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Cinesioterapia Geral Terapia através do movimento humano. Exercícios terapêuticos: exercícios aplica- dos a reabilitação de acordo com a neces- sidade funcional. . . . visa possibilitar ao paciente: 1. Remediar ou prevenir distúrbios. 2. Estimular a função. 3. Reduzir os riscos. 4. Obter um nível ótimo de saúde global. 5. Aumentar a aptidão física e bem- estar. O exercício terapêutico pode incluir: ✓ Condicionamento ou recondicio- namento aeróbico. ✓ Exercícios de mobilidade e flexibi- lidade. ✓ Estabilização postural. ✓ Relaxamento. ✓ Treinamento de força, potência e resistência. ✓ Treinamento de marcha e locomo- ção. ✓ Treinamento de equilíbrio, coor- denação, agilidade e propriocep- ção. ✓ Treinamento de desenvolvimento neuromotor. AMPLITUDE MÁXIMA DE MOVIMENTO (AMM) Combinação da movimentação óssea – osteocinemática -, dos movimentos das superfícies articulares – artrocinemática – e a coordenação neuromuscular. *necessário comprimento adequado dos tecidos para permitir ADM plena e a habilidade neuromuscular para executar o movimento. A mobilidade pode ser encontrada em: NORMOMOBILIDADE HIPOMOBILIDADE ou redução na mobilidade HIPERMOBILIDADE ou mobilidade excessiva Exercícios para AMM Técnica de exercícios utilizada para avaliar a mobilidade articular e para tratamento fisioterapêutico. Promove movimento articular e muscular, ao longo da amplitude articular total ou permitida. - amplitude muscular - amplitude articular Objetivos: ✓ Manutenção da mobilidade articular ✓ Ganho de mobilidade articular ✓ Prevenir ou minimizar a perda de flexibilidade dos tecidos e formação de contraturas ✓ Regeneração dos tecidos Causas de redução da AMM: ✓ Doenças sistêmicas ✓ Doenças musculares, articulares e neurológicas ✓ Lesões traumáticas ou cirúrgicas ✓ Dor ✓ Imobilização ✓ Inatividade Tipos de Movimento para ADM: ✓ Passivo ✓ Ativo ✓ Ativo-assistido ADM PASSIVA (ADMP) Indicação: ✓ inflamação aguda ✓ incapacidade de mover o seg- mento corporal ✓ acometimentos neurológicos (coma; paralisia) ✓ período de repouso recomendado ✓ avaliação da mobilidade articular ✓ antes da técnica de alongamento passivo Objetivos: ✓ minimizar complicações e dor ge- radas pelo imobilismo ✓ manter mobilidade articular e do tecido conjuntivo ✓ nutrir cartilagem ✓ manter elasticidade muscular ✓ minimizar formação de contratu- ras ✓ assistir circulação e dinâmica vas- cular ✓ assistir processo de regeneração pós-lesão ou cirúrgica ✓ manter/resgatar percepção de movimento pelo paciente ADM ATIVA (ADMA)/ADM ATIVA- ASSISTIDA (ADMAA) Indicação: ✓ capacidade em mover o segmento na amplitude total ou parcial ✓ programas de condicionamento aeróbio ✓ durante a imobilização, nas articulações acima e abaixo da imobilizada ✓ teste de função Objetivos: ✓ manter elasticidade e contratilidade muscular ✓ fornecer feedback sensorial a partir do músculo em contração ✓ estimular manutenção e integridades óssea e articular ✓ aumentar circulação e prevenir a formação de trombos ✓ desenvolver coordenação e habilidade motora PRECAUÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES • interferência no processo de cicatrização • pós IAM com instabilidade hemodinâmica • TVP diagnosticada ou com suspeitas e ainda não tratada • risco de morte LIMITAÇÕES ADMP: difícil em pacientes com controle voluntário. Não indicada para: prevenir atrofia, fortalecer músculo e auxiliar a circulação na mesma medida em que ocorre a contração muscula ativa. ADMA/AA: em músculos fortes não irá: aumentar ou manter força nem desenvolver habilidades motoras ou coordenação, exceto nos padrões de movimentos usados. EXECUÇÃO Podem ser realizadas: o Em planos anatômicos o Em padrões combinados o Em padrões funcionais POSICIONAMENTO ADEQUADO Decúbitos Posicionamento da cabeça Ombros Tornozelos MMII Posicionamento do terapeuta ALONGAMENTO Anatomia Fuso muscular Monitora a velocidade