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FENILCETONÚRIA

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FENILCETONÚRIA
A fenilcetonúria (FNC) é um erro inato do metabolismo, mais especificamente no metabolismo de aminoácidos, sendo uma doença de herança genética com característica autossômica recessiva. A modificação da sequência de bases do DNA (ácido desoxirribonucleico) ocasiona mutações gênicas, sendo que as aminoacidopatias (erros inatos do metabolismo de aminoácidos) são consequências dessas mutações.
Na fenilcetonúria, o metabolismo da FAL é prejudicado pela falta da enzima, assim a via metabólica normal não ocorre de maneira correta impedindo o metabolismo da tirosina e do triptofano, além de prejudicar a formação de melanina, serotonina, catecolaminas e outros neurotransmissores. Outro prejuízo da hiperfenilalaninemia é o acúmulo de FAL nos tecidos, originando outros compostos, como o ácido fenilpirúvico, presente em grandes quantidades na urina, deixando-a com um cheiro muito forte e estranho.
A FNC é a mais comum e mais grave das hiperfenilalaninemias, que resultam do comprometimento da conversão de FAL em tirosina, estando à falta de tratamento adequado associada com alto risco para alteração do desenvolvimento cognitivo. O tratamento da FNC baseia-se na dieta restrita em FAL, e no uso de fórmula metabólica rica em aminoácidos, porém isenta de FAL. Por meio deste tratamento, os níveis de FAL no sangue tendem a diminuir, evitando-se o dano neurológico nos pacientes que têm diagnóstico precoce, e mantendo-se o consumo satisfatório de proteínas de modo a atender as necessidades de crescimento do paciente. O diagnóstico e o início de tratamento precoces resultam num desenvolvimento intelectual normal, havendo uma relação inversa entre o Quociente Intelectual (QI) da criança e a idade de início do tratamento do fenilcetonúrico.
HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO
O hipotireoidismo congênito (HC) é causado pela produção insuficiente dos hormônios tireoide-anos devido à malformação da glândula tireóide ou alteração na biossíntese hormonal. É detectado em 1:4000 recém-nascidos e se tratado precocemente torna-se uma das poucas causas de retardo mental passível de prevenção. Durante a vida fetal e ao longo dos primeiros anos de vida, os hormônios tireoidianos exercem grande influência no desenvolvimento do sistema nervoso. O desenvolvimento das habilidades cognitivas dos indivíduos diagnosticados com HC depende principalmente da precocidade do início do tratamento e adequação ao mesmo, além da gravidade da alteração metabólica. Crianças tratadas tardiamente, sem controle hormonal e acompanhamento multidisciplinar adequados, tendem a apresentar alterações nas habilidades globais do desenvolvimento, ou seja, nas habilidades motoras, cognitivas, linguísticas, sociais e de autocuidados além de retardo mental. A Triagem Neonatal (TN), também conhecida como Teste do Pezinho, detecta o HC e outras alterações congênitas do metabolismo. Deve ser realizada entre o terceiro e sétimo dia após o nascimento, permitindo o início do tratamento dentro do primeiro mês de vida e, consequentemente, a prevenção das sequelas nas habilidades do desenvolvimento.
Doenças Falciformes (DF) e outras Hemoglobinopatias
A Doença Falciforme é uma afecção genética com padrão de herança autossômico recessivo, causada por um defeito na estrutura da cadeia beta da hemoglobina, que leva as hemácias a assumirem forma de lua minguante, quando exposta a determinadas condições como febre alta, baixa tensão de oxigênio, infecções etc. As alterações genéticas (mutação) nessa proteína (hemoglobina) são transmitidas de geração em geração (padrão de herança familiar).
Padrão: a hemoglobina padrão em humanos adultos é chamada de hemoglobina A (Hb A) - padrão Hb AA. A hemoglobina padrão em humanos recém-nascidos é a hemoglobina Fetal (Hb F) - padrão Hb FA. 
Hemoglobinopatias: As hemoglobinopatias podem ser resultantes de mutações que afetam os genes reguladores promovendo um desequilíbrio no conteúdo quantitativo das cadeias polipeptídicas e consequentemente nos tipos normais de hemoglobina, causando as talassemias. Também pode ser originadas de alterações envolvendo genes estruturais que promovem a formação de moléculas de hemoglobinas com características bioquímicas diferentes das hemoglobinas normais, denominadas hemoglobinas variantes. As hemoglobinas variantes mais frequentes são a hemoglobina S (Hb S) e hemoglobina C (Hb C).
