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DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE COMPRIMIDOS DE CAPTOPRIL 25mg

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1 
 
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC 
CURSO DE FARMÁCIA 
 
 
 
 
MONIQUE UGIONI SACHET 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE COMPRIMIDOS DE 
CAPTOPRIL 25 mg 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRICIÚMA, JUNHO DE 2009 
 
2 
 
 
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC 
CURSO DE FARMÁCIA 
 
 
MONIQUE UGIONI SACHET 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE COMPRIMIDOS DE 
CAPTOPRIL 25 mg 
 
 
Trabalho de conclusão de curso, 
apresentado para a obtenção do grau de 
graduação no Curso de Farmácia da Universidade 
do Extremo Sul Catarinense, UNESC. 
 
Orientador (a): Prof.a Msc Marilucia Rita Pereira 
 
 
CRICIÚMA, JUNHO DE 2009. 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dedico este trabalho aos meus pais 
 Vanio Sachet e Denir Sachet, 
 responsável pela minha existência 
 e formação. 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus por eu estar aqui e por mais uma conquista em minha vida. 
 
Aos meus pais Vanio e Denir, minhas irmãs Amanda e Eduarda e meu 
namorado Lucas, por aguentar meus choros e meus dias de estresse. 
 
As minhas amigas Gabriela, Nayara, Tamara, Laís, Julcema e Camila pela 
ajuda demonstrada, pela dedicação nesses dias e pelos conselhos prestados nos 
momentos de necessidades. 
 
A amiga de laboratório Karol que contribui muito para este trabalho, pois 
ajudou na parte prática e por muitas semanas encomodei. 
 
A minha Orientadora Marilucia, pela dedicação, apoio e incentivos mostrados 
para comigo e com meu trabalho. 
 
Enfim obrigada a todos que contribuíram para a realização deste trabalho e 
compreensão para comigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
RESUMO 
 
 
 
A hipertensão arterial representa um problema de saúde comum com conseqüências 
generalizadas e se não for tratado de modo efetivo, resulta em um aumento da 
probabilidade de trombose coronariana, acidentes vasculares cerebrais e insuficiência 
renal. Basicamente, há dois tipos de tratamento para a hipertensão arterial: não 
medicamentoso, com mudança do estilo de vida e, o medicamentoso, como por 
exemplo, os anti-hipertensivos. O captopril é o fármaco inibidor da enzima conversora 
de angiotensina (ECA), e é escolha para a hipertensão arterial. Os comprimidos podem 
ser preparados por diferentes técnicas de produção, onde incluem o tratamento das 
matérias-primas, que são as operações unitárias farmacêuticas e o processo de 
compressão que pode ser realizado por compressão direta dos pós. O avanço dos 
excipientes tecnológicos está proporcionando uma elevada compressibilidade à 
formulação, facilitando a fabricação de comprimidos e assim, portanto, contribuindo 
significativamente para a funcionalidade e a processabilidade das formulações 
farmacêuticas, melhorando a estabilidade física e química dos comprimidos para serem 
mais seguros e eficazes. O objetivo deste trabalho foi desenvolver comprimidos de 
captopril, por compressão direta, visando obter características físicas adequadas. Para 
o desenvolvimento proposto, foi utilizada a Fórmula 1 segundo SILVA & BAZZO (2005). 
Várias formulações foram testadas, sendo que a Fórmula 4 mostrou boa propriedade de 
fluxo e proporcionou comprimidos com adequado peso (0,150 g) , espessura (3,49 mm), 
diâmetro (7,03 mm), dureza (5,25 Kgf), friabilidade (0,469% de perda de pó) e 
desintegração (33 segundos). A formulação adotada neste estudo mostrou-se 
satisfatório para o desenvolvimento de comprimidos de captopril pelo processo de 
compressão direta. 
 
 
 
 
Palavras-chave: compressão direta, captopril, excipientes. 
 
 
 
 
6 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
 Figura 1: Estrutura química do captopril .....................................................................14 
 Figura 2: Modelo de moinhos de: a) facas; b) rolo e c) martelos ................................20 
 Figura 3: Tamises .......................................................................................................20 
 Figura 4: a) Misturador em Y; b) Misturador cônico duplo; c) Misturador em V ..........22 
 Figura 5: Etapas do processo de compressão em máquina de comprimir: (I) 
alimentação; (II) compactação; (III) compressão; (IV) ejeção; (V) expulsão; (VI) pré -
alimentação.................................................................................................................26 
 Figura 6: a) Máquina excentrica e b) Ciclo de funcionamento ....................................27 
 Figura 7: a) Máquina rotativa e b) Ciclo de funcionamento.........................................27 
 Figura 8: Diâmetro, forma e a espessura dos comprimidos........................................28 
 Figura 9: Ilustração de capeamento e laminação........................................................31 
 Figura 10: a) Comprimidos com qualidade; b) Comprimidos com sticking e picking...31 
 
 
7 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 Tabela 1: Fases de produção de comprimidos com etapa prévia de granulação e por 
compressão direta.......................................................................................................24 
 Tabela 2: Formulação de comprimidos de captopril....................................................37 
 Tabela 3: Peso de comprimidos de captopril ..............................................................38 
 Tabela 4: Diâmetro e espessura dos comprimidos .....................................................39 
 Tabela 5: Dureza dos comprimidos.............................................................................40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
SUMÁRIO 
 
 
 1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................10 
 2 OBJETIVOS..................................................................................................12 
2.1 Objetivo geral ................................................................................................12 
 2.2 Objetivos específicos ....................................................................................12 
 3 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................13 
 3.1 Hipertensão arterial .......................................................................................13 
 3.2 Captopril .......................................................................................................14 
 3.3 Pré-formulação..............................................................................................15 
 3.4 Obtenção de comprimidos.............................................................................16 
 3.4.1 Excipientes tecnológicos ..............................................................................17 
 3.4.2 Técnicas de produção de comprimidos ........................................................18 
 3.4.2.1 Operações unitárias farmacêuticas ..............................................................19 
 3.4.2.2 Processo de compressão ............................................................................223.4.3 Máquinas na compressão ...........................................................................25 
 3.4.4 Forma dos comprimidos ...............................................................................28 
 3.5 Controle de qualidade .................................................................................29 
 3.6 Problemas na compressão ..........................................................................30 
 4 MATERIAIS E MÉTODOS ..........................................................................32 
 4.1 Matérias-primas...........................................................................................32 
 4.2 Equipamentos..............................................................................................32 
 4.3 Métodos ......................................................................................................32 
 4.3.1 Obtenção dos comprimidos.........................................................................32 
 4.3.2 Análises de controle de qualidade...............................................................33 
 4.3.2.1 Peso médio .................................................................................................33 
 4.3.2.2 Diâmetro e espessura ................................................................................33 
 4.3.2.3 Teste de friabilidade ...................................................................................34 
 4.3.2.4 Teste de desintegração ..............................................................................34 
 4.3.2.5 Teste de dureza...........................................................................................34 
9 
 
