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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PSICOLOGIA AMANDA BETTIOL RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA SOCIAL - ESTÁGIO B CRICIÚMA 2023 2 AMANDA BETTIOL RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA NA EDUCAÇÃO ESTÁGIO B Relatório de Estágio em Psicologia na Social solicitado pelo professor orientador Zolnei Vargas E. de Córdova, do Curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. CRICIÚMA 2023 3 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA COORDENAÇÃO DE ESTÁGIOS ÁREA: PSICOLOGIA SOCIAL LOCAL DO ESTÁGIO: ACOLHER - UNESC PERÍODO DO ESTÁGIO: AGOSTO A DEZEMBRO DE 2023 _______________________________________________________________ AMANDA BETTIOL ESTAGIÁRIA DE PSICOLOGIA _______________________________________________________________ ZOLNEI VARGAS ERNESTA DE CÓRDOVA – CRP 12 / 09848 ORIENTADOR DE ESTÁGIO KARIN MARTINS GOMES – CRP 12/04473 ASSESSORIA DE ESTÁGIO B CRICIÚMA 2023 4 SUMÁRIO 1. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 6 2. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO ....................................................................... 6 2.1. Objetivos ............................................................................................................. 6 2.1.1. Geral.................................................................................................................. 6 2.1.1. Específicos ........................................................................................................ 7 2.2. Metodologia ........................................................................................................ 7 2.2.1. Tipo de estudo ................................................................................................... 7 2.2.2. Clientela ............................................................................................................ 7 2.2.3. Procedimentos .................................................................................................. 7 2.2.4. Instrumentos utilizados ...................................................................................... 7 3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO .................................................... 8 3.1. Histórico da instituição ...................................................................................... 8 3.1.1. Histórico ............................................................................................................ 8 3.2. Filosofia ou missão da instituição .................................................................. 11 3.3. Objetivos ........................................................................................................... 11 3.3.1. Geral................................................................................................................ 11 3.3.2. Específicos ...................................................................................................... 12 3.4. Organograma .................................................................................................... 13 3.5. Recursos humanos e materiais ...................................................................... 15 3.5.1. Recursos humanos.......................................................................................... 15 3.5.2. Recursos materiais e ambientais .................................................................... 15 3.5.3. Rotina do acolher e local e estrutura: .............................................................. 16 3.5.4. Formas de contato do programa acolher – UNESC ........................................ 17 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 18 4.1. A psicologia social ........................................................................................... 18 4.2. Breve histórico da psicologia social no mundo ............................................ 20 4.3. História da psicologia social no Brasil ........................................................... 21 4.4. Psicólogo e a psicologia social ...................................................................... 22 4.5. Saúde mental no contexto acadêmico ........................................................... 23 4.6. Acolher .............................................................................................................. 25 5. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES .................................................................... 26 6. RELATO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS .................................... 27 5 6.1. Grupo Psicoterapêutico Acolher – Caminhos do Acolhimento – Desatando Nós, os Nós dentro de Nós. .................................................................................... 27 6.2. Grupo Reflexivo Acolher – Caminhos do Acolhimento - Grupo LGBTQ+ ... 30 6.3. Caminhos do Acolhimento: Colégio UNESC ................................................. 32 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 36 8. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 37 9. ANEXOS ............................................................................................................... 41 6 1. JUSTIFICATIVA O projeto em questão é uma exigência da disciplina de Estágio Supervisionado em Psicologia Social – Estágio B, presente na grade curricular do Curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Os estágios são fundamentais para a formação acadêmica, pois proporcionam aos estudantes a oportunidade de aplicar na prática o conhecimento adquiro em sala de aula até o momento. A Psicologia Social é uma área de extrema importância dentro da Psicologia. O profissional que atua nessa área deve agir com responsabilidade e ética, visto que trabalha com pessoas de diversas faixas etárias, níveis de desenvolvimento e contextos biopsicossociais. A atuação nesse campo beneficia alunos, professores, pais e a comunidade na qual se está inserido Dando sequência ao estágio supervisionado, este será realizado no Programa Acolher, na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), na cidade de Criciúma – SC. O estágio terá a duração agosto a dezembro de 2023, com a carga horária total de 150 horas/aula semestrais, sendo 135 horas a serem cumpridas no local de estágio e as outras 15 horas serão destinadas às atividades de orientação com o professor responsável pela supervisão da estagiária, Zolnei Vargas E. de Córdova. Coordenado pelo professor Zolnei Vargas Ernesta de Córdova, O Programa Acolher surge com a proposta de acolhimento e prevenção à saúde mental, fazendo com que a comunidade acadêmica se sinta contemplada com a ajuda de profissionais da área da psicologia e demais áreas. 2. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO 2.1. Objetivos 2.1.1. Geral Por meio da criação de locais acolhedores e propícios à escuta, auxiliar na capacidade de pensamentos, sentimentos e ações de quem é amparado pelo programa. file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003429 file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003430 file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003432 7 2.1.1. Específicos • Realizar triagem de novos atendimentos do Programa; • Suporte aos Residentes, durante o surgimento das demandas; • Mediar os eventos do Programa Acolher dentro da universidade (grupo psicoterapêutico e Colégio Unesc); • Elaborar estratégiasde ação relacionadas a demanda de saúde mental dos alunos; • Auxiliar o programa em outras demandas que possam surgir. 