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Sistema Digestivo

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HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTIVO
16/10/2019
	O sistema digestivo consiste em uma série de órgãos tubulares e glândulas associadas, cuja função principal é fracionar o alimento ingerido em pequenas unidades que possam ser absorvidas até a circulação e utilizadas para manutenção do organismo.
	As adaptações morfológicas para funções especializadas são características dos sistemas digestivos das espécies domésticas. As consideráveis variações nos dentes, estômagos e intestinos grossos resultam principalmente da variedade de alimentos consumidos. Exemplificando, os dentes de carnívoros estão adaptados para dilacerar carne, enquanto os dentes de herbívoros são especializados para triturar alimentos fibrosos. O pré-estômago dos ruminantes e o ceco e cólon dos cavalos refletem variações naturais que facilitam a digestão microbiana do alimento fibroso.
	Embora as glândulas digestivas acessórias (glândulas acessórias, fígado e pâncreas) estejam localizadas fora da parte tubular do sistema digestivo, elas têm origem como evaginações epiteliais dessa estrutura. Seus dutos penetram nas paredes dos órgãos tubulares e descarregam seus produtos secretórios nos lúmens.
Estrutura geral dos órgãos tubulares
	Existe um padrão estrutural geral para todos os órgãos tubulares dos sistemas digestivo, respiratório, urinário e reprodutivo. A familiaridade com esse padrão geral ajuda a entender as características específicas de cada órgão. 
	A parede de um órgão tubular típico se compõe de quatro capas. Cada capa é chamada “túnica” ou “tela”. A tela exibe uma estrutura delicada, que lembra uma teia, enquanto a túnica é formada por um tecido mais denso.
Túnica mucosa
	A túnica adjacente ao lúmen é a túnica mucosa. A túnica mucosa é também conhecida como membrana mucosa ou simplesmente mucosa. Ela reveste todos os órgãos que se comunicam com a parte externa do corpo e é protegida por uma camada de muco, um material viscoso que contém células epiteliais refugadas e leucócitos, além de mucina, um produto de glândulas especializadas.
	Estruturas associadas com a (ou localizadas no interior da) cavidade oral, como lábios, bochechas e língua, possuem uma mucosa, embora não sejam órgãos tubulares típicos. A mucosa se compõe de três camadas ou lâminas: um epitélio, uma lâmina própria e uma lâmina muscular.
	O epitélio mucoso está constantemente presente, podendo ser constituído de qualquer dos tipos de epitélios de superfície, dependendo da função do órgão específico. O epitélio repousa numa membrana basal.
	A lâmina própria é uma camada de tecido conjuntivo localizada imediatamente abaixo do epitélio. Na maioria dos órgãos, trata-se de um tecido conjuntivo frouxo que contém fibras finas de colágeno, fibras elásticas e fibras reticulares, bem como todas as células típicas do tecido conjuntivo frouxo.
	A lâmina própria também é classificada como tecido linfático difuso por conter linfócitos T e B imunocompetentes. Os linfócitos iniciam a resposta imunológica contra agentes lesivos que penetraram no epitélio.
	Vasos sanguíneos essenciais para a nutrição do epitélio, juntamente com capilares linfáticos e nervos, também estão presentes na lâmina própria. Em alguns órgãos, a lâmina própria contém glândulas que são conhecidas como glândulas mucosas, por estarem confinadas à mucosa.
	A lâmina muscular tem presença inconstante. Ela é constituída de uma a três camadas de músculo liso. A lâmina muscular permite o movimento independente da mucosa possivelmente para facilitar o movimento do conteúdo luminal ou para ajudar na secreção das glândulas mucosas.
Tela submucosa
	A tela submucosa, ou simplesmente submucosa, é uma camada de tecido conjuntivo que pode conter glândulas (glândulas submucosas). Na maioria dos órgãos, o tecido conjuntivo da submucosa é mais denso do que aquele na lâmina própria.
	Também estão presentes vasos sanguíneos, vasos linfáticos e o plexo submucoso (de Meissner), um plexo nervoso ganglionar do sistema nervoso autonômico. Em órgãos sem lâmina muscular, a lâmina própria e a submucosa se fundem sem que haja uma linha nítida de demarcação, formando uma própria-submucosa.
Túnica muscular
	A túnica muscular é o revestimento do músculo liso ou do músculo esquelético responsável pela mobilização do material ingerido através do trato e pela mistura do alimento ingerido com secreções glandulares.