 5 RESULTADO E DISCUSSÃO...................................................................35 
 5.1 Obtenção dos comprimidos ......................................................................35 
 5.2 Análises de controle de qualidade ............................................................38 
 5.2.1 Peso médio ..............................................................................................38 
 5.2.2 Diâmetro e espessura .............................................................................39 
 5.2.3 Friabilidade...............................................................................................40 
 5.2.4 Dureza......................................................................................................40 
 5.2.5 Desintegração ..........................................................................................41 
 6 CONCLUSÕES .......................................................................................42 
 7 REFERÊNCIAS .......................................................................................43 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Dos medicamentos administrados por via oral, a forma farmacêutica 
sólida comprimido, é a que possui maior estabilidade e, é a mais empregada, devido 
suas inúmeras vantagens em relação as demais formas farmacêuticas sólidas 
existentes. Permitem maior precisão da concentração do fármaco, fácil manuseio, 
alta produtividade e baixo custo. 
A qualidade e o sucesso da maioria dos comprimidos se devem em parte 
pelos excipientes tecnológicos, pelo simples fato que os fármacos não possui 
propriedades de compressão, assim fazem-se necessário a adição de excipientes 
que ajudam no processo de compressão e até mesmo no produto acabado, 
melhorando as características do mesmo. 
 Para o desenvolvimento de comprimidos, faz-se necessário organizar 
uma formulação, para isto é necessária uma pesquisa bibliográfica de todos os 
componentes e concentrações que compõem a mesma, a esta etapa chamamos de 
pré-formulação, onde são caracterizadas as propriedades físico-químicas do 
fármaco e dos excipientes para melhor qualidade dos comprimidos obtidos. 
O processo de fabricação de comprimidos consiste em técnicas diferentes 
de produção, como tratamento das matérias-primas e a compressão propriamente 
dita, que incluem compressão direta dos pós e a granulação, que esta ainda contém 
uma etapa prévia para a formação do grânulo. 
A indústria farmacêutica está se interessando ainda mais pelo método de 
compressão direta, pelo fato de que o mesmo consiste em um processo rápido e 
simples, assim levando em um menor tempo do processo e ao mesmo tempo sendo 
econômico. 
No processo de compressão de comprimidos podem acontecer vários 
problemas, tais como na formulação, na produção, na própria máquina de comprimir 
e assim neste contexto podemos citar como exemplo, o comportamento elástico, 
plástico ou destrutivo, capeamento ou descoroação, laminação, picking e o sticking. 
Portanto, o presente trabalho tem como justificativa estudar o 
desenvolvimento e caracterização de comprimidos de captopril utilizando a máquina 
11 
 
de compressão do laboratório de tecnologia farmacêutica da Universidade do 
Extremo Sul Catarinense (UNESC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2. OBJETIVOS 
 
 
2.1 Objetivo geral 
 
 
Desenvolver comprimidos de captopril, por compressão direta, visando obter 
características físicas adequadas. 
 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
 
• Estudar a formulação do captopril para compressão direta; 
• Estudar a padronização da formulação na máquina compressora monopress 
LM-1; 
• Analisar os comprimidos em relação a aspecto, peso, dureza, diâmetro, 
friabilidade e desintegração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 Hipertensão Arterial 
 
A hipertensão arterial representa um problema de saúde comum com 
conseqüências generalizadas e em alguns casos devastadoras, quase sempre 
não apresenta sintomas clínicos até uma fase tardia de sua evolução. Para ocorrer 
à presença de hipertensão arterial, deve-se considerar quando a pressão sistólica 
persiste acima de 140 mmHg ou pressão diastólica persistente superior a 90 
mmHg, sendo que, segundo esses critérios, os programas de triagem revelam que 
na população urbana adulta brasileira a incidência de 22,3% a 43,9% tem 
hipertensão arterial. Nesses casos se não for tratado de modo efetivo, resulta em 
um aumento da probabilidade de trombose coronariana, acidentes vasculares 
cerebrais e insuficiência renal. (CONTRAN; KUMAR; ROBBINS, 2000; RANG & 
DALE, 2003; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2005; 
BRASIL, 2006). 
Basicamente, há dois tipos de tratamento terapêutico para a 
hipertensão arterial, o tratamento não farmacológico baseado em modificações do 
estilo de vida (perda de peso, incentivo às atividades físicas, alimentação 
saudável, etc.) e o tratamento medicamentoso, como por exemplo, os anti-
hipertensivos. Estes tratamentos podem ser trabalhados juntos dependendo do 
grau de risco cardiovascular. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO 
ARTERIAL, 2006; BRASIL, 2006). 
Todos os medicamentos anti-hipertensivos atuam em um ou mais dos 
quatros locais anatômicos de controle, sendo eles resistência (arteríola), 
capacitância (vênulas), débito da bomba (coração) e volume (rins), produzindo 
seus efeitos ao interferir nos mecanismos normais de regulação da pressão 
arterial. Uma classificação útil desses fármacos resume em dividi-los de acordo 
com o principal local que atuam. Sendo classificados em diuréticos, agentes 
simpaticopléticos, vasodilatadores diretos e agentes que bloqueiam aprodução ou 
a ação da angiotensina. Assim, seguindo estes critérios de classificação, pode ser 
exemplificado o captopril, fármaco inibidor da enzima conversora de angiotensina 
14 
 
(ECA), que atua reduzindo a resistência vascular periférica e potencialmente no 
volume sangüíneo nos rins e ainda um potente vasodilatador. A atividade 
hipotensora do mesmo resulta de uma ação inibitória sobre o sistema de renina-
angiotensina. (RANG & DALE, 2003; KATZUNG, 2006). 
 
 
3.2 Captopril 
 
 
O captopril corresponde ao D-2-metil-3-mercaptopropanol-L-prolina 
(Figura 1), e tem na sua estrutura como grupo funcional mercaptana, amida e 
carbonila. (LUND, 1994; SWEETMAN, 2007; CHENG; WANG & LIN, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
O captopril apresenta como características físico-químicas: partículas 
cristalinas de cor branca ou quase branca. Solubilidade em água, etanol, 
clorofórmio e metanol. Duas formas polimórficas do fármaco têm sido 
identificadas, uma forma estável e uma instável, onde o ponto de fusão é 88°C e 
106°C, respectivamente. (LUND, 1994; SWEETMAN, 2007). 
No mercado farmacêutico encontram-se comprimidos de 12,5 mg, 25 
mg e 50 mg, sendo que o medicamento de referência é o Capoten do laboratório 
Bristol Myers Squibb. (BRASIL, 2005). 
Para o desenvolvimento de comprimidos com qualidade precisamos de 
uma série de estudos prévios ao desenvolvimento, que podem ser chamados de 
estudos de pré-formulação. 
 
 
 
 
O
NSH
CH3HOOC
Figura 1: Estrutura química do captopril. 
 Fonte: SWEETMAN, 2007. 
 
15 
 
3.3 Pré-formulação 
 
 
No estudo de pré-formulação são caracterizadas e quantificadas as 
propriedades físico-químicas do fármaco e do excipiente. Estas informações 
definidas na pré-formulação fornecem a base de conhecimento necessário para a 
combinação de fármaco com outras matérias-primas para produzir um produto 
com estabilidade, eficácia e segurança. (ANSEL ; POPOVICH & ALLEN JÚNIOR, 
2000; LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG; 2001; MOREIRA, 2007; SILVA; 
DRUMOND & CHENG, 2004). 
Existem várias características importantes a serem observadas tanto do 
fármaco quanto do excipiente, como por exemplo: solubilidade: estudo de 
solubilidade na fase de pré-formulação pode determinar a via de administração de 
uma nova formulação. Ainda nesta fase de estudo de solubilidade na pré-
formulação incluem determinação de pKa, da temperatura, do perfil de solubilidade, 
dos mecanismos de solubilização e da velocidade de dissolução. Cristalinidade: a 
forma do cristal e a estrutura interna de um fármaco podem afetar as propriedades 
do granel e as propriedades físico-químicas, que incluem desde a capacidade de 
escoamento até a estabilidade. Polimorfismo: afeta a estabilidade química e a 
solubilidade do composto, podendo ter impacto sobre a biodisponibilidade do 
mesmo e afetar diretamente o processo. Ponto de fusão: resulta mudança física ou 
química na amostra em função da temperatura. Propriedades compressionais: 
quantifica as propriedades de compressão como, por exemplo, se o material é 
elástico ou plástico, para a combinação com excipientes e até mesmo escolher o 
melhor processo de compressão. Compatibilidade entre os excipientes: a 
combinação e a qualidade dos excipientes utilizados na formulação de um 
comprimido podem afetar a dissolução e, consequentemente, a biodisponibilidade. 
(LIEBERMAN; LACHMAN & SCHWARTZ, 1990; LACHMAN; LIEBERMAN & 
KANIG, 2001; AULTON, 2005; MOREIRA, 2007; SWARBRICK, 2007). 
 
