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FISIOLOGIA HUMANA SISTEMA ENDÓCRINO Ms. Ana Paula Castro O SISTEMA HORMONAL - funções REALIZA FUNÇÕES CORPORAIS CONTÍNUAS E DE LONGO PRAZO reprodutora; Ciclo menstrual, ovulação, lactação, gravidez e espermatogênese Crescimento e desenvolvimento manutenção do equilíbrio interno: Energia, líquidos extracelulares, equilíbrio eletrolítico etc Fluxo de energia; Produção de calor, Consumo de energia Comportamento; Ingestão de alimentos e água; Humor... CONTROLE DAS FUNÇÕES CORPORAIS Sistema nervoso Sistema endócrino Funções corporais SISTEMA NERVOSO X SISTEMA ENDÓCRINO Sistema Nervoso Age rapidamente Tem efeitos localizados e de curta duração Sistema Endócrino Age lentamente Tem efeitos gerais e de longa duração HORMÔNIOS Do grego “ormóni” = significa excitar, estimular Mensageiros químicos produzidos por uma célula (ou grupo de células) que são liberados no sangue para serem transportados até um alvo distante, onde exercem seus efeitos. HORMÔNIOS CARACTERÍSTICAS São secretados por uma célula ou grupo de células Podem ser secretados por glândulas, neurônios (neurotransmissores) e até células do sistema imunitário (macrófagos, linfócitos, etc). São secretados e transportados pelo sangue Secreção = processo pelo qual a célula libera uma substância do meio intracelular para o meio extracelular. Se destinam a células-alvo distantes Efeito do hormônio no tecido depende de sua concentração no plasma e números de receptores na célula-alvo HORMÔNIOS CARACTERÍSTICAS Exercem seus efeitos em concentrações baixas Permite o efeito contínuo do hormônio Agem se ligando a receptores de células-alvo Como eles estão distribuídos no corpo inteiro, só terão efeito nos tecidos que tiverem receptores adequados Sua ação precisa ser finalizada Fígado e rins possuem enzimas que degradam hormônios – transformam em metabólitos inativos VÍDEO DE AÇÃO HORMONAL TIPOS DE HORMÔNIOS Esteroides Derivados de lipídios (colesterol) Estrogênio, cortisol, androgênios... Não esteroides São a maioria Derivados de aminoácidos (triptofano ou tirosina )ou de proteínas Adrenalina (tirosina) e insulina CONTROLE DA LIBERAÇÃO HORMONAL Retroalimentação negativa CONTROLE DA LIBERAÇÃO HORMONAL Reflexo neuroendócrino CONTROLE DA LIBERAÇÃO HORMONAL Reflexo endócrino simples GLÂNDULAS As glândulas são estruturas originadas de tecido epitelial, mais especificamente o tecido epitelial glandular. O epitélio glandular está constituído por células isoladas ou grupamentos de células formando estruturas individualizadas, denominadas de glândulas, cuja função é a secreção. Entende-se por secreção a produção e a liberação pelas células de um fluido contendo substâncias como muco, enzimas ou um hormônio. TIPOS DE GLÂNDULAS As glândulas fazem parte do Sistema Endócrino e podem ser classificadas em três tipos: •Exócrinas: Lançam os seus produtos para fora do corpo, através de ductos. São glândulas de secreção externa. Exemplos: glândulas mamárias, sudoríparas e sebáceas. •Endócrinas: Lançam os seus produtos na corrente sanguínea. São glândulas de secreção interna. •Mistas ou Anfícrinas: Atuam ao mesmo tempo como glândulas exócrinas e endócrinas. Exemplo: pâncreas. PRINCIPAIS GLÂNDULAS - HIPÓFISE A hipófise é uma glândula do tamanho de uma ervilha que está localizada na base do cérebro. Controla a função da maioria das outras glândulas endócrinas e, por isso, às vezes, é chamada glândula mestra. Por sua vez, a hipófise é controlada em grande parte pelo hipotálamo, uma região do cérebro situada imediatamente acima da hipófise. O hipotálamo ou a hipófise consegue determinar quanto estímulo as glândulas-alvo precisam por meio da detecção dos níveis dos hormônios produzidos pelas glândulas controladas pela hipófise (glândulas-alvo). PRINCIPAIS GLÂNDULAS - HIPÓFISE A hipófise apresenta duas partes distintas: •Lobo anterior, chamado de adeno-hipófise, que representa cerca de 80% do peso da hipófise •Lobo posterior, chamado de neuro-hipófise HIPÓFISE - hormônios HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE – STH ou GH O hormônio somatotrofina atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose hepática, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção de insulina, predispondo ao diabetes). HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE – STH ou GH GH – alterações e patologias associadas NANISMO GIGANTISMO ACROMEGALIA GH – utilização em praticantes de musculação GH aumenta massa muscular e reduz gordura corporal e é devido esses efeitos que muitos praticantes de atividade física utilizam o hormônio. Porém, a administração de GH, quando não há a deficiência do hormônio, provoca a suspensão temporária da produção natural dele. Uma vez que o organismo não reconhece se a substância foi produzida por ele próprio ou se veio de fora e a hipófise para de produzir o hormônio. É durante o sono que ocorre a maior liberação do hormônio GH. HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE – ACTH O ACTH, Hormônio Corticotrófico ou Corticotrofina, é um dos hormônios que a adeno-hipófise produz. Atua sobre as células da camada cortical da glândula adrenal (suprarrenal), estimulando-as a sintetizar e liberar seus hormônios, principalmente o cortisol. O ACTH atua, nas três zonas do córtex, (glomerulosa, fasciculada e reticulada, porém apenas duas delas são dependentes do ACTH: a zona fasciculada e a zona reticulada. Zona reticulada: o ACTH estimula que as células ali presentes produzam hormônios andrógenos. Zona fasciculada: o ACTH estimula a produção de Cortisol. Zona glomerulosa: há a produção de aldosterona. O controle da atividade do ACTH se dá pelo cortisol. HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE – ACTH HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE – TSH O TSH (Hormônio Tireotrófico) estimula a tireoide a secretar o hormônio tiroxina (T4), que é convertido em triiodotironina (T3), o hormônio ativo que estimula o metabolismo. O hipotálamo, na base do cérebro, produz o hormônio tirotropina-estimulante (TRH), que estimula a hipófise a produzir TSH. O hipotálamo também produz somatostatina, que tem efeito oposto sobre a produção de TSH pela hipófise, inibindo a liberação deste. HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE – TSH Mecanismo de ação (retroalimentação negativa) HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE – FSH O hormônio folículo-estimulante ou FSH, é sintetizado e segregado pelos gonadotrofos da adenoipófise. A FSH regula o desenvolvimento, crescimento, a maturação na puberdade e os processos reprodutivos do corpo humano. Tem como função regular a produção de espermatozoides e a maturação dos óvulos durante a idade fértil. HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE – LH O hormônio luteinizante, também chamado de LH, é um hormônio produzido pela hipófise e que, nas mulheres, é responsável pelo amadurecimento dos folículos, ovulação e produção de progesterona, possuindo papel fundamental na capacidade reprodutiva da mulher. Nos homens, o LH também está diretamente relacionado à fertilidade, atuando diretamente nos testículos e influenciando a produção de espermatozoides. GONADOTRÓFICOS (FHS e LH) – mecanismo de ação Mecanismo de ação nos homens GONADOTRÓFICOS (FHS e LH) – mecanismo de ação Mecanismo de ação nas mulheres GONADOTRÓFICOS (FHS e LH) – ciclo menstrual Ciclo menstrual GONADOTRÓFICOS (FHS e LH) – anticoncepcional HORMÔNIOS ADENO-HIPÓFISE – PROLACTINA A prolactina é um hormônio hipofisário, que possui como principal função desencadear a produção de leite pelas glândulas mamárias durante a lactação. É secretada em quantidade variada devido a estímulos como a amamentação.. PROLACTINA E A HIPERPROLACTINEMIA A hiperprolactinemia é uma anomalia causada pela produção elevada de prolactina, Vários fatores podem levar uma pessoa a apresentar disfunçãona produção de prolactina. Entre as causas mais comuns estão: • Hipotireoidismo primário (causado por um problema na tireoide que impede a secreção dos hormônios desta glândula); • Síndrome dos ovários policísticos; • Gravidez e período de lactação; • Insuficiência renal; • Traumas ou lesões na região torácica; • Estímulo dos mamilos; • Estresse psicológico; • Efeito colateral ao uso de alguns medicamentos. Para diagnosticar a