	Em geral, estão presentes duas camadas musculares na túnica muscular dos órgãos tubulares do sistema digestivo. As fibras musculares da camada interna estão orientadas circularmente ou num padrão firmemente enovelado, enquanto as fibras musculares da camada externa estão arranjadas em sentido longitudinal ou num padrão frouxamente enovelado. Entre essas duas camadas, há um plexo nervoso ganglionar do sistema nervoso autonômico, o plexo mesentérico (de Auerbach).
Túnica serosa/adventícia
	A túnica mais externa pode ser uma túnica serosa ou uma túnica adventícia. A túnica serosa é composta por uma camada de tecido conjuntivo com revestimento de mesotélio. Os órgãos que limitam as cavidades pleural, pericárdica e peritoneal são revestidos por uma serosa. Em cada um desses locais, a serosa recebe um nome especial: pleura, epicárdio e peritônio, respectivamente.
Todos os órgãos que não margeiam essas cavidades, como a parte cervical do esôfago, não possuem mesotélio. Esses órgãos exibem uma camada de tecido conjuntivo, chamada túnica adventícia, ou simplesmente adventícia, que se funde com a fáscia circunjacente.
Cavidade oral
Lábios
	A junção entre o tegumento e o sistema digestivo ocorre nos lábios, que estão cobertos em seu exterior por pele e no lado interno por uma mucosa. Perto da junção mucocutânea, a pele não possui folículos pilosos e a epiderme é mais espessa, com uma interdigitação mais elaborada com o tecido conjuntivo subjacente.
	A mucosa dos lábios é revestida por epitélio escamoso estratificado que é queratinizado em ruminantes e cavalos, mas não queratinizado em carnívoros e porcos.
	Agregados de glândulas salivares menores, serosas ou seromucosas, conhecidas como glândulas labiais, estão distribuídas por toda a própria-submucosa. A túnica muscular consiste em fibras de músculo esquelético do músculo orbital da boca.
Bochechas
	A bochechas, como os lábios, compõem-se de um revestimento externo de pele, uma camada muscular intermediária (músculo bucinador) e uma mucosa interna revestida por epitélio escamoso estratificado que pode ou não ser queratinizado, dependendo da área ou espécie em particular.
	Nos ruminantes, a mucosa está guarnecida com papilas bucais cônicas, macroscópicas e orientadas caudalmente que facilitam a preensão e mastigação do alimento.
	As glândulas bucais são pequenas glândulas salivares localizadas na própria-submucosa e entre os feixes de músculo esquelético da bochecha; algumas unidades secretórias se estendem pela derme.
Palato duro
	Os ossos do palato duro são revestidos por uma mucosa que apresenta uma série de cristas transversais chamadas rugae. A mucosa é revestida por um epitélio escamoso estratificado queratinizado, que é particularmente espesso em ruminantes.
	A lâmina própria exibe uma camada papilar bem desenvolvida que se funde com a submucosa, sem uma lâmina muscular interveniente, formando uma própria-submucosa.
	Glândulas salivares menores (mucosas e submucosas) tubuloacinares ramificadas estão localizadas na parte caudal do palato duro em todos os mamíferos domésticos, exceto porcos. A parte rostral da mucosa do palato duro é em particular espessa em ruminantes, formando o púlvino dental.
Língua
	A língua é um órgão muscular coberto por uma mucosa. Ela é importante na preensão, mastigação e deglutição do alimento.
	O epitélio que reveste a língua é do tipo escamoso estratificado, queratinizado no dorso e não queratinizado e delgado na superfície ventral. O dorso contém numerosas papilas linguais macroscópicas. Essas papilas diferem um pouco na forma, são denominadas de acordo com suas características morfológicas e têm função mecânica ou gustativa.
	As papilas filiformes,cônicas e lenticulares são puramente mecânicas; facilitam o movimento do material ingerido no interior da cavidade oral. As papilas fungiformes, valadas e foliadas são gustativas; ou seja, contêm as papilas gustativas, que são responsáveis pela percepção do sentido do paladar.
	As papilas filiformes constituem o tipo mais numeroso. São estruturas esguias e filiformes que se projetam acima da superfície de língua, revestidas por epitélio escamoso estratificado queratinizado com um estrato córneo espesso. Os gatos possuem grandes papilas com duas saliências de tamanho desigual. A saliência caudal é especialmente maior, dando origem a uma espinha queratinizada orientada caudalmente, apoiada por uma papila rostral mais arredondada com um estrato córneo mais delgado.
	As papilas cônicas ocorrem na raiz da língua de cães, gatos e porcos, e no toro lingual de ruminantes. Essas papilas são geralmente maiores que as filiformes; em geral, não são intensamente queratinizadas.