 
 
16 
 
3.4 Obtenção de comprimidos 
 
 
Os comprimidos podem ser explicados como formas farmacêuticas 
sólidas compreendendo substâncias medicamentosas, os fármacos, com um 
conjunto de substâncias inertes, chamados de excipientes, agrupados em uma 
formulação completa e preparados por compressão. São feitos com materiais em 
pós, cristalinos ou grânulos, usados isoladamente ou em combinação com os 
excipientes, como por exemplo, os ligantes, diluentes, lubrificantes, 
desintegrantes, dentre outros. (REMINGTON, 2004; AULTON, 2005). 
O termo “inerte”, usado para os excipientes, vinha sendo aplicado aos 
materiais acrescentados às formulações farmacêuticas, mas fica cada vez mais 
evidente que existe uma importante relação entre as propriedades dos excipientes 
e as formas de dosagem que o contém, isto é, o fármaco. Estudos feitos antes das 
formulações demonstraram a influência que essas matérias têm sobre a 
estabilidade, a biodisponibilidade e os demais processos envolvidos na produção 
de comprimidos. Também foi demonstrado que as características físico-químicas e 
a solubilidade da substância medicamentosa influenciam na viabilidade fisiológica a 
partir de uma forma farmacêutica sólida. (REMINGTON, 2004; AULTON, 2005). 
A obtenção de comprimidos requer que o material a comprimir possa ter 
características físicas e mecânicas específicas, ou seja, capacidade de fluir 
livremente, coesividade e lubrificação. Como nem todas as substâncias possuem 
estas propriedades faz-se necessário à adição de uma série de excipientes. 
(SOARES & PETROVICK, 1999). Mas, para que o material a comprimir consiga 
ter características adequadas, é essencial selecionar bem os excipientes 
tecnológicos, pois devem ser quimicamente e fisicamente compatíveis com o 
fármaco. (LIEBERMAN; LACHMAN & SCHWARTZ, 1990; PRISTA, 2003). 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3.4.1 Excipientes tecnológicos 
 
 
Os excipientes tecnológicos podem ser divididos em dois grupos, 
contendo classificação de acordo com o papel que desempenham no produto 
acabado. O primeiro grupo compreende aqueles que ajudam na compressão, na 
formulação e nas características satisfatórias do processamento, que incluem 
nesse grupo diluentes, ligantes e os lubrificantes. Já o segundo grupo, ajuda a dar 
características físicas adicionais desejáveis ao comprimido acabado, que por sua 
vez inclui desintegradores, corantes e, por exemplo, de comprimidos mastigáveis, 
sabores e agentes edulcorantes. (REMINGTON, 2004; AULTON, 2005). 
O comportamento e a eficácia de muitos fármacos dependem, em 
partes, dos excipientes, e ainda alguns destes proporcionam uma elevada 
compressibilidade à formulação, facilitando assim a fabricação de comprimidos, 
portanto, os excipientes contribuem significativamente para a funcionalidade e a 
processabilidade das formulações farmacêuticas. (NACHAEGARIL & BANSAL, 
2004; TAYLOR, 2007). 
Segundo SILVA & BAZZO (2005), o captopril pode ser desenvolvido na 
forma de comprimido com os seguintes excipientes: lactose, celulose 
microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, estearato de 
magnésio e talco. 
A lactose, encontrada na forma anidra ou monohidratada, é um 
excipiente que não reage com a maioria dos fármacos e serve como diluente. 
Apresenta boas características de escoamento, aglutinação e lubrificação, sendo 
freqüentemente utilizada na compressão direta em associação com celulose 
microcristalina. É um pó cristalino branco ou quase branco, inodoro e de sabor 
doce. Praticamente insolúvel em clorofórmio, etanol, éter e ainda incompatível 
com grupo amina primária. (LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001; PRISTA, 
2003; ROWE; SHESKEY & OWEN, 2006). 
A celulose microcristalina é adsorvente, agente suspensor, 
desintegrante e diluente, usado tanto para a compressão direta como para a 
granulação por via úmida. É um pó branco cristalino poroso e inodoro e é um 
material estável embora higroscópico, incompatíveis com agentes oxidantes 
fortes, pH 6 – 8, em dispersão aquosa a 1.2 % p/v e, praticamente insolúvel em 
18 
 
ácidos diluídos e solventes orgânicos, parcialmente solúvel em solução alcalina e 
água. (ROWE; SHESKEY & OWEN, 2006). 
A croscarmelose sódica serve como desagregante. Pode ser utilizado 
tanto em compressão direta como no processo de granulaçãopor via úmida. É um 
pó branco, higroscópico e é insolúvel em água, praticamente insolúvel em 
acetona, etanol e tolueno. Apresenta um pH de 5.0 – 7.0 em dispersão aquosa. 
Não são compatíveis com ácidos fortes ou com sais solúveis de ferro e outros 
metais, como alumínio, mercúrio e zinco. (ROWE; SHESKEY & OWEN, 2006). 
O dióxido de silício coloidal possui função de deslizante, absorvente e 
desintegrante. É um pó branco, higroscópico, amorfo e inodoro, possui um pH 3.5 
– 4.4, em dispersão aquosa a 4% p/v, praticamente insolúvel em solventes 
orgânicos, água e ácido fluorídrico, solúvel em solução quente de hidróxido 
alcalino. Incompatível com preparações dietilestilbestrol. (ROWE; SHESKEY & 
OWEN, 2006). 
 O estearato de magnésio serve para lubrificar e é também 
antiaderente, é um pó branco com baixa densidade, seu escoamento é ruim pela 
coesividade dos pós, ponto de fusão é de 250°C, é praticamente insolúvel em 
etanol, éter e água e ligeiramente solúvel em benzeno e etanol (95%). O mesmo 
tem incompatibilidade com ácidos fortes, alcalinos e sais de ferro, evitando ser 
misturado com materiais oxidantes. (ROWE; SHESKEY & OWEN, 2006). 
O talco tem a função de lubrificante, antiaderente, diluente. É muito fino, 
um pó branco cristalino, inodoro. É um material estável e incompatível com 
compostos de amônio quaternário, seu pH é de 7.0- 10 em dispersão aquosa a 
20% p/v, praticamente insolúvel em ácidos diluídos e alcalinos, solventes 
orgânicos e água. (ROWE; SHESKEY & OWEN, 2006). 
 
 
3.4.2 Técnicas de produção de comprimidos 
 
 
Na indústria farmacêutica o processo de obtenção dos comprimidos 
dispõe de técnicas diferentes de produção que incluem etapas de tratamento da(s) 
matéria-prima(s), que são as operações unitárias farmacêuticas e, o processo de 
19 
 
compressão, sendo que esta pode sofrer uma etapa de granulação prévia. 
(SOARES & PETROVICK, 1999; PRISTA, 2003; AULTON, 2005). 
 
