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ma ria na F. B. - p ass ei dir eto Habilidade� Médica� - Semiologi� gera� Primeira etapa do curso de medicina método PBL - por Mariana F. B. ❖ Origens da medicina: Hipócrates é o pai da medicina baseada em observação clínica; Asclépius é o Deus grego cujo cajado representa o símbolo da medicina e a cobra envolta do mesmo possuí diversas simbologias podendo significar que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose e a renovação da vida. Higéia é a deusa da higiene e assim como a Panacéia ( Deusa dos remédios) é filha de Asclépio. ❖ Concepções de saúde doença: A 7 de abril de 1948 foi estipulado o Dia Mundial Da Saúde e possui a seguinte definição de saúde “ o estado do completo bem-estar físico, mental e social e não a mera ausência de enfermidade”. Assim, a saúde vai além de combater doenças ampliando a atuação médica e estabelecendo novos compromissos para qualquer sistema de saúde. ❖ Determinantes de saúde de Marc,Lalonde: biologia humana, serviços de saúde, meio ambiente e estilo de vida. ❖ Determinantes sociais do processo saúde doença: Oitava Conferência Nacional De Saúde em 1986 em Brasília apresentou o conceito ampliado de saúde que estabelece um conjunto de determinantes sociais e articula o nível de saúde da população com a estrutura social, afirmando que as diferenças do bem estar social estão ligadas às "desigualdades dos níveis de vida” ( lei 8080 em 1990). Assim a saúde é resultante das condições de alimentação ,habitação, educação,renda ,transporte, emprego, lazer, liberdade e acesso a serviços de saúde e moradia. ❖ Modelo de Leavell e Clark de história natural das doenças: Em 1965, Hugh Rodman Leavell e Edwin Gurney Clark lançaram, nos EUA, um livro : “ Medicina Preventiva para o médico em sua comunidade”. Descrevendo a evolução das doenças em um esquema denominado "A história natural das doenças”, em que os autores descreveram todas as etapas do adoecimento a partir da situação de saúde. Definindo-as em situação primária ( medidas preventivas), secundária(medidas preventivas aplicadas durante a doença) e terciária ( reabilitação dos pacientes). 1 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto ❖ Ética e bioética: ❖ Moral: imposta pela sociedade, por um grupo, é algo socialmente aceito ❖ . Ética: é individual, é percebida pelo indivíduo. Bioética: campo da ética voltado para a defesa do homem, para a vida humana e para a saúde. 4 Princípios: Beneficência(fazer o bem), Não maleficência(médico deve evitar danos ao paciente), autonomia( Ele assegura ao paciente o direito de tomar de decisões em tudo que se refere ao processo saúde-doença e reconhece que ele tem domínio sobre sua vida e intimidade) e justiça (repartição igualitária de tudo o que se refere a saúde). ❖ Medicina baseada em evidências: uso consciente, explícito e judicioso da melhor evidência disponível que seja capaz de justificar a tomada de decisões ao se cuidar de pacientes individuais. ❖ SUS e seus princípios: equidade, universalidade e integralidade. ❖ Tipos de Diagnósticos médicos: Clínico: doença reconhecida através de uma anamnese e exame físico. Sindrômico: reconhecimento de uma síndrome sem identificação de uma doença. Anatômico: reconhecimento de alterações anatômicas decorrentes de uma determinada doença Funcional:reconhecimento de um distúrbio em decorrência de um órgão afetado por uma doença. De certeza: diagnóstico final e exato de uma enfermidade. Principal: referente a mais importante das afecções. ❖ terminalidade: distanásia: prolongamento da vida por meio de medicamentos e equipamentos eutanasia: promover a morte por meio de medicamentos de modo indolor. ortotanásia: é a morte natural, sem interferência de medicamentos Terminalidade vital: quando há um documento escrito no qual o paciente apresenta documentos até que ponto a medicina pode interferir na sua vida. Sintoma: sensação percebida pelo paciente e não pelo médico. Sinal: dado objetivo notado pelo paciente é observado pelo examinador por meio do método clínico ou de exames 2 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto complementares. Ex. Edema, tosse, cianose, sangue na urina… Síndrome: conjunto de sintomas de mesma ou diferentes causas. Entidade nosológica: doença bem definida com alteração de órgãos ou sistemas, ou mesmo perda desta função com suas consequências e repercussões.l Relação médico - paciente: transferência, contratransferência e resistência: sentimentos que o paciente transfere ao médico inconscientemente. Resistência é qualquer fator psicológico ou físico que atrapalhe a relação . Cuidado! não confunda transferência e contratransferência com referência e contra referência do SUS!! ❖ Padrão de comportamento dos médicos: ❖ Padrão inseguro( o médico demonstra insegurança e o paciente perde a confiança), ❖ padrão autoritário ( médico sempre impõe suas decisões e acredita ser o dono da verdade), ❖ sem vocação( inibe o paciente impedindo um relacionamento adequado) ❖ otimista( não vê dificuldade em nada, falta-lhe preocupação), ❖ rotulador (diagnósticos prontos), ❖ especialista(não consegue ver o paciente como um todo), ❖ pessimista( vê as doenças com uma gravidade maior do que a realidade) ❖ frustrado (frieza em relação ao paciente, quase sempre pessimista) ❖ agressivo (hostilidade revelada em palavras ofensivas) ❖ paternalista (assume papel de pai e apoia-se na sua visão de mundo, sentindo-se no direito de sugerir ou determinar ao paciente o que deve fazer). ❖ Padrão de comportamento dos pacientes: ❖ Ansioso(O médico deve estar preparado para lidar com a situação. É necessário demonstrar segurança e tranquilidade, conduzindo a entrevista sem precipitar a indagação de fatos que possam reavivar mais ainda esse sentimento. Nesse caso, é preferível passar alguns minutos 3 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto conversando sobre fatos aparentemente desprovidos de valor, a fim de promover o relaxamento da tensão). ❖ Deprimido: Apresenta desinteresse por si mesmo e pelas coisas que acontecem ao seu redor. Durante a entrevista, reluta em descrever seus padecimentos, respondendo pela metade às perguntas feitas a ele ou permanecendo calado. ❖ Hostil: disfarçadas. É comum que a agressividade dissimule insegurança ou seja uma defesa contra a ansiedade, podendo ainda ser uma manifestação de humor depressivo. O paciente inevitavelmente hostil é aquele que foi levado ao médico contra sua vontade por insistência dos familiares, como no caso de alguns idosos. ❖ Sugestionável: são pacientes que costumam ter medo excessivo de adoecer, vive procurando médicos e realizando exames a fim de confirmar sua higidez . Nesse caso o médico deve conversar com cautela evitando palavras que possam desencadear ideias de doenças graves ou incuráveis. ❖ Hipocondríaco: queixa-se de diferentes sintomas, tende a procurar o médico ao surgirem indisposições sem importância ou sem motivo concreto.A melhor ajuda que o médico pode prestar a esses pacientes não é pedir mais exames, mas reconhecer que existe um transtorno emocional, passando a analisar alguns aspectos de suas vidas com o objetivo de encontrar dificuldades familiares, no trabalho, problemas financeiros ou outras situações estressantes. ❖ Eufórico: acredita estar forte e sadio, muda de assunto de repente o que pode dificultar a sua compreensão. ❖ Inibido: não encara o médico, não está à vontade ,muitas vezes se origina do medo de uma doença incurável. ❖ Psicótico:alucinações, delírios e pensamentos desorganizados. ❖ Surdo: requerem uma comunicação especial, fale pausadamente, evitando gritar e permitindo que o mesmo faça leitura labial. ❖ Especiais: É necessário abordar uma linguagem simples, adequada ao nível de compreensão do paciente( modelo explicativo leigo). Perguntas simples e diretas são importantes. ❖ Pacientes fora das possibilidades terapêuticas: sofrem de alguma doença incurável em fase avançada e passam por cinco fases: negociação, raiva, depressão e aceitação. Podendo transitar livremente sobre essas formas. ❖ Anamnes�: A anamnes� �classicament� desdobrad� na� seguinte� parte�: 4 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto identificaçã�, que�� principa�, históri� d� doenç� atua� (HDA), interrogatóri� sintomatológic� (IS), antecedente� pessoai� � familiare�, hábit� � estil� d� vid�, condiçõe� socioeconômica� � culturai� ❖ Aspectos gerais: O médico deve escutar o paciente por 2 minutos sem interrompê-lo. Anamnese dirigida, é objetiva e requer experiência. ❖ Identificação é a primeira parte da anamnese: nome, idade, sexo/gênero, cor/etnia, estado civil, profissão, local de trabalho, naturalidade, procedência, residência, nome da mãe, nome do responsável/ cuidador ou acompanhante, religião, filiação a órgãos, instituições previdenciárias ou planos de saúde. ❖ Queixa principal: Colocar o motivo pelo qual o paciente foi à consulta com as palavras que este utilizou. “Bati o pé”. ❖ História da doença atual: sintoma guia( queixa de mais longa duração), perguntar o início dos sintomas, como estes evoluíram. ❖ Interrogatório dos diversos aparelhos: sintomas gerais, pele e fâneros, cabeça, tórax, abdome, sistemas, coluna, ossos, artérias e veias, músculos, exame psíquico e avaliação das condições emocionais. ❖ Sobre os sintomas deve ser perguntado o início, suas características ( localização, intensidade, frequência, tipo), fatores de melhora ou piora, relação com outras queixas, evolução e situação atual. ❖ ❖ Sintomas gerais: ❖ Febre( sensação de aumento da temperatura corporal), ❖ Astenia( sensação de fraqueza) ❖ Sudorese - eliminação de suor ❖ cefaléia- dor de cabeça ❖ Mialgia - dor muscular ❖ Olhos: ❖ Prurido: sensação de coceira nos olhos ❖ Xantopsia -olhos amarelados ❖ Xantopsia - olhos violeta ❖ Cloropsia -olhos com aparência esverdeada ❖ Diplopia: visão dupla ❖ Fotofobia: hipersensibilidade à luz ❖ Nistagmo -movimento repetitivo rítmico dos olhos ❖ Escotomas: manchas ou pontos escuros no campo de visão ❖ Ouvidos: 5 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto Otorreia: saída de líquido pelos ouvidos Otorragia:perda de sangue pelo canal auditivo vertigem e tontura: