TUTORIA SISTEMA LÍMBICO - emoções, estruturas

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TUTORIA - SISTEMA LÍMBICO
ALUNA: MARIANA MUDO TURMA I MED FAP @estudoxx @marimudo 
Termos desconhecidos:
Escrutinar: examinar com atenção e minúcia, a fim de descobrir, perceber, 
conhecer; esquadrinhar, sondar.
Doença de Urbach Wiethe: é uma lipoidoproteinose ou hialinose cutânea e 
mucosa (OMIM 247100), é rara genodermatose de herança autossômica 
recessiva, de patogênese desconhecida, que se caracteriza pela deposição de 
material hialino na pele, mucosa oral e órgãos internos.
Automatismos: atividade motora coordenada e repetitiva que geralmente ocorre 
associada a alteração do estado de consciência, podem ser: oroalimentares, 
manuais ou pedais, gestuais, gelásticos, vocais ou verbais.
Objetivo 01: Definir o sistema límbico.
O sistema límbico é o conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas 
morfologicamente e funcionalmente, relacionadas com a emoção e memória.
Ele tem como centro o lobo límbico e as estruturas a ele relacionadas, de forma 
anatômica.
As áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional também controlam o 
sistema nervoso autônomo, tendo em vista a importância da participação desses 
sistema na expressão das emoções.
É um anel cortical contínuo, formado pelo: giro do cíngulo, giro para-hipocampal e 
hipocampo, ele contorna as formações inter-hemisféricas e foi considerado como 
grande lobo límbico. 
Circuito de Papez: mecanismo para explicar as emoções, que envolveria as 
estruturas do lobo límbico, núcleos do hipotálamo e tálamo, composto por:
hipocampo→ fórnix→ corpo mamilar→ trato mamilotalâmico→ núcleos anteriores 
do tálamo → cápsula interna→ giro do cíngulo→ giro para-hipocampal→retorna 
para o hipocampo.
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Posteriormente, foi descoberto que está relacionado a memória e não as emoções.
 Síndrome de Kluver e Bucy: Lesão do ápice dos lobos temporais
(1) domesticação completa
(2) perversões do apetite
(3) agnosia visual (incapacidade de reconhecer pela visão) 
Essa ocorre devido a lesão das áreas visuais de associação secundária, que ficam 
no córtex do lobo temporal, e os demais sintomas são consequência da remoção da 
amígdala.
(4) perda do medo
(5) tendência oral (levar tudo a boca)
(6) hipersexualização
Objetivo 02: Descrever as estruturas que compõem o Sistema 
Límbico.
Giro do cíngulo: fica localizado acima do corpo caloso, acompanha o formato 
curvo e é delimitado pelo sulco do cíngulo (superiormente). É uma estrutura 
fundamental para as duas principais funções do sistema límbico, sendo sua porção 
anterior importante no processamento emocional, e a posterior no processamento 
de memórias. 
Giro parahipocampal: é contínuo ao istmo do giro do cíngulo, e é melhor 
visualizado na face inferior do cérebro, que corresponde à porção anterior do giro 
occipitotemporal medial. 
Sendo o hipocampo anatomicamente contínuo ao giro parahipocampal, e vai ser 
melhor visualizado no interior do lobo temporal, no assoalho do corno temporal do 
ventrículo lateral.
Córtex Cingular anterior: relaciona-se com o processamento das emoções. 
Processamento de tristeza, sendo um sentimento fisiológico.
Córtex insular anterior: é isocórtex homótipo, característico das áreas de 
associação. Envolvido nas funções de:
Empatia; ele vai ser ativado em indivíduos normais quando observam imagens 
de situações dolorosas. É perdida em casos de lesão.
Conhecimento da própria fisionomia como diferente dos outros.
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Sensação de nojo na presença ou em imagens de fezes, vômitos, carniça e 
outra situação nojenta. É perdida em casos de lesão.
Percepção dos componentes subjetivos das emoções.
Córtex pré-frontal orbitofrontal: está envolvida no processamento das emoções; 
pois, tem conexões com o corpo estriado e com o núcleo dorsomedial do tálamo, 
formando o circuito em alça orbitofrontal.
Sua lesão cursa com tamponamento psíquico em que o indivíduo perde a 
capacidade de processar e reagir com emoções.
Hipotálamo: regula as funções vegetativas e endócrinas, regulação dos processos 
emocionais. A estimulação elétrica ou lesão de algumas áreas do hipotálamo em 
animais não anestesiados determinam respostas emocionais, complexas, como 
raiva e medo.
Tem papel preponderante como coordenador das manifestações periféricas das 
emoções, através de suas conexões com o sistema nervoso autônomo.
Tem papel central na coordenação dos efeitos viscerais das emoções. Como as 
alterações gastrointestinais que algumas pessoas apresentam quando estão 
ansiosas.
Alguns efeitos:
Estimulação da região do tálamo: sede e fome, e leva o indivíduo a raiva e luta.
Estimulação do núcleo ventromedial e áreas adjacentes - saciedade, diminuição 
da alimentação e tranquilidade. 