 
3.4.2.1 Operações unitárias farmacêuticas 
 
 
Para a obtenção de formas farmacêuticas sólidas com qualidade se faz 
necessário um tratamento prévio de todas as matérias primas da formulação, 
fazendo parte do processo: moagem, mistura, tamisação, depois disto escolhe-se 
as demais metodologias para a obtenção da forma farmacêutica pretendida. 
(PRISTA, 2003). 
A moagem tem vários sinônimos como esmagamento, desintegração, 
dispersão, trituração e pulverização. Portanto, moagem é uma operação mecânica 
que reduz o tamanho das partículas dos sólidos, pelo fato de que poucos materiais 
usados na produção de medicamentos existem com o tamanho adequado de 
partículas, ou seja, esse processo tem o objetivo de deixar as partículas dos 
materiais em tamanhos reduzidos e homogêneos, para facilitar a produção. 
Lembrando que esta operação depende das matérias primas, do equipamento e do 
processo envolvidos. (LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001) 
A operação da redução do tamanho da partícula baseia-se em um 
processo de quebra e, por meio de aplicação de uma força que são produzidos 
tensões nas partículas, capazes de provocar ruptura dos pontos de ligações assim 
levando há uma quebra. Quando ocorre a quebra, são fragmentadas as partículas 
em tamanhos diferentes, sofrendo diversos graus de ruptura. (LACHMAN; 
LIEBERMAN & KANIG, 2001; AULTON, 2005). 
Os equipamentos para a moagem são classificados normalmente como 
fino (< 50 µm), grosseiro (50 – 1.000 µm) ou muito grosseiro (> 1.000 µm) de acordo 
com o tamanho das partículas do produto moído, mas um moinho também pode 
funcionar devidamente em mais do que uma classe. Neste mesmo contexto, podem 
ser citados os moinhos de facas, rolos e de martelos (Figura 2). Quando é em 
pequena escala ou ainda pequenas quantidades de pó são usados almofariz ou 
também chamados de gral de porcelana, que seria a redução das partículas 
20 
 
manualmente. (LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001; PRISTA, 2003; AULTON, 
2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após a moagem o material é submetido à tamisação para separar as 
partículas muito grandes que devem ser submetidas a um novo tratamento. 
Portanto, a tamisação é a operação que permite a individualização de um pó, pois 
este deve ter o tamanho das partículas bem homogêneas e um determinado 
diâmetro. (HIR, 1997; PRISTA, 2003). 
Os instrumentos utilizados para fazer uma tamisação denominam-se 
tamises (Figura 3) que consistem num recipiente com um tecido perfurado ou uma 
malha eletroformada, freqüentemente de bronze ou aço inoxidável, com diâmetro 
definido e classificado. O tecido representa a parte mais importante do tamis, pois 
em função da abertura das malhas, permite a separação das partículas submetidas 
à tamisação e o diâmetro homogêneo do mesmo. (PRISTA, 2003; AULTON, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Modelo de moinhos de: a) facas; b) rolo e c) martelos. 
Fonte:<http://www.tecosmaq.com.br>; <http://www.marconi.com.br>; <http://www.beckerindustrial.com.br>. 
 
Figura 3: Tamises. 
Fonte: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tamises_metalicos> 
 
b) c) a) 
21 
 
Em primeiro lugar, deve escolher o tamis a utilizar na operação de acordo 
com a tenuidade do material tamisado que deve ser adequado, sendo ainda que a 
rede do tamis e o material sejam compatíveis entre si. Então quer dizer que existem 
substâncias que são capazes de atacar os fios ou vice-versa, por isso, é importante 
selecionar bem o instrumento que se vai empregar. (PRISTA, 2003). 
A técnica de tamisação envolve a agitação mecânica da amostra através 
de um ou mais de um tamis por um determinado tempo. No processo a abertura da 
malha corresponde à tenuidade do pó a ser obtido, sendo que as maiores ficam 
retidas na parte superior, voltando assim para almofariz ou ao moinho. Este resíduo 
será submetido a novas tamisações até que as partículas passem todas através do 
tamis e só assim se dará por finalizada à operação. (HIR, 1997; LACHMAN; 
LIEBERMAN & KANIG, 2001; PRISTA, 2003). 
A mistura de pós é uma das operações unitárias mais usadas. A mesma 
é definida como um processo que leva a distribuição ao acaso das diferentes 
partículas do sistema, distinguindo-se de um sistema ordenado e, assim, de modo 
que cada unidade de cada um dos componentes passe a entrar em contato o mais 
próximo possível com as unidades de outros componentes. Portanto, sempre que 
um produto possua mais de um componente na fórmula, será necessária uma 
etapa de mistura dos seus constituintes dentro do processo de fabricação, cujo 
objetivo é assegurar a distribuição homogênea do(s) fármaco(s) e do(s) 
excipiente(s), para garantir que o comprimido libere a dose correta de fármaco(s) e, 
ainda na velocidade apropriada. (LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001; 
AULTON, 2005). Neste contexto, se o objeto da mistura é a homogeneidade, então 
quer dizer que cada fração ou dose coletada ao acaso deve conter todos os 
componentes nas mesmas proporções que é a totalidade da preparação. (HIR, 
1997). 
Em formulações destinadas à mistura, para se ter uma distribuição 
homogênea é necessário uma adição sequencial das quantidades de material no 
misturador. Isso pode ser alcançado misturando-se um volume aproximadamente 
igual de fármaco(s) e os outros componentes da fórmula adicionando 
progressivamente, o procedimento é continuado até que o material a misturar tenha 
sido todo adicionado. (HIR, 1997; AULTON, 2005). 
A mistura de pós simples é efetuada em um misturador, que pode ter 
várias formas, como por exemplo, misturador em Y, misturador de cone duplo e 
22 
 
misturador em V (Figura 4) e, ainda pode ser de acordo com a quantidade a 
preparar. O misturador terá que ser projetado de tal forma que evite a perda de pó, 
que seja de fácil limpeza e que permita à retiradacompleta do produto, e assim, é 
possível reduzir à contaminação cruzada entres os lotes. (HIR, 1997; AULTON, 
2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.4.2.2 Processo de Compressão 
 
O processo de compressão propriamente dita, pode ser realizado por 
compressão direta dos pós ou por compressão de grânulos, sendo que este pode 
sofrer uma etapa de granulação prévia. (PAULA & RIBEIRO, 2001). 
A etapa de granulação tem por finalidade modificar as características do 
complexo farmacêutico, transformando partículas de pós-cristalinos em 
multipartículas maiores. A formação dos grânulos está necessariamente vinculada 
á formação de ligações entre partículas que possibilitem a sua adesão. As 
partículas são ligadas por ligações interatômicas e intermoleculares como, por 
exemplo, forças de Van der Waals, ligações de hidrogênio, etc. Essas ligações 
devem ser fortes o suficiente para prevenir a quebra do grânulo nas operações de 
manipulação subsequentes. (HIR, 1997; SOARES & PETROVICK, 1999; 
AULTON, 2005). 
Os métodos de granulação podem ser divididos em dois tipos: método 
por via úmida, cujo processo emprega líquidos a qual é adicionada a mistura de 
pós em um granulador, que sob agitação forma granulados úmidos e os métodos 
Figura 4: a) Misturador em Y; b) Misturador Cônico Duplo; c) Misturador em V. 
Fonte: <http://www.tecosmaq.com.br>;< http://www.lemaq.com.br> 
c A 
B 
a) 
 