	Papilas lenticulares são projeções achatadas em forma de lente, localizadas no toro lingual de ruminantes. Essas estruturas são revestidas por epitélio escamoso estratificado queratinizado, e possuem um centro de tecido conjuntivo irregular.
	As papilas fungiformes estão espalhadas entre as papilas filiformes e apresentam uma superfície superior em forma de domo em cavalos e porcos. As papilas são revestidas por um epitélio escamoso estratificado não queratinizado que contem uma ou mais papilas gustativas na superfície superior.
	Papilas valadas estão localizadas no dorso da língua, numa posição imediatamente rostral à raiz. São estruturas grandes e achatadas, completamente circundadas por um sulco revestido de epitélio. Grupos de glândulas gustativas serosas estão localizados profundamente ao sulco, possuindo dutos que se abrem no sulco em diversos níveis.
	Papilas foliadas são pregas paralelas da mucosa lingual localizadas na margem da língua, numa posição imediatamente rostral ao arco palatoglosso. Papilas gustativas estão localizadas no epitélio, nos lados das pregas. Papilas foliadas estão ausentes em ruminantes; são rudimentares e não possuem papilas gustativas em gatos.
	Papilas gustativas são grupos elipsoides de células epiteliais especializadas incrustadas no epitélio escamoso estratificado das papilas fungiformes, valadas e foliadas da língua. Também ocorrem amplamente dispersas no palato mole, na epiglote ou em outras áreas da cavidade oral e faringe.
	Os músculos linguais próprios consistem em feixes de músculo esquelético em arranjo longitudinal, transversal e perpendicular. Por causa dos variados arranjos dessas fibras musculares, a língua é um órgão de grande mobilidade, facilitando o movimento do alimento para dentro da cavidade oral e em seu interior.
	A superfície ventral da língua é revestida por epitélio escamoso estratificado não queratinizado. A mucosa contém grande quantidade de capilares, anastomoses arteriovenosas e ramos da artéria/veia linguais. Esses vasos participam na termorregulação.
	Espalhados entre as fibras musculares e na própria-submucosa da língua, encontram-se aglomerados de glândulas seromucosas pequenas, que são coletivamente denominadas glândulas linguais.
Dentes
	Os dentes são estruturas altamente mineralizadas, presentes na cavidade oral e que, em mamíferos domésticos, têm as funções de busca, corte e trituração do alimento, além de servirem como armas de ataque e defesa.
	O dente é formado por uma parte externa altamente mineralizada circundando a cavidade pulpar, que contém a polpa dental, um centro (núcleo) de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos.
	Ocorrem dois tipos de dentes nos mamíferos domésticos: braquiodontes e hipsodontes. Esses dentes diferem em suas velocidades de crescimento e no arranjo das camadas de tecido mineralizado.
	Dentes braquiodontes são curtos e param de crescer depois de completar sua erupção. Esses dentes possuem uma coroa (a parte do dente acima da gengiva), um colo (a região com contrição imediatamente abaixo da linha gengival) e uma ou mais raízes incrustadas numa cavidade óssea chamada alvéolo. Os dentes braquiodontes são aqueles pertencentes aos carnívoros (e aos seres humanos), os dentes incisivos dos ruminantes e os dentes dos porcos, exceto o dente canino.
	Os dentes hipsodontes são muito mais longos que os dentes braquiodontes e continuam seu crescimento por boa parte ou mesmo por toda a vida adulta do animal. Esses dentes não possuem coroa e nem colo; mas, em vez disso, possuem um corpo alongado; em algumas espécies, as raízes e o colo se formam apenas depois de passado certo tempo. As presas do varrão crescem por toda a vida do animal e jamais formam raízes. São dentes hipsodontes: todos os dos cavalos, os dentes bucinadores dos ruminantes, e os dentes caninos de porcos.
	Os tecidos mineralizados dos dentes são esmalte, dentina e cemento. Cada um desses tecidos tem origem distinta e difere tanto morfologicamente como em grau de mineralização.
	O esmalte reveste a superfície externa da coroa de dentes braquiodontes, situando-se por baixo de uma camada de cemento nos dentes hipsodontes. Essa é a substância mais dura do corpo.
	O cemento se parece com o osso em todas as suas características estruturais. As raízes de dentes braquiodontes são revestidas por uma camada de cemento que pode ultrapassar ligeiramente o esmalte no colo. O cemento reveste a superfície externa dos dentes hipsodontes dos equinos e ruminantes tanto abaixo como acima da gengiva.
	Dentina é um tecido altamente mineralizado que constitui a maior parte do dente. Esse tecido fica por baixo do esmalte da coroa e do cemento da raiz em dentes braquidontes, e também fica por baixo do esmalte do corpo em dentes hipsodontes.