e duração do alongamento e detecta as alterações no comprimento do músculo; -Facilitam a contração das fibras extrafusais e intrafusais. O estiramento dos fusos gera resposta para contração. Órgão Tendinoso de Golgi Receptor SNC que inibe a contração muscular. Sensível à tensão causada tanto pelo alongamento passivo quanto pela contração muscular. Resposta neurofisiológica Quando um músculo é alongado rapidamente, os motoneurônios (alfa e gama) são ativados e estimulam a contração. Quando a velocidade é lenta, o OTG dispara e inibe a tensão do músculo. PROPRIEDADES DO TECIDO Elasticidade: capacidade do tecido em retornar ao seu comprimento de repouso. Plasticidade: tendência de assumir um comprimento novo e maior após cessado o alongamento. DEFINIÇÕES Flexibilidade - Habilidade muscular de ceder a uma força de alongamento. Alongamento - Termo usado para definir manobra terapêutica com finalidade de aumentar comprimento do músculo. Hiperalongamento - Alongamento além da amplitude normal das articulações e de tecidos. Ex.: ginasta. Contratura - Diminuição acentuada no comprimento do tecido mole. A elasticidade está fortemente comprometida. Métodos Terapêuticos Alongamento passivo (feito pelo terapeuta) Indicação Quando a ADM está limitada como resultado de contraturas e/ou aderências; Quando as contraturas interferem com as atitudes funcionais; Quando existe retração do tecido e esta gera disfunções músculo esqueléticas. Contraindicação Após fratura recente Processo inflamatório agudo Lesões musculares recentes Quando as contraturas ou tecidos forem bases das habilidades funcionais Alongamento ativo (interação terapeuta-paciente) Refere-se a técnica na qual o paciente relaxa reflexamente o músculo a ser alongado antes da manobra de alongamento. METAS DO ALONGAMENTO ✓ Recuperar ou reestabelecer a amplitude de movimento normal e mobilidade dos tecidos moles; ✓ Prevenir contraturas irreversíveis; ✓ Aumentar a flexibilidade geral. TIPOS DE ALONGAMENTO Contração-relaxamento (hold-relax) - Pode ser realizado de duas formas: Contração isométrica no final da amplitude do músculo retraído antes que ele seja passivamente alongado. Há uma contração isotônica concêntrica do músculo retraído antes de ser alongado. Contração-relaxamento-contração • Contração do agonista • Contração do antagonista - Contração isométrica do músculo retraído, seguido por um alongamento passivo e finalizado com uma contração concêntrica do músculo oposto. Contrai isometricamente o músculo oposto, provocando inibição recíproca. EXERCÍCIOS RESISTIDOS Exercício ativo no qual uma força (contração) dinâmica ou estática é resistida por uma força externa, que pode ser manual, mecânica ou pela ação da gravidade. [ METAS E INDICAÇÕES ✓ Aumentar a força muscular – Desenvolvimento de hipertrofia, logo, aumento recrutamento de fibras. ✓ Aumentar a resistência muscular à fadiga - Capacidade de executar maior repetitividade de exercícios com baixa intensidade. ✓ Aumentar a potência muscular – Desempenho muscular, tanto por alta repetitividade com baixa carga, como pequena repe- titividade e carga alta. PRECAUÇÕES ✓ Manobra de Valsalva ✓ Osteoporose ✓ Dores musculares ✓ Exaustão ✓ Fadiga Muscular Local Geral CONTRAINDICAÇÕES ✓ Inflamação ✓ Dor moderada a grave ✓ Fraturas não consolidadas ✓ Rupturas tendinosas parciais não tratadas* BASES FISIOLÓGICAS Para que ocorram as adaptações morfológicas e funcionais desejadas, é necessário que o organismo seja submetido com regularidade à sobrecargas bem dosadas e progressivas. Sobrecarga é uma situação de solicitaçãofuncional acima dos níveis habituais de homeostase. o Treinamento sem carga apresenta pouca evolução em relação a força. o Treinamento com carga máxima desenvolve força mais rapida- mente. o Utilização de carga máxima com poucas repetições desenvolvem mais eficientemente a força muscular sem causar fadiga. TIPOS DE EXERCÍCIOS Exercício Isotônico - Concêntrico - Excêntrico Contração muscular que gera movimento dos segmentos articulares. Pode-se desenvolver força dinâmica, trofismo, resistência muscular e potência. Fatores que devem ser levados em consideração: o Torque o Tipo de carga o Quantidade de carga o Número de repetições Toda sobrecarga pode ser entendida como uma agressão ao organismo, que ativa mecanismos adaptativos para manter a homeostase agudamente, e para melhorar cronicamente a função solicitada. Exercício Isométrico Contração muscular que não gera movimento dos segmentos articulares. Pode-se desenvolver força estática e resistência muscular. Podem ser realizados de duas formas: - Com contrações intermitentes (usados para evitar dor e hipotrofia por imobilidade). Com isometria resistida (usado para ganho de resistência e força). PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS Exercícios Isotônicos Concêntricos Indicado quando o objetivo for o aumento de força e trofismo; Deve ser dosado de acordo com o estado físico, idade e história do paciente; CONCÊNTRICO –carga constante (TENSÃO IGUAL), movimento dentro da ADM permitida, com aproximação de origem e inserção muscular. Exercícios Isotônicos Excêntricos Indicado quando o objetivo for o aumento de força e trofismo; Deve ser dosado de acordo com o estado físico, idade e história do paciente; Indicado quando o objetivo for gerar força de desaceleração; EXCÊNTRICO - carga constante (TENSÃO IGUAL), movimento dentro da ADM permitida, com afastamento GRADATIVO de origem e inserção muscular. Esse tipo de exercício, comparado ao concêntrico, parece ser mais eficaz no aumento de trofismo. Exercícios Isométricos Indicado quando o objetivo for o aumento de resistência ou prevenção de alterações relacionadas ao imobilismo; Deve ser dosado de acordo com o estado físico, idade e história do paciente; Não está indicado em pacientes com alterações cardiovasculares (manobra de valsalva); RECURSOS MANUAL (Resistencia ativa do terapeuta ou ação gravitacional) MECÂNICA (halteres, tornozeleiras, cadeira de Bonett, roda de ombro, polias, bicicleta) BANDAS ELÁSTICAS SÉRIE DE WILLIANS Tem como princípio aumentar força muscular abdominal e glútea e promover alongamento de ilíopsoas e paravertebrais objetivando reeducação muscular de tronco. OBJETIVOS Favorecer o equilíbrio muscular geral; Manter um padrão postural adequado; Desenvolver força muscular e flexibilidade; Manter um posicionamento adequado nas AVD`S; Conscientização postural; INDICAÇÕES Hérnia de disco; Algias vertebrais; Alterações posturais; Diminuição da força muscular abdominal e glútea; Retração de P.V e iliopsoas; CONTRAINDICAÇÕES Fraturas; Anomalias vertebrais; Processo infeccioso; Fase aguda de hérnia discal; Outros processos de origem inflamatória aguda; SÉRIE OBRIGATÓRIA 1. controle pélvico – encaixe pélvico 2. Relaxamento de P.V lombar 3. Fortalecimento de reto abdominal 4. Fortalecimento de oblíquos 5. Ponte 6. Fortalecimento de glúteos 7. Prece maometana (relaxamento) Opcional: 1. Bicicleta 2. Mata borrão 3. Fortalecimento de paravertebrais 4. Retificação lombar EXERCÍCIOS DE CODMAN São exercícios pendulares, sendo que o princípio da técnica é realizar mobilização articular. Indicação: Ombro Contraindicação: dor lombar TÉCNICA Sensação deve ser de tração e não de dor. P.P- Ortostatismo, flexão tronco, apoio de MS a frente e MS a ser tracionado em pêndulo, MMII em posição de passo. SÉRIE DE NICHOLAS Consiste em contrações isométricas para tratar déficits de função motora decorrentes de patologias do joelho. Ex.: pós meniscectomia Exercícios: o C. isométrica quadríceps – o C. isométrica de adutores – o C. isométrica de abdutores – (coxas, joelhos e tornozelos) o C. Isométrica de rotadores internos D.D. elevação anterior da perna – psoas elevação lateral da perna – abdutores elevação posterior da perna – glúteo
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