c) 
a) b) c) 
23 
 
a seco, que envolve a compactação da mistura de pós em máquinas de comprimir 
(pastilha) ou equipamentos especiais, seguindo de um processo de moagem. 
Outro exemplo de obtenção de grânulos por via seca pode-se citar, o pó que 
sofreu compressão é adicionado a um moinho, por exemplo, de dois rolos, com o 
objetivo de através da compressão produzir uma lâmina de material que 
posteriormente será pulverizado para a obtenção de grânulos padrões. Este 
método pode ser escolhido, quando a dose efetiva do fármaco é bastante elevada, 
para que seja possível recorrer a compressão direta, também quando o fármaco é 
sensível ao calor e à umidade. (LIEBERMAN; LACHMAN & SCHWARTZ, 1990; 
SOARES & PETROVICK, 1999; LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001; 
AULTON, 2005; TOMOKANE, 2005). A partir da obtenção de granulados, por via 
úmida ou via seca, segue-se à etapa de compressão propriamente dita para a 
obtenção dos comprimidos. 
A compressão direta consiste em um processo rápido e é o mais 
preferido devido à simplicidade e rapidez do método. Esse termo é usado para o 
processo pelo qual define comprimidos diretamente compressíveis, a partir de 
misturas em pós da substância medicamentosa e excipientes adequados. 
(LIEBERMAN; LACHMAN & SCHWARTZ, 1990; ARORA; GUPTA & SINGHAL, 
2007). 
Quando comparado com os processos de granulação, a compressão 
direta oferece vantagens, por necessitar de somente quatro operações prévias, 
que são pesagem, moagem e tamisação, misturas dos pós e por fim a 
compressão propriamente dita (Tabela 1). Assim como, resulta em menos 
operações unitárias de produção, que significa menos equipamentos e espaço, 
custos trabalhistas mais baixos, menor tempo de processamento, menor consumo 
energético e conseqüentemente um processo mais econômico. (LIEBERMAN; 
LACHMAN & SCHWARTZ, 1990; JATO, 2001; AULTON, 2005; ALDERBORN & 
NYSTRÖM, 2008). 
Outra vantagem que ainda pode ser citada da compressão direta é o 
fato de que durante o processo da mesma não é utilizado calor e nem água e, isso 
faz com que o produto obtenha um aumento na estabilidade. (AULTON, 2005; 
GOHEL et al, 2004). Neste contexto, percebe-se que a técnica por compressão 
direta pode ser considerada a melhor alternativa para a fabricação de comprimidos 
convencionais e, também é mais adequada para a indústria pela simplicidade do 
24 
 
método. (ARORA; GUPTA & SINGHAL, 2007). Entretanto, a compressão direta 
não deve ser tratada como uma simplificação do processo de granulação para 
obtenção de comprimidos. (LIEBERMAN; LACHMAN & SCHWARTZ, 1990). 
 
 
Tabela 1: Fases de produção de comprimidos com etapa prévia de granulação e 
por compressão direta. 
Comprimidos com 
etapa de granulação 
por via úmida* 
Comprimidos com 
etapa de granulação 
por via seca* 
Compressão Direta 
1-Pesagem 
2- Moagem 
3-Mistura 
1-Pesagem 
2- Moagem 
3-Mistura 
1-Pesagem 
2- Moagem e tamisação 
3-Mistura 
4-Massa úmida 
5- Granulação 
6-Secagem 
7-Moagem e tamisação 
8-Compressão 
4-Comprimir (pastilhas) 
5-Moagem e tamisação 
6-Compressão 
4-Compressão 
* Algumas formulações possibilitam mais uma etapa de mistura, antes da compressão, para a 
adição de outros constituintes. Fonte: ANSEL; POPOVICH & ALLEN JÚNIOR, 2000; JATO, 2001; 
LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001. 
 
No desenvolvimento de comprimidos por compressão direta necessita-
se de uma avaliação crítica das matérias primas envolvidas, das propriedades de 
fluxo e misturas de pós, efeitos da formulação de variáveis na compressibilidade. 
(LIEBERMAN; LACHMAN & SCHWARTZ, 1990). 
Os excipientes utilizados na compressão direta devem ter propriedades 
de fluidez, compressibilidade fácil, serem inertes, inodoros, de fácil 
processamento, que sejam econômicos e estas propriedades tem influência 
significativa para o método. (ANSEL; POPOVICH & ALLEN JÚNIOR, 2000; 
LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001; NACHAEGARIL & BANSAL, 2004). 
 
 
 
25 
 
 
3.4.3 Máquinas na Compressão 
 
A compressão propriamente dita ocorre através de uma máquina, que 
comprimi uma formulação contendo fármaco(s) e excipiente(s). A mesma ocorre 
em uma matriz pela ação de dois punções, o superior e o inferior, por meio dos 
quais a força compressional é aplicada. Devida a essa força há um aumento da 
proximidade das superfícies das partículas, formando assim pontes entre as 
mesmas, as quais concedem coesão ao material, isto é, forma-se um compacto, 
ou seja, o comprimido. (LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001; AULTON, 
2005). 
As máquinas de comprimir são constituídas pelos seguintes 
componentes básicos: (1) tremonhas alimentando a máquina com granulado ou pó 
para compressão, (2) matrizes que definem o tamanho e a forma do comprimido, 
(3) punções para comprimir o granulado ou pó dentro da matriz, (4) calhas para 
orientação e movimentação dos punções e (5) um mecanismo de alimentação que 
conduz o grânulo ou pó da tremonha para dentro da matriz. (LACHMAN; 
LIEBERMAN & KANIG, 2001). 
O procedimento de compressão em uma máquina de comprimir se 
resume em algumas etapas, sendo elas – (I) alimentação (a matriz é preenchida 
com o fluxo de pó que existe no funil de alimentação); (II) compactação (o punção 
superior inicia a decida compactando o complexo); (III) compressão propriamente 
dita (o punção inferior não se movimenta enquanto punção superior desce 
brutalmente e comprimi com força o material); (IV) ejeção (o punção superior 
retorna a sua posição inicial, o punção inferior se eleva e traz o comprimido ao nível 
superior da matriz); (V) expulsão (completamente fora da matriz, o comprimido é 
expulso com o retorno do alimentador na posição inicial); (VI) pré-alimentação (o 
punção inferior volta e inicia outra vez a preencher o pó na matriz) (Figura 5). (HIR, 
1997; SOARES & PETROVICK, 1999). 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na indústria farmacêutica utilizam-se máquinas de compressões 
automáticas as quais podem ser de dois tipos: máquinas excêntrica ou alternativa, 
as mais utilizadas e, as máquinas rotativas empregadas apenas para grandes 
produções e desenvolvida para aumentar o rendimento da produção de 
comprimidos. Máquinas excêntricas (Figura 6) possuem uma única matriz e um par 
de punções, jáas máquinas rotativas (Figura 7) possuem várias matrizes e jogos 
de punções, que podem variar de três para máquinas menores e de sessenta ou 
mais para máquinas maiores. (PRISTA, 2003; AULTON, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Etapas do processo de compressão em máquina de comprimir: (I) alimentação; (II) compactação; (III) 
compressão; (IV) ejeção; (V) expulsão; (VI) pré-alimentação. 
Fonte: SOARES & PETROVICK, 1999. 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) 
Figura 7: a) Máquina rotativa b) Ciclo de funcionamento. 
Fonte: <http://www.lawes.com.br>; SOARES & PETROVICK, 1999. 
a) 
b) 
Figura 6: a) Máquina excêntrica b) Ciclo de funcionamento. 
Fonte: Autor; SOARES & PETROVICK, 1999. 
a) 
b) 
28 
 
