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Propedêutica Dermatológica II

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Propedêutica Dermatológica 2 
Lesões sólidas 
Pápula: elevação sólida, superficial e circunscrita da 
pele com até 1,0 cm de diâmetro 
• Quando maior que 1,0 cm de diâmetro recebe o 
nome de placa 
• São exemplos o molusco contagioso - pápulas 
de Gottron, o xantoma e o xantelasma 
(depósitos lipídicos) 
 
Molusco contagioso, lesão em 
pápula umbilicada 
o Poxvirus axilas, face lateral do 
tronco, regiões genitais, perianal e 
face 
 
Xantelasma = 
pessoas 
dislipidêmicas, 
ocorre o 
deposito de gordura nas pálpebras – são placas 
 
 
sólido = pápula 
líquido dentro = vesícula 
 
 
 
Nódulo, nodosidade e Goma: 
• Lesões sólidas localizadas na hipoderme, 
circunscritas, salientes ou não, sendo mais 
palpáveis do que visíveis 
Se menores que 3,0 cm, 
recebem o nome de 
nódulo 
 
Se maiores que 3,0 cm, são 
designadas nodosidade ou tumor 
(sendo este último termo usado 
preferencialmente para neoplasias) 
• Exemplos: eritema nodoso, 
as micoses profundas, a goma sifilítica e as 
neoplasias 
• Gomas são nodosidades que tendem ao 
amolecimento seguido pela ulceração de sua 
porção central com eliminação de material 
semissólido. Os limites dessa estrutura são 
geralmente imprecisos e sua consistência pode 
variar entre firme, elástica ou amolecida. 
Tubérculo: lesão sólida, elevada, 
circunscrita, de diâmetro maior 
que 1 cm, localizada na derme e 
que, portanto, deixa cicatriz após 
a cura. São exemplos a sífilis 
terciária, 
a 
tuberculose e a hanseníase. 
Ceratose/queratose: lesão 
caracterizada por 
espessamento exagerado da 
camada córnea da epiderme, sendo dura e inelástica a 
palpação. São exemplos a calosidade e o corno cutâneo 
– comum no hipotireoidismo 
Vegetação: lesão pedunculada (com aspecto em couve-
flor) que cresce para o exterior devido à hipertrofia das 
papilas dérmicas. 
• Pode ser de dois tipos: verrucosa – lesão 
elevada de superfície endurecida e seca 
• ex.: verruga vulgar e 
papiloma em região genital 
(por HPV) 
Liquenificação: lesão difusa 
marcada pelo 
espessamento da pele que 
evidencia todos os seus 
sulcos e saliências 
Consequência comum ao 
ato de coçar São exemplos 
os eczemas liquenificados ou as áreas de prurido 
crônico 
Esclerose: endurecimento persistente, difuso ou 
limitado da pele com aderência aos planos profundos. 
Ao exame, a pele se mostra firme, não podendo ser 
pregueada entre dois dedos; por exemplo, 
esclerodermia 
 
 
 
 
 
 
Lesões com conteúdo líquido 
Vesícula: elevação circunscrita da pele, menor que 1 
cm, de conteúdo líquido geralmente claro (seroso), que 
pode tornar-se 
turvo (purulento) 
ou rubro 
(hemorrágico) São 
exemplos o herpes 
simples, o herpes 
zoster e a varicela 
Bolha ou flictena: elevação circunscrita da pele, maior 
que 1,0 cm de diâmetro, cujo conteúdo líquido pode ser 
claro (seroso), turvo (purulento) ou rubro (hemorrágico) 
• As bolhas podem ser intraepidérmicas (flácidas 
e efêmeras) ou subepidérmicas (tensas e 
duradouras) 
• São exemplos os pênfigos (bolhas 
intraepidérmicas), o penfigoide (bolhas 
subepidérmicas) e as queimaduras de 2o grau 
(denominadas flictenas) 
 
 
 