Glândulas salivares
	As glândulas salivares compreendem uma série de unidades secretórias (epitélio glandular) que se originam do ectoderma oral e crescem no mesoderma subjacente na forma de grandes agregados de glândulas compostas.
	A glândulas salivares maiores são: parótida, mandibular e sublingual. As glândulas salivares menores são denominadas conforme sua localização, por exemplo, labial, lingual, bucal, palatina, molar (gatos) e zigomática (carnívoras).
	A saliva é uma mistura de produtos secretórios serosos e mucosos das glândulas salivares. Ela é importante no umedecimento do alimento ingerido e a lubrificação da superfície dos órgãos digestivos superiores, o que melhora o fluxo do material ingerido até o estômago.
	A saliva dissolve componentes hidrossolúveis do alimento, o que facilita o acesso às papilas gustativas. Consequentemente, de certa forma o sentido do paladar depende da saliva. Os ruminantes produzem grande volume de saliva, que é fonte importante de líquidos no rúmen.
Faringe
	A faringe conecta a cavidade oral com o esôfago e a cavidade nasal com a laringe. Ela contém aberturas para a cavidade oral (orofaringe), cavidade nasal e tubas auditivas (nasofaringe) e a laringe e esôfago (laringofaringe).
	A mucosa, a túnica muscular de músculo esquelético, e uma adventícia formam a parede. A mucosa é revestida por um epitélio escamoso estratificado, exceto por uma parte da nasofaringe, que é revestida por um epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. Não está presente uma lâmina muscular. A própria-submucosa contém fibras elásticas e de colágeno mescladas com tecido linfático e glândulas mucosas.
	A túnica muscular é constituída inteiramente de músculo esquelético. A adventícia é formada por tecido conjuntivo denso irregular que prende a faringe ao tecido circunjacente.
Esôfago
	O esôfago une a laringofaringe com o estômago e contém todas as camadas um órgão tubular típico do sistema digestivo. Uma prega anular interna, o limiar faringoesofágico, assinala a junção da laringofaringe e do esôfago nos carnívoros.
	A mucosa se compõe de três camadas: um epitélio escamoso estratificado, uma lâmina própria e uma lâmina muscular. O grau de queratinização do epitélio escamoso estratificado varia dependendo da espécie.Em geral é não queratinizado em carnívoros, ligeiramente queratinizado em porcos, um pouco mais em cavalos e muito queratinizado em ruminantes.
	A submucosa é composta por tecido conjuntivo frouxo que contém grandes artérias e veias orientadas longitudinalmente, vasos linfáticos e nervos. Nessa camada, em porcos e cães estão presentes glândulas seromucosas contendo ácinos mucosos com meias-luas serosas. A natureza frouxa da submucosa permite que a mucosa do esôfago relaxado forme pregas longitudinais.
	A túnica muscular do esôfago é constituída por duas camadas de músculo. Em ruminantes e cães, a túnica muscular é composta inteiramente de músculo esquelético. Em gatos, o músculo esquelético pode se estender ao longo de 4/5 do comprimento do esôfago antes de mudar para músculo liso.
Junção esofagogástrica
	As características morfológicas dessa junção variam consideravelmente entre espécies. Nos carnívoros, a junção do epitélio escamoso estratificado do esôfago om o epitélio colunar simples da região da glândula cardíaca ocorre abruptamente. Em cavalos e porcos, o epitélio escamoso estratificado se estende por toda a parte não glandular da mucosa do estômago, enquanto em ruminantes esse epitélio reveste todo o antro cardíaco.
Estômago
	O estômago é uma parte dilatada do tubo digestivo, especializada para dar início ao fracionamento enzimático e hidrolítico do alimento até nutrientes digeríveis. A túnica muscular ajuda a misturar o material ingerido com as secreções gástricas.
	O estômago é revestido exclusivamente por uma mucosa glandular em carnívoros, enquanto os animais herbívoros possuem, além de uma região glandular, uma região não glandular da mucosa revestida com epitélio escamoso estratificado.
Região não glandular da túnica mucosa
	A região não glandular da mucosa está ausente em carnívoros e é pequena em porcos. Em cavalos, a região não glandular se estende por distância considerável a partir do esôfago e termina na margem pregueada. A região não glandular alcança seu máximo desenvolvimento no estômago do ruminante, onde reveste o antro cardíaco (rúmen, retículo e omaso) em sua totalidade.