3.4.4 Forma dos comprimidos 
 
 
Os comprimidos podem assumir o tamanho e a forma da matriz e dos 
punções usados no seu processo de compressão (Figura 9). Podendo também ter 
logotipo gravado na superfície para melhor identificação. (LIEBERMAN; LACHMAN 
& SCHWARTZ, 1990; ANSEL; POPOVICH & ALLEN JÚNIOR, 2000; REMINGTON, 
2004; SWARBRICK, 2007). 
O diâmetro e a espessura do comprimido são determinados pelo punção 
e pela matriz utilizadas na máquina de compressão. O diâmetro é determinado 
pelos punções, quanto mais côncavos forem os punções mais convexos serão os 
comprimidos, ou ainda, quanto menos côncavos forem os punções mais planos 
serão os mesmos. Já a espessura do comprimido é determinada pela quantidade 
de pó que enche a matriz e pela pressão aplicada durante a compressão (Figura 9). 
(HIR, 1997; ANSEL; POPOVICH & ALLEN JÚNIOR, 2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Diâmetro, forma e a espessura dos comprimidos. 
Fonte:< http://www.lawes.com.br>. 
29 
 
3.5 Controle de Qualidade 
 
 
Para que se possa ter um comprimido com características físicas 
adequadas e, ainda seguro e eficaz, é preciso ajustar e regular a máquina para 
peso, dureza, espessura e desintegração desejável, isso deve ser um controle 
mínimo para que possa ter um comprimido adequado e com qualidade. Estes 
testes devem ser feitos durante o processo de compressão, afim de que o produto 
cumpra as especificações. (LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001; PRISTA, 
2003; TOMOKANE, 2005; MOISÉS, 2006). 
O peso é determinado pela massa de pó que ocupa a câmara de 
compressão, formado pelo punção inferior e a matriz. O mesmo garante ao 
produto a dose terapêutica adequada, assim garantindo a sua eficácia no 
tratamento. Na prática é impossível conseguir que todos os comprimidos de um 
mesmo lote apresentem pesos rigorosamente iguais, mas devem ter pesos 
semelhantes e dentro dos padrões. (HIR, 1997; PRISTA, 2003; MOISÉS, 2006). 
Depois de se ajustar o peso, deve-se regular a dureza do comprimido, 
então esta é ajustada pela corrida do punção superior que determina também a 
espessura do material a comprimir, isto é, a espessura está diretamente 
relacionada com a pressão exercida na compressão. A dureza é importante, pois 
garante a integralidade física do comprimido, permitindo que ele suporte os 
choques mecânicos nos processos de embalagem, transporte e também no 
manuseamento. A espessura varia com mudanças no enchimento da matriz, 
distribuição do tamanho da partícula, empacotamento das partículas e força de 
compressão. (HIR, 1997; LACHMAN; LIEBERMAN & KANIG, 2001; PRISTA, 
2003; TOMOKANE, 2005; MOISÉS, 2006). 
Regulado o peso e a dureza do comprimido, avalia-se o tempo que o 
mesmo leva para desintegrar no meio gástrico, seguindo o limite específico na 
farmacopéia. Quanto maior for à força compressional usada na produção de 
comprimidos, menos porosos e mais duros estes se apresentam. Desta forma, 
compreende-se que quanto menos porosos e mais resistentes os comprimidos 
apresentam-se, este problema acarreta em um maior tempo de desintegração. 
Então se pode ajustar a desintegração aumentando ou diminuindo a pressão, mas 
30 
 
sem comprometer a dureza do comprimido. (HIR, 1997; FARMACOPÉIA, 1988; 
MOISÉS, 2006). 
 
 
3.6 Problemas na compressão 
 
 
Na compactação, a aplicação de uma força externa sobre as partículas 
de um pó ou outro particulado sólido resulta em transferência de força através dos 
pontos de contato interparticulares, promovendo uma deformação no material. 
Essa deformação pode apresentar comportamento do tipo elástico, plástico e 
destrutivo, e está relacionada com a força que é aplicada e a duração da ação da 
mesma, assim como as propriedades físicas do material a comprimir. (SOARES & 
PETROVICK, 1999). 
O comportamento elástico ocorre quando o material retorna a sua forma 
original, ou seja, seu volume inicial, isso acontece quando a pressão exercida 
pelos punções é removida. Enquanto que na deformação plástica se caracteriza 
pela diminuição do material não recuperando o volume inicial e neste caso 
acontece por aplicação da força. Na deformação destrutiva resulta em ruptura do 
material, a pressão na superfície da matriz provoca uma tensão interna no 
comprimido que leva a sua ruptura dentro da matriz de compressão. (LACHMAN; 
LIEBERMAN & KANIG, 2001; PRISTA, 2003). 
Durante o processo de obtenção dos comprimidos, há possibilidade de 
ocorrer problemas na formulação, nas técnicas de produções ou até mesmo nos 
equipamentos, que podem impactar na qualidade do produto. Dentre os problemas 
encontrados podem ser citados capeamento ou descoroação (Figura 9) que é 
observado no produto acabado. Os comprimidos apresentam-se lascados ou 
descabeçados, ou seja, quando a parte superior ou inferior solta do resto. Também 
pode ser citada a laminação (Figura 10) que é a divisão do comprimido em duas ou 
mais camadas distintas nos lados. Isto se deve por excesso de pressão na 
compressão, baixa quantidade de aglutinante, punções e matrizes sujos e rugosos 
ou elevada velocidade de compressão, ou ainda mesmo durante a descompressão 
dentro da matriz, quando ocorre as deformações do tipo elástico, plástico ou 
destrutiva. No comprimido, com etapa prévia de granulação, pode ocorrer a 
31 
 
descoroação e a laminação, devido ao grânulo estar muito seco, pois falta coesão 
do material. Na compressão direta também ocorre o mesmo com alguns materiais, 
devido aos pós possuírem partículas muito finas e assim podem não ser 
compressíveis ou, podem apresentar propriedades de compressão menos 
adequadas. (ANSEL; POPOVICH & ALLEN JÚNIOR, 2000; LACHMAN; 
LIEBERMAN & KANIG, 2001; PRISTA, 2003; AULTON, 2005; SILVA, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro problema é o picking e o sticking (Figura 11) que ocorrem quando 
os comprimidos apresentam aderência aos punções superiores e inferiores 
(picking) ou ás matrizes (sticking), gerando deformações nos mesmos. As possíveis 
causas para picking e sticking são granulados úmidos, absorção de umidade 
durante a compressão, uso de punções e matrizes riscados, existência de folgas 
entre as matrizes e os punções inferiores ou deficiência de lubrificante. As 
conseqüências desses problemas podem ser alta variação de peso e da 
concentração do fármaco nos comprimidos. Portando, isto deve ser evitado, 
assegurando-se que o complexo farmacêutico possua propriedades técnicas 
adequadas e que a máquina de comprimir seja corretamente polida e limpa. 
(LIEBERMAN; LACHMAN & SCHWARTZ, 1990; PRISTA, 2003; AULTON, 2005; 
SILVA, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: a) Comprimidos com qualidade; b) Comprimidos com Sticking e Picking. 
Fonte: <http://www.pharmainfo.net/reviews/various-polymer-use-pharmaceutical-application-and-polymer-coating>. 
a) 
b) 
Figura 9: Ilustração de capeamento e laminação. 
Fonte: AULTON, 2005. 
a) b) 
32 
 
4 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
4.1 Matérias-primas 
 
 
Captopril (Delaware, Brasil), croscarmelose sódica (Henrijarna, Brasil), 
talco (Natural Pharma, Brasil), estearato de magnésio (All Chemystri, Brasil), ácido 
esteárico (Natural Pharma, Brasil), dióxido de silício coloidal (Delaware, Brasil), 
celulose microcristalina MC 102 (Natural Pharma, Brasil), lactose Malha 200 
(Natural Pharma, Brasil). 
 