sensação de estar girando. Nariz: ❖ Obstrução nasal: Rinorreia corrimento com cheiro ❖ Corrimento Nasal: Corrimento sem cheiro Epistaxe: Hemorragia nasal Dispneia: falta de ar Diminuição do olfato: diminuição ( hiposmia) ou abolição (anosmia) Cacosmia: sentir mal cheiro sem razão aparente. Alterações da fonação: rinolalia ( voz anasalada) Cavidade Bucal e anexos: Polifagia : vontade excessiva de comer anorexia ( pessoa perde o apetite) Sialose ( excessiva produção de secreção salivar) Halitose ( mau hálito) Faringe : ❖ Disfagia( dificuldade de deglutir localizada na bucofaringe) ❖ Pigarro: Ato de raspar a garganta Traqueia, brônquios e pulmões : ❖ Expectoração: expulsão de líquidos oriundos da traqueia pela tosse ❖ Hemoptise: eliminação de sangue pela boca ❖ Vômica: eliminação súbita de pus e líquido de aspecto mucóide ou seroso. ❖ Chieira: ruído sibilante durante a respiração ❖ Cornagem : ruído grave provocado pela passagem de ar pelas vias respiratórias altas ❖ Estridor: respiração com ruídos ❖ Tiragem: aumento de espaços intercostais ❖ Odinofagia: dor retroesternal durante a deglutição ❖ Pirose: sensação de queimação retroesternal ❖ Hematêmese: vômito de sangue ❖ Sialose: produção excessiva de secreção salivar ❖ Dispepsia: conjunto de sintomas constituídos de desconforto epigástrico. ❖ Esteatorréia: aumento da quantidade de gorduras nas fezes ❖ Priapismo: ereção do pênes persistente e dolorosa sem desejos sexuais ❖ Hemospermia : sangue no esperma ❖ Hiperalgesia: exacerbação da dor ❖ Parestesia: sensação desagradavel sobre a pele ❖ Hiperpatia: perturbação exagerada de estímulos sensitivos e afetivos ❖ Radiculopatia: doença da raiz dos nervos ❖ Polidipsia: aumento da sede ❖ Polaciúria : aumento do número de micções 6 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto ❖ Hemiparesia: diminuição da força de um lado do corpo ❖ Icterícia: cor da urina, fezes e olhos amarelados ❖ Escotoma: perda da acuidade visual ( manchas na visão) ❖ Exoftalmia: projeção do globo ocular para fora ❖ Amaurose: cegueira total ou parcial ❖ Disfagia: dificuldade para deglutir ❖ Odinofagia: dor na deglutição ❖ Hipocolia fecal: fezes claras ❖ oligúria: diminuição da diurese ❖ disúria: dor e desconforto ao urinar ❖ enterorragia: eliminação de sangue pelo anus. Antecedentes pessoais ❖ Considera-se avaliação do estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo fatores pessoais e familiares que influenciam seu processo de saúde e doença. ❖ Fisiológicos: ❖ Gestação e nascimento( Como decorreu a gravidez ;Uso de medicamentos ou radiações sofridas pela genitora ;Viroses durante a gestação ; Condições de parto (normal, fórceps, cesariana); Estado da criança ao nascer; Ordem do nascimento (se é primogênito, segundo filho etc.) Número de irmãos.) ❖ Desenvolvimento psicomotor: Dentição: informações sobre a primeira e segunda dentições, registrando se a época em que apareceu o primeiro dente; Engatinhar e andar: anotar as idades em que essas atividades tiveram início; ❖ Fala: quando começou a pronunciar as primeiras palavras; Desenvolvimento físico: peso e tamanho ao nascer e posteriores medidas. Averiguar sobre o desenvolvimento comparativamente com os irmãos ; Controle dos esfíncteres; Aproveitamento escolar. ❖ Desenvolvimento sexual : Puberdade: estabelecer época de seu início; Menarca: estabelecer idade da 1 a menstruação; Sexarca: estabelecer idade da 1 a relação sexual; Menopausa (última menstruação): estabelecer época do seu aparecimento; Orientação sexual: atualmente, usam se siglas como HSM; HSH; HSMH; MSH; MSM; MSHM, em que: H, homem; M, mulher e S, faz sexo com. ❖ Patológicos: A avaliação dos antecedentes pessoais patológicos compreende os seguintes itens: doenças sofridas pelo paciente, alergia, cirurgias, traumatismo, transfusões sanguíneas, história obstétrica, vacinas e medicamentos em uso. ❖ Antecedentes familiares:Os antecedentes começam com a menção ao estado de saúde (quando vivos) dos pais e irmãos 7 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto do paciente. Se for casado, inclui o cônjuge e, se tiver filhos, estes são referidos. Não se esquecer dos avós, tios e primos paternos e maternos do paciente. Se tiver algum doente na família, esclarecer a natureza da enfermidade. Em caso de falecimento, indagar a causa do óbito e a idade em que ocorreu. Pergunta se sistematicamente sobre a existência de enxaqueca, diabetes, tuberculose, hipertensão arterial, câncer, doenças alérgicas, doença arterial coronariana (infarto agudo do miocárdio, angina de peito), acidente vascular cerebral, dislipidemias, úlcera péptica, colelitíase e varizes, que são as doenças com caráter familiar mais comuns. Quando o paciente é portador de uma doença de caráter hereditário (hemofilia, anemia falciforme, rins policísticos, erros metabólicos), torna-se imprescindível um levantamento genealógico mais rigoroso e, nesse caso, recorre-se às técnicas de investigação genética. ❖ Hábitos e estilos de vida ( se bebe ou fuma e por quanto tempo), ocupação, alimentação e atividades físicas. ❖ Condições sócio econômicas e