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etapa 3 - programa de necessidades

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS 
CÂMPUS ANÁPOLIS 
 
 
TRABALHO APRESENTADO A DISCIPLINA DE PROJETO DE TERMINAIS 
 
 
ETAPA III 
 
Josiene Chrystina Ribeiro Cardoso 
Mariane Dias Silva 
Rayza 
Tatiane Guedert Moreira 
 
ORIENTADORA: 
 
Prof. Cristiane Paiva. 
 
 
 
 
 
ANÁPOLIS 
2020
2 
 
Josiene Chrystina Ribeiro Cardoso 
Mariane Dias Silva 
Rayza 
Tatiane Guedert Moreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPA III 
 
 
 
 Trabalho apresentado a disciplina de projeto de 
terminais do Curso de Engenharia Civil da Mobilidade 
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
de Goiás - Campus Anápolis, como requisito parcial 
para conclusão de curso. 
 
Orientador (a): Prof. Cristiane Paiva. 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁPOLIS, 2020 
3 
 
RESUMO 
Este trabalho consiste na terceira etapa do Trabalho Final da disciplina de Projeto 
de Terminais. Este artigo trata do estudo do atual Terminal Rodoviário da cidade de 
Anápolis-GO, de um estudo de caso do Terminal Rodoviário de Rio Branco-AC e de 
uma nova proposta para de projeto para o Terminal Rodoviário de Anápolis de acordo 
com o programa de necessidades da cidade. Para a concepção deste trabalho foram 
realizadas pesquisas bibliográficas, e um estudo de caso de uma cidade de médio porte 
(Rio Branco-AC) para correlacionar com a realidade de Anápolis-GO, para, por fim 
elaborar um programa de necessidade, para compor o projeto de um Terminal 
Rodoviário. 
Palavras - chave: Terminal; Rodoviário; Anápolis; Rio Branco; Projeto. 
 
4 
 
ABSTRACT 
This work consists of the third stage of the Final Work of the Terminal Design 
discipline. This article deals with the study of the current Bus Terminal in the city of 
Anápolis-GO, a case study of the Bus Terminal of Rio Branco-AC and a new proposal 
for a project for the Bus Terminal of Anápolis according to the needs program of the 
city. For the conception of this work, bibliographical researches were carried out, as 
well as a case study of a medium-sized city (Rio Branco-AC) to correlate with the 
reality of Anápolis-GO, in order to finally develop a program of necessity, to compose 
the design of a Bus Terminal. 
Keywords: Terminal; Road; Anápolis; Rio Branco; Project. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Cidade de Anápolis. 9 
Figura 2 - Crescimento da mancha urbana da cidade de Anápolis 1984-1993. 11 
Figura 3 – Crescimento da mancha urbana da cidade de Anápolis 1984-1993. 12 
Figura 4 – Localização da Rodoviária de Anápolis. 14 
Figura 5 – Acessos da Rodoviária de Anápolis. 14 
Figura 6 – Vista da Rodoviária Internacional de Rio Branco. 21 
Figura 7 – Planta Baixa do Terminal Rodoviário de Rio Branco. 22 
Figura 8 – Vista Superior da Rodoviária Internacional de Rio Branco. 22 
Figura 9 – Vista Frontal do Terminal Rodoviário de Rio Branco. 23 
Figura 10 – Estrutura do Terminal Rodoviário de Rio Branco. 24 
Figura 11 – Terreno Novo Terminal Rodoviário. 28 
Figura 12 – Porcentagens dos setores na área total 30 
 
Erro! Fonte de referência não encontrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 Tabela 1 - Crescimento absoluto da população regional entre 1970 e 2007. 11 
Tabela 2 – Programa de necessidades do piso superior do terminal rodoviário de 
Anápolis. 17 
Tabela 3 - Programa de necessidades do piso intermediário do terminal rodoviário 
de Anápolis. 18 
Tabela 4 - Programa de necessidades do subsolo 1 do terminal rodoviário de 
Anápolis. 19 
Tabela 5 - Programa de necessidades do subsolo 2 do terminal rodoviário de 
Anápolis. 20 
Tabela 6 -Classificação de Terminais. 26 
Tabela 7 -Novo Programa de Necessidades. 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. Introdução..............................................................................................................8 
1. Introdução ................................................................................................................. 8 
2. Interpretação da atual situação da cidade ..................................................................... 9 
2.1. Histórico de Anápolis ........................................................................................ 9 
2.2. Evolução urbana e econômica de Anápolis ..................................................... 10 
3. Terminal rodoviário de Anápolis ............................................................................ 13 
3.1. As rodovias e influencia na cidade de Anápolis .............................................. 13 
3.2. Atual Situação do Terminal Urbano de Anápolis ............................................ 15 
3.3. Atual programa de necessidades ...................................................................... 17 
4. Estudo de Caso ....................................................................................................... 21 
4.1 Rodoviária Internacional de Rio Branco .............................................................. 21 
4.1.1. Projeto ....................................................................................................... 21 
4.1.2 Infraestrutura ................................................................................................. 24 
5. Proposta .................................................................................................................. 25 
5.1. Conceitos.......................................................................................................... 25 
5.2. Projeção de demanda e pré-dimensionamento ................................................. 25 
5.3. Nova Localização............................................................................................. 26 
5.4. Programa de necessidades................................................................................ 29 
6. Considerações Finais .............................................................................................. 30 
7. Anexos .................................................................................................................... 30 
Referências Bibliográficas............................................................................................31 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1. Introdução 
O transporte rodoviário, é o sistema de interligação nacional brasileiro, devido à 
grande malha rodoviária existente em nosso território, é o sistema de transporte 
interurbano de passageiros mais utilizado no Brasil, pois possui tarifas mais acessíveis 
em relação a outros sistemas, como o transporte aéreo. 
O presente trabalho tem como objetivo dar embasamento teórico para o 
desenvolvimentode um programa de necessidades para o projeto do Terminal 
Rodoviário de Anápolis – GO, com a intenção de reorganizar as atividades da atual 
rodoviária para estas serem coerentes com a necessidade da cidade. Esta mudança na 
Rodoviária visa contribuir para seu desenvolvimento social e econômico da cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2. Interpretação da atual situação da cidade 
 