	O epitélio de revestimento da região não glandular da mucosa é do tipo escamoso estratificado e pode ser queratinizado, dependendo da espécie e da dieta. A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo frouxo típico. A lâmina muscular é diferenciada. A junção entre os revestimentos epiteliais das regiões não glandular e glandular da mucosa ocorre abruptamente, com a união entre epitélio escamoso estratificado e epitélio colunar simples.
Região glandular da túnica mucosa
	A mucosa exibe grande quantidade de pregas (pregas gástricas), que se aplainam com o enchimento do estômago. A superfície é revestida por pequenas invaginações chamadas fossas gástricas, que têm continuidade com as glândulas gástricas e recebem seus produtos secretórios.
	A superfície mucosa, inclusive as fossas gástricas, é revestida por células epiteliais colunares simples altas, cujo produto secretório mucoso é liberado de forma contínua e funciona como cobertura protetora que impede a digestão da mucosa.
	As células epiteliais superficiais têm rápida taxa de reciclagem; dentro de aproximadamente 3 a 4 dias, são substituídas por células originárias de mitose na fossa gástrica. As glândulas gástricas ficam densamente aglomeradas no interior da lâmina própria.
	A lâmina muscular é relativamente espessa, habitualmente composta de três camadas. Pequenos feixes de células de músculo liso se estendem até a lâmina própria, avançando entre as glândulas gástricas. A região glandular do estômago está dividida em três regiões menores diferenciadas, denominadas de acordo com os diversos tipos glandulares presentes: cardíaca, gástrica própria (fúndica) e pilórica.
	As glândulas cardíacas são glândulas tubulares enoveladas, ramificadas, simples e curtas que liberam um produto secretório mucoso.
Estômago de ruminantes
	O estômago de ruminantes se compõe de quatro partes estruturalmente distintas. As primeiras três partes (rúmen, retículo e omaso) são coletivamente chamadas antro cardíaco ou pró-ventrículo. O antro cardíaco é inteiramente revestido por uma mucosa não glandular com epitélio escamoso estratificado queratinizado. A quarta parte do estômago do ruminante (o abomaso) é revestida por uma mucosa glandular parecida com a do estômago de outras espécies.
	O antro cardíaco é eficaz no fracionamento do material ingerido fibroso (volumoso) até nutrientes absorvíveis, tanto por ação mecânica como química. O rúmen atua como um tanque de fermentação, onde uma grande população de bactérias e protozoários atuam sobre o material ingerido; com isso, são produzidos ácidos graxos voláteis de cadeia curta que, em seguida, são absorvidos através da mucosa, chegando ao sangue.
	O retículo e o omaso exercem uma ação mecânica sobre o material ingerido que reduz a massa a partículas finas. A parede do omaso é particularmente bem adaptada para essa função. 
	Além das atividades de fermentação e mecânicas, ocorre considerável absorção através do epitélio escamoso estratificado queratinizado de todas as três partes do antro cardíaco.
	Os processos digestivos enzimáticos no abomaso degradam ainda mais o material ingerido, juntamente com os microrganismos acompanhantes, até substâncias como glicose e aminoácidos de maneira similar à do estômago de não ruminantes.
Rúmen
	A mucosa do rúmen se caracteriza por pequenas papilas em forma de língua; o tamanho e a forma dessas papilas variam consideravelmente de uma região para outra do rúmen. As papilas se desenvolvem antes do nascimento, permanecendo pequenas enquanto o animal estiver numa dieta láctea. Ao ser introduzido o volumoso na dieta, e com o início da fermentação no rúmen, as papilas aumentar rapidamente de tamanho.
	O epitélio ruminal é do tipo escamoso estratificado queratinizado e desempenha pelo menos três funções importantes: proteção, metabolismo e absorção. O estrato córneo forma um escudo protetor contra o material ingerido fibroso e bruto, enquanto os estratos mais profundos metabolizam ácidos graxos voláteis de cadeia curta. Sódio, potássio, amônia, ureia e muitos outros produtos também são absorvidos do conteúdo ruminal.
	Não está presente uma lâmina muscular; assim, a lâmina própria se funde com a submucosa, formando uma própria-submucosa. A túnica muscular é formada por uma camada circular interna e outra longitudinal de músculo liso. O plexo mientérico se localiza entre essas camadas.
Retículo e sulco reticular
	O retículo tem uma mucosa com pregas interconectantes permanentes, as cristas reticulares, emprestando ao órgão um aspecto de colmeia. Essas cristas têm duas alturas diferentes. As cristas mais altas separam a superfície mucosa em compartimentos rasos, as células reticulares, que são subdivididas em áreas menores pelas cristas mais baixas. Os lados das cristas exibem sulcos verticais, e a mucosa entre as cristas é revestida por papilas reticulares cônicas que se projetam para o lúmen.