2.2. Metodologia 2.2.1. Tipo de estudo O Projeto em questão consiste na aplicação prática da Psicologia Social no contexto do Programa Acolher. Serão realizadas observações e mediações com os alunos, através da coleta de dados relacionados a pessoas e lugares, buscando a compreensão dos fenômenos, segundo a perspectivas dos participantes do Programa em questão. 2.2.2. Clientela Constituída por estudantes da Graduação, pós graduação e Colégio Unesc, que realizam atendimento gratuito através do Programa Acolher. 2.2.3. Procedimentos Inicialmente, será realizada uma observação das atividades a serem desempenhadas, com o objetivo de compreender a dinâmica e o funcionamento da local em questão. Durante o estágio, serão realizadas conversas com a equipe do Programa Acolher para a inserção e conhecimento da dinâmica e demandas, além da realização das tarefas sugeridas. 2.2.4. Instrumentos utilizados file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003433 file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003434 file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003435 file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003436 file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003437 file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003453 8 Os instrumentos utilizados para a realização do projeto serão: materiais didáticos disponíveis nos ambientes, material pedagógico e aparelhos tecnológicos. 3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO 3.1. Histórico da instituição 3.1.1. Histórico O Programa Acolher da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC é vinculado à Pró Reitoria de Ensino (PROEN) e à Gerência de Atenção aos Estudantes. Acolhimento, orientação e aconselhamento é o tripé orientador, a alma que anima o Programa Acolher UNESC. Criado em outubro de 2019, vinculado à Pró Reitoria Acadêmica e à Gerência de Atenção ao Estudante, iniciou suas atividades através de esforços de diversos profissionais da universidade, preocupados com a saúde mental dos acadêmicos. A demanda da necessidade de um olhar diferenciado para as questões acadêmicas vinha sendo discutida entre os responsáveis pela gestão da Universidade, que tinham conhecimento dos casos de sofrimento de alunos dentro do ambiente acadêmico. O Acolher UNESC, nasceu da demanda dos acadêmicos que apresentavam seu sofrimento psíquico aos Centros Acadêmicos e ao DCE-Diretório Central dos Estudantes, chegando até às coordenações dos cursos que levaram a importância do assunto a “Gestão Universitária” no qual acolheu com a preocupação de cuidado a saúde mental de nossos estudantes. A oferta de um espaço de acolhimento, com escuta qualificada e sensibilidade faz parte do objetivo da Universidade de envolver os alunos em uma vida acadêmica saudável e em projetos de felicidade. Assim, visando a promoção da qualidade de vida, da saúde mental e a prevenção do sofrimento psíquico dos acadêmicos, o Programa Acolher surgiu com o objetivo de oferecer cuidado, acolhimento, suporte psicológico e emocional, além de auxiliar o acadêmico a refletir sobre seu percurso de vida, planejar o futuro e desenvolver habilidades emocionais necessárias para lidar com a realidade acadêmica, social e familiar, se mostrando como um importante espaço dentro do ambiente acadêmico. O programa é fruto da file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003440 file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003441 9 constante preocupação da Reitoria da UNESC, com o cuidado e a valorização das pessoas que vivem o cotidiano da nossa Universidade. O programa visa à promoção da qualidade de vida, da saúde mental e a prevenção do sofrimento psíquico de nossos acadêmicos e tem por objetivo oferecer cuidado, acolhimento, suporte psicológico e emocional, além de auxiliar o acadêmico a refletir sobre seu percurso de vida, planejar o futuro, e desenvolver habilidades emocionais necessárias para lidar com a realidade acadêmica, social e familiar. Como ferramentas de cuidado, poderão ser utilizadas o acolhimento pontual e estendido, escuta qualificada, a psicoterapia, as práticas integrativas e complementares, grupos reflexivos e grupos operativos, rodas de conversa, palestras, oficinas, sendo realizadas na consideração das demandas emergentes. O acesso ao serviço poderá se dar por meio de encaminhamento e busca espontânea a partir do conhecimento do programa. Os acadêmicos poderão vir encaminhados pela PROACAD, SAMA, NUPREVIPS, DCE’S, CA’s, Coordenação de cursos, professores, Clínicas Integradas da UNESC, Secretaria da Diversidade, Diretoria de Ensino, Assessoria de gabinete/ reitoria e Central do Estudante, bem como por suas demandas emergenciais. As demandas se originarão da rede institucional, sendo essa interna à UNESC. Os setores que são partes da referência e contrarreferência são: SAMA, Nuprevips e Clínicas Integradas da UNESC. ● Abaixo apresenta-se um organograma funcional dos setores e atores envolvidos ao programa: 10 Programa Acolher – UNESC - *PAME – Programa de Acolhimento e Mediação dos Estudantes. Antes de iniciar o atendimento é necessário que o acadêmico passe por uma escuta, que será uma entrevista para coletar informações sobre o motivo da queixa e para realizar o encaminhamento necessário, considerando a demanda apresentada. Neste sentido, o aluno que possuir interesse em ser atendido no Programa precisa ir até o local na finalidade de ser acolhido. Tendo em vista o cenário da Covid-19, o Programa passou a ser realizado em formato diferente, que limitou a presença dos acadêmicos nas dependências do Programa Acolher - UNESC. Todas as ações do programa ocorreram no formato virtual, porém no ano de 2022, as ações do programa vêm retornando aos poucos sua presencialidade. As demandas continuam chegando por meio dos setores mencionados acima, no qual fazem contato por telefone ou pelo e-mail do acolher@unesc.net. Em seguida, os acadêmicos recebem um e-mail explicativo sobre o formato online do acolhimento, seja este individual como em grupo. O Acolher conta com quatro ferramentas de cuidado aos estudantes, sendo elas nas modalidades individuais ou coletivas. • ACOLHIMENTO/ATENDIMENTO INDIVIDUAL, com foco na Psicoterapia Breve, que objetiva em curto prazo uma melhora na qualidade de vida dos acadêmicos, elegendo uma queixa principal e focando o empenho na sua 11 resolução. A especificidade da psicoterapia breve é atingir os objetivos terapêuticos em um prazo bem mais curto de tempo. • CAMINHOS DO ACOLHIMENTO: Grupos Psicoterápicos - Desatando Nós, os Nós dentro de Nós, encontro estes que possibilitam trocas e vivencias entre os acadêmicos. Destacamos também a atividade. • NATUREZAS DO ACOLHIMENTO, que são encontros grupais com as turmas que nos solicitam por demandas especificas voltadas aos seus entornos em sala de aula. E por fim, o DIÁLOGOS ACOLHEDORES, que são ações Psicossociais em grupo, que trabalham temas mais emergentes e específicos relacionados a vida acadêmica e o cotidiano das demandas de nossos estudantes. 