2.1. Histórico de Anápolis 
Anápolis é um município brasileiro do interior do estado de Goiás, Região 
Centro-Oeste do país. Situada no Planalto Central Brasileiro, pertence à Mesorregião 
Centro Goiano e à Microrregião de Anápolis. Sua altitude é de 1.017 metros, com clima 
tropical e uma estação seca. Uma de suas maiores características regionais é ter o clima 
mais ameno que a capital estadual Goiânia. Sendo sempre lembrada como a cidade mais 
fresca que a capital. A cidade está a 50 km da capital goiana e a 140 km da capital 
federal, fazendo parte de um eixo econômico e populacional que é a maior concentração 
urbana da região e seu principal pólo industrial (FIGURA 1). 
Figura 1 -Cidade de Anápolis. 
 
 Fonte: Lorenzeto (2006). 
 
Com população estimada em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE) em 391.772 habitantes, constitui-se no terceiro maior município do 
estado em população e sua segunda maior força econômica, com um PIB de mais de R$ 
14.204,319 bilhões em 2017. Um dado ainda mais interessante: em dez anos, ou seja, de 
2007 a 2017, o PIB de Anápolis cresceu nada menos que 178,74%. Em valores 
nominais, saindo da casa de R$ 5,095 bilhões para R$ 14,204 bilhões. Só lembrando 
que o PIB é uma representação da geração de riquezas produzidas pelos municípios, 
estados e pelo País. 
No ranking dos 100 maiores PIBs do País, os municípios goianos que aparecem 
em destaque são: Goiânia, que ocupa a 14ª posição, uma acima do levantamento de 
10 
 
2016; Anápolis, que aparece na 65ª posição, subindo quatro posições em relação a 2016 
e Aparecida de Goiânia, que ocupa a 77ª posição no ranking. 
A cidade se firmou como polo industrial, com destaque para o ramo farmacêutico 
a partir da instalação do Distrito Agroindustrial em 1976. Anápolis foi apontada pela 
revista Veja em 2010 como uma das Vinte Cidades Brasileiras do Futuro em razão de 
seu grande potencial logístico. A cidade é cortada pelas rodovias federais BR-153, BR-
060 e BR-414, pelas rodovias estaduais GO-222, GO-330, GO-437 e GO-560 e pela 
Ferrovia Centro-Atlântica, sendo ponto inicial da Ferrovia Norte Sul, que está sendo 
integrada na FCA. 
2.2. Evolução urbana e econômica de Anápolis 
De forma geral, da fase inicial aos dias de hoje, é possível destacar três períodos 
que caracterizam o processo evolutivo da cidade de Anápolis: o primeiro compreende o 
final do século XIX e as três primeiras décadas do século XX, marcado pela expansão 
das fronteiras agrícolas e a ruptura do relativo isolamento de Goiás em relação aos 
centros dinâmicos da economia nacional, além do processo de edificação de Goiânia; o 
segundo, inicia-se com a chegada da ferrovia, Estrada de Ferro Goiás, em 1935 e 
encerra-se na década de 1960 com a construção de Brasília, quando impactou o 
desenvolvimento local a abertura da rodovia Belém-Brasília; o terceiro se desenvolve a 
partir da década de 1960 e alcança o século XXI, caracterizado pela diversificação da 
economia local por meio do desenvolvimento comercial e industrial, (LUZ, 2001) 
Anápolis é caracterizada como município industrial, porque além das diversas 
indústrias distribuídas em seu território, abriga o maior pólo industrial do estado de 
Goiás, o Distrito Agroindustrial de Anápolis – DAIA (O POPULAR, 2008. Ocupa o 
segundo lugar entre os municípios goianos, em termos do valor adicionado da indústria 
em Goiás, participando com 8,09% do Estado, advindos de indústrias do ramo 
farmacêutico, produção de adubos, produtos alimentícios, embalagens e metalurgia. 
(SEPLAN, 2008.). 
A cidade que se encontra posicionada de forma estratégica no entroncamento das 
rodovias BR 060, BR 153 e BR 414, consolidou-se na função de entreposto e base 
logística regional. O caso das rodovias representa uma parcela, importante, no entanto, 
pequena das alterações que ocorreram no território goiano, pois, além da ampliação das 
11 
 
redes técnicas, a região atraiu fluxos migratórios de todo o país, provocando um 
significativo crescimento demográfico (TABELA 1). 
Tabela 1 - Crescimento absoluto da população regional entre 1970 e 2007. 
 