O indivíduo heterozigoto para Hb S é popularmente conhecido como “traço falcêmico” ou “traço falciforme” (Hb AS). Poderão também ser identificadas outras hemoglobinas variantes (Hb D, Hb E, Hb Hasharon, etc.) com ou sem significado clínico. Nos procedimentos de triagem neonatal em recém-nascidos, é possível identificar de forma diferenciada os indivíduos heterozigotos (Hb FAS) dos indivíduos homozigotos, ou seja, doentes (Hb FS).
O termo doença falciforme (DF) é usado para definir as hemoglobinopatias, nas quais, o fenótipo predominante é o da Hb S, mesmo quando associada a outra hemoglobina variante (Hb Var). Os tipos de DF mais frequentes são Hb SS, a Hb S-beta Talassemia e as duplas heterozigoses Hb SC e Hb SD. Essas variações causadas por heterozigoses compostas podem apresentar quadros clínicos variados.
O paciente afetado apresenta as seguintes alterações clínicas: anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral, maior susceptibilidade a infecções e sequestro esplênico. Podem ocorrer também alterações no desenvolvimento neurológico, com provável etiologia vaso-oclusiva de sistema nervoso central.
Fibrose cística
Fibrose Cística (FC), também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose, é uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. Atinge cerca de 70 mil pessoas em todo mundo, e é a doença genética grave mais comum da infância. Um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem com que o corpo produza muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual. O muco espesso leva ao acúmulo de bactéria e germes nas vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite, trazendo danos aos pulmões. Esse muco também pode bloquear o trato digestório e o pâncreas, o que impede que enzimas digestivas cheguem ao intestino. O corpo precisa dessas enzimas para digerir e aproveitar os nutrientes dos alimentos, essencial para o desenvolvimento e saúde do ser humano. Pessoas com fibrose cística frequentemente precisam repor essas enzimas através de medicamentos tomados junto às refeições, como forma de auxílio na digestão e nutrição apropriadas.
Sintomas:
Os sintomas da fibrose cística e sua gravidade são diferentes para cada pessoa. Pesquisas recentes mostram que parte dos sintomas está baseada no tipo de defeito genético ou mutação que o gene tem. Há mais de mil tipos diferentes de mutação para esse gene.
Via de regra, os sintomas estão ligados ao que a secreção mais espessa causa no organismo. Por exemplo, quando a secreção fica acumulada nos pulmões, pode gerar tosse crônica, pneumonias de repetição, infecções, inflamações e, quando expectorada, nota-se um aspecto de “chiclete”, muito mais espessa que o normal.
Quando a pessoa com FC também tem problemas pancreáticos, torna-se ainda mais difícil absorver as gorduras e nutrientes necessários para o crescimento, gerando sintomas como diarreia (geralmente volumosas, com odor fétido), e dificuldade para ganhar peso e estatura.
Sintomas mais comuns:
–pele/suor de sabor muito salgado;
– tosse persistente, muitas vezes com catarro;
– infecções pulmonares frequentes, como pneumonia e bronquite;
– chiados no peito ou falta de fôlego;
– baixo crescimento ou pouco ganho de peso, apesar de bom apetite;
– diarreia;
– surgimento de pólipos nasais;
– baquetamento digital (alongamento e arredondamento na ponta dos dedos).
Diagnóstico:
A FC pode ser identificada no Teste do Pezinho e diagnosticada através de exames genéticos ou do Teste do Suor.
Tratamento:
Todo o tratamento deverá ter acompanhamento médico e especializado evaria de acordo com a gravidade da doença e com a forma como ela se manifesta. Porém, a maioria dos tratamentos é projetada para tratar problemas digestivos e para limpeza dos pulmões. É composto por:
– ingestão de enzimas digestivas para a alimentação;
– suporte nutricional;
– medicamentos broncodilatadores, antibióticos, anti-inflamatórios;
– fisioterapia respiratória;
– atividade física;
– acompanhamento multidisciplinar frequente.
Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) ou Hiperplasia Congênita da Supra-renal
As glândulas supra-renais, que recebem este nome porque se localizam acima de cada um dos rins, produzem diversos hormônios essenciais para o organismo.
A denominação hiperplasia adrenal congênita (HAC) engloba um conjunto de síndromes transmitidas de forma autossômica recessiva, que se caracterizam por diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides adrenais.
O diagnóstico presuntivo da HAC na triagem neonatal é realizado pela quantificação da 17-hidroxi-progesterona (17-OHP), seguido de testes confirmatórios no soro.