3.2. Filosofia ou missão da instituição A missão da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) é "Educar, por meio do ensino, pesquisa e extensão, para promover a qualidade e a sustentabilidade do ambiente de vida". A Visão de Futuro é "Ser reconhecida como uma Universidade Comunitária, de excelência na formação profissional e ética do cidadão, na produção de conhecimentos científicos e tecnológicos com compromisso socioambiental". 3.3. Objetivos 3.3.1. Geral O objetivo geral do Programa Acolher é: file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc32200344212 ● Cuidar da saúde psicológica e emocional do acadêmico tendo em vista a promoção e prevenção da saúde mental. 3.3.2. Específicos Já com relação aos objetivos específicos do Programa Acolher temos: ● Acolher, orientar e aconselhar os estudantes no enfrentamento das dificuldades emocionais, por meio de atendimentos breves e pontuais, quando for o caso; ● Garantir ao estudante espaço de escuta, acolhimento e manejo de situações estressoras vivenciadas no contexto acadêmico; ● Propiciar um espaço físico e simbólico em que o acadêmico possa ter suporte psicológico em situações psicossociais diante de conflitos vivenciados na vida pessoal e universitária; ● Realizar grupos reflexivos e oficinas a partir da demanda emergente. ● Desenvolver habilidades de autocuidado e autoconhecimento por meio da psicoeducação, fortalecendo os fatores protetivos e proporcionando saúde mental; ● Promover a saúde mental no campus através de atividades, ações, palestras e rodas de conversas que abordem a temática; ● Realizar psicoterapias breves através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas psicológicas; ● Assessorar os docentes e colaboradores da Universidade, de modo a favorecer a relação dos acadêmicos com os docentes e demais colaboradores da instituição UNESC. 13 3.4. Organograma file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003444 14 Funcionalidade do Programa Acolher – UNESC: Conforme necessidade e demanda, os alunos poderão ser encaminhados para as seguintes redes: 15 Ações que acontecerão no Programa Acolher – UNESC: 3.5. Recursos humanos e materiais 3.5.1. Recursos humanos A Equipe é composta no Programa Acolher – UNESC, da seguinte forma: Equipe do Programa Acolher - UNESC Profissionais Quantidade Estagiários(as) de Psicologia Social B 5 Estágios(as) Fixos(as) 2 Psicólogas fixas 2 Coordenador do Programa 1 Psicólogos(as) residentes 12 3.5.2. Recursos materiais e ambientais Recursos Materiais disponíveis dentro do Programa Acolher – UNESC: Utensílios dentro do setor Materiais Quantidade Notebook 20 file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003445 16 Impressora 1 Scanner 1 Bebedouro 1 Armário 3 Computador 2 Poltrona 4 Cadeira 4 Mesa de suporte, sala de acolhimento 2 Celular 1 Projetor 1 Tablets 20 Telefone fixo 1 Ar-condicionado 4 3.5.3. Rotina do acolher e local e estrutura: Relacionada a rotina do Programa Acolher, os atendimentos são de segunda a sexta-feira das 08h às 12h e das 13h às 21h. 17 3.5.4. Formas de contato do programa acolher – UNESC Atendimentos: Segunda a Sexta-feira das 08h às 12h e das 13h às 21h Local: Ao lado da Central do estudante – CENTAC - Contato: 3431 4534 E-mail: acolher@unesc.net para fins individuais e acolhergrupos@uensc.net finalidade grupos. 18 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1. A psicologia social O campo da Psicologia Social constitui-se, na atualidade, num instigante território problematizador dos modelos e métodos das Ciências Humanas. Não propomos que um ou outro método, um ou outro modelo, poderá mostrar-se, a partir desta problematização, mais eficaz na configuração desse campo. Não se trata de irmos em direção a um modelo ou método mais privilegiado. O que queremos salientar é que, na contemporaneidade, o encontro do psicológico e do social é um território fértil para constituir-se em algo assim como um laboratório para a produção em Ciências Humanas. Talvez não pequemos por exagero se dissermos que, no século XX, cada vez mais o social foi em direção ao psicológico. (MANDELBAUM, 2011) Atualmente, há bastante consenso de que a Psicologia Social como disciplina científica possui uma especificidade, não pelo seu objeto de estudo, mas antes de tudo por suas abordagens teóricas que articulam aspectos estruturais e aspectos subjetivos e integram explicações psicológicas e sociológicas. Como tal, a Psicologia Social apresenta-se como um campo de interseçãoo entre a Psicologia e a sociologia, no qual encontramos teorias procedentes tanto da Psicologia como da sociologia. Esta especificidade da Psicologia Social causa uma tensão interna à disciplina, entre o que se convencionou chamar Psicologia Social Psicológica e Psicologia Social sociológica. (STRALEN, 2005) A situação modificou-se com o surgimento de novas tarefas, principalmente em programas sociais e educacionais, nos quais tanto psicólogos (sociais) como outros profissionais (assistentes sociais, sociólogos, pedagogos, etc.) têm-se inseridos. Estas tarefas compartilhadas com outras profissões tendem a promover uma perda de trocabilidade de psicólogos profissionais entre si e uma pressão pela especialização, ao lado da competição com os outros profissionais. (STRALEN, 2005) A psicologia é usualmente definida como ciência do comportamento humano e a psicologia social como aquele ramo dessa ciência que lida com a interação humana (GERGEN, 2008). Desde o seu surgimento ela tem contribuído para o entendimento do indivíduo e suas relações com a sociedade, buscando instrumentalizar as pessoas para que pudessem compreender o contexto social a que file:///E:/Users/Admin/Desktop/sem%20paginas.docx%23_Toc322003446 19 pertencem, os constructos sociais, os comportamentos e dessa forma romper com as amarras da opressão e da desigualdade social (ALMEIDA, 2018). De acordo com Lane (2017) o enfoque da Psicologia Social é estudar a constituição do sujeito no que ele é influenciado socialmente. E isto acontece desde o momento em que nascemos, ou mesmo antes do nascimento, enquanto condições históricas que deram origem à uma família, à qual convive com certas pessoas, que sobrevivem trabalhando em determinadas atividades, as quais já influenciam na maneira de encarar e cuidar da gravidez e no que significa ter um filho. Recentemente, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou a Resolução número 3, de 16 de março de 2022, que institui condições para concessão e registro de psicólogas e psicólogos especialistas e reconhece 13 áreas de especialidades profissionais da Psicologia, dentre elas a Psicologia Social. Segundo o CFP (2022 s.p), “a Psicologia Social é a área de atuação profissional da psicologia referente à influência do meio social em fenômenos psicológicos e do modo como dimensões psíquicas subjetivas interferem socialmente”. O Psicólogo, dentro de suas especificidades profissionais, atua no âmbito da educação, saúde, lazer, trabalho, segurança, justiça, comunidades e comunicação com o objetivo de promover, em seu trabalho, o respeito à dignidade e integridade do ser humano (CFP, 1992). Lane (1981) propõe que a Psicologia Social pode ser um meio para realizar transformações em nossa sociedade, além de uma forma de produção de conhecimento sobre o ser humano. Segundo a autora, essa transformação social levaria as pessoas a romperem com práticas sociais que favoreçam a desigualdade. Ao refletirmos sobre o lugar que a psicologia social ocupa na