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Estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) No Brasil, a Atenção Básica é desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Ela deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. É responsabilidade dos municípios Conjunto de ações, de caráter individual e coletivo, que engloba a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação e constitui o primeiro nível da atenção do Sistema Único de Saúde Carta de Alma Ata Utiliza tecnologias complexas e de baixa densidade Capacidade para organizar os serviços e a rede de atenção à saúde Porta de entrada preferencial para o SUS Tem a Saúde da Família como estratégia fundamental Indivíduo, família e comunidade Ações de saúde sob forma de trabalho em equipe (equipes de saúde da família) formada por diferentes categorias (multiprofissional), trabalhando de forma articulada (interdisciplinar), dirigidas a populações de territórios bem delimitados (microrregiões de saúde), considerando as pessoas como um todo (integralidade), levando em conta suas condições de trabalho, de moradia, suas relações com a família e com a comunidade Orienta-se pelos seguintes princípios: Garantia do acesso universal e contínuo aos serviços de saúde; Efetivação da integralidade; Vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita, garantindo a continuidade das ações da saúde; Valorização do profissional de saúde por meio do estímulo e acompanhamento da sua formação e capacitação; Realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, visando o planejamento das ações; Estímulo à participação social. São áreas estratégicas de ação em todo território nacional: Saúde da criança Saúde da mulher Saúde do idoso Saúde bucal Controle da hipertensão e do diabetes Controle da tuberculose e eliminação da hanseníase Eliminação da desnutrição infantil Estratégia para a organização e fortalecimento da Atenção Primária à Saúde Tem como objetivos: Reorganização do modelo de atenção à saúde municipal Modelo biomédico → Modelo integral Reorientação das práticas profissionais Promoção da saúde Ampliar o acesso da população aos serviços de saúde Foco na família Modelos de APS para o Brasil: Canadá, Suécia, Cuba e Inglaterra Início em 1991 como Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) Regulamentado apenas em 1997 Diminuir a mortalidade materno-infantil nas regiões Norte e Nordeste por meio da expansão da assistência nas áreas mais carentes. Vacinação, peso, estado nutricional, pré- natal, prevenção do câncer do colo do útero, planejamento familiar, aleitamento materno, assistência à família, etc. 1994: Criação do Programa Saúde da Família (PSF) Êxito do PACS, a necessidade de incorporar outros profissionais e ampliar as ações. Representou uma verdadeira mudança do modelo assistencial A experiência de Camaragibe 1993: equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde iniciou a discussão sobre a necessidade de mudar o modelo de atenção à saúde com ampliação da participação social. 1994: Camaragibe foi pioneiro na implantação do PSF Primeiro município pernambucano a implantar o programa Apoio da UNICEF Medidas de saúde materno-infantil Êxito nas ações Visitas de técnicos e gestores interessados em implantar o PSF nas suas cidades No ano de 2011 o PSF passa a ser considerado não mais como um programa, mas como uma estratégia Integralidade e hierarquização; Territorialidade e cadastramento dos usuários; Atender a uma clientela geograficamente localizada onde a unidade de saúde está localizada. Caráter substitutivo; Substituir o modelo biomédico Equipe multiprofissional; Incorporar e reafirmar os princípios do SUS; Estruturação na Unidade de Saúde da Família (USF) É o “Posto de Saúde” reestruturado, trabalhando dentro de uma nova lógica, que lhe atribui maior capacidade de resposta às necessidades básicas de saúde da população de sua área de abrangência Seu funcionamento se dá pela atuação de uma ou mais equipes de profissionais responsáveis pela atenção à saúde da população, vinculada a um determinado território. Cada equipe é responsável por uma área onde residem entre 600 e 1000 famílias, com limite máximo de 4000 habitantes. A equipe deve ser composta por no mínimo: 1 Médico generalista ou de família; 1 Enfermeiro; 1 Auxiliar ou técnico de enfermagem; Agentes comunitários de saúde; Agentes de controle de endemias. Podendo ampliar esta equipe incluindo profissionais de saúde bucal (equipe de saúde bucal): Cirurgião dentista Auxiliar de consultório dentário e/ou técnico de higiene bucal Jornada de trabalho da equipe deve ser igual a 40h As categorias profissionais que, por lei, tem jornada de trabalho menor que 40h, deve disponibilizar 2 profissionais. 2 Médicos: jornada de 20 h para cada. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) deve residir na área de atuação da equipe. É o elo entre a comunidade e a equipe Técnico de saúde bucal (TSB): Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos; Auxiliar de saúde bucal (ACD): Proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos utilizados; Preparar e organizar instrumental e materiais necessários; Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ou o TSB nos procedimentos clínicos; Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos; Organizar a agenda clínica Um dos desafios que se colocam para os profissionais da atenção básica é o trabalho em equipe, uma vez que a maior parte dos profissionais de saúde não tem formação básica que valorize esse tipo de atividade. Esse trabalho deve ser realizado em espaços coletivos e com contratos bem definidos de funcionamento, com garantia de sigilo, tendo em vista que, nesses encontros, todos os assuntos devem ser tratados, e as críticas devem ser feitas e recebidas de forma adequada, num aprendizado contínuo de gerenciamento de conflitos de forma positiva (BRASIL, 2011) Cobertura da ESF no Brasil Cobertura da ESF em Pernambuco Cobertura do ESF em Recife
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