Estimulação da zona estreita dos núcleos periventriculares - sensação de medo 
e punição.
Estímulo das porções anterior e posterior pode levar ao estímulo de desejo 
sexual.
Lesões:
Bilateral na região lateral do hipotálamo - inanição letal, causa extrema 
passividade e perda da maioria dos impulsos motivacionais.
Bilateral das áreas ventromediais - beber e comer excessivamente, 
hiperatividade e muitos surtos frequentes de raiva extrema a menor provocação.
Área septal: compreende o grupo de neurônios de disposição subcortical que se 
estendem até a base do septo pelúcido, os núcleos septais. 
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Suas conexões: suas projeções para a amigdala, hipocampo, tálamo, giro do 
cíngulo, hipotálamo e formação reticular através do feixe prosencefálico medial, 
recebendo fibras dopaminérgicas.
🚨 Lesões bilaterais da área septal - causam raiva septal: é a 
hiperatividade emocional, ferocidade e raiva diante de condições que 
normalmente não modificam o comportamento do animal.
Núcleo accumbens: faz parte do corpo estriado ventral, ele recebe aferências 
dopaminérgicas e projeta eferências para a parte orbitofrontal da área pré-frontal. É 
o mais importante componente do sistema mesolímbico (sistema de recompensa ou 
prazer).
Habênula: fica no trígone das habênulas, no epitálamo, abaixo e lateralmente à 
glândula pineal. Ela é formada por núcleos habenulares medial e lateral. Possui 
conexões complexas, e nelas detacamos as afer~encias que recebemos dos 
núcleos septais e suas projeções pelo fascículo retroflexo e para os neurônios 
dopaminérgicos do sistema mesolímbico (neles tem ação inibitória).
Tem ação inibitória pelo sistema serotoninérgico, pelas suas conexões com os 
núcleos da rafe. Participa da regulação dos níveis de dopamina nos neurônios do 
sistema mesolímbico os quais, vão formar a principal área do sistema de 
recompensa. 
Na estimulação das áreas dos núcleos habenulares resulta em ação inibitória sobre 
o sistema dopaminérgico mesolímbico e sobre o sistema serotoninérgico de 
projeção difusa. 
Alguns sintomas da depressão como tristeza e incapacidade de busca do prazer 
podem ser explicados pela queda de atividade dopaminérgica na via mesolímbica. 
🚨 Podemos inferir que o sistema mesolímbico é ativado pela 
recompensa e a habênula pela não recompensa.
Amígdala: é identificado como o componente mais importante. É a estrutura 
subcortical com maior número de projeções do sistema nervoso. Ela tem 12 
núcleos, que vão se dispor em 3 grupos: corticomedial, basolateral e central. 
Grupo corticomedial vai receber as conexões olfatórias e está envolvido com os 
comportamentos sexuais. 
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Grupo basolateral: recebe a maioria das conexões aferentes da amígdala e o 
central dá origem às conexões eferentes.
Essa estrutura possui conexões aferentes com todas as áreas de associação 
secundária do córtex, trazendo informações sensoriais já processadas, e também 
aferências de alguns núcleos hipotalâmicos. As conexões eferentes se distribuem 
em duas vias:
Via amigdalofuga dorsal: através da estria terminal, projeta-se para os núcleos 
(septais, accumbens, hipotalâmicos e da habênula).
Via amigdalofuga ventral: projeta-se para as mesmas áreas corticais,talâmicas 
e hipotalâmicas de origemd as vias aferentes, além do núcleo basal. Nessa via 
a amígdala projeta eferências para núcleos do tronco encefálico envolvidos em 
funções viscerais, como o núcleo dorsal do vago, onde estão os neurônios pré-
ganglionares do parassimpático craniano. 
Obs.: os núcleos da amígdala se comunicam entre si por fibras glutamatérgicas, o 
que mostra grande processamento de informações.
O unco abriga a amígdala e localiza-se na superfície inferior do cérebro, 
posteromedialmente ao lobo temporal, lateral à superfície perfurada posterior e aos 
corpos mamilares, anterior ao corpo geniculado lateral e anterolateral ao 
mesencéfalo. Macroscopicamente, o unco parece ser uma extensão anteromedial 
do giro parahipocampal.
Há três componentes principais do unco. Posteriormente existe o giro intralímbico; 
anteriormente temos o giro uncinado e entre eles está a cauda do giro denteado. 
O unco também está relacionado com dois outros giros que se relacionam 
superficialmente com a amígdala conhecidos como o giro semilunar e o giro 
ambiens. O primeiro está localizado medialmente e é contínuo com a estria 
olfatória lateral; enquanto o segundo está localizado lateralmente e é contínuo com 
o giro olfatório lateral (fina camada de substância cinzenta que cobre a estria 
olfatória lateral).
Formação hipocampal: usado para nos referirmos ao conjunto de hipocampo, giro 
denteado, o complexo subicular e o córtex entorrinal.