sociedade, acaba surgindo uma questão polêmica: quando o comportamento se torna social? Para responder essa pergunta, podemos recorrer ao que sustenta Lane (2017), ao afirmar que cada ser humano tem suas peculiaridades. Sendo assim, por exemplo, como não existem duas árvores iguais não existem dois organismos iguais. Sendo assim, mesmo no caso de gêmeos que são geneticamente iguais, têm subjetividades diferentes, posto que, suas primeiras interações com o ambiente acabam provocando diferenças entre eles. 20 4.2. Breve histórico da psicologia social no mundo Conforme Almeida (2018), a Psicologia Social recebeu influênciasno decorrer do tempo de outras áreas como a sociologia, filosofia, antropologia, dentre outras, para que se firmasse como uma disciplina independente. Assim, desde o seu surgimento ela tem contribuído para o entendimento do indivíduo e suas relações com a sociedade, buscando instrumentalizar as pessoas para que pudessem compreender o contexto social a que pertencem, os constructos sociais, os comportamentos e dessa forma romper com as amarras da opressão e da desigualdade social (ALMEIDA, 2018). De acordo com Lane (1981), o início da Psicologia Social se deu no início do século XIX, sendo o filósofo francês Augusto Conte, considerado o pai desta ciência em primeiro momento. Para a autora, a Psicologia Social seria subproduto da Sociologia e da Moral, sendo encarregada em dizer como o sujeito poderia ser e como se tornava mediante a sociedade em que vivia. No entanto, só após a Primeira Guerra Mundial, por volta de 1920, é que esse ramo se desenvolveria como estudo científico e sistemático, sustenta Lane (1981). Ela discorre que em um mundo abalado por crises e conflitos, os pesquisadores encontraram um campo a ser amplamente estudado, visando descobrir uma maneira de preservar os valores de liberdade e os direitos humanos numa sociedade tensa e arregimentada. A psicologia social sociológica, segundo Stephan e Stephan (1985) tem como foco o estudo da experiência social que o indivíduo adquire a partir de sua participação nos diferentes grupos sociais com os quais convive. Sobre a história da Psicologia Social, muito se fala nos Estados Unidos e no advento da psicologia social ocorrido no período do pós-guerra. Segundo Lane (1994), o que deflagrou a sistematização do estudo de fenômenos psicossociais foi o contexto histórico e social vivido após a Primeira Guerra Mundial, o qual impulsionou a necessidade de compreender as crises presentes para permitir a reconstrução e preservação das sociedades, além de criar ou alterar atitudes a fim de garantir e aumentar a produtividade do grupo. Após um período de otimismo, a Psicologia Social entrou em declínio e passou por um momento chamado de “crise da psicologia social” (LANE, 1981). A autora acrescenta ainda que: 21 Esta crise se deu principalmente pela falta de conhecimento prático das pesquisas, muitos resultados que se contradiziam e nenhuma solução concreta para os problemas enfrentados pelos países. Críticas foram feitas aos psicólogos norte-americanos devido ao caráter ideológico dos seus trabalhos que eram reproduzidos em países da América Latina sem levar em conta as características próprias desses países. Conhecimentos dos Estados Unidos eram reproduzidos noutros lugares, usavam técnicas e conceitos que não se aplicavam plenamente aos locais em questão. Como escreveu a psicóloga entrevistada neste presente trabalho, a psicologia tradicional era descontextualizada e limitada. Obviamente os resultados seriam duvidosos e inúteis (LANE, 1981, p.78). No Brasil, bem como na América Latina em geral, sua chegada foi demarcada por um período de rupturas. O desenvolvimento da psicologia social em nosso país passou por grandes transformações, sendo esta, produto de um conjunto de determinações históricas, as quais culminaram na organização de ideias que fundamentaram e possibilitaram seu estudo científico e sistemático, além do seu desdobramento até os dias de hoje (GOLÇALVES; YAMAMOTO, 2015). Nesse sentido, é importante entender como foi o histórico da Psicologia Social no Brasil. 4.3. História da psicologia social no Brasil No Brasil assim como em quase toda a América Latina, nas décadas de 1960 e 1970, a psicologia social seguia um rumo muito próximo à forma de psicologia social importada dos Estados Unidos (BERNARDES, 2013). Lane (1981) explica que muitas das maiores influências da psicologia social no país eram de origem norte-americana, posto que cientistas e professores iam se aperfeiçoar no exterior nessa época, devido à falta de produção nacional. Lane (1981, p. 80) menciona que com o passar do tempo, esta Psicologia Social continuou sendo ensinada, com pequenas reformulações devido a novas pesquisas, nos cursos de Psicologia, criados a partir de 1962, sem grandes alterações. Atualmente no Brasil, há a Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO). Conforme Bernardes (2013), a ABRAPSO surgiu em 1980 no Brasil através da mão de alguns pesquisadores, dentre tantos outros, Silvia Lane. A ABRAPSO constitui-se em importante espaço de intercâmbio e posicionamento crítico frente a perspectivas naturalizantes e a-históricas de produção de conhecimento e intervenção política em nossa sociedade. A ABRAPSO é composta por profissionais (pesquisadores, psicólogos, militantes, gestores públicos) e estudantes (em processo de graduação ou pós-graduação), que, por meio do ensino, investigação, aplicação 22 ou difusão, contribuem para o desenvolvimento da Psicologia Social no Brasil (ABRAPSO, 2022). A ABRAPSO promove, ministra, realiza, organiza, assiste, incentiva e participa de atividades técnico-científicas, tais como: congressos, cursos, palestras, seminários, debates, conferências e reuniões, promove a edição e publicação de trabalhos de interesse para o desenvolvimento da Psicologia Social, mantém relações institucionais de âmbito nacional e internacional, visando a cooperação com entidades afins e manifesta-se publicamente em relação a problemas sociais, com vistas à promoção da justiça social. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA SOCIAL, 2020). 4.4. Psicólogo e a psicologia social Em 17 de outubro de 1992, o Conselho Federal de Psicologia apresentou ao Ministério do Trabalho sua contribuição para integrar o Catálogo Brasileiro de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho. O CBO apresenta as atribuições profissionais da psicóloga e do psicólogo no Brasil. A(o) psicóloga(o), dentro das suas atribuições profissionais, pode atuar no âmbito da educação, saúde, lazer, trabalho, segurança, Justiça, comunidades e comunicação com o objetivo de promover, em seu trabalho, o respeito à dignidade e integridade do ser humano. Para o CFP (1992), o Psicólogo Social é aquele que entende o sujeito desde uma perspectiva histórica considerando a permanente integração entre indivíduo e o social. Neste sentido, operar como psicólogo social significa desenvolver um trabalho desde esta perspectiva de homem e da sociedade, possibilitando atuar em qualquer área da Psicologia. Entre as atribuições do Psicólogo Social, segundo o CFP (1992), tem-se: • Promove estudos sobre características psicossociais de grupos étnicos, religiosos, classes e segmentos sociais nacionais, culturais, intra e interculturais. • Atua junto a organizações comunitárias, em equipe multiprofissional no diagnóstico, planejamento, execução e avaliação de programas comunitários, no âmbito da saúde, lazer, educação, trabalho e segurança. • Assessora órgãos públicos e particulares, organizações de objetivos políticos ou comunitários, na elaboração e implementação de programas de mudança de caráter social e técnico, em situações planejadas ou não. • Atua junto aos meios de comunicação, assessorando quanto aos aspectos psicológicos nas técnicas de comunicação e propaganda. • Pesquisa, analisa e estuda variáveis psicológicas que influenciam o comportamento do consumidor. 