sociais: Habitação, condições socioeconômicas, condições culturais. ❖ Dor e sinais vitais A dor é definida pela IASP (International Society for the Study of Pain) como experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão teci dual já existente, real ou potencial, ou relatada como se uma lesão existisse. ❖ Mecanismo básico de defesa: afasta do que provocou a sensação, dor é aprendizagem para determinados objetos e situações que podem causar algum mal e causa lesões nas articulações, além de outras doenças. ❖ Anatomia da dor: transdução, transmissão e modulação. ❖ Transdução: A sensação dolorosa tem início pela estimulação de receptores sensitivos ou nociceptores, presentes nas estruturas que constituem o corpo humano e está relacionada a vários fatores, como gênero, idade, etnia, nível de escolaridade e socioeconômico,e também, a diferentes contextos, como experiências passadas e momento emocional. A conversão do estímulo nociceptivo por substâncias proteicas em potencial elétrico despolarizante denomina se transdução, mecanismo inicial de sensação dolorosa. 8 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto ❖ Transmissão: Por intermédio do neurônio sensorial de primeira ordem, o potencial elétrico despolarizante conduz o estímulo ao sistema nervoso central (neurônios sensoriais de segunda e terceira ordens), com sinapse no corno dorsal da medula espinhal (a maioria) ou no tronco cerebral, estando os corpos das células nervosas localizados no gânglio da raiz dorsal e no gânglio trigeminal. Os impulsos que seguem pelos nervos simpáticos passam pelo tronco simpático e alcançam os nervos espinhais pelos ramos comunicantes brancos. Independentemente da sua origem, as fibras nociceptivas parecem trafegar no sistema nervoso central pelas mesmas vias, cursando, em sua maioria, pelo quadrante ântero lateral da medula espinal. ❖ Modulação: Além de vias e centros responsáveis pela transmissão da dor, há estruturas responsáveis por sua supressão, denominadas vias modulatórias, as quais são também ativadas pelas vias nociceptivas. As sinapses entre os neurônios de primeira e segunda ordem ocorrem por modulação de transmissão medular espinal, dependente de neurotransmissores, dentre os quais destacam-se o glutamato, a substância P e o peptídeo relacionado com o gene do cálcio. ❖ Teoria do portão de Melzack e Wall: Pode Se concluir, portanto, que a dor pode ser provocada tanto por ativação das vias nociceptivas como pela lesão das vias modulatórias (supressoras), o que a torna semelhante a outras funções envolvidas na manutenção da homeostase, como a pressão arterial e a temperatura, que obedecem a mecanismos de ativação e supressão, com elevação ou diminuição, dependendo dos fatores intervenientes. Reynolds, em 1969, identificou outro sistema modulatório ao verificar, em ratos, que a estimulação elétrica da substância cinzenta periaquedutal (periaqueductal gray –PAG) produzia acentuada analgesia, a qual era acompanhada por aumento da concentração de opioides endógenos no líquor, que era revertida pela administração de naloxona (antagonista opióide). Demonstrou Se, posteriormente, que analgesia similar podia ser obtida pela estimulação elétrica da substância cinzenta periventricular (periventricular gray – PVG), do bulbo rostroventral (BRV) 9 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto (núcleos da rafe magno, magnocelular e reticular paragigantocelular lateral) e do segmento pontino dorsolateral (TPDL) (locus ceruleus e sub ceruleus) ou pela injeção de morfina em qualquer desses locais (PVG PÁG, BRV e TPDL). Existem dois mecanismos relacionados com a geração e a perpetuação da dor: sensibilização periférica e sensibilização central. Sensibilização central. É a facilitação da chegada do estímulo doloroso ao sistema nervoso central pela redução do limiar de estímulo e espraiamento da região cortical envolvida no processamento da dor (área receptiva da dor). Um exemplo de sensibilização central é o aparecimento de dor ao tocar a pele do rosto após o término de uma crise de neuralgia do trigêmeo. Sensibilização periférica. A sensibilização periférica desenvolve se no local do estímulo e decorre de alterações dos receptores, cujo resultado é a diminuição do limiar de excitabilidade dos nociceptores Classificação da dor: Fisiológicas: nociceptiva, mista, psicogênica e neuropática. Dor aguda. Uma dor aguda indica que o organismo está sendo agredido ou que sua integridade está em risco. Pode durar de fração de segundo a semanas. Se não for tratada adequadamente, pode se tornar crônica, passando a ser a “doença” do paciente, condição que deve ser abordada de maneira totalmente diferente da dor como “sintoma”. Dor crônica. Considera Se dor crônica a que dura no mínimo 3 meses, mas que pode causar sofrimento por anos, demandando tratamento farmacológico adequado e terapias múltiplas, pois abala os laços familiares, interpessoais, sociais, laborais e educacionais, além de fragilizar afetiva e emocionalmente o paciente (Figura 9.8). O mecanismo que transforma uma dor aguda em crônica é a