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Tema 1 - Conceituando as
Metodologias Ativas
Metodologias Ativas de aprendizagem são processos amplos, que
possuem como principal característica a inserção do estudante como
agente principal, responsável pela sua aprendizagem, onde as ações
desenvolvidas necessitam que o estudante se comprometa com seu
aprendizado (BACICH; MORAN, 2018).
O principal objetivo destes tipos de metodologias de ensino é incentivar os
alunos para que aprendam de forma autônoma e participativa, sempre que
possível a partir de problemas e situações reais. A proposta é que o
estudante esteja no centro do processo de aprendizagem, participando
ativamente e sendo responsável pela construção do seu conhecimento.
Segundo Moran (2020) as escolas estão optando por modelos centrados
em aprender ativamente com problemas reais, desafios relevantes, jogos,
atividades e leituras. Para o autor deve-se combinar tempos individuais e
tempos coletivos de trabalho, salientando a importância do trabalho
colaborativo e com o protagonismo dos estudantes.
O papel do professor deve ser de um orientador de trabalhos, deve agir
como mediador do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes,
deixando de ser o que transmite o conhecimento e sim, o que orienta na
resolução das atividades. A principal ação do professor, ao utilizar
metodologias ativas, deve ser o planejamento didático com o objetivo que
os alunos sejam agentes do seu aprender e foco esteja no
desenvolvimento de competências importantes para o estudante atuar no
1
mundo contemporâneo. Neste sentido, a
escolha de tarefas, ou conjunto de tarefas
adequadas é a principal ação do
professor. O planejamento didático do professor, deve ser centrado na
escolha de tarefas (atividades didáticas) que primem na ação dos
estudantes, com o trabalho em grupos, onde a discussão, a investigação,
a reflexão e a apresentação dos resultados encontrados sejam etapas do
planejamento do professor.
Os benefícios de trabalhar com as
metodologias ativas são muitos, o
principal é a transformação na
forma de conceber o aprendizado,
ao proporcionar que o aluno pense
de maneira diferente do habitual e
desenvolva competências que o
habilitem a resolverem problemas, conectando ideias que, em princípio,
parecem desconectadas. Ou seja, o principal objetivo é que o professor
consiga desenvolver a criatividade dos estudantes e que os estudantes
consigam resolver problemas ligando o conhecimento adquirido com a
criatividade. Salienta-se que conhecimento é fundamental para que o
estudante resolva problemas com criatividade. Logo, esse conhecimento
deve estar integrado com a prática e com a resolução de problemas, com
o estudo de casos. O objetivo é que os estudantes consigam relacionar a
teoria com a prática.
As metodologias ativas fogem totalmente do ensino tradicional. Nessa
abordagem, o conteúdo é planejado para tirar o aluno da passividade,
trazendo-o para o centro do processo de aprendizagem. Além disso,
2
permitir o protagonismo do estudante
colabora para que o aprendizado seja
significativo, ou seja, faça sentido para os
estudantes. A seguir apresenta-se na Figura 1, etapas usualmente
utilizadas para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem
em uma abordagem tradicional.
Figura 1 – Ensino Tradicional
O professor é o centro do processo, ele é o que desenvolve o conteúdo, o
detentor do saber. O aluno é passivo (deve prestar atenção e seguir os
passos da aula conforme o professor orienta), resolvendo exercícios de
acordo com os exemplos que o professor apresenta. Os conceitos são
apresentados no início das explicações, de maneira formalizada, depois o
professor apresenta exemplos de aplicação e os estudantes devem
resolver exercícios de acordo com os exemplos apresentados pelo
professor. E, somente no final do processo, é que são trabalhados
3
problemas de aplicação. Nesse tipo de
método, o que se observou é que o
estudante não conseguia aplicar o
conhecimento desenvolvido em situações problemas e, dessa forma,
apresentava dificuldades na resolução de situações problemas que
exigiam a aplicação dos conhecimentos desenvolvidos.
A seguir apresentam-se, na figura 2, os modelos para o desenvolvimento
do processo de ensino e aprendizagem no método Construtivista e no
método chamado alternativo (por projetos de pesquisa ou projetos de
trabalho).
Figura 2 - Modelo Construtivista de Ensino
É importante compreender que o processo de ensinar não inicia de forma
formal, com explicação do conteúdo, e sim, com uma situação que levem
os estudantes à reflexão e discussão de uma situação nova, investigando
formas de solucioná-la com os conhecimentos que já possuem, criando,
4
também, a necessidade de buscar novos
conceitos ainda não assimilados, por meio
da investigação e da discussão entre os
pares.
O ensino construtivista de educação é um método que tenta substituir o
ensino expositivo pela provocação do raciocínio, visando a construção,
pelo aluno, de estruturas mentais, capazes de resolver problemas e de
criar seus próprios instrumentos de raciocínio.