23 Além disso, o psicólogo social também pode atuar no planejamento e na execução de programas sociais, na comunicação e divulgação de temas envolvendo a Psicologia Social, e por fim, desenvolver estudos e pesquisas científicas e acadêmicas no âmbito da Psicologia Social. (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 1992). Para colocar em prática as diversas atribuições, percebe-se que o profissional de psicologia precisa ter conhecimentos variados sobre políticas públicas, movimentos sociais, saber trabalhar em equipemultiprofissional, entre outros temas. 4.5. Saúde mental no contexto acadêmico A OMS define o conceito de saúde como um “estado de completo bem- estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença ou enfermidade” (World Health Organization, 2005, p. 2). Além disso, afirma que a maioria das doenças mentais e físicas sofre influência de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Logo, saúde mental, física e social se encontram interligadas, ficando cada vez mais evidente que a saúde mental é indispensável ao bem-estar dos indivíduos e necessita de atenção. Com base nisso, considera também que a saúde mental, além da ausência de transtorno mental, pode ser definida como um estado de bem-estar no qual o indivíduo consegue exercer seu potencial, lidar com o estresse normal da vida, trabalhar e exercer a vida social. A preocupação com a saúde mental do estudante universitário surgiu nos Estados Unidos no início do século XX, a partir do reconhecimento de que os universitários passam por uma fase naturalmente vulnerável, do ponto de vista psicológico, e de que a responsabilidade em os ajudar nesse momento, passa a ser uma das obrigações da instituição em que estão inseridos. (Loreto, 1965; Reifler, Liptzin, & Hill, 1969). De acordo com Freitas (2017), os estudantes de graduação também têm sua saúde e bem-estar prejudicados pela falta de equilíbrio entre a esfera acadêmica e a da vida não acadêmica, pois logo ao saírem do ensino médio, se deparam com uma realidade de vida muito diferente do que estavam acostumados, e em consequência, muitos não conseguem se ater às mudanças. A visibilidade dada pela imprensa a casos de suicídio e surtos psicóticos ocorridos com estudantes universitários, alguns dentro dos próprios campi das 24 universidades, tem despertado um intenso debate sobre o papel e a responsabilidade das instituições de ensino superior (IES) na promoção e manutenção da saúde mental do seu corpo discente. A vida acadêmica, reconhecida como um momento de transição, amadurecimento, ganho de autonomia, estabelecimento de vínculos afetivos e de formação profissional, também tem sido descrita como período de elevado estresse e de risco potencial para o aparecimento de diversos tipos de transtornos mentais (PEDRELLI et al., 2015; LAMBERT; MOURA, 2020). Para Hahn, Ferraz e Giglio (1999) a preocupação com a saúde mental e bem-estar do estudante universitário apresenta-se no Brasil desde a década de 1950, com aumento considerável de publicações após o ano de 1975. No entanto, os serviços voltados para a saúde do estudante universitário eram precários e focados na saúde física (FIGUEIREDO; OLIVEIRA, 1995), carecendo de “ações de promoção na área de saúde mental comunitária, permitindo um trabalho com visão multidisciplinar que possibilita a atuação de diferentes profissionais na área de saúde e educação” (HAHN; FERRAZ; GIGLIO, 1999, p. 82). O conceito de “Saúde Mental” (SM) é amplo, pelo que nem sempre é fácil a sua definição, e muito menos a identificação daquilo que a determina. No entanto, da mesma forma que o conceito de “saúde” se refere a “um estado de completo bem-estar físico, psíquico e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”, também a SM se refere a algo mais do que apenas a ausência de perturbação mental. Neste sentido, tem sido cada vez mais entendido como o produto de múltiplas e complexas interações, que incluem fatores biológicos, psicológicos e sociais (ALVES; RODRIGUES, 2010, p. 128). Em 2020 o Brasil se deparou com a conjuntura imposta pela pandemia da Covid-19, impossibilitando os jovens de manterem modos de vidas habituais, o que ocasionou impacto negativo na saúde mental do estudante universitário (OLIVEIRA et al.., 2021). De acordo com Schmidt et al. (2020), o distanciamento social, principal medida utilizada para reduzir a propagação do vírus, poderia ocasionar o aparecimento de sintomas psicológicos, tais como: medo de ser acometido pela doença; solidão, desesperança, angústia, sensação de abandono, alterações do sono e ideação suicida. Esse cenário potencializou o surgimento de quadros de estresse, ansiedade e depressão (SCHMIDT et al., 2020; MAIA; DIAS, 2020; SILVA; ROSA, 2021), exigindo medidas protetivas, mormente por parte da Educação. 25 4.6. Acolher O "acolhimento" significa a humanização do atendimento, o que pressupõe a garantia de acesso a todas as pessoas ao seu direito fundamental à saúde. Diz respeito, ainda, à escuta do sujeito acolhido deve acontecer de forma qualificada, contribuindo para a sua potência de agir e corresponsabilidade quanto às situações dificuldades encontradas no seu cotidiano. Por consequência, o Acolhimento deve garantir a resolubilidade que é o objetivo final do trabalho em saúde, resolver efetivamente o problema do usuário. A responsabilização para com o problema de saúde vai além do atendimento propriamente dito, diz respeito também ao vínculo necessário entre o serviço e a população usuária. (SOLLA, 2005). Para Carvalho e Campos (2000), acolhimento é um arranjo tecnológico que busca garantir acesso aos usuários com o objetivo de escutar todos os pacientes, resolver os problemas mais simples e/ou referenciá-los se necessário. A acolhida consiste na abertura dos serviços para a demanda e a responsabilização por todos os problemas de saúde de uma região. Prevê plasticidade, que é a capacidade de um serviço adaptar técnicas e combinar atividades de modo a melhor respondê-los, adequando-os a recursos escassos e aspectos sociais, culturais e econômicos, presentes na vida diária. Ao sentir-se acolhida, a população procura, além dos seus limites geográficos, serviços receptivos e resolutivos. Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo: faz parte de todos os encontros do serviço de saúde. O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo, no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde. (BVS, 2008). O acolhimento surge na base das propostas de reorientação da atenção à saúde. Tem sido analisado como processo e estratégia fundamental na reorganização da assistência em diversos serviços de saúde, buscando a inversão do modelo tecno- assistencial de modo a contemplar o princípio da universalidade no atendimento e a reorganização do processo de trabalho. Trata-se de um dispositivo que vai muito além 26 da simples recepção do usuário numa unidade de saúde, considerando toda a situação de atenção a partir de sua entrada no sistema. (HENNINGTON, 2005). Matumoto (1998), faz algumas considerações sobre o significado de acolhimento: O significado de acolhimento como recepção nos leva a pensar em ato, mas o acolhimento não é apenas o ato de receber, e não ocorre apenas na recepção da unidade de saúde, é um processo que deve ser realizado por todos os trabalhadores de saúde e em todos os setores da unidade. As palavras atenção e consideração levam a pensar em um atendimento mais humanizado. [...] o significado do verbo acolher dá uma ideia da ação do acolhimento, ou seja, atender, receber dando crédito àquilo que o outro traz, ouvindo-o e considerando sua queixa como algo digno de atenção. A tradução abrigar-se, hospedar-se, recolher-se demonstra que o processo de acolhimento implica em trazer para dentro de si mesmo, trazê-lo para dentro da unidade de saúde, implicando em relações de aproximação das pessoas (p.11). O Programa Acolher – UNESC visa acolher o aluno que está passando por dificuldades emocionais, assim como, promovera prevenção ao adoecimento mental, essas ações são executadas por meio de grupos de apoio, psicoterapia, palestras, rodas de conversa, entre outros. 5. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES Atividades AGO SET OUT NOV DEZ Reunião para escolha do Local de Estágio e Professor Orientador X Elaboração do projeto X X Entrega do projeto X Desenvolvimento das atividades X X X X Construção do relatório X X Encerramento das atividades X Entrega do relatório X Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2023 Meses 27 6. RELATO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS 6.1. Grupo Psicoterapêutico Acolher – Caminhos do Acolhimento – Desatando Nós, os Nós dentro de Nós. Os grupos psicoterapêuticos desempenham um papel fundamental na vida acadêmica, proporcionando um espaço seguro para os participantes lidarem com desafios emocionais e psicológicos associados à jornada e estadia na caminhada universitária. Ao compartilhar experiências e enfrentar questões comuns, os estudantes podem desenvolver habilidades emocionais essenciais que influenciam positivamente seu desempenho acadêmico. A importância desses grupos reside na capacidade de abordar ansiedades relacionadas a vários aspectos de suas vidas, pressões acadêmicas e transições sobre ciclos de vida. Ao fornecer um ambiente de apoio, os participantes podem aprender estratégias de enfrentamento saudáveis, promovendo o equilíbrio emocional e a resiliência diante dos desafios acadêmicos. Além disso, os grupos psicoterapêuticos facilitam a construção de redes de apoio entre os estudantes, promovendo a compreensão mútua e a redução do estigma associado à saúde mental. Essa conexão social fortalece o senso de pertencimento e contribui para um ambiente acadêmico mais inclusivo e solidário. Neste sentido, a participação em grupos psicoterapêuticos pode ser uma peça-chave para melhorar a saúde mental dos estudantes, impactando positivamente sua experiência acadêmica, promovendo o bem-estar emocional e fortalecendo as habilidades necessárias para enfrentar os desafios educacionais. Durante o segundo semestre de 2023, entre os meses de agosto a dezembro, foram realizadas as atividades do Estágio Social B. Estas atividades foram desenvolvidas em parceria com a Instituição que acolheu os estagiários do curso de Psicologia (UNESC). O Grupo Psicoterapêutico Acolher – Caminhos do Acolhimento engloba os Grupos Psicoterápicos - Desatando Nós, os Nós dentro de Nós, encontro estes que possibilitam trocas e vivencias entre os acadêmicos. A partir desses encontros, a estagiária pode observar e participar dos grupos, desde a preparação de roteiros, divulgação e auxiliando a psicóloga mediadora durante todo o processo, contribuindo de forma positiva. Ao contrário da psicoterapia individual, o terapeuta no grupo está situado lado a lado e no meio dos 28 pacientes. É, também, membro do grupo. Precisa ter não só a experiência do analista, mas também a presença de espírito e a coragem de colocar em jogo toda sua personalidade no momento preciso para preencher o âmbito terapêutico com calor, empatia e expansão emotiva (MORENO, 1974). Entre os dias 02 de agosto a 28 de agosto, aconteceu o Primeiro encontro do segundo semestre de 2023 e houve a participação de 3 acadêmicos. A psicóloga mediadora se apresentou e também apresentou a nova estagiária de Psicologia Social, que em alguns momentos pode auxiliar os integrantes do grupo. Assim, houve uma breve apresentação dos integrantes. A mediadora solicitou ao grupo que a atualizassem sobre as férias dos mesmos. Ouviu-se um sobre E., que permaneceu com a câmera fechada, mas abrindo o microfone algumas vezes. K. contou sobre como está acontecendo seu processo de diagnósticos, sobre a superdotação, o TDAH, o espectro autista e a bipolaridade. Esse participante, em especial, deixou em evidência o quanto os diagnósticos são importantes para ele. O diagnóstico é um ótimo recurso para que os profissionais encontrem um norte para lidar com os sinais e sintomas, mas o ser humano precisa ter cuidado para não resumir a sua existência a um laudo. De acordo com Cunha (1996), a palavra diagnóstico se origina de diagnose, no grego diagnôsis, e remete a ações de reconhecer, discernir, distinguir, separar, o que coaduna com a proposta de se guiar em investidas teóricas e também clínicas pelos imperativos científicos - olhar, constatar, diferenciar, reduzir para melhor investigar, determinar e olhar repetidas vezes para comprovar. Aproveitando as oportunidades, falou-se sobre o tema “Compulsão Alimentar”, que foi um ponto importante para a D., que deixou a par da sua ansiedade, que lhe gera aflição e transtornos em sua vida cotidiana por conta disso. A participante usou termos extremistas para se referir aos alimentos, como “nunca mais comer tal coisa”, “isso é proibido comer”, quando o ideal seria praticar a redução, e não cortar os alimentos de vez da sua vida. A diferença entre sentir fome e sentir vontade de comer também foi colocada em pauta. Os participantes, aparentemente, tomaram consciência sobre esses conceitos. “Você tem fome do quê?”. A mediadora sugeriu que a conversa sobre “Compulsão Alimentar” continuasse no próximo encontro e os membros presentes no grupo aceitaram. Na categorização atual, o Transtorno de Compulsão Alimentar se caracteriza pela ingestão, em um período de duas horas, de uma quantidade de alimentos maior do que outras pessoas consumiriam em circunstâncias análogas. 