu pensamento é um cenário realista ou é o pior cenário possível?”, como disse anteriormente, nossos pensamentos disfuncionais, tendem ser catastróficos e fazer esse questionamento, pode te ajudar a sair disso.
Para profissionais:
I. Comece utilizando uma colinha
II. Utilize o questionamento com seus próprios pensamentos
III. Estude assuntos variados.

Continue navegando