plasticidade mal adaptativa do sistema nociceptivo. Dor nociceptiva. É causada pela ativação dos nociceptores. A transmissão dos impulsos é conduzida pelas vias nociceptivas até as regiões do sistema nervoso central, onde são interpretados. Dor espontânea (ex. facada) ou evocada( ex. desencadeada por manobras) A dor nociceptiva é percebida simultaneamente com a estimulação provocada pelo fator causal, em geral, facilmente identificado. A remoção da causa quase sempre é acompanhada de alívio imediato da sensação dolorosa 10 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto Dor constante é aquela que ocorre continuamente, podendo variar de intensidade, mas sem desaparecer completamente. Dor intermitente é aquela que ocorre episodicamente, sendo sua frequência e duração bastante variáveis. Em geral, é descrita como dor em choque, aguda, pontada, facada, fisgada. Deve ser diferenciada das exacerbações da dor constante. A dor evocada pode ser desencadeada por manobras como a de Lasègue na ciatalgia, que é a dor provocada pelo estiramento da raiz nervosa, ao se fazer a elevação do membro inferior afetado, estando o indivíduo em decúbito dorsal, ou lavar o rosto e escovar os dentes, no caso de pacientes com neuralgia do trigêmeo. Tipos de dor evocada( alodínia: provocada pela estimulação tátil; hiperpatia: provocada pela estimulação nóxica, repetitiva, de uma área com limiar de excitabilidade aumentado). Dor neuropática. Também denominada dor por lesão neural ou por desaferentação, que é a privação de um neurônio de suas aferências, ou central quando é secundária a lesões do sistema nervoso central. Características da dor neuropática. Pode ser originada em afecções traumáticas, inflamatórias, vasculares, infecciosas, neoplásicas, degenerativas, desmielinizantes e iatrogênicas. Seu início pode coincidir com a atuação do fator causal, porém, mais comumente, ocorre após dias, semanas, meses ou até anos. Em geral, o fator causal não pode ser removido, por ter deixado de agir ou por ser impossível interrompê-lo. Dor mista. É a que decorre por mecanismos nociceptivo ou neuropático, conjuntamente. Ocorre, por exemplo, em certos casos de dor causada por neoplasias malignas. A dor decorre tanto do excessivo estímulo dos nociceptores quanto da destruição das fibras nociceptivas. Dor psicogênica. Toda dor tem um componente emocional associado, o que varia é sua magnitude. A dor denominada psicogênica, porém, é uma condição inteiramente distinta, na qual não há substrato orgânico, sendo gerada por condições emocionais. A dor psicogênica muda de localização sem qualquer razão aparente. Não infrequentemente é possível estabelecer se a concomitância de um evento emocionalmente relevante na vida do paciente, coincidente com o início da dor. Sinais e sintomas de depressão e/ou ansiedade são com frequência identificáveis. As avaliações psiquiátrica e psicológica costumam identificar depressão, ansiedade ou transtorno da dor Com relação às estruturas onde se origina a dor, pode ser classificada em somática (superficial e profunda), visceral e irradiada Dor somática superficial. É a forma de dor nociceptiva provocada pela estimulação de nociceptores do sistema tegumentar. Tende a ser bem localizada e relatada como picada, pontada, queimação, sempre de acordo com o estímulo que a provocou. 11 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto Dor somática profunda. É uma dor nociceptiva decorrente da ativação dos nociceptores de músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulações. Suas principais causas são: estiramento muscular, contração muscular isquêmica, exercício exaustivo prolongado, contusão, ruptura tendinosa e ligamentar, síndrome miofascial, artrite e artrose. É uma dor mais difusa que a dor somática superficial. Sua localização é algo imprecisa, sendo, em geral,descrita como dolorimento, dor surda, dor profunda e, no caso de dor muscular isquêmica, como cãibra. Sua intensidade é proporcional à do estímulo causal, indo de leve a intensa. Dor visceral. É a dor nociceptiva decorrente da estimulação dos nociceptores das vísceras. É profunda e tem características similares às da dor somática profunda, ou seja, é difusa, de difícil localização e descrita como um dolorimento ou dor surda, que tende a se acentuar com a atividade funcional do órgão acometido. Dor referida. Pode ser definida como uma sensação dolorosa superficial percebida distante da estrutura onde se a originou (visceral ou somática) Dor irradiada. Caracteriza-se por ser sentida à distância de sua origem, mas em estruturas inervadas pela raiz nervosa ou em um nervo cuja estimulação é responsável pela dor. Exemplo clássico é a ciatalgia, provocada pela compressão de uma raiz nervosa por hérnia de disco lombar. Decálogo semiológico da dor: Localização, irradiação, qualidade ou caráter, intensidade, duração, evolução, relação com funções orgânicas, fatores desencadeantes ou agravantes, fatores atenuantes e manifestações concomitantes. Todas as características semiológicas são importantes para avaliação clínica da dor, mas em algumas