 
4.2 Equipamentos 
 
 
Balança semi-analítica (Gehaka, modelo Ag 200); Misturador em V (mini-
misturador Lemaq); Tamis (Granutest, Malha 42mm); Máquina de compressão 
(monopress LM-1- Lemaq); Friabilômetro (Nova ética, modelo 300); Durômetro 
(Nova ética, modelo 298); Desintegrador (Nova ética, modelo 301 AC); Paquímetro 
eletrônico digital (Worker); Gral de porcelana (Chiarotti mauá). 
 
 
4.3 Métodos 
 
 
4.3.1 Obtenção dos comprimidos 
 
 
Comprimidos de Captopril, contendo 25mg de fármaco, foram preparados 
através de compressão direta. Inicialmente, foram feitos os cálculos para obtenção 
de uma massa total de 150 mg por comprimido, perfazendo um total de matéria 
prima suficiente para produzir 3000 comprimidos (aproximadamente 450 g) como 
lote inicial. Em seguida, todas as matérias-primas da formulação foram pesadas em 
33 
 
balança semi-analítica e, submetidas a um tratamento prévio com as etapas de 
moagem e tamisação, utilizando um gral de porcelana e tamis (malha 42 mm), 
respectivamente. Na seqüência, as mesmas foram misturadas em mini-misturador 
em V por 30 minutos. Após realizou-se a compressão em uma máquina 
compressora (Monopress LM-1), utilizando-se conjunto de matriz e punções 
bicôncavos de 7 mm de diâmetro. O punção inferior foi ajustado para peso médio do 
comprimido de 150 mg. A fórmula 1 está proposta de acordo com SILVA & BAZZO 
(2005), contento os seguintes excipientes e concentrações: lactose (26,5%), 
celulose microcristalina (18,0%), croscarmelose sódica (0,7%), dióxido de silício 
coloidal (0,3%), estearato de magnésio (1,5%) e talco (3,0%). 
 
 
4.3.2 Análises de Controle de Qualidade 
 
 
4.3.2.1 Peso médio 
 
 
Foram pesados, individualmente em uma balança semi-analítica, vinte 
comprimidos e, em seguida, determinou-se o peso médio dos mesmos. Utilizando 
uma variação de 7,5 % no peso dos comprimidos, com base de 150 mg. 
(FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988). 
 
 
4.3.2.2 Diâmetro e espessura 
 
 
Utilizou-se o paquímetro digital e foram utilizados vinte comprimidos para 
o diâmetro e para espessura. 
 
 
 
 
 
34 
 
4.3.2.3 Teste de friabilidade 
 
 
Este teste foi realizado conforme as especificações da Farmacopéia 
Brasileira (1988) que consta em pesar com exatidão vinte comprimidos, submetê-
los ao friabilômetro, a cem rotações num período de cinco minutos, retirá-los após 
remover qualquer resíduo e poeira dos comprimidos, e pesá-los novamente. 
Consideram-se aceitáveis os comprimidos com perda inferior a 1,5 % do seu peso. 
 
 
4.3.2.3 Teste de Desintegração 
 
 
Foram utilizados seis comprimidos no teste. Adicionou-se um 
comprimido em cada um dos seis tubos da cesta e acrescentou-se um disco de 
plástico sobre este. Os tubos foram colocados em banho de água (37° C) e, 
acionou-se o aparelho. O teste foi finalizado quando todos os fragmentos visíveis 
dos comprimidos, formados durante a desintegração, foram eliminados dos tubos. 
O limite de tempo de desintegração de comprimidos é de 30 minutos. 
(FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988). 
 
 
4.3.2.5 Teste de dureza 
 
 
O teste da dureza, também foi realizado conforme a metodologia da 
Farmacopéia Brasileira (1988), utilizando-se os 20 comprimidos que foram 
submetidos ao teste da pesagem. Submeteu-se cada comprimido separadamente 
em ação do aparelho, o durômetro, medindo a força aplicada para esmagá-lo. Para 
teste de comprimidos, o mínimo aceitável é 30 N (aproximadamente 3 Kgf). 
 
 
 
 
35 
 
5 RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
 
5.1 Obtenção dos comprimidos 
 
O cálculo foi realizado baseando-se na dose padrão para o captopril de 
25 mg e, buscando uma massa total para o comprimido de 150 mg. Este peso foi 
projetado devido às condições da máquina compressora monopress LM-1, com o 
conjunto de punções e matriz (bicôncova; 7 mm), existentes no laboratório de 
tecnologia farmacêutica da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Onde se 
observou que com um peso menor, do total da massa do comprimido, não era 
possível ter ajuste de peso e pressão suficiente para a obtenção dos comprimidos, 
ocorrendo travamento da máquina. A partir da formulação de SILVA & BAZZO 
(2005) iniciou-se o desenvolvimento da Fórmula 1. Sendo utilizado como operações 
farmacêuticas a moagem, com o propósito de reduzir o tamanho das partículas, para 
facilitar a produção e, também, buscando melhores possibilidades de absorção por 
via oral (BENET & HOENER, 2002) e, a tamisação tendo como objetivo a 
padronização do tamanho das partículas. Após buscou-se, através de regulagem 
manual da máquina, o posicionamento dos punções e pressão exercida para serem 
obtidos comprimidos com peso e dureza aceitáveis. Mas, observou-se que havia 
falta de fluxo dos pós, sendo assim, reajustou-se a concentração de excipientes na 
formulação. As concentrações de excipientes utilizadas foram determinadas a partir 
da monografia de cada um dos mesmos e ainda cada reajuste na formulação era 
testada, assim originou-se uma nova formulação de comprimidos de captopril 
(Fórmula 2; Tabela 2). Mas, observou que ainda havia falta de fluxo dos pós, então 
se reajustou novamente as concentrações dos excipientes, dando origem a Fórmula 
3 (Tabela 2). Obtendo-se assim, comprimidos que apresentaram 7 mm de diâmetro, 
com 3 a 4 mm de espessura, com cor branca, superfície lisa e uniforme, sem 
manchas, com brilho na superfície, peso e dureza esperados. Durante pesquisa 
bibliográfica, observou-se que CHENG e colaboradores (2008), estudaram as 
possíveis interações do captopril e diferentes lubrificantes. Neste estudo, através de 
análises termogravimétricas e calorimetria diferencial exploratória, observou-se que 
o captopril e o estearato de magnésio podem ter uma possível interação 
significativa, devido ao grupo carboxílico do captopril e o mesmo grupo do estearato 
36 
 
de magnésio. Levando-se ao entendimento que a formulação proposta por SILVA & 
BAZZO (2005), embora tenha sido possível desenvolver comprimidos com esta 
formulação, existe a possibilidade de os mesmos não oferecerem a qualidade 
necessária. Desta forma, foi iniciada uma reavaliação das fontes bibliográficas para 
a pesquisa de formulações. Sabendo-se que medicamento de referência é produto 
inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e 
comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas 
cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. (Lei 
9.787, de 10 de fevereiro de 1999). Assim, entende-se que a pesquisa deve ser 
iniciada pela descrição da formulação proposta para o medicamento de referência 
do captopril, que é o Capoten®. Nesta, a formulação é composta de captopril (25 ou 
50 mg) e excipientes (amido; celulose microcristalina; lactose e o ácido esteárico). 
Dentre os excipientes utilizados para o medicamento de referência observa-se que o 
lubrificante usado é o ácido esteárico. Segundo o estudo de CHENG e 
colaboradores (2008), o ácido esteárico não possui incompatibilidade com o 
captopril, vindo ao encontro de que é viável a alteração do estearato de magnésio 
por ácido esteárico na formulação, dando origem assim a Fórmula 4 (Tabela 2). 
Embora a formulação proposta por SILVA & BAZZO (2005)utilize outras matérias-
primas que não são comuns à formulação encontrada no medicamento de 
referência, como por exemplo, o talco e a croscarmelose. Desta forma, entende-se 
que estudos de compatibilidade química devem ser feitos com estes excipientes. 
Lembrando ainda que a formulação proposta neste estudo contendo captopril, 
croscarmelose sódica, talco, estearato de magnésio, dióxido de silício coloidal, 
celulose microcristalina e lactose, só poderá ser comercializada se for comprovados 
os estudos de bioequivalência e equivalência farmacêutica, assim, como é exigido 
pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 133, de 29 de maio de 2003, onde 
consta que medicamentos similares devem ser submetidos aos testes de 
equivalência farmacêutica e bioequivalência. Assim como os de referência e 
genérico. Apresentando a metodologia utilizada nestes testes e seus resultados 
obtidos. 
Por possuir característica física cristalina, o captopril, tem a tendência de 
apresentar comportamento do tipo elástico, isto é, quando os materiais recuperam 
seu volume inicial após sofrerem compressão. No entanto, foram obtidos 
comprimidos com qualidade sem presença de capeamento e laminação, 
37 
 