Hipocampo
O hipocampo é um feixe de substância cinzenta que se localiza no assoalho do 
corno temporal do ventrículo lateral e se parece a um chifre de carneiro. Por essa 
razão, ele também é chamado de corno de Ammon (em homenagem a um deus 
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da mitologia egípcia, Ammon). Anteriormente, o corno de Ammon é mais largo do 
que a sua extensão posterior e é moldado em uma formato semelhante a uma pata.
Córtex entorrinal
Finalmente, o córtex entorrinal (área 28 de Brodmann) é constituído pela 
extremidade anterior do giro parahipocampal e pelo unco e é precedido pelo giro 
semilunar. Este córtex estende-se rostro-caudalmente da amígdala anterior para 
partes da formação hipocampal. É um receptor direto da estimulação aferente 
do bulbo olfatório. O córtex entorrinal é histologicamente dividido em seis camadas 
com base na sua celularidade.
Corpos mamilares
Os corpos mamilares são um par de estruturas redondas encontradas 
inferiormente ao assoalho do terceiro ventrículo. Elas são posteriores à glândula 
pituitária e ao tuber cinereum (assoalho do hipotálamo) e anterior à substância 
perfurada  posterior e à fossa interpeduncular. Os corpos mamilares comunicam 
com o sistema límbico através do fórnice pós-comissural (fibras posteriores do 
fórnice) e através do fascículo mamilotalâmico.
Vista neuroquímica: tem diversos neurotransmissores, com a presença de GABA, 
serotonina, noradrenalina, substância P, e encefalinas.
Objetivo 03: Explicar as funções do Sistema Límbico.
O que faz o sistema límbico? 
Emoção: 
Manifestações fisiológicas
Manifestações comportamentais (medo controlado e descontrolado, 
recompensa, ansiedade, depressão).
Memória:
Natureza 
Declarativa - busca de informações→conhecimentos 
Não declarativa - procedimentos automáticos→ andar de bicicleta
Tempo de duração 
Operacional ou de trabalho; curta duração; longa duração.
Habenulas: Inibem o centro de recompensa, é importante na frustação.
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Hipotálamo: tem funções viscerais e endócrinas (hipófise, SNA e liberação de 
hormônios).
Funções da amígdala: 
Estímulo dos núcleos do grupo basolateral da amígdala→ medo e fuga. 
Estímulo dos núcleos do grupo corticomedial→ reação defensiva e agressiva. 
Estímulo da amígdala, e do hipocampo→ ataque agressivo.
Na amígdala temos uma maior concentração de receptores para hormônios sexuais 
do SNC; estímulo→variedade de comportamento sexual, e 
lesão→hipersexualidade.
Sua função mais conhecida é o processamento do medo, se houver a lesão 
bilateral da amígdala não sentem medo. A amígdala está relacionada no 
reconhecimento de faces que expressam emoções como medo e alegria.
Medo: vai resultar da ativação do sistema simpático e liberação de adrenalina pela 
medula da glândula suprarrenal, pelo chamado Síndrome de Emergência de 
Cannon, que visa preparar o organismo para situação de perigo na qual ele deve 
fugir ou enfrentar o perigo. 
Caminho da informação: informação visual→levado ao tálamo→áreas visuais 
primárias e secundárias→ tem dois caminhos a seguir→ (1) direta (2) indireta.
(1)Via direta: informação levada e processada na amígdala basolateral→ amígdala 
central→ alarme pelo sistema simpático. Reação de alarme imediata com 
manifestações autonômicas e comportamental típica.
(2)Via indireta: informação→córtex pré-frontal → amígdala.
🚨 Via direta é mais rápida e permite a resposta imediata ao perigo, 
enquanto, a via indireta é mais lenta e vai permitir que o córtex pré-
frontal analise as informações recebidas e seu contexto. Sendo a via 
direta inconsciente e o medo só se torna consciente quando passa 
pelo córtex.
Sistema de recompensa: relação do cérebro com motivação e prazer. As áreas 
que determinam estimulações com frequências mais elevadas compõem o sistema 
dopaminérgico mesolímbico ou sistema de recompensa. É formado por neurônios 
dopaminérgicos que, da área tegmentar ventral do mesencéfalo, passando pelo 
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feixe e prosencefálico medial, terminam nos núcleos septais e no núcleo 
accumbens, projetam-se para o córtex pré-frontal orbitofrontal.
Esse sistema premia com sensações de prazer os comportamentos importantes 
para a sobrevivência e também é ativado por situações cotidianas.
Dependência química: o prazer sentido pelo uso de drogas deve-se a estimulação 
do sistema de recompensa e do núcleo accumbens. A dependência vai ocorrer pela 
estimulação exagerada dos neurônios e gera gradual diminuição da sensibilidade 
dos receptores e redução do seu número, sendo necessário cada vez mais doses 
maiores para sentir o prazer. 
Referências: 
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 7ªed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan.
MACHADO A.; HAERTEL, L. M. Neuroanatomia funcional. 3 ed. São Paulo: 
Atheneu, 2014.