O importante é que o estudante se depare com uma situação que o leve a
reflexão, discussão com seus pares, investigação do que ainda não tenha
certeza. A troca de opiniões, fundamentadas no conhecimento científico,
leva a novas conclusões e no desenvolvimento de competências
fundamentais para a aprendizagem. Na Figura 3 apresenta-se o modelo
por projetos de trabalho, método recomendado na Base Nacional Comum
Curricular (BNCC).
Figura 3 – Modelo alternativo de ensino e aprendizagem: Ensino por
projetos
5
A utilização de projetos não ocorreu
recentemente. Uma das primeiras ideias
surgiu, no século XV, na França, no ano
de 1671, quando nasceu a academia de arquitetura em Paris, que tinha
como pressuposto, além de provas finais teóricas, a apresentação de um
trabalho prático como forma de complementação para finalização dos
estudos. Esse trabalho prático era chamado de projeto (MORA, 2003). Nos
Estados Unidos, a pedagogia de projetos surgiu no início do século XX,
através do educador e filósofo John Dewey e seu discípulo Kilpatrick, que
a desenvolveram. O método foi bem aceito e difundiu-se, chegando ao
Brasil através dos trabalhos de Miguel Arroyo (MARTINS, 2001).
Segundo Martins as propostas de projetos de trabalho de Dewey e
Kilpatrick, nos EUA, de Freinet, na França, de Santomé e Hernández, na
Espanha, de Ana Maria Haufman, na Argentina, e de Miguel Arroyo e
Monique Deheinzelin, no Brasil, depois de sofrer algumas modificações,
consistem de um modo geral, em desenvolver trabalhos capazes de
vincular a sala de aula à realidade social na qual o aluno vive, para que ele
possa entendê-la melhor, mostrando, assim, que o processo de
aprendizagem é um processo global, que integra o saber com o fazer, a
prática com a teoria, em outros termos, a pedagogia da palavra com a
pedagogia da ação (MARTINS, 2001, p.32).
Em estudos mais recentes, Antunes salienta que: “um projeto é, em
verdade, uma pesquisa ou uma investigação, mas desenvolvida em
profundidade sobre um tema ou um tópico que se acredita interessante
conhecer” (ANTUNES, 2001, p.15), podendo ser realizada por um, poucos
ou muitos alunos. É através do projeto que se busca encontrar respostas
6
para perguntas que estão relacionadas a
um tema previamente escolhido pelos
alunos, professores ou outros que fazem
parte do ambiente escolar.
Os PCN’s já destacavam, em 1996, os projetos como uma metodologia
interessante para ser desenvolvidos com estudantes da Educação Básica:
“são uma das formas de organizar o trabalho didático, que pode integrar
diferentes modos de organização curricular” (BRASIL, 1998, p.41). Um
exemplo de sua utilização é, segundo o mesmo documento, em certos
momentos do desenvolvimento do currículo, a “relevância às questões dos
temas transversais, pois os projetos podem se desenvolver em torno deles
e serem direcionados para metas objetivas, com a produçãode algo que
sirva como instrumento de intervenção nas situações reais” (PCN’S, 1998,
p.41). O método de projetos “contribui com uma visão mais humana, útil e
atrativa da Matemática como parte da formação geral básica de todas(os)
as(os) alunas(os), aqueles que são a coluna vertebral da educação”
(MORA, 2003, p. 20),
Por meio dos projetos, o processo de ensino e a aprendizagem se
concretizam pelo confronto de ideias e contextos investigados, levando-se
em consideração a realidade do aluno e atividades conjuntas entre os
envolvidos. Groenwald et al. salientam que os projetos de trabalho
utilizados para organizar os conhecimentos escolares, proporcionam
contextos que geram a necessidade e a possibilidade de conferir
significado, tornando possível a construção de conceitos, a memorização
de fatos e o desenvolvimento de procedimentos e atitudes (GROENWALD
ET Al., 2004). Para que o trabalho com projetos tenha resultados
satisfatórios, é preciso seguir algumas fases, pré-estabelecidas e
7
organizadas. Para Martins (2001), um
projeto de trabalho segue três etapas: a
primeira consiste na preparação e
planejamento do trabalho, a segunda, na execução ou implementação do
projeto, a terceira, na análise dos resultados e deduções conclusivas.