 Fonte: IBGE, Censos Demográficos (1970 e 2000). 
Buscando ilustrar o crescimento da mancha urbana da cidade de Anápolis, 
apresentam-se quatro recortes de imagens relativas aos anos de 1984 e 1993 (FIGURA 
2) e 2002 e 2016 (FIGURA 3) , onde é possível perceber as direções preferências de 
crescimento ao longo do período e a áreas onde não ocorreu a expansão . A 
diferenciação entre as áreas é feita por meio de cores distintas sendo azul a área com 
maior ocupação no período, vermelho menos ocupação no período, amarelo representa 
os novos loteamentos, rosas áreas que não se expandiram e verde áreas com maior 
adensamento (BRITO et.al 2019). 
Figura 2 - crescimento da mancha urbana da cidade de Anápolis 1984 – 1993. 
 
 Fonte: (BRITO et.al 2019). 
12 
 
Figura 3 - crescimento da mancha urbana da cidade de Anápolis 1984 – 1993. 
 
 Fonte: (BRITO et.al 2019). 
Na imagem referente ao ano de 1984 é possível notar uma área urbana mais 
adensada na região central, onde se originou a cidade, em volta de áreas com menor 
adensamento, já demonstrando uma tendência de expansão para a porção nordeste e 
sudeste do município, a qual é evidenciada por uma considerável quantidade de espaços 
pouco ocupados principalmente à leste, sul e sudeste da cidade, onde podem ser 
observados os desenhos de loteamentos ainda não consolidados. 
 Analisando o ano de 1993 já temos um cenário bastante diferenciado, onde 
verifica-se uma maior utilização do terreno na região nordeste da cidade, devendo ser 
ressaltada a consolidação do loteamento que na imagem de 1984 encontra-se sem 
ocupação significativa. Nessa ilustração o centro da cidade também se mostra mais 
adensado e as regiões sul, nordeste, leste e sudoeste nesse período passaram a 
experimentar uma forte expansão, incluindo a formação de alguns novos loteamentos. A 
área situada a leste da cidade, não demonstra nesse momento significativas alterações na 
mancha urbana. O crescimento do tecido urbano ao longo da BR 060, sentido Abadiânia 
também merece destaque. 
Já na imagem relativa ao ano de 2002 pode ser observada uma maior utilização 
das áreas que se situam na porção noroeste e central da cidade. Nesse momento surgem 
novos loteamentos principalmente na região nordeste, podendo ser percebida também 
13 
 
uma maior alteração do meio físico nas regiões sul e sudoeste, devido a retirada de 
vegetação provavelmente em função da abertura de novos loteamentos. Ao longo da BR 
060 a ocupação do solo urbano também é intensificada. A dinâmica de ocupação do 
solo da cidade que até então não demonstrava preferência em se expandir no sentido 
oeste, mostra indícios mesmo que incipientes desse processo. 
Na imagem do ano de 2016, é possível perceber a expansão bastante 
representativa da área urbana mais adensada. Neste momento os espaços vazios 
praticamente inexistem. Entretanto há uma intensificação da expansão urbana 
principalmente nos sentidos leste, onde a extensão da BR 060 é ainda mais ocupada, ao 
sul e também no sentido nordeste sudeste. Um raio partindo do centro da cidade 
continua ampliando o adensamento, esse local talvez seja o que mais represente a 
intensidade com a qual o processo de urbanização ocorreu em Anápolis. Nesse contexto 
vale ressaltar que as regiões noroeste e oeste resistiram à expansão urbana verificada ao 
longo dos anos aquianalisados. 
A expansão urbana da cidade de Anápolis sob uma breve análise de seu histórico, 
pode ser considerada acelerada, considerando que o seu contingente populacional 
evoluiu bastante, influenciando do mesmo modo a sua expansão territorial. Em um 
espaço de tempo relativamente curto, ou seja, em um período de aproximadamente 140 
anos, a população da cidade alcançou a marca de 375.000 habitantes, conservando o 
terceiro lugar no ranking das cidades mais populosas do estado de Goiás (BRITO, 
2016). 
3. Terminal rodoviário de Anápolis 
3.1. As rodovias e influencia na cidade de Anápolis 
O terminal Rodoviário Josias Moreira Braga, assim é denominada a Rodoviária de 
Anápolis, no interior do estado de Goiás. Construída no ano de 1987, sendo o quarto 
terminal rodoviário do município, onde o primeiro foi construído na década de 60.O 
prédio da Rodoviária de Anápolis possui 22.800 m² de área construída, e é a principal 
rodoviária da cidade, devido a sua grande demanda mensal. 
O terminal rodoviário atual da cidade de Anápolis está localizado Av. Brasil 
Norte, número 740 na Cidade Jardim (FIGURA 4). Ele possui três acessos (FIGURA 
5): 
 Avenida Faiad Hanna; 
14 
 
 Avenida Brasil Norte; 
 Avenida Beira Rio, 
Além de também possuir para os pedestres um local de acesso, a opção pela Av. 
Beira Rio (Figura 5). 
Figura 4– Localização da Rodoviária de Anápolis. 
 
Fonte: Google Maps. 
 
Figura 5 – Acessos da Rodoviária de Anápolis. 
 