condição, o médico deve solicitar que o paciente faça exame para medir o nível de prolactina no sangue. Os principais sinais e sintomas em pacientes com hiperprolactinemia são: Infertilidade; •Falta de libido; •Menstruação irregular (oligomenorréia); •Ausência da menstruação (amenorreia); •Produção de leite sem gestação (galactorreia); •Disfunção erétil; •Osteoporose; •Tumor da hipófise. PROLACTINA E A HIPERPROLACTINEMIA HORMÔNIOS NEURO-HIPÓFISE – ADH O hormônio antidiurético, também chamado de vasopressina, é um hormônio produzido pelo hipotálamo no cérebro e armazenado na glândula pituitária posterior na base do cérebro. ADH ajuda a regular o equilíbrio da água no corpo. Uma variedade de distúrbios, condições e medicamentos podem afetar a quantidade de ADH liberada ou a resposta dos rins a ela. ADH deficiência é muitas vezes visto em um dos dois tipos de diabetes insipidus. ADH E DIABETES INSIPIDUS Diabetes insipidus ocorre quando o corpo não consegue regular a maneira como trata os fluidos. O problema é causado por uma anomalia hormonal e não é relacionado ao diabetes. Distúrbio no metabolismo de sal e água marcado por sede intensa e vontade excessiva de urinar. ADH E O EFEITO RESSACA VÍDEO “EFEITO RESSACA” HORMÔNIOS NEURO-HIPÓFISE – OCITOCINA Ocitocina ou oxitocinona é um hormônio produzido pelo hipotálamo e armazenado na Neurohipófise, tendo como função: promover as contrações musculares uterinas; reduzir o sangramento durante o parto; estimular a liberação do leite materno; desenvolver apego e empatia entre pessoas; produzir parte do prazer do orgasmo; e modular a sensibilidade ao medo (do desconhecido) OCITOCINA, o hormônio do amor A ocitocina está também ligada ao vínculo entre mãe e filho e ao vínculo entre casais. Podemos citar ainda que a ocitocina, juntamente a outros neurotransmissores, diminui as respostas de ansiedade e estresse nas interações sociais, possui efeitos benéficos nas interações sociais em pessoas com esquizofrenia e autismo e garante uma melhor satisfação de homens e mulheres nas relações sexuais. Também está relacionada com o desenvolvimento de confiança, generosidade e empatia. HORMÔNIOS DA TIREOIDE – T3 e T4 A tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica localizada na parte anterior pescoço Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo. É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo. HORMÔNIOS DA TIREOIDE – T3 e T4 HORMÔNIOS DA TIREOIDE – CALCITONINA A calcitonina é um hormônio polipeptídico, secretado pelas células parafoliculares encontradas na tireoide, que apresenta como principal efeito a diminuição dos níveis de cálcio e fosfato no sangue, devido a sua ação sobre os ossos e rins. Pode-se dizer então que esse hormônio age como um antagonista do paratormônio (PTH), pois impede que o cálcio e o fosfato se elevem acima dos níveis fisiológicos. PATOLOGIAS DA TIREOIDE HORMÔNIO DA PARAIREOIDE - PARATORMÔNIO O paratormônio (PTH), também conhecido como hormônio da paratireoide, é definido como um hormônio polipeptídico secretado pelas paratireoides, que liga-se a receptores de membrana em células-alvo (nos ossos, rins e intestino) e atua estimulando a captação de cálcio para o meio extracelular, aumentando a concentração de cálcio no sangue HORMÔNIO DA PARAIREOIDE - PARATORMÔNIO HORMÔNIOS DO PÂNCREAS- INSULINA A insulina é uma hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover a entrada de glicose nas células. É produzida nas ilhotas de Langerhans, em células beta do pâncreas endócrino. Atua numa grande parte das células do organismo, como nas células presentes no fígado, em músculos e no tecido adiposo. HORMÔNIOS DO PÂNCREAS- GLUCAGON O Glucagon é um hormônio produzido pelo corpo (pelas células alfa do pâncreas) que tem um efeito oposto ao da insulina (produzido pelas células beta do pâncreas), ou seja, aumenta o açúcar no sangue. Ele age no fígado, quebrando o glicogênio (estoque de glicose do fígado) em moléculas de glicose, e essa glicose é levada para o sangue para normalizar a taxa de açúcar no sangue; Quebra também a gordura armazenada em ácidos graxos para uso como combustível pelas células. HORMÔNIOS DO