As manifestações clínicas na HAC dependem da enzima envolvida e do grau de deficiência enzimática (total ou parcial). A apresentação clínica pode se expressar por insuficiência glicocorticoide, insuficiência mineralocorticoide, excesso de andrógenos ou ainda por insuficiência de andrógenos.
Na deficiência da 21-hidroxilase existe um espectro de manifestações clínicas, que podem ser divididas em três formas: forma clássica perdedora de sal, forma clássica não perdedora de sal e forma não clássica.
A deficiência enzimática mais frequente é a da 21-hidroxilase. Quando isso acontece, o cortisol é o hormônio que se torna deficiente e os hormônios andrógenos (masculinizantes) aumentam seus níveis. Em meninas, isso pode levar ao aparecimento de caracteres sexuais masculinos (pêlos, aumento do clitóris) e, em ambos os sexos, pode levar ou não a uma perda acentuada de sal e ao óbito. 
O tratamento com corticoides pode reverter estes quadros, quando instituído precocemente. No caso da perda de sal, o tratamento requer a administração de hormônios mineralocorticoides com a máxima urgência.
A suplementação de cortisona provoca a diminuição da síntese de hormônios androgênicos, relacionados à virilização. Medidas cirúrgicas auxiliam a recompor o aspecto anatômico da genitália nas meninas afetadas. Na forma perdedora de sal, a administração de mineralocorticoides deve ser continuamente monitorizada. O tratamento deve ser feito precocemente e por toda a vida.
Pacientes assintomáticos com HAC forma não clássica não necessitam de tratamento. Para pacientes do sexo feminino com hiperandrogenismo, além da reposição hormonal com baixas doses de glicocorticoide, deve ser seguido o tratamento proposto no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Síndrome dos Ovários Policísticos e Hirsutismo.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram o padrão de crescimento podendo normalizá-lo na maior parte dos casos.O tratamento deve ser contínuo ao longo da vida. O intervalo entre consultas, levando em consideração os dados clínicos e a realização de exames laboratoriais, deve seguir o que foi sugerido pelo especialista.
Deficiência de Biotinidase (DB)
A deficiência de biotinidase (DBT) é um erro inato do metabolismo, de origem genética e herança autossômica recessiva, que consiste na deficiência da enzima biotinidase, responsável pela absorção e regeneração orgânica da biotina, uma vitamina existente nos alimentos que compõem a dieta normal, indispensável para a atividade de diversas enzimas.As reações químicas que ocorrem dentro do nosso organismo permitem que alimentos sejam processados ou metabolizados para serem utilizados. As enzimas são proteínas especiais produzidas pelo organismo para permitirem que as reações químicas ocorram. Algumas enzimas precisam de vitaminas para ser ativadas. Às vezes o organismo não produz uma determinada enzima em quantidade suficiente ou a enzima que é fabricada não trabalha adequadamente. Isto faz com que a enzima tenha uma redução da sua atividade e não funcione como deveria. Outras reações químicas que dependem desta enzima também podem ficar prejudicadas. Se a atividade da enzima é inferior a 10% de sua atividade normal ela é considerada deficiente. Normalmente deficiências enzimáticas acarretam problemas médicos.
Assim, como a maioria dos erros inatos do metabolismo, a deficiência de biotinidase, de herança autossômica recessiva, apresenta mais de 140 mutações descritas.
Classificação:
a) deficiência profunda de biotinidase;
b) deficiência parcial de biotinidase;
c) sem deficiência de biotinidase.
Clinicamente esta doença manifesta-se a partir da sétima semana de vida com distúrbios neurológicos e cutâneos tais como crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopecia e dermatite eczematoide. Nos pacientes com diagnóstico tardio observam-se, distúrbios visuais, auditivos, assim como, atraso motor e de linguagem.
Pacientes diagnosticados em período sintomático, frequentemente apresentam atraso do desenvolvimento e risco de desenvolverem sequelas auditiva, visual e de funções nervosas superiores irreversíveis, ao contrário do que se observou nos pacientes diagnosticados no período neonatal.
Os pacientes com testes de triagem alterados (parcial ou total), identificados pela análise da enzima biotina, serão classificados como suspeitos até a confirmação ou não do diagnóstico, que será estabelecido a partir do teste quantitativo da atividade de biotinidase, podendo ser complementado com estudo genético-molecular.
O tratamento medicamentoso é muito simples, de baixo custo e consiste na utilização de biotina (vitamina H) em doses diárias de acordo com a subclassificação da deficiência de biotina, baseada no teste quantitativo.