Fonte: Google Maps. 
15 
 
3.2. Atual Situação do Terminal Urbano de Anápolis 
A Rodoviária de Anápolis está inserida em um contexto urbano de usos distintos, 
sendo eles residencial e comercial. A existência do Brasil Park Shopping, Bretas, 
Mcdonalds e Fujioka dentre outros comércios contribuem para o grande fluxo de 
pessoas e de veículos na área, o que, em dias de grande movimento do Terminal 
Rodoviário torna-se um transtorno devido aos congestionamentos gerados. 
Atualmente, o Terminal Rodoviário de Anápolis é administrado pela Atlântica 
Construções Comercio e Serviços EIREL, uma construtora com a sua matriz localizada 
no município de Avaré em São Paulo. Toda a fiscalização é feita pela Atlântica 
Construções. 
Toda a permissão de uso de agencias, bilheteria, lojas e lanchonetes é feito por 
contrato, o pagamento é feito a Atlântica Construções ou para a imobiliária Residência 
que é terceirizada. A verba arrecadada é reinvestida para custear as despesas do 
terminal. 
A atividade da Rodoviária é de 24h, o funcionamento dos guichês é estabelecido 
pelas próprias transportadoras cada uma com o seu horário de movimentação. Além 
disso, O terminal Rodoviário Josias Moreira Braga segue a regulamentação da NBR 
ISO 9001, que estabelece requisitos para o sistema de gestão de qualidade. 
O Terminal Rodoviário atual possui atualmente: 
 36 áreas de embarque e desembarque; 
 14 guichês de vendas de passagens; 
 2 caixas eletrônicos 24h; 
 2 Sanitários masculino e 2 Sanitários femininos; 
 Guarda-volumes; 
 Bancos pra descanso: O Terminal Rodoviário possui 21 assentos de 4 
lugares no piso inferior e 22 assentos de 4 lugares no piso superior. 
 Lojas e Transportadoras: PC Importados, HF Encomendas, Viação Novo 
Horizonte LTDA, Real Express Encomendas,Transbrasiliana 
encomendas e cargas, Universo, Flex.Relojoaria Planeta, Loja de 
Conveniência Silva; 
16 
 
 Restaurantes e Lancherias: Dutra Lanches Ki Delícia, Nina’S Lancheria., 
Castro Lanches, Restaurante Castro, Lanchonete Estrela Dalva, 
Lanchonete Flor do Cerrado, Lanchonete e Restaurante Big Alimentação, 
Lanchonete São João, Lanchonete Tucumã, Lanchonete Araguarina. 
 Almoxarifado; 
 Órgãos públicos instalados: 2ª Delegacia do Serviço Militar da 7ª C S M 
e Associação de Defesa e Apoio ao Cidadão em Goiás - ADAC – GO; 
 Estacionamento vagas cobertas: térreo, vagas de 4,50 m X 3,20m: 1 
vaga exclusiva Atlântica; vaga exclusiva AGR; 20 vagas exclusivas para 
embarque e desembarque; 
 Estacionamento vagas cobertas: pavimento superior, vagas de 4,5 X 
3,20m: 1 vaga embarque e desembarque, 1 vaga exclusivo para 
deficiente, 1 vaga exclusiva para idoso,13 vagas de taxi ,10 vagas para 
uso comum; 
 2 Estacionamento externo: área de 1.900 m² e 2700 m². 
O terminal apesar de ter uma área extensa existem diversas salas vazias, 
estabelecimentos fechados, órgãos estatais desativados, iluminação falha, problemas na 
distribuição de espaço, na acessibilidade, na desatualização das NORMAS da época ao 
qual foi construído, falta de estratégia e diversas reclamações sobre a atual 
administração. 
Outro fator que prejudica o bom funcionamento da Rodoviária de Anápolis e a 
falta de segurança. A região do Terminal encontra-se degradada, e pode-se observar em 
diversos horários do dia a presença de usuários de droga e moradores de rua no entorno 
da edificação o que gera uma sensação de vulnerabilidade aos passageiros. 
Apesar de existir a integração do transporte público da cidade não se dá de forma 
eficaz levando e conta pouca quantidade de ônibus destinado a rodoviária tornando 
assim difícil a sua utilização principalmente para usuários de fora da cidade. 
 
 
17 
 
3.3. Atual programa de necessidades 
 
A seguir as 4 tabelas do atual programa de necessidades do terminal urbano de Anápolis dividida através dos seus pavimentos: 
Tabela 2 – Programa de necessidades do piso superior do terminal rodoviário de Anápolis. 
 
18 
 
Tabela 3 - Programa de necessidades do piso intermediário do terminal rodoviário de Anápolis. 
 
