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Resumo antiprotozoários

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ANTIPROTOZOÁRIOS 
1. Amebíase: Entamoeba histolytica – grupo usado: Nitroimidazóis: 
a. Metronidazol – principal contra amebíase, mas serve para infecções 
contra outros protozoários e bactérias 
b. Secnidazol 
c. Tinidazol 
- Mecanismo de ação: pró-farmaco que se ativa apenas dentro do protozoário 
quando seu grupo nitro recebe elétrons de enzimas desses microrganimos, levando-os a 
morte – o ambiente anaeróbio contribui para conversão do pró-farmaco em 
composto tóxico, o que explica sua utilização também em bactérias anaeróbias 
- Efeitos adversos: desconforto do TGI (dor estomacal, náusea) e efeito dissulfiram 
(altera metabolismo do álcool – a enzima acetaldeído desidrogenase é inibida, 
provocando o acúmulo de acetaldeído que é tóxico) 
- Contraindicação: gestantes no 1º trimestre 
2. Giardíase: Giardia lamblia – grupo usado: Nitroimidazóis: 
a. Secnidazol – muito utilizado devido a posologia de dose única 
b. Metronidazol 
c. Tinidazol 
*Nitazoxanida: anti-helmintico de amplo espectro (helmintos, protozoários e vírus) 
importante no tratamento da giardíase – pró-farmaco (forma ativa: Tizoxanida) – 
mecanismo de ação: altera a cadeia transportadora de elétrons e produção de 
energia do protozoário/helminto/vírus – efeitos adversos: desconforto TGI 
3. Tricomoníase: Trichomonas vaginalis – grupo de escolha: Nitroimidazóis: 
a. Metronidazol – tratamento de escolha 
b. Tinidazol – tem ação contra Gardnerella vaginalis 
- Importante tratar gestantes após o 1º trimestre nesse caso – aliviam-se os sintomas, 
previne parto pré-maturo e infecções no RN 
*Para todas as doenças já listadas o tratamento de escolha é Metronidazol, 
Secnidazol e Tinidazol, respectivamente → com exceção da giardíase 
(Nitazoxanida) e tricomoníase com Gardnerella associada* 
4. Tripanossomíase: doença de chagas – droga de escolha: Benzonidazol 
(mecanismo de ação semelhante aos Nitroimidazóis – precisa penetrar nos 
parasitas, receber os elétrons e forma intermediários nitroreduzidos que 
atacam DNA, proteína e lipídios, destruindo os parasitas) → possui baixa 
eficácia na fase crônica tecidual e mecanismos de resistência a essa droga 
- Tratamento com muitos efeitos adversos, de difícil seguimento (dura 60 dias) 
- Reações adversas: anorexia, vertigem, dermatites urticariformes, cefaleia, sonolência e 
dores abdominais 
- Contraindicações: gestantes (caso a mulher engravide fazendo o tratamento é 
necessário interromper) 
5. Leishmaniose: 2 possibilidades de tratamento: 
a. Glucantime (antimoniato tetravalente de N-metil glucamina) – droga 
ofertada no SUS (baixo custo) – age na mitocôndria do protozoário 
(depleção de ATP) evoluindo para morte – EV – efeitos adversos: 
MEG, cefaleia, dispneia, erupção cutânea, edema facial, alterações 
hepáticas, renais e cardíacas 
b. Anfotericina B lipossomal – droga de alto custo – mecanismo de ação: 
antifúngico que se liga na membrana externa dos protozoários, graças 
a similaridade de componentes aos fungos (ergosterol), e causam 
desestabilidade dessa, levando-os a morte 
- Em casos de comorbidade renal, hepática, cardíaca (cardiopatas que usam 
medicamentos que alteram intervalo QT), gestantes, maiores de 50 anos, PVHA: o 
médico faz pedido de autorização para o SUS permitir uso de Anfotericina B 
lipossomal 
- Na leishmaniose tegumentar de lesão única o tratamento é o mesmo, mas pode ser 
tópico – quando múltiplas, EV – outra droga no caso de leishmaniose tegumentar é a 
Miltefosina (VO – efeitos adversos: náusea e vômito) 
- Contraindicações: gestantes (é necessário pedir exame de BetaHCG e assinatura de 
um termo de responsabilidade para que não engravida durante o tratamento) 
6. Toxoplasmose: Toxoplasma gondii – drogas de escolha: Pirimetamina + 
Sulfadiazina + Ácido Folinico (fólico – utilizado para proteção do paciente – 
pirimetamina é tóxica para medula óssea) → as 2 primeiras têm ação sinérgica 
(ambas atuam inibindo a formação de folatos) ➔ reações adversas: 
pirimetamina pode causar distúrbios hematológicos e depleção de folato 
- Espiramicina: tratamento alternativo para gestantes – macrolídeo que substitui a 
pirimetamina pois essa não pode ser utilizada no início da gestação (segura apenas 
após a 16ª semana) – eficácia menor, porém reduz à metade a chance da transmissão 
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