PÂNCREAS – MECANISMO DE AÇÃO VÍDEO DIABETES MELLITUS HORMÔNIOS DAS SUPRARRENAIS- CORTISOL O Cortisol é um hormônio corticosteróide da família dos esteróides, produzido pela parte superior da glândula supra-renal (no córtex suprarrenal, porção fasciculada ou média) diretamente envolvido na resposta ao estresse. Sua forma sintética, chamada de hidrocortisona, é um anti-inflamatório usado principalmente no combate às alergias. A função do cortisol é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial. Os níveis de cortisol no sangue variam durante o dia porque estão relacionados com a atividade diária e a serotonina, que é responsável pela sensação de prazer e de bem-estar. HORMÔNIOS DAS SUPRARRENAIS- CORTISOL VÍDEO CORTISOL E O ESTRESSE HORMÔNIOS DAS SUPRARRENAIS- ALDOSTERONA Aldosterona é um hormônio (da família dos mineralocorticóides) sintetizado na zona glomerulosa do córtex das glândulas suprarrenais. Tem como alvo os rins. A sua principal função consiste na regulação do balanço eletrolítico. HORMÔNIOS DAS SUPRARRENAIS- ANDRÓGENOS Andrógenos Adrenais são hormônios que podem ser convertidos para as formas mais comuns dos hormônios sexuais estrogênio e testosterona em outras partes do corpo. A quantidade desses hormônios produzidos pela glândula suprarrenal é normalmente pequena se comparado com o que é produzido em outras partes do corpo. HORMÔNIOS DAS SUPRARRENAIS- ADRENALINA A adrenalina é um hormônio liberado pelas glândulas que ficam sobre os rins (medula das glândulas suprarrenais). A presença no organismo se dá através de um sinal liberado em resposta ao grande estresse físico ou mental, situações de forte emoção como, por exemplo: descida em montanha russa, salto de paraquedas, esportes radicais em geral. A adrenalina atua como um neurotransmissor que tem efeito sobre o sistema nervoso simpático, preparando o organismo para um grande esforço físico. Os sintomas característicos da liberação de adrenalina são: suor, vasoconstrição, aumento dos batimentos cardíacos, dilatação das pupilas e brônquios (aumenta a visão e deixa a respiração ofegante), eleva o nível de açúcar no sangue, entre outros. ADRENALINA e a preparação para a fuga HORMÔNIO DO TESTÍCULO - TESTOSTERONA A testosterona é o principal hormônio sexual masculino e um esteroide anabolizante. Em humanos e animais do sexo masculino, a testosterona desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de tecidos reprodutores masculinos, como testículos e próstata, bem como a promoção de característicassexuais secundárias, como o aumento da massa muscular, aumento e maturação dos ossos e o crescimento do cabelo corporal HORMÔNIO DO TESTÍCULO - TESTOSTERONA HORMÔNIOS DO OVÁRIO - ESTRÓGENO O estrogênio, também conhecido como estrógeno, é um hormônio sexual feminino produzido pelos ovários e liberado na primeira fase do ciclo menstrual. É o estrogênio que confere todas as características femininas das mulheres, como tamanho dos seios, além de ser o responsável pelo controle da ovulação e preparo do útero para a reprodução. Existem quatro tipos de estrogênio: estradiol (envolvido na menstruação), estrona, estriol e androstenediona (envolvido na menopausa). A partir da puberdade, o estrogênio desempenha importante função no ciclo menstrual. HORMÔNIOS DO OVÁRIO - PROGESTERONA A progesterona é um hormônio gerado a partir da cascata do colesterol. O colesterol se transforma em pregnenolona, que por sua vez vai se tornar a progesterona. Desta forma, este é um hormônio importante para o bom desempenho do corpo feminino em idade reprodutiva. Resumidamente, a progesterona é produzida a partir da ovulação, perto do 14º dia do ciclo menstrual, após a ação de um outro hormônio produzido na hipófise, chamado LH ou hormônio luteinizante. A presença ideal de progesterona no corpo feminino equilibra a proliferação do endométrio, dando sustentação ao mesmo para receber uma eventual gestação. Ou seja, ela garante um equilíbrio extroprogestogenico que assegura a capacidade reprodutiva da mulher em idade fértil. HORMÔNIOS MENSTRUAIS HORMÔNIOS NA GRAVIDEZ VÍDEO HORMÔNIOS NA GRAVIDEZ
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