Setor Ambiente Usuários Permanência Dimensionamento Instalações Mobiliários Equipamentos Atividades
Embarque Vagas - Taxi 20 Prolongada
250 m2 (20 vagas 2,5x5m 
)
- - Veículo
Embarque/Desembarque de 
pessoas
Embarque Estacionamento 18 Rotativo
183 m2 (14 vagas de 
carro e 4 de moto 1x2m)
- - Veículo
Embarque/Desembarque de 
pessoas
Embarque
Duas Circulações (das 
bilheterias com os 
escritórios, banheiros, e 
controle de som).
Variável Transitória
73,32 m2 (uma de 29,92 
m2 a esquerda, e outra 
de 43,4 m2 a direita)
Elétrica - -
Transito de pessoas entre os 
ambientes
Sanitários
4 WC, 2 Masculinos e 2 
Femininos
Variável Transitória
26,04 m2 (2x6,47 m2 e 
2x6,55 m2)
Elétrica e 
Hidrossanitária
- -
Higiene Pessoal e Necessidades 
Fisiológicas
Área Administrativa 10 Escritórios 3 Prolongada
140,6 m2 (7x14 + 14,26 
+14,17)
Elétrica Mesas e Cadeiras - Administrar as bilheterias
Área Administrativa 1 Controle de som 2 Prolongada 6,83 m2 Elétrica, som Mesas e Cadeiras Som Gerenciar o som da Rodoviária
Área Administrativa
Chefia, Recepção, 
Depósito e Ministério da 
Defesa
3 Prolongada
129,58 m2 (39,87 m2, 
39,87 m2, 22,14 m2 e 
35,7m2 respectivamente)
Elétrica Mesas e cadeiras Administrar o Terminal Rodoviário
Área Administrativa 6 Salas da Administração 3 Prolongada 117 m2 (19,5 m2 cada) Elétrica Mesas e Cadeiras -
Auxiliar a Gerência na 
Administração do Terminal 
Rodoviário
Área Administrativa
1 WC Masculino e 1 WC 
Feminino1
1 Transitória 1,8 m2 cada
Elétrica e 
Hidrossanitária
- -
Higiene Pessoal e Necessidades 
Fisiológicas
Cadeiras Mesas 
Prateleiras
28 Cadeiras 2 
bancos 2 
conjuntos de 
lixeira
Elétrica, telefone, 
ar condicionado
Cadeiras Mesas 
Balcões
Pavimento Intermediário
Venda de passagens
Serviço 4 Guarda volumes 2 Prolongada
67,06 m2 
(16,83+18,09+15,49+16,6
5)
Elétrica - Guardar objetos
504 m2 (107,25x4,7) Elétrica
8 Placas de 
sinalização e 52 
Cadeiras
Compra de Passagens / Espera
Serviço 23 Bilheterias 2 cada Prolongada
109,71 m2 total (4,77 m2 
cada)
Telefone
Embarque Circulação Variável Transitória
19 
 
Tabela 4 - Programa de necessidades do subsolo 1 do terminal rodoviário de Anápolis. 
 
Setor Ambiente Usuários Permanência Dimensionamento Instalações Mobiliários Equipamentos Atividades
Serviços
3 Encomendas de 
Viação, Viação e 
Depósito de Viação2 Transitória
52 m2 (16,55 x 2 m2 + 
18,9 m2 + 18,9 m2 + 35,7 
m2 respectivamente)
Elétrica 
Telefônicas
Cadeiras 
Mesas
Ventilador 
Telefone 
Computador
Coleta e Entrega de 
encomendas
Cadeiras
Mesas
Prateleiras de 
2m
Embarque 
Interestadual
20 Boxes Variável Transitória
30,32 m2 (15,16 m2 
cada)
Elétrica - -
Estacionamento Para os 
ônibus
89 Cadeiras
4 Conj. De 
lixeiras
Sanitários
W.C 
Masculino 
e 
Feminino
Variável Transitória 448 m2 (22,44 m2 cada)
Elétrica, 
Hidrossanitária
Lavatório
Chuveiro 
Vaso sanitário 
Mictório 
Higiene
Circulação
Embarque 
Interestadual
Embarque de passageiros
Placas de 
Sinalização
Elétrica
 78,25 m2 (36,23 m2 
+23,12 m2 +18,9 m2)
TransitóriaVariável
SUBSOLO 1 
 Telefone 
Computador
Vendas 
Elétrica 
Hidráulica
Cadeiras 
Balcões
Estufa 
Microondas 
Forno 
Geladeira 
Cafeteira
Serviços 3 Lojas 2 Transitória 511,9 m2 (97,51x5,25m)
Elétrica 
Telefônicas
Venda de AlimentosAlimentação 2 Lanchonetes 3
Transitória / 
prolongada
78,86 m2 (40,16 m2 + 
38,7 m2)
20 
 
 
Tabela 5 - Programa de necessidades do subsolo 2 do terminal rodoviário de Anápolis. 
 
 
Setor Ambiente Usuários Permanência Dimensionamento Instalações Mobiliários Equipamentos Atividades
Embarque Estacionamento Carro Variável Transitória 312 m2 (25 carros) Elétrica -
Placas de 
Sinalização
Embarque/Desembarque de 
pessoas
Embarque 
Estacionamento Para 
moto
Variável Transitória 40 m2 (10 vagas) Elétrica -
Placas de 
Sinalização
Embarque/Desembarque de 
pessoas
Serviços
13 Salas diversas do setor 
de serviço 
(Transformador, Gerador, 
Suteg, Depósito de 
Limpeza, Cantina, 
Oficina, Almoxerifado de 
ferramentas, Guiche, 
Atendimento Viação, 
Almoxerifado, Móveis, 
Sala e Sucata (quase 
todas fechadas).
- -
225 m2 ( 10 m2, 13 m2, 
13,87 x3 m2, 12,94 m2, 
31,55 m2, 7,28 m2, 30,85 
m2, 13,03 m2, 33,57 m2, 
13,07 m2, 18,6 m2 
respectivamente).
Elétrica - - -
SUBSOLO 2
Elétrica 
Hidrossanitária
Sanitários
W.C 
Masculino 
e 
Feminino
Variável Transitória
40,36 m2 (20,18 m2 
cada)
Lavatório
Chuveiro 
Vaso sanitário 
Mictório 
Higiene 
21 
 