	O sulco reticular tem início no óstio cardíaco, avançando ventralmente sobre a parede medial do retículo, indo terminar no óstio retículo-omasal. O sulco é margeado por duas pregas espessas, os lábios. 
	No animal jovem, as camadas de músculo liso dos lábios fazem contração reflexa durante a sucção. Como resultado, as bordas dos lábios se juntam, criando um canal que permite ao leite contornar o retículo e o rúmen. O leite passa através de um sulco omasal muito curto, indo cair diretamente no abomaso.
Omaso
	O omaso fica praticamente ocupado por cerca de 100 pregas longitudinais, as lâminas, que têm sua origem na superfície interna da curvatura maior e lados do órgão. O conteúdo omasal fica comprimido em delgadas camadas nos estreitos espaços entre as lâminas (recessos interlaminares), ficando reduzido a uma fina polpa pelas numerosas papilas omasais córneas arredondadas que guarnecem a superfície da mucosa.
Abomaso
	O óstio omaso-abomasal se caracteriza por duas pregas mucosas, a velaabomasal, onde ocorre uma mudança abrupta de epitélio escamoso estratificado queratinizado para epitélio colunar simples. 
	Em bovinos, essa mudança ocorro no ápice das pregas, enquanto em pequenos ruminantes a mudança ocorre no lado omasal. A lâmina própria fica menos densa no lado abomasal das pregas e com frequência exibe um nódulo linfático por baixo da junção epitelial. A mucosa do abomaso tem todas as características regiões glandulares do estômago.
Intestino delgado
	O intestino delgado se divide em três partes: duodeno, jejuno e íleo. A digestão intestinal, ou a redução do alimento até uma forma absorvível, tem início quando o conteúdo proveniente do estômago é “trabalhado” pelas secreções pancreáticas, bile e secreções intestinais e continua por toda a extensão do intestino delgado.
	As funções digestivas e absortivas do intestino delgado são facilitadas por diversas estruturas especializadas. As funções digestivas exigem quantidades volumosas de enzimas digestivas, além de um aporte copioso de muco para proteção das células de revestimento contra lesões mecânicas e compostos irritantes.
	As enzimas têm origem nas células absortivas colunares e no pâncreas. As enzimas produzidas pelas células absortivas colunares são circundadas por membrana na superfície luminal das microvilosidades, ao passo que as enzimas produzidas pelo pâncreas se mesclam livremente com o conteúdo luminal.
	O muco é produzido por glândulas submucosas no intestino delgado e por células caliciformes, que estão entremeadas com as células absortivas colunares por todo o intestino.
	As diversas regiões do intestino delgado nos mamíferos domésticos não são claramente definíveis ao microscópio, como nos seres humanos. Por exemplo, as glândulas submucosas não se estendem por todo o comprimento do duodeno em ovinos, caprinos e carnívoros, enquanto em cavalos, bovinos e suínos essas glândulas se estendem até o jejuno.
	Do mesmo modo, os nódulos linfáticos agregados (placas de Peyer), frequentemente considerados como uma característica identificadora do íleo, podem ser observados em qualquer local ao longo do intestino delgado de mamíferos domésticos.
	Considerando que o comprimento das vilosidades varia com as atividades fisiológicas e com a espécie, essa não é uma característica confiável para identificação dos diversos segmentos.
Intestino grosso
	O intestino grosso é composto do ceco, cólon, reto e canal anal. É um local para ação microbiana no material ingerido; absorção de água, vitaminas e eletrólitos; e secreção de muco. Muitas variações mecânicas e funcionais do intestino grosso têm relação com a necessidade de fracionar as grandes massas de material que contém celulose consumidas pelos herbívoros.
	Contudo, apesar das diferenças anatômicas macroscópicas, é tarefa difícil diferenciar entre ceco, cólon e reto nas secções histológicas. As características comuns a esses três segmentos do intestino grosso são: ausência de vilosidades; glândulas intestinais tubulares simples mais longas, menos enoveladas, com muitas células caliciformes; a ausência de células granulares acidofílicas; e maior número de nódulos linfáticos.
	No intestino grosso, estão ausentes as pregas circulares, mas estão presentes pregas longitudinais. Animais em engorda para abate tendem a acumular tecido adiposo branco na submucosa.
Ceco
	O ceco varia de tamanho entre as diferentes espécies. Em herbívoros com estômagos simples (cavalos), o ceco é grande e é um importante reservatório de fermentação bacteriana; mas em carnívoros, esse órgão é pequeno.