 
Pústula: elevação circunscrita da pele de até 1 cm de 
diâmetro e conteúdo purulento 
• Em última análise, pode-se dizer que são 
vesículas que adquiriram um conteúdo 
purulento (pustulização). 
• Quanto à sua localização, as pústulas podem ser 
foliculares (quando atingem os folículos 
pilossebáceos – p. ex.: acne e foliculite) ou 
interfoliculares 
• O conteúdo purulento pode ser séptico (p. ex.: 
impetigo) ou asséptico (p. ex.: pustulose 
subcórnea) 
 
 
 
 
 
 
 
Abscesso: coleção purulenta, circunscrita, de tamanho 
variável, flutuante, proeminente ou não, de localização 
dermo-hipodérmica ou subcutânea, frequentemente 
acompanhada de sinais flogísticos – dor, calor, rubor, 
tumor e perda/redução de função 
• São exemplos o furúnculo (necrose da glândula 
sebácea) e o antraz (aglomerado de furúnculos) 
 
Hematoma: coleção hemática, circunscrita, geralmente 
restrita ao local do trauma do qual provém, localizada 
na derme ou no tecido subcutâneo (p. ex.: hematoma 
subungueal) 
Lesões de Continuidade 
Erosão ou exulceração: perda superficial da epiderme 
(p. ex.: escoriações) 
Úlcera ou ulceração: solução de continuidade profunda 
da pele (epiderme e derme) 
podendo chegar até a 
hipoderme São exemplos a 
úlcera crônica da perna da 
insuficiência venosa crônica e 
do pé diabético 
Fissura ou ragádia: solução de continuidade linear da 
epiderme e derme em áreas de dobras (principalmente 
região inguinal, joelhos, cotovelos e axilas) ou no 
contorno de orifícios naturais (boca, pálpebras, vagina, 
ânus e prepúcio) 
É frequente a presença 
de ceratose associada 
a fissuras, como no 
calcanhar e na região 
palmar 
 
Fístula: pertuito cutâneo 
ligado a um foco profundo, 
por meio do qual se escoa 
líquido fluente purulento, 
purulento-hemorrágico ou 
gomoso, p. ex.: escrofulose 
(tuberculose linfonodal) 
Lesões residuais ou Sequelas 
Atrofia: diminuição da espessura e elasticidade da pele 
por redução dos elementos constituintes da pele 
(atrofia senil = fisiológico) 
• À compressão entre os dedos, a pele fica 
dobrada e enrugada 
• Por exemplo, atrofia senil no envelhecimento e 
lúpus cutâneos crônico 
Cicatriz: reparação conjuntivo-epitelial que resulta de 
lesões que comprometem a integridade da pele 
consequente a soluções de continuidade 
• Pode ser saliente ou deprimida, móvel, retrátil 
ou aderente associando-se a atrofia, fibrose e 
discromia. 
• Não apresenta sulcos, poros ou pelos. 
Observam-se os seguintes tipos de cicatrizes: 
o Atrófica: cicatriz fina e pregueada 
o Hipertrófica (ou cicatriz queloidiana): 
cicatriz elevada, nodular, com excessiva 
proliferação fibrosa 
o Críbrica: cicatriz perfurada por 
pequenos orifícios 
Alterações das Unhas 
1. Por ausência ou atrofia da lâmina ungueal 
a. Anoníquia: ausência de unha 
geralmente decorrente de traumatismo 
ou queimadura 
b. Onicoatrofia: unha pequena, 
deformada e frágil decorrente de 
redução pronunciada do 
desenvolvimento 
2. Das dimensões da lâmina ungueal 
a. Microníquia: unha pequena 
b. Macroníquia: unha grande 
c. Braquioníquia: unha encurtada 
3. Da consistência da lâmina ungueal 
a. Onicorrexe: aumento da fragilidade 
gerando unha quebradiça, fragmentada 
ou com fissuras longitudinais, 
ocorrendo, por exemplo, nas 
avitaminoses, na artrite reumatoide, na 
insuficiência vascular e no 
envelhecimento 
4. Da espessura da lâmina ungueal 
a. Paquioníquia: espessamento das unhas. 
Pode ocorrer em casos de micose ou 
por transtornos funcionais do sistema 
nervoso vascular 
b. Onicrogrifose: unha em garra, com 
espessamento, encurvamento e 
endurecimento. Pode ocorrer como 
uma evolução da paquioníquia 
5. Da curvatura da lâmina ungueal 
a. Onicogrifose: unha em garra, já descrita 
b. Platoníquia: unha plana com curvatura 
diminuída 
c. Coiloníquia: unha com lâmina côncava, 
“em colher”, podendo ser fisiológica em 
crianças ou estar presente na anemia 
ferropriva e no trauma 
d. Unha em vidro de relógio: unha com 
convexidade exagerada, com 
implantação em ângulo maior que 160º 
Pode estar associada à hipertrofia de 
extremidades dos dedos em forma de 
baqueta de tambor 
 