29 Durante os episódios de compulsão, o indivíduo come mais rápido do que o normal e até sentir-se “desconfortavelmente cheio” (APA, 2014, p. 350), mesmo não estando fisicamente com fome. No segundo encontro, que ocorreu entre 04 de setembro a 25 de setembro, duas acadêmicas participaram, sendo que uma delas estava participando pela primeira vez. A psicóloga mediadora fez uma introdução, apresentou a nova estagiária de Psicologia Social e também discutiu as normas que regem os encontros. A primeira participante, L., apresentou-se e ao decorrer do encontro compartilhou suas preocupações, principalmente em relação à ansiedade, sendo interativa em todos os momentos possíveis. A segunda participante, J., contribuiu ao contextualizar sua vida e, em seguida, compartilhou como a ansiedade e a compulsão alimentar desempenham um papel significativo em seu cotidiano. Ambas participantes mostraram um bom nível de participação e receptividade, fazendo com que o encontro ocorresse de forma tranquila e bastante edificante. À medida que a sessão se aproximava do seu encerramento, tanto a psicóloga mediadora quanto a estagiária enriqueceram o diálogo ao compartilharem suas experiências pessoais relacionadas ao tema em discussão. Abordaram questões como a compulsão alimentar e a ansiedade, destacando como esses aspectos impactam significativamente suas próprias vidas. No período de 02 a 30 de outubro, devido à ausência de participantes, não houve o terceiro encontro na data prevista. No entanto, mantivemos a comunicação através do grupo no WhatsApp, onde uma das participantes, L., explicou que não poderia estar online devido às suas aulas. A psicóloga mediadora, reconhecendo a falta de antecedência na divulgação do evento, pediu desculpas e explicou que uma das estratégias é promover a divulgação com três dias de antecedência. Além disso, convidamos todos os participantes para o próximo encontro e para participarem das atividades relacionadas ao Setembro Amarelo na universidade. No Brasil, o Setembro Amarelo foi uma campanha de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015, tendo sido uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O Brasil manteve o mês de setembro e a ideia foi a de promovereventos que abrissem espaço para debates sobre suicídio e divulgassem o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão. Durante o mês da campanha, costuma-se iluminar 30 locais públicos com a cor amarela e incentivar a promoção de palestras, eventos, programas de rádio e entrevistas sobre o suicídio (PENSO; SENA, 2019). A psicóloga mediadora também forneceu os links necessários para o próximo encontro, bem como o material preparado pela estagiária de psicologia social. Houveram outros dias que, devido à ausência de participantes os encontros não aconteceram. No entanto, a divulgação foi feita com antecedência, conforme o planejamento. Assim, a psicóloga mediadora e os estagiários de psicologia social deram início ao plano de ação com estratégias em relação à divulgação do grupo. Enfim, o terceiro encontro aconteceu, e assim iniciou-se com a apresentação do grupo, regras e tema. E. compartilhou seu relato pessoal sobre a ansiedade, assédio no trabalho e relacionamento abusivo. A estagiária de psicologia social também contribuiu com um relato pessoal, sobre o câncer de mama que sua mãe teve e como a família é grata ao atendimento que a rede da Unacon forneceu naquele momento. O quarto encontro aconteceu conforme o esperado e contou com a presença de dois acadêmicos. Assuntos sobre diagnósticos foram abordados, especialmente sobre o TDAH. Ao decorrer do tempo, outras duas acadêmicas participaram do encontro, trazendo seus relatos cotidianos pessoais. O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma síndrome psiquiátrica de alta prevalência em crianças e adolescentes, apresentando critérios clínicos operacionais bem estabelecidos para o seu diagnóstico. Modernamente, a síndrome é subdividida em três tipos principais e apresenta uma alta taxa de comorbidades, em especial com outros transtornos disruptivos do comportamento. O processo de avaliação diagnóstica é abrangente, envolvendo necessariamente a coleta de dados com os pais, com a criança e com a escola. O tratamento do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando intervenções psicossociais e psicofarmacológicas, sendo o metilfenidato a medicação com maior comprovação de eficácia neste transtorno. (Rohde; Barbosa; Tramontina; Polanczyk, 20222). 6.2. Grupo Reflexivo Acolher – Caminhos do Acolhimento - Grupo LGBTQ+ Durante o segundo semestre de 2023, entre os meses de agosto a dezembro, foram realizadas as atividades do Estágio Social B. Estas atividades 31 foram desenvolvidas em parceria com a Instituição que acolheu os estagiários do curso de Psicologia. Os grupos reflexivos com o público LGBTQI+ desempenham um papel crucial no ambiente universitário, proporcionando um espaço inclusivo e de apoio para os membros da comunidade acadêmica. Esses grupos têm uma importância multifacetada que vai além do aspecto acadêmico, impactando positivamente a vida e o bem-estar dos estudantes LGBTQI+. Segue abaixo uma compreensão da importância deste grupo considerando a saúde mental deste publico: Apoio emocional e social: Em um contexto universitário, onde a diversidade é evidente, grupos reflexivos oferecem um local para compartilhar experiências, desafios e conquistas específicos da vivência LGBTQI+. Isso cria um ambiente de compreensão mútua e apoio emocional, fortalecendo o senso de pertencimento. Empoderamento e visibilidade: Grupos reflexivos ajudam a dar visibilidade às questões enfrentadas pela comunidade LGBTQI+. Ao promover a conscientização e a educação, contribuem para a criação de um ambiente mais inclusivo, onde todos os estudantes se sentem representados e respeitados. Resposta a desafios específicos: Muitos membros da comunidade LGBTQI+ enfrentam desafios únicos, como discriminação e preconceito. Grupos reflexivos oferecem um espaço para discutir e abordar esses desafios, permitindo que os estudantes desenvolvam estratégias de enfrentamento e resiliência. Ao proporcionar suporte emocional, os grupos reflexivos contribuem para o sucesso 32 Integração acadêmica: acadêmico dos estudantes LGBTQI+. Quando se sentem aceitos e apoiados, esses estudantes têm maior probabilidade de se concentrar em seus estudos e alcançar seu potencial acadêmico. Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2023 Por sua vez os grupos reflexivos desempenham um papel vital no mundo universitário, promovendo um ambiente inclusivo, apoiando o bem-estar emocional e contribuindo para o sucesso acadêmico dos estudantes LGBTQI+. Essas comunidades fortalecem a diversidade e enriquecem a experiência educacional para todos. O grupo LGBT foi organizado para ocorrer online, em encontros quinzenais às terças-feiras, das 18h às 19h30. Apesar dos esforços para promover a participação, infelizmente, os membros inscritos não compareceram aos encontros. No entanto, houve um investimento considerável por parte dos estagiários e da psicóloga mediadora na elaboração da divulgação, que incluiu a criação de artes de chamada atrativas, bem como na preparação dos roteiros para os encontros. A disponibilidade de informações a respeito das minorias populacionais, nesse caso, da população LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Queers, Intersexuais e Assexuais) e a possibilidade de cruzamentos com demais variáveis em bases populacionais é imprescindível para a compreensão das similaridades e especificidades da realidade vivenciada por estes grupos, bem como para a criação de políticas públicas focalizadas (CARVALHO; BARRETO, 2021) Em um determinado momento, registrou-se a participação de um membro; no entanto, os estagiários estavam ocupados com outras atividades, o que impactou na falta de presença deles nos encontros em que esse membro participou online. Esse encontrou aconteceu entre 01 a 31 de outubro de 2023. 