Toxoplasmose congênita
A toxoplasmose congênita é uma doença infecciosa que resulta da transferência transplacentária do Toxoplasma gondii para o concepto, decorrente de infecção primária da mãe durante a gestação ou próxima à concepção, reativação de infecção prévia em mães imunodeprimidas, ou decorrente de reinfecção de uma gestante anteriormente imune com uma nova cepa devido à ingestão de alimentos onde amostras mais virulentas são predominantes.
QUADRO CLÍNICO – Cerca de 70% dos RN com infecção congênita são assintomáticos ao nascimento e, aproximadamente 10% do total de crianças acometidas têm manifestações graves nos primeiros dias de vida, apresentando-se com doença multissistêmica ou com acometimento do sistema nervoso, associado ou não à forma ocular. Pode ocorrer sobreposição das apresentações clínicas, ao lado de manifestações inespecíficas.
A doença congênita com manifestação predominantemente neurológica apresenta-se com coriorretinite, hidrocefalia, meningoencefalite, calcificações cranianas, convulsões anemia, icterícia, febre e menos frequentemente, esplenomegalia, linfoadenomegalia, hepatomegalia, microcefalia, vômitos, diarreia, catarata, eosinofilia, diátese hemorrágica, hipotermia, glaucoma, atrofia óptica, microftalmia, rash e pneumonia.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – Exames laboratoriais, de imagem, entre outros são utilizados no diagnóstico da Toxoplasmose congênita. O diagnóstico laboratorial no RN deve ser feito com a aglutinação (ISAGA), exame que apresenta sensibilidade de 75% a 80%, o que gera um percentual de 15% a 30% de RN sem confirmação diagnóstica.
De qualquer forma, é mais sensível e específico que ELISA IgM (sensibilidade de 29,3%) e IFI IgM. Se não houver disponibilidade em realizar a Aglutinação, deve-se solicitar ELISA IgM por captura - mais sensível que o IgM simples, e o ELISA IgG quantitativo, do binômio; ou ainda, IFI com IgG seriada. RN sintomáticos e/ou assintomáticos com exames laboratoriais confirmatórios de infecção pelo Toxoplasma gondii devem ser tratados preferencialmente a partir da primeira semana de vida.
NOTIFICAÇÃO – O documento da SBP destaca ainda que nos países com medidas de prevenção efetivas tem ocorrido impacto importantena redução da incidência da infecção congênita. A Notificação Compulsória da toxoplasmose aguda gestacional e congênita, por meio da Portaria nº 2.472/ 2010, torna-se um instrumento importante para a implantação de Programa Nacional de Prevenção e Controle da Toxoplasmose, infecção tão danosa ao concepto. Fundamental que a gestante faça o número adequado das consultas pré-natais com o obstetra e uma consulta pré-natal com o pediatra.
· II – 2º ETAPA
Galactosemia
A galactosemia (nível elevado de galactose no sangue) é um distúrbio do metabolismo de carboidratos que é causado pela falta de uma das enzimas necessárias para metabolizar a galactose, um tipo de açúcar que forma um açúcar mais complexo denominado lactose (o açúcar do leite). Um metabólito tóxico para o fígado e para os rins se acumula. O metabólito também danifica o cristalino, causando catarata. A galactosemia ocorre quando os pais transmitem aos filhos um gene defeituoso que causa esse distúrbio.
A galactosemia é causada pela falta de uma das enzimas necessárias para metabolizar o açúcar do leite.
Os sintomas incluem vômitos, icterícia, diarreia e crescimento anormal.
O diagnóstico toma por base exames de sangue e de urina.
Mesmo com tratamento adequado, a criança afetada ainda desenvolve problemas mentais e físicos.
O tratamento envolve eliminação completa do leite e de produtos lácteos da dieta.
Galactose é um tipo de açúcar presente no leite, como parte da lactose, e em algumas frutas e verduras. A deficiência de uma determinada enzima pode alterar a decomposição (metabolização) da galactose, que pode dar origem a níveis elevados de galactose no sangue (galactosemia). Há diferentes formas de galactosemia, mas a mais comum e a mais grave é chamada galactosemia clássica.
Existem diferentes tipos de doenças hereditárias. Na galactosemia, ambos os pais da criança afetada carregam uma cópia do gene anormal. Como, em geral, são necessárias duas cópias do gene anormal para o distúrbio ocorrer, é comum que nenhum dos pais apresente o distúrbio. (Consulte também Considerações gerais sobre distúrbios metabólicos hereditários.)