condições, uma ou outra característica destaca-se ao lado das características principais: localização e intensidade. Lembrar que a dor somática superficial tende a ser mais localizada, enquanto a somática profunda e a visceral, assim como a neuropática, tendem a ser mais difusas. Qualidade ou caráter. Para que seja definida a qualidade ou o caráter da dor, solicita-se ao paciente para descrever a sensação que a dor provoca. Intensidade. É um componente relevante da dor. Aliás, é o que costuma ter mais importância para o paciente. Resulta da interpretação global dos seus aspectos sensoriais, emocionais e culturais. Como é uma experiência sensorial subjetiva, a avaliação da intensidade feita pelo paciente é o elemento fundamental desta característica. Fatores desencadeantes ou agravantes. São os fatores que desencadeiam a dor, ou a agravam Fatores atenuantes. São os que aliviam a dor, incluindo funções orgânicas, posturas ou atitudes que protegem a estrutura ou função do órgão onde é originada (atitudes antálgicas), incluindo repouso, distração, 12 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto analgésicos opióides e não opióides, anti inflamatórios hormonais e não hormonais, relaxantes musculares, antidepressivos, anticonvulsivantes, neurolépticos, anestésicos locais, fisioterapia, acupuntura, bloqueios anestésicos, procedimentos cirúrgicos e outras intervenções. Antropometria: IMC : peso/ altura² Baixo peso: menor que 18,5 Eutrófico: 18,5 até 24,99 Circunferência: do braço e prega cutânea para diagnóstico nutricional. A circunferência abdominal mede a gordura visceral que pode ser fator desencadeante de doenças cardiovasculares A circunferência abdominal é medida na expiração. obesidade graus: 1 : 30-35 2 : 35 - 40 3� 40 pra mais em indivíduos normais a taxa varia entre 18,5 e 24,9 e o sobrepeso é classificado entre 25 e 29,9. Distância pubovértice : distância entre a sínfise pubiana e o ponto mais alto da cabeça Distância puboplantar: sínfise púbica até a planta do pé. Peso máximo ideal somam-se 5 a 10% ao peso ideal dependendo do biotipo. Peso mínimo ideal subtraem-se 5 a 10% ao peso ideal dependendo do biótipo. Magreza : constitucional ( traço genético) Patológica( decorrente de uma doença) Caquexia( extrema magreza com comprometimento do estado geral do paciente) Sobrepeso e obesidade Obesidade central ou andróide a gordura se concentra mais no tórax e no abdome ( comum em homens) Obesidade periférica ( comum em mulheres) há deposição de gorduras nas coxas, nádegas e regiões próximas à pelve. Circunferência abdominal: o excesso de gordura abdominal está relacionada com alterações metabólicas (resistência à insulina, diabetes, hipertensão e doença arterial coronariana). Valores normais: Homem - até 102 cm Mulher - até 88cm Relação cintura quadril: circunferência da cintura medida entre o final dos arcos costais e a do quadril. Homens : < 0,9 Mulheres: < 0,8 Exame físico geral: Avaliação do estado geral( bom estado geral, estado geral regular e estado geral ruim). Serve para avaliar o avanço de uma possível doença e serve como um alerta caso o estado não se qualifique com a doença em hipótese. Avaliação do nível de consciência: avaliação neurológica e psiquiátrica. Obnubilado (paciente com distúrbios de ideação e confusão mental). Fatores para o exame de nível de consciência: Perceptividade ( responde a perguntas simples), reatividade(reage a estímulos inespecíficos), deglutição 13 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto (capacidade de comer) e reflexos (resposta de alguns reflexos). Estados do coma: Grau 1� o paciente reage e se comunica. Grau 2� perda de consciência quase total, responde a estímulos dolorosos e seus reflexos se mantêm preservados. Grau 3� perda de consciência completa, comprometimento dos reflexos. Grau 4� comprometimento de sinais vitais como apneia, ventilação por respiradores artificiais… Fala e linguagem: a fala é importante para compreender determinadas situações dos pacientes. Alterações na fala: Disfonia ou afonía: alteração na voz devido a algum problema no órgão fonador( rouquidão, fanhosa). Dislalia: alterações menores na fala como ocorre em crianças. Disartria: alterações nos músculos da fonação ou perda do controle piramidal. Parâmetros para avaliar estado de hidratação: alteração abrupta de peso, de pele, mucosas, oculares e estado geral. Desidratação é caracterizada por: sede, pele e mucosas secas, estado geral comprometido, excitação psíquica ou abatimento. Leve: paciente alerta, com olhos normais ou pouco fundos, sinal da prega ausente. Em lactantes fontanelas normais ou pouco fundas. Moderada: paciente irritado, olhos fundos, sinal da prega discreto Grave: sinal da prega acentuado, boca seca sem saliva. Em lactantes há fontanela funda e choro sem lágrimas. De acordo com a perda de peso: 1 grau perda de até 5% 2 grau de 5 a 10% 3 grau acima de 10% De acordo com a osmolaridade do sangue: isotônica : sódio entre 130-150 mEq/L Hipotônica: sódio está abaixo de 130 Hipertônica: quando está acima de 150 Fácies: Normal ou atípica: fácies