	Em todos os mamíferos domésticos, o ceco tem quantidade substancial de nódulos linfáticos dispersos por todo o seu comprimento. Os nódulos linfáticos são especialmente numerosos em torno do óstio ileal (abertura do íleo para o ceco ou cólon) em porcos, ruminantes e cães; mas em cavalos e gatos, os nódulos linfáticos estão concentrados nas proximidades do ápice do ceco.
Cólon
	A mucosa do cólon é substancialmente mais espessa do que a mucosa do intestino delgado, por causa do maior comprimento das glândulas intestinais. Considerando a inexistência de vilosidades, a superfície mucosa é lisa.
	Há maior número de células caliciformes, em comparação com o que ocorre no intestino delgado. Com frequência a submucosa está distendida por tecido linfático, que também danifica a lâmina muscular. Nesses casos, as glândulas intestinais podem se prolongar até a submucosa.
Reto
	Como ocorre no ceco e no cólon, a mucosa do reto é lisa e, exceto pelo maior número de células caliciformes, as estruturas básicas são semelhantes. Em cavalos e bovinos, a parede retal é mais espessa que a parede do cólon. Em carnívoros, a camada longitudinal externa da túnica mucosa é espessada.
	A parte cranial do reto é coberta por uma serosa, enquanto a parte retroperitoneal é circundada por uma adventícia, que se funde com a fáscia pélvica.
Canal anal
	O canal anal é o segmento terminal do trato digestivo, e na linha anorretal o epitélio colunar simples do reto muda abruptamente para epitélio escamoso estratificado não queratinizado. Também na junção anorretal, termina a lâmina muscular do reto.
	A mucosa do canal anal é lisa e não exibe glândulas em ruminantes e cavalos. Em porcos e carnívoros, a mucosa anal se divide em três zonas distintas: (1) zona colunar, (2) zona intermediária e (3) zona cutânea.
	Em cães, a mucosa da parte mais externa da zona cutânea, nas proximidades da junção com a pele, contém grandes glândulas sebáceas modificadas, as glândulas circum-anais.
Fígado
	O fígado é a maior glândula do corpo, caracterizado por exercer funções inúmeras e complexas: excreção (produtos inúteis), secreção (bile), armazenamento (lipídios, vitaminas A e B, glicogênio), síntese (fibrinogênio, globulinas, albumina, fatores da coagulação), fagocitose (matéria particulada estranha), destoxificação (agentes farmacológicos lipossolúveis), conjugação (substâncias tóxicas, hormônios esteroides), esterificação (ácidos graxos livres até triglicerídios), metabolismo (proteínas, carboidratos, lipídios, hemoglobina, agentes farmacológicos) e hemopoese (no embrião e, potencialmente, no adulto).
Cápsula e estroma
	Cada lobo hepático está revestido por uma serosa típica (peritônio visceral) suprajacente a uma delgada cápsula de tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo da cápsula se estende até os lobos hepáticos, na forma de tecido conjuntivo interlobular, para circundar os lóbulos hepáticos individuais e dar sustentação aos sistemas vasculares e aos dutos biliares.
	Uma delicada rede de fibras reticulares circunda as células e sinusoides. Células musculares lisas podem estar presentes na cápsula e no tecido conjuntivo interlobular. 
	Áreas expandidas de tecido conjuntivo interlobular que sustentam (a) um vaso linfático, (b) ramos da artéria hepática, (c) ramos da veia porta e (d) um duto biliar surgem ao longo de qualquer secção do fígado. 
	Esses grupos de vasos e dutos, juntamente com o tecido conjuntivo de sustentação, são chamados canais portais ou áreas portais.
Parênquima
	As lâminas hepáticas consistem em fileiras de hepatócitos. Os hepatócitos exibem seis ou mais superfícies que são de três tipos diferentes: (1) superfícies microvilosas que ficam voltadas para o espaço perissinusoide; (2) superfícies canaliculares que margeiam os canalículos biliares; e (3) superfícies de contato entre hepatócitos adjacentes, onde as membranas celulares em aposição podem ter junções estreitas e desmossomos.
	Os hepatócitos são ainda caracterizados por um núcleo esférico de localização central com um ou mais nucléolos conspícuos e aglomerados dispersos de heterocromatina. Ocasionalmente, são observadas células binucleadas.
Canalículos biliares e dutos biliares
	Os hepatócitos absorvem bilirrubina (o principal pigmento biliar) do sangue, conjugam esse pigmento e o secretam como um dos componentes da bile. Sais biliares, proteína e colesterol são os demais componentes.