6.3. Caminhos do Acolhimento: Colégio UNESC Os grupos psicoterapêuticos para crianças desempenham um papel crucial no desenvolvimento emocional e social dos pequenos. Inicialmente, a ideia de sessões em grupo pode soar desafiadora, mas ao longo do tempo, esses encontros revelam- se ambientes propícios para a expressão e compreensão das emoções. Em suma, os 33 grupos psicoterapêuticos para crianças, representam um campo em constante evolução, refletindo a compreensão aprimorada das necessidades emocionais das crianças e o compromisso em fornecer intervenções eficazes. Por vezes essas ações foram feitas no Colégio UNESC por meio de uma das atividades do Programa Acolher – UNESC que dá suporte ao Colégio. Destaca-se que são encontros grupais com as turmas que solicitam por demandas especificas voltadas aos seus entornos em sala de aula. As atividades ocorreram entre os dias 08 de agosto a 28 de novembro de 2023. Sendo assim, os encontros ocorreram das 17h30 às 18h30, em uma sala especial do Colégio Unesc. Houve a presença da psicóloga Camila e da residente Larissa, ambas aplicaram um jogo aos alunos que têm entre 6 e 8 anos de idade, de ambos os sexos, selecionados e encaminhados pelas professoras da turma. A estagiária de Psicologia Social apresentou-se aos alunos, explicou que era da faculdade e que fazia psicologia. Eles também se apresentaram. Após esse momento, a psicóloga e a residente aplicaram o jogo, com a finalidade de fazer com que os alunos identificassem as emoções. O jogo era de trilha, eles tinham que jogar o dado, ler uma pergunta relacionada a emoção, caso respondessem com afirmativas de acordo, eles avançaram as casas de acordo com o número sorteado no dado. A turma presente mostrou-se muito agitada. Para Smirnov (1969), as emoções e os sentimentos se desenvolvem e se modificam, são constitutivos da personalidade e permeados por vivências e pela história. O homem deveria sereducado para os sentimentos, no fito de desenvolver um posicionamento ante a realidade e construir novas formas de agir nela, novos sentimentos e uma nova moral: a moral do homem soviético, o sentimento da coletividade e a valorização do trabalho. Em um outro encontro, foi abordado o tema sobre autoestima, na qual a proposta foi, através de materiais como tesoura, cola, papel A4 e revistas para recortes, identificar figuras que houvesse alguma simbologia para si, algo que as crianças gostassem, que lembrasse de alguém, que representasse afeto por tal. As crianças iniciaram o encontro agitadas e permaneceram assim. Porém, conseguiu-se alcançar a proposta. A autoestima se resume à forma com que as pessoas se aceitam e valorizam. Pode ser observada na forma com que o indivíduo reage a diferentes situações da vida. É entendida no quanto o sujeito está satisfeito em relação a reações às situações vividas e como as avalia positiva ou negativamente. Ao avaliá-las 34 positivamente, o indivíduo sente-se confiante e com autoestima elevada (SCHULTHEISZ; APRILE, 2013). Após a discussão sobre o tema da autoestima, onde a ideia era que as crianças pudessem refletir sobre frases afirmativas e perguntas colocadas dentro de balões cheios de ar, promovendo a interação com os colegas. Os papéis contendo as frases foram recortados e inseridos nos balões pelos adultos presentes. No início do encontro, as crianças estavam bastante agitadas e essa agitação persistiu até o fim. No entanto, conseguiu-se concretizar o objetivo, pois houve momentos de diversão em que elas brincaram com os balões, leram as frases e participaram de reflexões com os colegas. Acompanhados de pipoca e refrigerante, neste encontro, começamos a assistir ao filme “Como Treinar o Seu Dragão”. "Como Treinar o seu Dragão" é um filme de animação que se passa em um mundo fictício viking e gira em torno da história de um jovem viking chamado Soluço e seu desejo de provar a si mesmo como um guerreiro para sua tribo. No entanto, ele encontra um dragão ferido chamado Banguela e, em vez de matá-lo, eles desenvolvem uma amizade incomum. O filme explora a jornada de Soluço e Banguela enquanto eles aprendem a se entender e a trabalhar juntos para enfrentar desafios, incluindo a resistência da tribo à coexistência com dragões. A história é uma emocionante aventura que aborda temas de amizade, aceitação das diferenças e a importância de desafiar preconceitos. Ao longo da série de filmes e programas de TV que se seguiram, a relação entre Soluço e Banguela cresce e evolui, criando uma história cativante de amizade e superação de obstáculos em um mundo cheio de dragões e vikings. Conduzidos pelos estagiários de psicologia social, Lucas e Amanda, o encontro envolveu atividades relacionadas ao filme assistido nos encontros anteriores. Eles desenvolveram uma apresentação que explorou os personagens do filme, abordando questões como suas identidades, experiências vivenciadas, tipos de relacionamentos mantidos, preferências pessoais, entre outros. Ao final da apresentação, as crianças foram convidadas a expressar suas interpretações criativas. Eles foram incentivados a desenhar representações dos dragões imaginados para cada personagem, usando as cores que mais os cativaram, entre outros elementos relevantes. Houve um encontro onde as crianças vivenciaram experiências relacionadas à nutrição. Uma residente nutricionista apresentou para elas um vídeo 35 com animação relacionada a uma garota que descobre os benefícios de cada grupo alimentar. Após esse vídeo, a nutricionista disponibilizou algumas frutas cortadas e fez com que as crianças experimentassem, provando assim gostos e texturas. Buscando trabalhar um pouco com a frustração das crianças do grupo, levamos alguns jogos de estímulos para que elas pudessem jogar e brincar, entre os jogos selecionados havia o Puxa Puxa Batatinha, Cai não Cai, Lince e Tapa Certo. Dividimos as 8 crianças presentes em grupos, enquanto eu e o estagiário Lucas monitoramos um grupo, a residente Larissa monitorou outro, sendo que a psicóloga Camila estava ausente. Durante as conversas acolhedoras, houve um pedido para que os estagiários colaborassem na divulgação do Outubro Rosa. O objetivo era promover essa ação, difundindo informações sobre o câncer de mama para toda a comunidade acadêmica. 36 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Na etapa final deste estágio, a estagiária relata uma experiência enriquecedora. Sentiu-se acolhida e bem-vinda pelos psicólogos, supervisor do Programa e outros estagiários. O apoio do professor orientador foi essencial para o desempenho da acadêmica ao longo do estágio. A escolha do local baseou-se na proximidade com sua residência e em recomendações positivas de colegas do curso de Psicologia que já estagiaram ou frequentam o Acolher para psicoterapia. A participação da estagiária envolveu várias atividades, como recepcionar novos alunos, esclarecer dúvidas sobre o programa, dar suporte à psicóloga nos atendimentos online e promover o programa em pontos estratégicos da universidade. O estágio em psicologia social no Programa Acolher proporcionou valiosos conhecimentos em atendimento grupais, contribuindo para aprimorar sua capacidade de escuta e seu posicionamento como futura psicóloga. Em síntese, o estágio social foi fundamental para aprimorar habilidades técnicas, profissionais e sociais, permitindo o exercício prático de auxiliar o próximo respeitando sua singularidade. 37 8. REFERÊNCIAS ABRAPSO. Sobre a ABRAPSO. 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