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AF - Comunicação e Expressão DCE Pergunta 1 Leia o texto com atenção. Verbo ser QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais que têm origem: no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular. na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência de outros. na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares. no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligenciados por seus antepassados. na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus pares. Pergunta 2 (Enem) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada. História Viva, n.º 99, 2011. Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende- se que: A digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances. O conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal. A divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial. A digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional. O grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista. Pergunta 3 Leia com atenção o texto a seguir. Brasil terá duas bulas de remédio [...] O Brasil terá duas bulas de medicamentos: uma com linguagem técnica, destinada a médicos, e outra voltada ao paciente, com informações mais didáticas. A bula do paciente continuará dentro da caixa do remédio, enquanto a outra será eletrônica, disponível no site de Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os pacientes também poderão acessá-la. As letras e os espaçamentos entre os parágrafos no texto da bula devem ficar maiores, para facilitar a leitura dos textos. [...] Alguns estudos apontam que as bulas dos remédios vendidos no país são incompletas, excessivamente técnicas para o público leigo e superficiais e desatualizadas para os médicos. [...] Fonte: COLLUCCI, Cláudia. Homepage Folha de São Paulo.<http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u504556.shtml>. Acesso em: 18/01/2011. A bula de remédio é um tipo de texto muito importante no cotidiano do brasileiro, ainda que bastante negligenciado. De acordo com o texto apresentado, assinale a alternativa que aponta para as principais razões dessa negligência por parte do paciente comum: a desatualização das indicações. a facilidade de ter a bula à disposição na internet e a cultura de automedicação. os termos técnicos, de difícil compreensão, e o tamanho das letras. a complexidade dos termos e explicações e a falta de padronização. apenas a cultura de automedicação. Pergunta 4 Examine o cartum: COM. e EXP - QUEST 30 - (2020.1A)_v1.PNG O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, da: Discrepância entre situar-se geograficamente e dominar o idioma local. Incerteza sobre o nome do ponto turístico onde as personagens se encontram. Semelhança entre a língua de origem e a local. Falha de comunicação causada pelo uso do aparelho eletrônico. Falta de habilidade da personagem em operar o localizador geográfico. Pergunta 5 Analise o seguinte texto. O exercício da crônica Escrever crônica é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelos personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de uma máquina, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um assunto qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado. MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. Predomina, nesse texto, a função metalinguística da linguagem que se constitui: Nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica. Nas diferenças entre o cronista e o ficcionista. Nos elementos que servem de inspiração ao cronista. Nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica. No papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica. Pergunta 6 Considere este texto para responder à questão: Os primeiros dias de 2014 trouxeram uma pesquisa com resultados reveladores e que dão muito o que pensar. O estudo revela que as “narrativas em tiras” [...] são a leitura preferida dos estudantes da rede pública de ensino de São Paulo. Essa opção apareceu em 45% das respostas dos alunos entrevistados, ficando à frente de gêneros literários tradicionais, obrigatórios no conteúdo escolar. Contos, mitos e lendas foram a segunda opção mais indicada pelos discentes paulistas (com 36,9%). Em terceiro, aparecem os poemas (31%). Em quarto e quinto, os romances de amor (29,2%) e de aventura (24,8%). Crônicas (18,5%) e livros de História do Brasil ou mundial fecharam a lista (12,6%), divulgada em 2 de janeiro pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. http://www.cartanaescola.com.br/single/show/289 Uma possível causa para a preferência das narrativas em tiras no lugar dos gêneros literários tradicionais é a linguagem: Dinâmica e próxima do leitor. Hermética e próxima do leitor. Mais instrutiva e fácil de assimilar. Mais superficial e fácil de assimilar. Mais instrutiva e lúdica. Pergunta 7 […] Nas empresas de médio porte, em especial as de tecnologia, o novo profissional já encontra território acolhedor. Na Conectt, os 150 funcionários têm a liberdade de propor ideias a qualquer momento. São eles que decidem também os programas de bem-estar, além de desfrutar de horários maleáveis. Alguns designers nunca pisaram a sede da empresa, em São Paulo, e trabalham remotamente de diferentes pontos do Brasil. No ano passado, um programador recém-contratado avisou que sairia em seguida para passar uma temporada na Austrália. Foi incentivado e lhe asseguraram que teria sua vaga na volta. Segundo o sócio-diretor Pedro Waengertner, o importante é a equipe entregar o trabalho, independentemente da quantidade diária de horas trabalhadas, e ela se sentir parte fundamental do processo. “O funcionárioé um ativo valioso e, para reter os melhores, é preciso ter flexibilidade”, diz ele [...]. Fonte: www.istoe.com.br/ (acesso em 6 ago. 2014) A revolução tecnológica provocou transformações em várias esferas sociais e, em especial, no trabalho. O texto publicado na revista IstoÉ trata desse assunto e revela que: O mercado de trabalho abre espaço para o profissional autônomo, conectado e que tem utilidade variada. As empresas exigem, cada vez mais, a presença do trabalhador no cotidiano. Se reduziu a liberdade do profissional contemporâneo, que precisa se requalificar constantemente. A quantidade da contribuição diária do profissional é mais valiosa que a qualidade. A hierarquia dentro das empresas ainda é muito cultivada. Pergunta 8 Leia os seguintes textos. Texto I Meus oito anos Oh! Que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais![...] Casimiro de Abreu Texto II Ai que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais... Me sentia rejeitada Tão feia, desajeitada, Tão frágil, tola, impotente, Apesar dos laranjais. [...] Ruth Rocha Sobre os textos citados, é possível afirmar que: O texto II é uma paródia do texto I. O texto II é uma piada do texto I. O texto I é uma fábula. O texto I é uma paródia do texto II. O texto II é uma fábula. Pergunta 9 Leia a tirinha abaixo e analise as afirmativas a seguir: Comunicacao e expressao - 2020.1A - enunciado - 3_v1.PNG I. Para a compreensão do texto, é preciso ativar o conhecimento de mundo do leitor para que entenda a alusão feita da nota vermelha com os demais discursos apresentados nos balões de fala; II. Como se trata de um gênero textual de humor, o contexto não interfere na construção de sentido; III. A comunicação é efetivada no último quadrinho, sem interferência, uma vez que o texto “...esta noite está chovendo no meu vale...” foi elaborado com uma linguagem no seu sentido real. Está ou estão correta(s): I, II e III. I e III, apenas. I, apenas. I e II, apenas. II e III. apenas. Pergunta 10 Atente a esse trecho, de um texto de Caetano Veloso. Ouço pessoas dizerem “neguinho” ao referir-se a um sujeito indeterminado, sem nem se lembrarem ou saberem que há aquela canção — e fico feliz. O uso do termo “neguinho” referindo a um sujeito indeterminado no contexto, mas simples, ocorre em: Meu neguinho, que é de meu charme? Oh, neguinho, deixa eu ficar com você. Revi as fotos dele; o neguinho nos faz muita falta. Neguinho fura o sinal e nem aí para a educação. Quando estavam próximos a um bar, a ex-mulher chegou de moto com um homem de apelido 'Neguinho', que deu tiros em Campos.
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