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Avaliação Cinético Funcional Aplicada A avaliação cinético-funcional é realizada pelo fisioterapeuta e tem a finalidade de caracterizar, por meio de métodos e técnicas de avaliação específicos, o grau de desempenho funcional nos mais diversos sistemas orgânicos. O Diagnóstico Cinesiológico Funcional visa identificar, quantificar e qualificar as disfunções cinéticas-funcionais de órgãos e sistemas. Para esse diagnóstico é preciso uma avaliação funcional que vai ser feita por meio de anamnese funcional, exames complementares e testes especiais. parte subjetiva da avaliação. O paciente vai contar a sua história, como chegou até esta situação, o desencadear da doença/lesão, o que mais o incomoda, demais queixas, remédios em uso, etc. Trata-se de uma conversa detalhada entre terapeuta e paciente, Deve conter: 1. identificação 2. queixa principal 3. história pregressa 4. história da moléstia atual 5. queixas paralelas 6. história familiar 7. medicamentos e cirurgias parte objetiva da av. O terapeuta vai analisar os diversos aspectos relacionados a saúde e condição do indivíduo através de testes, inspeção, manobras, utilização de aparelhos, etc. Possíveis sinais são encontrados, podendo ajudar a qualificar a gravidade do comprometimento. • inspeção • sinais vitais • palpação • percussão • ausculta • antropometria • grau de mobilidade • grau de força • grau de sensibilidade • exames complementares • testes especiais aplicáveis ao caso ESTADOS DE ALERTA ➭alerta: acordado. Atento as estimula- ções/interações apropriadas com o tera- peuta ➭letargia: sonolento. Interações inapropriadas com o terapeuta, dificuldade para se concentrar ➭torpor: difícil acordar. Confuso, interações improdutivas ➭esturpor(semicoma): só responde estímulos fortes (nociceptivos). Retoma inconsciência, incapaz de interagir ➭coma: não pode ser acordado. Pode ou não apresentar reflexos ORIENTAÇÃO ➭tempo: noção de data e hora ➭pessoa: quem é ➭lugar: onde está SINAIS VITAIS P.A. – PRESSÃO ARTERIAL (mmHg) Normal <120/80 Pré- hipertensão 120/80 129/80 Hipertensão I 130/80 139/89 Hipertensão II >140/110 Crise Hipertensiva >180/110 Fr – Frequência respiratória (RPM) RN 30 40 Criança 25 30 Adulto 12 18 Fc – Frequência Cardíaca (BPM) RN 120 180 Criança 100 110 Adulto 70 80 Temperatura (Tº) RN 35,5 37,5 Criança 36,0 37,2 Adulto 36,1 37,2 Testes Específicos: Trofismo Nk – trofismo normal Hipotrófico – trofismo diminuído Hipertrófico – trofismo aumentado Citometria (Av. da circunferência – não utilizada em neurologia) Utiliza-se fita métrica e pontos de referência; MMII ➭ Gastrocnêmio (perna): dividir patela [suprapatelar, infrapatelar], medir marcando a cada 5 ou 10cm; MMSS ➭ Braço: epicôndilo até processo estiloide e epicôndilo até deltoide (20cm), de 5 em 5cm; Avaliação Funcional Muscular É realizada através da escala de Kendall. Graus: 0 ➭ não tem contração 1 ➭ contração sem movimento 2 ➭ contração e movimento, sem gravidade 3 ➭ contração e movimento, com ação da gravidade 4 ➭ contração e movimento, com ação da gravidade e pequena força 5 ➭ contração e movimento, com ação da gravidade e maior resistência Tônus Muscular Tensão do músculo ➭ controlado por via neurológica e avaliado através da palpação. Nk – normotônus Hipotonia – diminuição do tônus muscular Hipertonia – aumento do tônus muscular - plástica ➭ apresenta sinal de roda dentada (resistência e liberação ao mov.) e cano de chumbo (rigidez) - elástica ➭ apresenta sinal de canivete ao movimento lento e rápido (resistência e liberação), também chamada espasticidade (tracto piramidal) Escala de Ashworth Graus: 0 ➭ no mov. Lento e rápido não apresenta resistência 1 ➭ resistência no final do mov. 1+ ➭ resistência pouco antes do final do movimento 2 ➭ resistência do meio p/o final 3 ➭ resistência depois do meio p/ o final 4 ➭ resistência em todo arco de movimento 5 ➭ rigidez total, não há condições de realizar o mov. Avaliação Postural A avaliação postural tem por objetivo principal diagnosticar desvios posturais. Uma vez identificado, o objetivo passa a ser corrigir estes desvios e evitar a prescrição de exercícios que possam vir a agravá-los. Desenvolvimento Postural: ❖ Curvas primárias da coluna vertebral (cifoses) ❖ Curvas secundárias da coluna vertebral (lordoses) ❖ Alterações posturais com a idade Postura: “A postura correta consiste no alinhamento do corpo com eficiências fisiológica e biomecânica máximas, o que minimiza os estresses e as sobrecargas sofridas ao sistema de apoio pelos efeitos da gravidade.” (PALMAR & APLER, 2000) Instrumento: Com a utilização do Simetrógrafo poderemos identificar os desvios posturais mais evidentes, por meio da observação de pontos anatômicos específicos que permitirão identificar possíveis assimetrias decorrentes desta alteração postural: ❖ Acrômio da escápula ❖ Crista Ilíaca ❖ Trocânteres ❖ Côndilos do joelho ❖ Maléolos Para utilizar esse