 
4. Estudo de Caso 
Rio Branco é um município brasileiro, capital do estado do Acre, na Região 
Norte do país e principal centro financeiro, corporativo, político e cultural do estado. 
Localiza-se às margens do Rio Acre. Sua população, de acordo com o Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 407 319 habitantes, fazendo de Rio 
Branco a sexta cidade mais populosa da Região Norte do Brasil. Sua área territorial é de 
8 834,942 km², sendo o quinto município do estado em tamanho territorial. De toda essa 
área, 44,9559 km² estão em perímetro urbano, o que classifica Rio Branco como sendo 
a 62ª maior do país. 
4.1 Rodoviária Internacional de Rio Branco 
O Terminal Rodoviário Internacional de Rio Branco (FIGURA 6) foi inaugurado 
em setembro de 2012, a obra foi executada pela empresa acreana Albuquerque 
Engenharia. A implantação da edificação valoriza a vegetação existente no terreno. Está 
implantada estrategicamente, tornando-se um marco no acesso rodoviário da cidade 
para quem chega de outros municípios, de outros estados, de outros países, como Peru e 
Bolívia, fazendo parte de um projeto maior de ligação rodoviária do estado e do país 
com o Oceano Pacifico. 
Figura 6 -Vista da Rodoviária Internacional de Rio Branco. 
 
 Fonte Maps (2012). 
4.1.1. Projeto 
Moderna e Arejada, a Rodoviária (FIGURA 7) chama a atenção pelas 
características do seu projeto. Com estruturas em aço, o terminal urbano foi projetado 
22 
 
pelo arquiteto Álvaro Luque a pedido da Prefeitura para atender à crescente demanda de 
passageiros na região. E para criar uma obra diferenciada (FIGURA 8) e com forte 
expressão, Luque buscou referências na cultura local (FIGURA 9). 
Figura 7 -Planta Baixa do Terminal Rodoviário de Rio-Branco. 
 
 Fonte: Vitruvius (2013). 
Figura 8-Vista Superior da Rodoviária Internacional de Rio Branco. 
 Fonte: Arquitetura&aço (2019). 
 Projeto arquitetônico: Álvaro Luque e AC Arquitetos 
 Área construída: 7.642,80 m² 
 Área do pavimento inferior: 5.851,80 m² 
23 
 
 Área do pavimento superior: 1.791,00 m² 
 Aço empregado: ASTM A36, A572 e SAE 1010/20 
 Projeto estrutural: Andrade Rezende Engenharia de Projetos e Warner Barros 
Engenharia Estrutural e Geotécnica 
 Fornecimento da estrutura de aço: Multimetal Engenharia de Estruturas 
Metálicas 
 Execução da obra: Albuquerque Engenharia 
 Local: Rio Branco, Acre 
 Conclusão da obra: 2012 
 Valor total da obra: R$ 13.204.333,85 
 Governo Federal: R$ 12.544.117,15 
 Contrapartida PMRB: R$ 660.216,70 
 Volume de aço: 85 t 
Figura 9 -Vista Frontal do Terminal Rodoviário de Rio Branco. 
 
Fonte: Vitruvius (2013). 
Os pilares em aço (FIGURA 10) partem de uma base em concreto e, para permitir 
uma maior aproximação dos ônibus em relação ao beiral, foram instalados inclinados, 
conectando-se às vigas da cobertura. Esta, por sua vez, é estruturada por meio de 
pórticos independentes formados por vigas em aço. 
24 
 
Destacando-se na paisagem com sua grande superfície aparente revestida por 
telhas metálicas do tipo sanduíche pintadas em branco. O uso do aço foi imprescindível 
para conseguirmos grandes vãos e, ao mesmo tempo, conferindo uma aparência mais 
leve à construção. 
A opção pelas estruturas em aço garantiu, ainda, o cumprimento do cronograma 
de obra, como destaca o engenheiro Warner Barros, da Warner Barros Engenharia 
Estrutural e Geotécnica, um dos responsáveis pelo projeto estrutural. 
Figura 10 -Estrutura do Terminal Rodoviário de Rio Branco. 
 
 Fonte: Arquitetura&aço (2019). 
4.1.2 Infraestrutura 
• 14 Baias para Ônibus Rodoviário; 
• 03 Conjuntos de Banheiros; 
• 01 Fraldário; 
• Salas de Administração e Áreas Técnicas da RBTRANS; 
• Boxe da Polícia Militar; 
• Boxe da Fiscalização DETRAN/DERACRE/AGEAC; 
• Guichê para Venda de Créditos de Bilhetagem Eletrônica 
(SINDCOL/RBTRANS); 
25 
 