Sintomas de galactosemia
O recém-nascido com galactosemia inicialmente tem um aspecto normal, mas depois de alguns dias ou semanas consumindo o leite materno ou fórmula láctea contendo lactose, ele perde o apetite, vomita, desenvolve icterícia, tem diarreia e para de crescer normalmente. O funcionamento dos glóbulos brancos é afetado e podem ocorrer infecções graves.
Muitas crianças também têm catarata. As meninas apresentam, com frequência, ovários que não funcionam e somente algumas conseguem conceber naturalmente. Contudo, os meninos têm função testicular normal.
Se o tratamento for adiado, a criança afetada permanece com baixa estatura e apresenta deficiência intelectual ou pode morrer. Tratamento de galactosemia : Eliminar a galactose da dieta
Aminoacidopatias
As aminoacidopatias são erros inatos do metabolismo ou transporte dos aminoácidos São caracterizados bioquimicamente pelo acúmulo de aminoácidos em diferentes tecidos e clinicamente por encefalopatia progressiva, retardo mental, convulsões, distúrbios do comportamento e outros sintomas.
Distúrbios da oxidação dos ácidos graxos
Os distúrbios da oxidação dos ácidos graxos (DOAG) são deficiências genéticas metabólicas nas quais o organismo é incapaz de oxidar os ácidos graxos para produzir energia, devido à ausência ou mau funcionamento de uma enzima específica.
Os sintomas da deficiência de MCAD geralmente surgem depois dos dois a três meses de idade. A criança terá mais propensão de desenvolver os sintomas caso fique sem comer por algum período (o que esgota outras fontes de energia) ou tenha um aumento da necessidade de calorias devido a exercícios ou doença. Ocorre uma queda significativa no nível de açúcar (glucose) no sangue (hipoglicemia), o que causa confusão ou coma. A criança fica fraca e pode ter vômitos ou convulsões. Em longo prazo, a criança apresenta atraso do desenvolvimento mental e físico, aumento do tamanho do fígado, fraqueza no músculo cardíaco e arritmias. Pode ocorrer morte súbita.
III- 3 º ETAPADoenças Lisossômicas
As doenças lisossômicas são um grupo de doenças onde há acúmulo progressivo de substâncias não metabolizadas no interior do lisossomo, importante organela celular, geralmente por deficiência enzimática. Este acúmulo não somente influencia mecanicamente as células e tecidos, como também prejudica o funcionamento celular habitual. Geralmente são doenças crônicas que apresentam comprometimento multissistêmico. 
IV- 4º ETAPA Imunodeficiências
Imunodeficiências estão associadas com ou predispõem os pacientes a várias complicações, como infecções, doenças autoimunes, linfomas e outros tipos de câncer. Imunodeficiências primárias são geneticamente determinadas e podem ser hereditárias; imunodeficiências secundárias são adquiridas e muito mais comuns. Poder contar com a triagem de algumas doenças lisossômicas no Teste do Pezinho é um ganho significativo na qualidade de vida futura de determinados recém-nascidos. Como constituintes deste grupo temos a Doença de Gaucher, Doença de Pompe, Doença de Fabry e Mucopolissacaridose Tipo 1.
As imunodeficiências primárias são classificadas pelo componente principal do sistema imunitário que está deficiente, ausente ou defeituoso:
· Imunidade humoral
· Imunidade celular
· Imunidade humoral e celular combinada
· Células fagocíticas
· Proteínas do sistema complemento
As síndromes de imunodeficiência primária são imunodeficiências geneticamente determinadas com defeitos imunitáros e não imunitáros. As manifestações não imunitárias são reconhecidas mais facilmente do que as de imunodeficiências. Exemplos são ataxia-telangiectasia, hipoplasia da cartilagem e pilosa, síndrome de DiGeorge, síndrome de hiper-IgE e síndrome de Wiskott-Aldrich. Apesar de ter alguma imunodeficiência, alguns pacientes também apresentam doenças autoimunes.
V- 5º ETAPA Atrofia Muscular Espinhal (AME)?
A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença rara, degenerativa, passada de pais para filhos e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover.
Varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas. 
Até o momento, não há cura para a Atrofia Muscular Espinhal (AME).
Quais são os sintomas da Atrofia Muscular Espinhal (AME)?
Os neurônios motores morrem devido à falta da proteína e os pacientes vão, pouco a pouco, sentindo os sinais e sintomas da doença, que pode levar à morte.
Os principais sinais e sintomas da AME são:
	· perda do controle e forças musculares;
· incapacidade/dificuldade de movimentos e locomoção;
· incapacidade/dificuldade de engolir;
· incapacidade/dificuldade de segurar a cabeça.
· incapacidade/dificuldade de respirar;

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