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Quando e como realizar profilaxia de tétano após ferimentos? A profilaxia de tétano deve ser realizada o mais breve possível após o ferimento. Como o período de incubação do microrganismo é bastante variável (entre 3 e 21 dias), deve ser administrada mesmo que o paciente se apresente tardiamente para atendimento na unidade de saúde. No entanto, para pacientes que foram vacinados contra o tétano anteriormente, mas que não estão com o esquema em dia, é provável que haja pouco benefício na administração de imunoglobulina humana contra o tétano em ferimentos com mais de 1 semana de evolução. Para pacientes que não foram vacinados, a imunoglobulina humana contra o tétano deve ser administrada até 21 dias após a lesão. A profilaxia depende do tipo de ferimento e do histórico vacinal do indivíduo. Os ferimentos podem ser classificados em: • Ferimentos com risco mínimo de tétano: são ferimentos superficiais, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados. • Ferimentos com alto risco de tétano: são ferimentos profundos ou superficiais sujos; com corpos estranhos ou tecidos desvitalizados; queimaduras ou congelamento; feridas puntiformes ou por armas brancas e de fogo; mordeduras; esmagamento, politraumatismos e fraturas expostas. 1. Vacinar e aprazar a próximas doses, para complementar o esquema básico. Essa vacinação visa proteger contra o risco de tétano por outros ferimentos futuros. Se o profissional que presta o atendimento suspeita que os cuidados posteriores com o ferimento não serão adequados, deve considerar a indicação de imunização passiva com soro antitetânico (SAT) ou imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT). Quando indicado o uso de vacina e SAT ou IGHAT, concomitantemente, devem ser aplicados em locais diferentes. 2. Para paciente imunodeprimido, desnutrido grave ou idoso, além do reforço com a vacina, está também indicada IGHAT ou SAT. Os imunodeprimidos deverão receber sempre a IGHAT no lugar do SAT, em razão da meia-vida maior dos anticorpos. 3. Entende-se por situações especiais aquelas em que o profissional que presta o atendimento suspeita que os cuidados posteriores com o ferimento não serão adequados. Se o profissional que presta o atendimento suspeita que os cuidados posteriores com o ferimento não serão adequados, deve considerar a indicação de imunização passiva com SAT ou IGHAT. Quando indicado o uso de vacina e SAT ou IGHAT, concomitantemente, devem ser aplicados em locais diferentes. O tétano acidental é uma doença infecciosa aguda do sistema nervoso central, caracterizada por espasmos musculares intensos e dolorosos causados pelo anaeróbio produtor de toxina Clostridium tetani, prevenível por vacina e não contagiosa. O C. tetani é normalmente encontrado na natureza, podendo ser identificado em objetos de metal, de madeira, de vidro, águas putrefatas, poeira das ruas, fezes ou mesmo no solo (pregos, latas, ferramentas agrícolas, cacos de vidro, galho de árvore, arbustos, espinhos, pedaços de móveis e outros). A bactéria pode estar presente em objetos de metal mesmo que estes não estejam enferrujados.
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