aparelho basta colocar o avaliado em pé, inicialmente na posição anterior, e identificamos a posição dos pontos anatômicos. Depois, comparamos a altura dos pontos do lado esquerdo com os do lado direito em relação as linhas horizontais e verticais do aparelho. O que avaliar em cada vista? ↝ VISTA ANTERIOR ➭ No plano frontal, separando o corpo em direito e esquerdo, por meio de uma linha imaginária que recairá entre as sobrancelhas, entre os mamilos, passando pelo púbis e terminando entre os maléolos mediais. ❖ Cabeça ❖ Articulação dos ombros ❖ Clavículas ❖ Cotovelos ❖ Tórax ❖ Alinhamento do tronco ❖ Altura das cristas ilíacas ❖ Espinhas ilíacas anterossuperiores (EIAS) ❖ Articulação dos joelhos/Patelas ❖ Arco longitudinal medial ❖ Antepé/Apoio do antepé ❖ Hálux VISTA LATERAL ➭ Na vista lateral, a linha de referencia vertical divide o corpo em secções anterior e posterior. O ponto de referencia fixo é levemente anterior ao maléolo externo e representa o ponto básico do plano médio-coronal do corpo em alinhamento ideal. ❖ Cabeça ❖ Coluna cervical ❖ Articulação dos ombros ❖ Articulação do cotovelo ❖ Coluna torácica ❖ Coluna lombar ❖ Alinhamento do tronco ❖ Pelve ❖ Articulação dos quadris ❖ Articulação dos joelhos ❖ Ângulo tíbio-társico ❖ Articulação dos tornozelos VISTA POSTERIOR ➭ Na vista posterior, a linha vertical divide o corpo em secções direita e esquerda. Na vista posterior, o ponto fica a meio caminho entre os calcanhares e representa o ponto básico do plano médio sagital do corpo em alinhamento ideal. ❖ Cabeça ❖ Coluna cervical ❖ Articulações dos combros ❖ Distância entre bordo medial da escápula e coluna vertebral ❖ Posição das escápulas ❖ Ângulos inferiores das escápulas ❖ Coluna torácica ❖ Coluna lombar ❖ Altura das cristas ilíacas ❖ Espinhas ilíacas póstero superiores (EIPS) ❖ Articulação dos joelhos ❖ Retropé/Apoio do retropé ❖ Articulações dos tornozelos Principais causas de uma postura incorreta Traumatismo Patologias que limitam a perda funcional da força muscula e da mobilidade Hábitos de postura viciosa Fraqueza muscular Atitude mental Hereditariedade Indumentaria inadequada Alterações posturais: ❖ Hiperlordose ❖ Retificação da lordose/hipo ❖ Aumento da cifose torácica ❖ Retificação da cifose torácica ❖ Escoliose ❖ Joelho varo/valgo ❖ Pés planos ou cavos BIOTIPOS: Os Endomórficos ou brevelíneos, cujo alto índice de gordura corporal acumulada em regiões específicas acaba dando formas arredondadas ao indivíduo. Os Mesomórficos ounormolíneos, que são aqueles cujo o grupo de músculos, gordura e esqueleto estão em proporções consideradas normais pelos padrões da OMS. E os Ectomórficos ou longelíneos, que são os indivíduos magros cuja tendência de ganhar peso naturalmente é praticamente inexistente. Avaliação de Marcha Apesar do seu aprendizado difícil, a marcha humana, torna-se automática e inconsciente. Somente diante de lesões, doenças, degenerações ou fadiga percebemos a complexidade do processo biomecânico envolvido. A marcha é uma atividade funcional do ser humano e objetivo final de tratamento na reabilitação das maiorias das doenças ortopédicas e neurológicas. Nomenclaturas da marcha: Ciclo da marcha: pode ser definido como os eventos que ocorrem desde o toque de calcanhar de um dos membros inferiores até o toque de calcanhar do mesmo membro mais adiante. Passo: compreende a distância ou tempo que ocorre desde o toque de calcanhar de um membro até o toque de calcanhar do membro oposto. Passada: é a distância ou o tempo, entre o toque de calcanhar de um membro até o toque de calcanhar do mesmo membro mais adiante. Fases da marcha: apoio e balanço Apoio: quando o membro de referência está em contato com o solo; geralmente 60% do ciclo. Balanço: quando o membro de referência não está em contato com o solo; geralmente 40% do ciclo. Duplo apoio: evento do ciclo da marcha onde os dois membros inferiores estão em contato com o solo. Eventos da marcha: ▪ Contato inicial e resposta a carga (1º duplo apoio – 1º rolamento): absorção do choque, estabilidade e permitir progressão do membro a frente. ▪ Médio apoio e apoio terminal (Apoio simples – 2º rolamento): progressão sobre o pé estacionário e estabilidade (membro e tronco). ▪ Pré-balanço (2º duplo apoio – 3º rolamento): posicionar o membro para o balanço. ▪ Balanço inicial e balanço médio – avanço do membro e liberação do pé da superfície de apoio. ▪ Balanço terminal – completar o avanço do membro e prepará-lo para um novo contato inicial. Definições: CADÊNCIA = passos / minuto VELOCIDADE: comprimento passo x cadência LARGURA PASSADA: soma da distância perpendicular do ponto de contato do pé D e E até a linha de progressão. ÂNGULO DO PÉ: ângulo entre a linha de progressão e a linha desenhada entre o ponto médio do calcanhar e 2o metatarso. MARCHA NORMAL Progressiva/Rítmica Fases/Variação fisiológica Complexa integração neuro-muscular
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