sem nenhuma alteração, comum. Hipocrática: olhos fundos e inexpressivos, comparada a face da morte. Palidez, e caracteriza doenças em seu estado terminal. Renal: Edema predominante ao redor dos olhos. Caracteriza doenças que acometem os rins como síndrome nefrótica . Leonina: apresenta lesões do mal de Hansen. Pele espessa, com lepromas, 14 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto (lembra a coisa do quarteto fantástico), lábios grossos, falta sobrancelha. Caracteriza a hanseníase. Adenoideana: nariz pequeno, boca entreaberta. Aparece em indivíduos portadores de hipertrofia das adenoides Parkinsoniana: lembra uma máscara, a cabeça é um pouco inclinada para frente, o olhar é fixo, a fronte enrugada. Observada na doença de mesmo nome. Basedowiana: olhos salientes e brilhantes, destacados nos rosto magro, aspecto de espanto ou ansiedade. Caracteriza a doença bócio. Mixedematosa: rosto arredondado, lábios e nariz grossos, expressão fisionômica de desânimo e apatia. Comum no hipotireoidismo. 15 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto Acromegalia: Conjunto de estruturas hipertrofiadas, cujos olhos parecem pequenos. Lua cheia ou cushingóide: rosto arredondado, com acne. Pode ocorrer em pacientes que usam corticoides ou em casos da síndrome Cushing. Síndrome de Down: Olhos oblíquos ou amendoados, distantes um do outro, rosto arredondado, cabelo fino, boca entreaberta. pseudobulbar : paralisia pseudobulbar, tem como principal característica crises de choro ou riso involuntárias. Paralisia facial periférica: comum, chama atenção a assimetria da face, como se parte desta estivesse congelada. Miastênica ( Hutchinson): ptose palpebral, compromete músculos da pálpebra superior. 16ma ria na F. B. - p ass ei dir eto Etílica: olhos avermelhados, com rubor, hálito etílico, voz pastosa e sorriso indefinido. Esclerodérmica: "fáceis de múmia" , quase completa imobilidade facial. Posturas: Ortopnéica: posição que o paciente adota para aliviar a falta de ar, decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica ou ascite volumosa. Ele permanece sentado à beira do leito com os pés no chão ou em uma banqueta, e as mãos apoiadas no colchão para facilitar a respiração, que se faz com dificuldade. Nos pacientes em estado grave, costuma se ver uma posição ortopneica diferente: o paciente permanece deitado com os pés estendidos ao longo da cama, mas recostar se com a ajuda de dois ou mais travesseiros, na tentativa de colocar o tórax o mais ereto possível. Genupeitoral:Na atitude genupeitoral (ou de “prece maometana”), o paciente posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax (peito) põe-se em contato com o solo ou colchão. O rosto descansa sobre as mãos, que ficam apoiadas no solo ou no colchão. Essa posição facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico. Cócoras: A posição de cócoras (squatting, em inglês) é observada em crianças com cardiopatia congênita cianótica (tetralogia de Fallot, por exemplo). Os pacientes descobrem, instintivamente, que esta posição proporciona algum alívio da hipoxia generalizada, que acompanha essas cardiopatias, em decorrência da diminuição do retorno venoso para o 17 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto coração Parkinsoniana: O paciente com doença de Parkinson, ao se pôr de pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores e, ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade Decúbito: A palavra decúbito significa “posição de quem está deitado”. Decúbito preferido, portanto, indica como o paciente prefere ficar no leito, desde que o faça conscientemente, seja por hábito, seja para obter alívio de algum padecimento. ■ Decúbito lateral (direito e esquerdo): é uma posição que costuma ser adotada quando há uma dor de origem pleurítica. Por meio dela, o paciente reduz a movimentação dos folhetos pleurais do lado sobre o qual repousa. Ele se deita sobre o lado da dor ■ Decúbito dorsal: com pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia, é observado nos processos inflamatórios pelviperitonais Marchas: Marcha de pequenos passos: A característica principal é a diminuição do comprimento da passada, com deslocamento anterior do corpo e diminuição da potência no final do apoio. Traduz perda da plasticidade das estruturas cerebrais que comandam a deambulação. Observa- se neste tipo de marcha uma tendência a quedas (ver Causas: Senilidade, doença de Alzheimer. Marcha ceifante ou hemiplégica: Caracteriza-se pela incapacidade de aumentar a velocidade de locomoção ou de adaptar-se às irregularidades do solo, além da dificuldade de elevar o pé durante a caminhada. Ao andar o paciente levanta o membro afetado, inicialmente para fora, depois para frente, executando um movimento ao redor da coxa, como se ceifasse algo no chão. A oscilação dos braços está comprometida. Causa: Acidente vascular encefálico (AVE). Marcha atáxica: Há três tipos: ataxia sensorial, labiríntica (vestibular) e cerebelar. Estão afetados o controle 18 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto postural e a coordenação