característicos do comportamento do tipo elástico, isso devesse provavelmente aos 
excipientes selecionados para o processo de compressão e, também deve estar 
relacionada com a força que foi aplicada e a duração da ação da mesma no 
momento de compressão. Provando que o conjunto, formulação e ajuste de pressão, 
foram adequados para a produção de comprimidos. 
Neste mesmo contexto, os comprimidos obtidos também não 
apresentaram problemas de picking e o sticking, sendo que, umas das principais 
causas desses problemas são absorção de umidade durante a compressão, uso de 
punções e matrizes riscados e a deficiência de lubrificante. Na formulação existia 
excipiente com função de adsorção de umidade (Aerosil), então comprova que o 
excipiente selecionado ajudou durante a compressão, para que não houvesse o 
picking e o sticking e, ainda comprova que a concentração usada de lubrificante foi 
adequada para a formulação. Foram usados punções e matriz com qualidade para 
que contribuíssem com o produto final adequado. 
 
Tabela 2: Formulação de comprimidos de captopril. 
Matérias-primas Fórmula 2 Fórmula 3 Fórmula 4 
Captopril 16,66% 16,66% 16,66% 
Croscarmelose sódica 0,70% 0,70% 0,70% 
Talco 5,00% 5,00% 5,00% 
Estearato de magnésio 1,50% 1,50% ____ 
Ácido esteárico ____ ____ 3,00% 
Dióxido de silício coloidal 0,30% 1,00% 1,00% 
Celulose microcristalina 18,00% 50,00% 50,00% 
Lactose 57,84% 25,14% 23,64% 
Fonte: Autor. 
 
 
 
 
 
38 
 
5.2 Análises de Controle de Qualidade 
 
 
5.2.1 Peso médio 
 
 
Ao avaliar o peso dos comprimidos obtidos após a desenvolvimento da 
Fórmula 4 (Tabela 3), observou-se que todos os valores apresentados atenderam á 
especificação da farmacopéia brasileira de uma variação de 7,5 % (FARMACOPÉIA 
BRASILEIRA, 1988). 
 
Tabela 3: Peso de comprimidos de captopril 
Número do comprimido Peso(g) 
1 0,1509 
2 0,1508 
3 0,1513 
4 0,1507 
5 0,1492 
6 0,1472 
7 0,1538 
8 0,1524 
9 0,1467 
10 0,1500 
11 0,1479 
12 0,1526 
13 0,1521 
14 0,1502 
15 0,1491 
16 0,1515 
17 0,1509 
18 0,1467 
19 0,1499 
20 0,1492 
Média 0,150155 
Desvio padrão 0,00197 
 
 
39 
 
5.2.2 Diâmetro e espessura 
 
 
Os comprimidos obtidos na Fórmula 4 apresentaram em média de 7,03 
mm de diâmetro e 3,49 mm de espessura, conforme matriz utilizada e peso 
estabelecido para os comprimidos respectivamente (Tabela 4). 
 
 
 
 Tabela 4: Diâmetro e espessura dos comprimidos 
Número de comprimidos Diâmetro (mm) Espessura(mm) 
1 7,05 3,45 
2 7,02 3,49 
3 7,00 3,51 
4 7,01 3,51 
5 7,04 3,45 
6 7,03 3,57 
7 7,04 3,57 
8 7,03 3,44 
9 7,04 3,46 
10 7,04 3,50 
11 7,04 3,52 
12 7,03 3,49 
13 7,04 3,48 
14 7,04 3,50 
15 7,04 348 
16 7,03 3,46 
17 7,03 3,50 
18 7,05 3,49 
19 7,05 3,50 
20 7,04 3,51 
 Média 7,03 3,49 
 
 
 
 
 
 
40 
 
5.2.3 Friabilidade 
 
 
O peso dos comprimidos da Fórmula 4, antes de ir para o aparelho de 
friabilômetro foi de 2,9820 g e após de 5 minutos no aparelho os mesmos 
apresentaram o peso de 2,9680 g. A diferença entre o peso inicial e o peso final foi 
de 0,014 g, que representa 0,469 % de pó perdido. Então considera-se que o valor 
da friabilidade apresentada está dentro do preconizado pela Farmacopéia Brasileira, 
que é de uma perda inferior a 1,5 % de pó perdido dos comprimidos 
(FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1988). 
 
 
5.2.4 Dureza 
 
 
Conforme a Tabela 5 verifica-se que todos os comprimidos da Fórmula 4, 
submetidos ao durômetro atenderam as especificações da Farmacopéia Brasileira, 
que seria uma força mínima aceitável de 3 kgf (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 
1988). 
 
 
Tabela 5: Dureza dos comprimidos 
 
 Número de comprimidos Força (kgf) 
1 5,0 
2 5,0 
3 5,0 
4 5,0 
5 5,5 
6 5,0 
7 5,5 
8 5,5 
9 5,5 
10 5,5 
 Média 
 5,25 
 
41 
 
5.2.5 Desintegração 
 
 
Na Fórmula 4 observou-se que comprimidos desintegram-se em 33 
segundos, estando dentro dos parâmetros especificados pela Farmacopéia 
Brasileira, que seria um limite de tempo de 30 minutos. (FARMACOPÉIA 
BRASILEIRA, 1988). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
6 CONCLUSÕES 
 
 
• Antes de propor qualquer formulação devem ser pesquisados e selecionados todos 
os componentes, concentrações e compatibilidade entre as matérias-primas que 
fazem parte dos mesmos, para ter bioequivalência e equivalência farmacêutica, 
assim buscando um comprimido seguro e eficaz. 
• A produção de comprimidos de captopril por compressão direta em máquina 
compressora excêntrica modelo monopress LM-1, originou comprimidos com bordas 
e superfícies lisas, coloração uniforme e a qualidade dos comprimidos obtidos 
estavam todos dentro do limite preconizado pela Farmacopéia Brasileira. 
• Os excipientes tecnológicos foram de extrema importância para a Fórmula 4, pois 
não houve ocorrência de deformações dos comprimidos e nem outros problemas 
durante o processamento. 
• Então fica cada vez mais evidente o quanto é importante a procura por fontes 
bibliográficas corretas e seguras. Neste caso, como o medicamento seria similar, o 
melhor para a pesquisa de uma nova formulação, seria o medicamento de 
referência, onde este já tem a comprovação de segurança, eficácia e qualidade dos 
comprimidos obtidos, para que não aconteça problema de incompatibilidade entre os 
componentes e assim obtendo sucesso na formulação. 
• Como perspectivas deste estudo sugere-se o desenvolvimento de outros testes de 
controle de qualidade buscando assim, atender a exigência da legislação brasileira 
quanto aos estudos de bioequivalência e equivalência farmacêutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
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