• Sala para atendimento do Juizado da Infância e Juventude; 
Sala para Atendimento e Vacinação – SEMSA; 
• 01 Guarda-volumes; 
• Balcão de Informações da Rodoviária e Turísticas (apoio SETUL) 
5. Proposta 
5.1. Conceitos 
O conceito adotado para este trabalho é de criar um novo Terminal de passageiros 
em Anápolis, que possua a infraestrutura necessária para possibilitar a integração entre 
modais de transporte com segurança, funcionalidade e mobilidade e atender as 
demandas que não estão sendo supridas pelo atual Terminal Rodoviário da cidade. 
5.2. Projeção de demanda e pré-dimensionamento 
A implantação de sistemáticas de planejamento de serviços a serem oferecidos 
para seus usuários é fundamental, devido à intensa dinâmica do setor. Tem-se que o 
planejamento de novos serviços necessita então da geração de cenários com estimativas 
de volume de movimentações entre as ligações do país. 
O pré dimensionamento para um novo terminal rodoviário para Anápolis foi 
realizado com base nas recomendações do MITE, 2014. Parte deste estudo será exposto 
neste tópico, ressalvando-se apenas que ele foi realizado seguindo a recomendação de se 
projetar a demanda prevista para 10 anos. Considera-se também que o terminal 
rodoviário de Anápolis, além de atender a demanda local, também atende à demanda da 
microrregião dentro de um raio aproximado de 40 km. 
A primeira etapa para a realização do pré dimensionamento, segundo as 
recomendações do MITE, é a sua classificação em relação ao porte. Segundo os 
critérios estabelecidos, esta classificação pode ser definida em função do número de 
A classificação dos Terminais rodoviários tempor objetivo “fixar padrões 
uniformes de dimensionamento para atender situações características de demanda”, e se 
dá em função do movimento de partidas diárias e a quantidade de plataformas de 
embarque e desembarque, como apresentado na tabela 02. São estabelecidas oito classes 
(de A a H), ordenadas a partir da projeção de demanda no período de um ano, e do 
número de plataformas. 
26 
 
Tabela 6 -Classificação de Terminais. 
 
No município de Anápolis o cenário atual é de 8000 embarques por mês e de 150 
a 300 embarques por dia, entretanto o cenário anterior a pandemia de COVID-19, 
consistia em 21000 embarques por mês e 700 embarques por dia. O terminal Rodoviário 
Josias Moreira Braga possui 36 plataformas de ônibus (que mantêm o seu 
funcionamento tanto para embarque como para desembarque). Devido tais 
levantamentos, e que a pandemia é um cenário passageiro, pode-se considerar que a 
atual terminal rodoviário de Anápolis é classificado como B e o novo projeto atenderá a 
estas mesmas demandas iniciais de que a cidade necessita. 
5.3. Nova Localização 
O estudo para a escolha de uma localização coerente para um Terminal 
Rodoviário procede da dinâmica do funcionamento do equipamento e dos impactos 
causados por ele. Uma localização adequada deve ter uma boa capacidade de fluxo de 
veículos, facilidade de acesso e deve favorecer a mobilidade da população (NEVES, 
2014). 
Segundo SOARES (2006), a localização de um Terminal rodoviário no centro de 
uma cidade ocasiona vantagens como a existência de infraestrutura e serviços, 
27 
 
principalmente de transporte público, assim como a conveniência da proximidade com 
os centros comerciais e de negócios da cidade. Por outro lado, a localização desse 
equipamento em regiões periféricas representa uma desaglomeração, uma diminuição 
dos congestionamentos nos centros das cidades, o que possibilita um tempo de viagem 
menor e a facilitação do sistema de transporte rodoviário. 
A localização ideal para a construção de Terminais rodoviários seria nas 
rodovias, já que em sua concepção esse local é muito mais prático que o centro e o 
passageiro não precisam entrar na cidade, o que diminui problemas de trânsito e 
estacionamento (CARRARO,2004). 
As áreas de influência de um empreendimento compõem três subespaços 
(RESOLUÇÂO CONAMA 349). Sendo: 
 Área diretamente afetada (ADA): É a área onde se localiza o empreendimento, 
compreendendo suas estruturas de apoio, vias de acesso privativo e todas as operações 
associadas exclusivamente à infraestrutura do projeto; 
 Área de influência direta (AID): Compreende a área afetada elo impacto 
decorrente da implantação do empreendimento. É o espaço contíguo à área de 
implantação do projeto, podendo sofrer impactos tanto positivos como negativos. Esses 
impactos são induzidos pela existência do empreendimento e não como consequência de 
uma atividade específica do mesmo. Se os efeitos forem positivos, ainda, esses devem 
potencializados, e caso sejam negativos, devem ser mitigados e compensados; 
  Área de influência indireta (AII): Compreende uma área que é afetada pelo 
empreendimento, porém em proporções menores, menos significativas que a ADA e a 
AID, embora ainda possa haver ainda impactos no ecossistema e no sistema 
socioeconômico. Nessa área deve ocorrer uma avaliação da inserção regional do 
projeto, ultrapassando os limites de sua área de implantação. 
Esses subespaços citados demonstram que podem ocorrer impactos não apenas na 
área de implantação e esses impactos podem ocorrer nos meios físico, biótico, 
socioeconômico, histórico e cultural de uma região (NEVES,2014). 
De acordo com o MITE, as possíveis áreas propícias a receberem o terminal 
rodoviário devem ser analisadas diante dos seguintes aspectos: Dimensões, área, - 
forma, topografia, tipo de solo, condições de aquisição, infraestrutura, posição 
28 
 
geográfica, sistema viário de entorno, grau de interferência dos equipamentos urbanos 
próximos, vias de acesso ao sistema rodoviário, e grau de harmonia com o 
planejamento. 
Feita a verificação de toda a revisão bibliográfica citada ao longo desse tópico, a 
localização do Novo Terminal Rodoviário de Anápolis (FIGURA 11) foi escolhida 
visando melhorar o espaço para atender as demandas dos passageiros, bem como das 
empresas operadoras e respeitando as condições de impacto dos subespaços sitados. O 
terreno escolhido foi Av. Sérvio Túlio Jayme, número 245, no acesso da cidade através 
da BR 060, Avenida Independência, Avenida Sérgio Julio Jayme conforme imagem. 
Figura 11 -Terreno Novo Terminal Rodoviário. 
 