	A bile é secretada em canalículos biliares, que são canais diminutos entre hepatócitosjustapostos. Os canalículos são espaços intercelulares expandidos marginados por membranas celulares com microvilosidades curtas que se projetam para o lúmen. Junções estreitas impedem que a bile escape para o estreito espaço intercelular adjacente dos canalículos.
	A bile flui pelos canalículos biliares na direção da periferia do lóbulo clássico, onde penetra em pequenos dútulos biliares revestidos por epitélio cuboide simples.
Irrigação sanguínea
	A vascularidade do fígado está diretamente relacionada às suas inúmeras funções. O fígado possui dupla irrigação sanguínea. A veia porta conduz o sangue dos intestinos e órgãos associados, e a artéria hepática irriga as células hepáticas com sangue oxigenado. 
	Esses vasos entram no fígado por um hilo, denominado porta, em sua superfície visceral. Ramos desses dois vasos penetram nos lobos, onde se ramificam e acompanham o tecido conjuntivo interlobular. Os pequenos ramos no interior do canal portal são chamados vênula portal interlobar e arteríola hepática interlobular.
	As vênulas portais interlobulares dão origem a pequenos ramos, chamados às vezes de vênulas distributivas, que formam o eixo do ácino hepático. Vênulas terminais curtas surgem das vênulas distributivas e terminam diretamente nos sinusoides.
	Quase todo o sangue trazido pelas arteríolas hepáticas interlobulares entra num plexo capilar no interior do canal portal e no tecido conjuntivo interlobular; apenas pequena parte do sangue chega aos sinusoides diretamente através das arteríolas terminais.
	Os sinusóides hepáticos são capilares sanguíneos, localizados entre lâminas hepáticas, que avançam através do lóbulo transportando o sangue de ramos terminais da arteríola hepática interlobular e da vênula portal interlobular até a veia central.
	Com frequência, os sinusoides se comunicam entre si via interrupções nas lâminas. Esse arranjo ramificante assegura que hepatócitos têm pelo menos uma superfície adjacente a um sinusoide. Os sinusoides são revestidos por dois tipos de células: células endoteliais e macrófagos estrelados (células de Kupffer).
Lóbulo portal e o ácino hepático – unidades funcionais do fígado
	O lóbulo portal é uma unidade funcional desenvolvida para enfatizar a função exócrina (secreção de bile) do fígado. O lóbulo portal é definido como uma área triangular constituída do parênquima de três lóbulos clássicos, que é drenado pelo dútulo biliar no canal portal. Assim, o eixo (centro) do lóbulo portal é o dútulo biliar interlobar no canal portal, e os ângulos periféricos são as veias centrais dos três lóbulos adjacentes.
Vesícula biliar
	A bile produzida pelo fígado é armazenada na vesícula biliar e concentrada pela reabsorção de água e sair inorgânicos. No estado concentrado (vazio), a mucosa da vesícula biliar fica arranjada em numerosas pregas. À medida que a vesícula vai se enchendo e sofre expansão, as pregas têm a tendência de se achatar, resultando numa superfície mucosa mais lisa.
Pâncreas
	O pâncreas é uma glândula tubuloacinar composta, lobulada e encapsulada, que contém tanto parte exócrina como endócrina. A função da parte exócrina é produzir uma série de enzimas, como amilase, lipase e tripsina, que atuam nos produtos da digestão gástrica ao chegarem ao duodeno. A parte endócrina, composta pelas ilhotas pancreáticas, produz principalmente insulina e glucagon.
	O parênquima do pâncreas está separado por lóbulos distintos por um estroma de tecido conjuntivo. Cada lóbulo se compõe de unidades secretórias e dutos intralobulares.
	As células acinares possuem receptores para colecistocinina, que é produzida por células endócrinas no intestino delgado e estimula a liberação de enzimas pancreáticas e também a contração da túnica muscular da vesícula biliar.
	A unidade secretória tubuloacinar tem continuidade com um curto duto intercalado. Este duto começa com células achatadas que se estendem pelo lúmen do ácino; portanto, são conhecidas como células centroacinares.
	Células centroacinares e células dutais intercaladas secretam bicarbonato e água quando estimulada pela secretina, um polipeptídeo. O bicarbonato eleva o pH do conteúdo intestinal, o que facilita a ação das enzimas digestivas intestinais.
	O estroma do pâncreas consiste em uma cápsula delgada que dá origem a delicados septos de tecido conjuntivo separando os lóbulos. Frequentemente, estão presentes corpúsculos lamelares (de Pacini) no tecido conjuntivo do pâncreas de gatos.

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