dos movimentos. Ao andar observa se falta de equilíbrio, o paciente caminha cambaleando, como se fosse cair. Anda batendo o pé, alargando a base e mantendo os olhos fixos no chão. Causas: Esclerose múltipla, ataxia de Friedreich, polineuropatía periférica (diabética e alcoólica), lesões cerebelares. Marcha propulsiva : Ao caminhar o paciente adota uma postura rígida com a cabeça e o pescoço encurvados para a frente, enquanto os braços permanecem estendidos e imobilizados, rentes ao corpo, e os quadris e os joelhos ficam semi encurvados. Ao andar, o centro de gravidade do corpo desloca-se para frente, prejudicando o equilíbrio, o que obriga o paciente a dar passos curtos, cada vez mais rápidos, com aceleração involuntária da deambulação. Deve ser diferenciada da marcha de pequenos passos. Causas: Doença de Parkinson, esclerose múltipla. Marcha tabética ou talonante. A marcha é realizada com a base alargada e o olhar fixo no chão, em função da perda da noção de proximidade do solo em relação aos pés. Os pés são arremessados para diante e batem com força no chão. Os calcanhares tocam o solo pesadamente. Decorrem de lesão do cordão posterior da medula ou da inervação periférica. Causas: Neurossífilis (tabes dorsalis), polineuropatia periférica. Marcha espástica ou em tesoura:Uma das pernas fica esticada com flexão plantar do pé enquanto um dos braços permanece imóvel e próximo ao corpo (hemiparesia espástica). Quando bilateral, os dois membros inferiores, enrijecidos e espásticos, permanecem semifletidos. Ao caminhar os pés se arrastam e as pernas se cruzam, em um movimento que lembra o funcionamento de uma tesoura. Causas: Esclerose múltipla, encefalopatia crônica da infância. Marcha anserina. Quando o paciente dá o passo o quadril oposto cai, em virtude de fraqueza dos músculos da cintura pélvica. Causa: Distrofia muscular. Marcha claudicante. Para aliviar o peso sobre um dos membros inferiores, o paciente modifica a marcha, ficando uma perna com movimentação normal, enquanto a outra toca com menos força no chão. Causas: Afecções articulares, musculares ou ósseas que se acompanham de dor. Edema: excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das células ( aumento da permeabilidade capilar, aumento da pressão hidrostática, obstrução dos vasos linfáticos, retenção de sódio) Localização: localizado ( restrito a uma parte do corpo, sua principal causa é varizes, trombose venosa,postura, processos inflamatórios..) Generalizado(face e pré-saca) Intensidade: refere-se a profundidade da fóvea graduada de 1 a 4 cruzes Consistência: Mole: duração não longa com tecido subcutâneo infiltrado de água. 19 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto Duro: apresenta maior resistência para a formação de fóvea, edemas de longa duração ou decorrentes de surtos inflamatórios. Elasticidade: elástico: fóvea perdura por pouco tempo, típico de edemas inflamatórios. inelástico: pele comprimida demora a voltar. Temperatura: Normal, quente (edema inflamatório) e fria(comprometimento da irrigação sanguínea) Sensibilidade, edemas inflamatórios costumam ser dolorosos. Mudanças de coloração: a pele fica avermelhada em edemas com processo inflamatório e pálida quando há transtornos de irrigação sanguínea. fisiopatologia dos edemas: principalmente retenção de sódio e água, edema renal(aumento da permeabilidade capilar), por insuficiência cardíaca congestiva Linfonodos: São palpáveis nas regiões da cabeça e no pescoço ( auriculares, submandibulares, cervicais e supraclaviculares). Eles também são palpáveis na axila e na virilha. Possuem como fatores de observação: localização, tamanho, número, superficial ou profundo, móvel ou fixo, tamanho, sensibilidade e consistência. Sinais vitais: temperatura axilar entre 35,5 e 37° Febre: prolongada: dura por + de uma semana, contínua: permanece sempre acima do normal sem oscilações, irregular ou séptica: picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou períodos de apirexia, não há qualquer caráter cíclico nestas variações. remitente: hipertermia diária, sem períodos de apirexia (ausência de febre). Intermitente: Hipertermia com períodos de temperatura normal. Recorrente: período de temperatura normal que são interrompidos ao longo de semanas por períodos de febre. Término da febre: Crise: a febre desaparece subitamente Lise: a febre vai abaixando gradualmente. Pulso: ritmo, amplitude, frequência, simetria.. 20 ma ria na F. B. - p ass ei dir eto pode ser medido: temporal, carotídeo, axilar, braquial, radial, ulnar, femoral… Deve ser medido durante um minuto. Taquicardia: acima de 100bpm Bradicardia:abaixo de 60 bpm Normal para adultos: 60 a 99 bpm recém nascidos até 4 anos : > 160 bpm 4 a 7 anos: >140 bpm 7 - 12 anos: >120 bpm Frequência respiratória: normal: entre 12 e 20 rpm Taquipneia: > 20 rpm Bradipnéia: < 12 rpm Eupnéia: faixa normal As partes marcadas de laranja são referentes aos conteúdos mais importantes dos parágrafos e as em verde estão relacionadas com as questões de provas de faculdades. 21
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