 Fonte: Google Maps 2020. 
Para facilitar o acesso de passageiros foram consideradas as linhas de ônibus 
urbano, para possibilitar integração entre a rede de transporte urbano com o Terminal 
Rodoviário, permitindo, deste modo, mobilidade dos passageiros há outras áreas da 
cidade. As linhas que atualmente já atendem a região são: Flamboyant, Branápolis, 
Champion Filostro, Residencial Ipanema. 
Outra diretriz importante para definição da área do projeto é o afastamento de 
equipamentos geradores de fluxos, como no caso do empreendimento comercial como o 
Brasil park Shopping, que durante horários de maior fluxo, dificultam o tráfego de 
veículos principalmente na Av. Brasil Norte próximos aos acessos do terminal 
29 
 
rodoviário. Levando em conta também o fácil acesso através da BR 060 possibilitando o 
desvio do centro e grandes avenidas de movimento da cidade. 
5.4. Programa de necessidades 
A seguir a tabela do novo programa de necessidades do terminal urbano de 
Anápolis: 
Tabela 7 -Novo programa de necessidades. 
 
 Fonte: Autor, 2020. 
O programa de necessidades desenvolvido para a elaboração desse projeto leva em 
consideração a formulação de locais que garantam a funcionalidade do edifício e 
abrange os principais setores observados nos estudos de caso descrito no tópico 4. A 
relação de ambientes descritos no programa de necessidades, bem como a setorização 
principal foi baseada a partir das diretrizes básicas fixadas pelo MITERP. 
A partir da classificação “B” do Terminal Rodoviário de Anápolis, pode-se 
dimensionar basicamente os principais setores seguindo as tabelas do MITE-2014 que 
estão em anexo à este trabalho. Assim, foi elaborado um programa e um pré-
dimensionamento básicos, como segue: 
 Setor Operacional: 3030 m²; 
 Setor Administrativo: 520 m²; 
30 
 
 Setor de Uso Público: 2720 m²; 
 Setor de Serviço Público: 348 m²; 
 Setor de Comércio: 720 m²; 
 Dimensionamento total: 7338 m². 
 
Imagem 12 - Porcentagens dos setores na área total 
 
 Fonte: Autor, 2020. 
6. Considerações Finais 
Este trabalho teve a intenção de fazer um diagnóstico da atual situação do terminal 
rodoviário de Anápolis e com base nesse diagnostico elaborar um novo programa de 
necessidades que atendesse a demanda dos usuários do transporte intermunicipal de 
Anápolis, ampliando as condições de mobilidade dos mesmos. 
Foi possível perceber com este trabalho que a mobilidade urbana ganhou espaço 
no planejamento dos Terminais pois, apresenta-se como um fator primordial na 
definição de diretrizes para a elaboração dos mesmos. 
A mudança do Terminal rodoviário de Anápolis pode beneficiar a cidade como 
um todo. Esse projeto pode atender melhor a demanda de passageiros da cidade e 
favorecer uma melhor mobilidade aos cidadãos. 
 
 
 
 
7. Anexos 
 
41%
7%
37%
5%
10%
Setores (m²)
Setor Operacional: 
Setor Administrativo: 
Setor de Uso Público: 
Setor de Serviço Público: 
Setor de Comércio: 
31 
 
ANEXO A- Tabela para dimensionamento de Terminal Rodoviário de Passageiros MITE 
 
 Fonte: MITE, 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
ANEXO B- CONTINUAÇÃO TABELA MITE 
 
 Fonte: MITE, 2014 
ANEXO C- Continuação tabela MITE 
 Fonte: MITE, 2014 
 
 
33 
 
ANEXO D- Continuaçãotabela MITE 
 Fonte: MITE, 2014 
ANEXO E- Continuação tabela MITE 
 
 Fonte: MITE, 2014 
 
34 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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BRITO, Regina Maria de Faria Amaral. A evolução e produção da estrutura urbana 
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Universidade Federal de Goiás, 2007. Disponível em:< 
https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tde/1901/1/dissertacao%20regina%20brito.p
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CAPITÚLO II – Anápolis uma análise em escala local. Disponível 
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DER/MG, Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais. MITE- 
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NEVES, Samantha Isabelle Oliveira. Terminal Intermodal de Passageiros em 
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Acesso em: 06 de out. de 2020. 
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35 
 
POMPERMAIER, Douglas. Terminal Rodoviário na cidade de Erechim-RS. 
Universidade Federal da Fronteira do Sul. Disponível 
em:<https://rd.uffs.edu.br/bitstream/prefix/1065/1/POMPERMAIER.pdf/>. Acesso em: 
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Prefeitura Municipal de Viçosa. Estudo técnico de viabilidade para construção de 
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Revista Arquitetura & Aço “Identidade e Conforto” nº 53. De junho de 2019 por 
Centro Brasileiro da Construção em Aço. Disponível em: 
<https://issuu.com/prodweb/docs/aa53-pdfsite/>. Acesso em: 06 de out. de 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
https://rd.uffs.edu.br/bitstream/prefix/1065/1/POMPERMAIER.pdf/

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