Antunes (2001) mostra, ainda, dez passos a serem utilizados para a
realização de um projeto, depois de ter escolhido o tema: 1. determinar, de
forma clara, os objetivos a serem alcançados; 2. fazer perguntas
relacionadas com os objetivos traçados; 3. relacionar e disponibilizar as
fontes de informações para os alunos; 4. explicar quais habilidades
operatórias (comparar, analisar, sintetizar, deduzir, classificar, criticar,
interrogar, interagir) são colocadas em prática, verificando se os alunos as
compreendem e sabem usá-las; 5. fornecer ao aluno o conhecimento das
fases do projeto, ou seja, o que o professor espera que o grupo faça
nessas três fases; 6. fornecer algumas ideias, palavras-chaves, para que
os alunos possam pesquisar; 7. buscar uma maior ligação do que está
sendo trabalhado no projeto com o contexto do aluno; 8. explicitar as
linguagens a serem utilizadas na descrição dos resultados da investigação;
9. definir um cronograma para o projeto, estipulando os dias e as semanas
em que os alunos devem realizar determinadas etapas do projeto; 10.
definir as formas de avaliação do trabalho feito pelos alunos, podendo ser
a avaliação do professor, de outros professores, de pais ou outros
envolvidos e a autoavaliação, baseando-se sempre no processo efetivo do
aluno (ANTUNES, 2001).
Os tipos de metodologias ativas, que estão sendo indicadas para
desenvolver com os estudantes, são: aprendizagem baseada em
problemas; aprendizagem baseada em projetos; aprendizagem entre times
8
ou entre pares; sala de aula invertida;
estudos de casos; rotação por estações.
Também, é importante ter clareza das
metodologias que auxiliam com que o estudante seja agente do seu
aprender e que seja possível desenvolver competências como:
responsabilidade, autonomia, gosto pelo aprender, gosto pelo estudo,
perseverança para resolver um problema, criticidade, opinião própria. Ou
seja, é muito importante que se desenvolva uma formação integral dos
estudantes, envolvendo conteúdos, procedimentos, atitudes e de
competências que estão indicadas como necessárias para se viver no
mundo moderno. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL,
2020) está organizada prevendo o desenvolvimento de competências e
habilidades que são importantes para os egressos da Educação Básica. A
BNCC está desenvolvida, em detalhes, em nosso Tema 2.
Recomenda-se a leitura do texto Tipos de Metodologias Ativas, acesso no
link: http://www.ppgecim.ulbra.br/math/ativas/tipos.pdf.
9
http://www.ppgecim.ulbra.br/math/ativas/tipos.pdf
Sugestão de Leituras
1 BERBEL, Neusi Aparecida Navas. As metodologias ativas e a promoção
da autonomia de estudantes Berbel. Semina: Ciências Sociais e Humanas,
Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011. Acesso em:
file:///C:/Users/55519/Downloads/10326-49335-1-PB.pdf.
2 MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais
profunda. Blog www2.eca.usp.br/moran. Acesso em:
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_
moran1.pdf.
3 MORA, José. Metodologias Ativas em Sala de Aula. Pátio Ensino Médio.
Ano 10, No 39, Dez 2018/ Fev 2019. Acesso em:
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/Metodologias_
Ativas_Sala_Aula.pdf.
10
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf
Referências
ANTUNES, Celso. Um Método para o
Ensino Fundamental: o Projeto. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
BACICH, Lilian; MORAN, José. Metodologías Ativas para uma Educação
Inovadora: uma abordagem téorico-prática [recurso eletrônico]. Porto
Alegre: PENSO, 2018.
BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/pdf/4.2_BNCC-Final_MA.p
df> Acesso em: 3 mar. 2020.
BERBEL, Neusi Aparecida Navas. As metodologias ativas e a promoção
da autonomia de estudantes Berbel. Semina: Ciências Sociais e Humanas,
Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011. Acesso em:
file:///C:/Users/55519/Downloads/10326-49335-1-PB.pdf.
GROENWALD, Claudia Lisete Oliveira; SILVA, Carmen Kaiber da; MORA,
Castor David. Perspectivas em Educação Matemática. 2004. Disponível
em:
<http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/viewFile/129/117>.
Acesso em: 21 set. 2020.
MARTINS, Jorge Santos. O Trabalho com Projetos de Pesquisa: do Ensino
Fundamental ao Ensino Médio. Campinas, SP: Papirus, 2001.
11
Mazur Group \u2013
http://mazur.harvard.edu/research/detailspage.php?rowid=8. Acesso em
2020.
MORA, David. Aprendizaje y enseñanza: Proyectos y estrategias para una
educación matemática del futuro. LaPaz, Bolivia: Campo Iris, 2003.
MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais
profunda. Blog www2.eca.usp.br/moran. Acesso em:
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_
moran1.pdf.
PEREIRA, Marcilene Rodrigues; KOEHLER, Sonia M. F.; SILVA PINTO,
Antonio Sávio. PARTICIPAÇÃO ATIVA E INTERAÇÃO ENTRE PARES:
RESULTADOS DE UMA EXPERIÊNCIA DE SUCESSO PARA A
APRENDIZAGEM DE GRAMÁTICA NO CURSO DE DIREITO BUENO,
UNISAL Grupo de Trabalho – Didática: Teorias, Metodologias e Práticas.
Anais do EDUCERE, 2013. Acesso em novembro de 2020, em:
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2013/9855_6533.pdf.
12
http://mazur.harvard.edu/research/detailspage.php?rowid=8
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf

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