 
 
 
 
 
6. Da adesão da lâmina ungueal 
a. Onicólise: desprendimento da lâmina 
ungueal na metade distal, podendo ser 
primária, como no traumatismo, e 
secundária a onicomicoses, psoríase, 
doenças bolhosas, hipotireoidismo e 
lúpus eritematoso sistêmico. 
 
b. Onicomadese: desprendimento da 
lâmina ungueal a partir da matriz 
c. Hiperceratose subungueal: 
afastamento da lâmina ungueal de seu 
leito por acúmulo progressivo de 
material córneo sob a unha, observado 
na onicomicose, na psoríase e na 
dermatitede contato crônica. Ocorre 
na onicomicose. 
 
d. Pterígio ungueal: destruição da matriz e 
da lâmina ungueal com formação de 
cicatriz 
7. Da superfície da lâmina ungueal 
a. Linhas de Beau: sulcos transversais que 
correspondem à interrupção da 
atividade da matriz ungueal, podendo 
ser causados por traumatismo, 
dermatite de contato, quimioterapia e 
isquemia periférica 
b. Pitting: depressões cupuliformes em 
decorrência da alteração na 
queratinização da matriz ungueal, 
podendo estar presentes na psoríase, 
na alopecia areata e no eczema 
8. Da coloração da lâmina unguealLeuconíquia: 
ocorrência de pontos ou estrias brancas na 
unha comuns em pes 
a. soas sadias, sendo secundária a 
microtraumas ou hereditária 
b. Half and half nail: metade da unha 
distal apresenta coloração 
avermelhada, podendo ser sinal de 
insuficiência renal 
c. Linhas de Muehrcke: bandas 
transversais esbranquiçadas múltiplas, 
que podem ser sinal de 
hipoalbuminemia ou efeito colateral de 
quimioterapia 
d. Melanoníquia: ocorrência de pontos, 
estrias ou faixas acastanhadas na unha, 
podendo ser sinal de afecções 
sistêmicas, como doença de Addison, 
hipertireoidismo, avitaminoses, ou 
terapias farmacológicas, como 
zidovudina e antineoplásicos. Na 
presença de estria acastanhada 
longitudinal na unha, deve-se suspeitar 
de melanoma 
e. Outras colorações: unha azulada, 
avermelhada e amarelada 
9. Outras alterações 
a. Onicofagia: unha roída (pelo onicófago 
- roedor de unha) indicando ansiedade 
ou perturbação psíquica 
b. Paroníquia: processo inflamatório 
caracterizado por eritema, edema e dor 
nas regiões ao redor das unhas. Quase 
sempre possui uma patogênese 
irritativa ou alérgica que agride a 
cutícula e permite que microrganismos 
(bactérias e cândida) provoquem 
reação inflamatória, frequente em 
pessoas que apresentam contato 
constante com a água (lavadeiras, 
cozinheiras) 
Casos Clínicos

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