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RES UMO DASRES UMO DASRES UMO DAS AULASAULASAULAS CINESIOTERAPIA IICINESIOTERAPIA IICINESIOTERAPIA II HELENA MENEZES CURSO DE FISIOTERAPIA 2022/1 PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO FÍSICO Individualidade biológica O Princípio da Individualidade Biológica explica porque um único tipo de treino pode ter resultados variados quando aplicado em diferentes indivíduos. ➜ Um mesmo treino pode ser considerado "fraco" para um indivíduo, enquanto para outro pode parecer um treino muito pesado. Portanto, é muito importante que todo treino seja realizado de maneira individualizada para cada pessoa. Principais fatores: Hereditariedade/Genética Idade biológica Tempo de treinamento prévio Sono e nutrição Níveis de estresse Motivação Princípio da Adaptação O Princípio da Adaptação é muito importante para a evolução do treinamento físico, pois o organismo precisa se adaptar/acostumar diante dos diversos tipos de estímulos que recebe antes de realizar uma sobrecarga. Para essa adaptação acontecer, é necessário uma série de reorganizações orgânicas e funcionais do organismo, tanto internas quanto externas. Exemplo: Hipertrofia A Adaptação é dependente de variáveis, como o volume (quantidade de estímulos de treinamento em um determinado período) e a intensidade (percepção subjetiva de esforço) do treino. Estas variáveis podem reduzir, manter ou aumentar a capacidade que o indivíduo possui para realizar determinado exercício. HELENA MENEZES Cargas muito elevadas ou muito reduzidas NÃO promovem adaptações satisfatórias! Por falta de estímulos (carga), por incapacidade de execução ou até pela falta de "equilíbrio" entre o treinamento e o tempo de recuperação. ADAPTAR SOBRECARREG AR Princípio da Sobrecarga Conforme os sistemas biológicos do corpo do indivíduo se adaptarem aos estímulos recebidos, é necessário que a carga (estímulos externos) seja aumentada gradativamente através da Progressão. Princípio da Especificidade HELENA MENEZES Princípio da Continuidade Também encontrado na literatura como "Princípio da Reversibilidade", o Princípio da Continuidade mostra a necessidade do treinamento regular para uma adaptação adequada. Portanto, intervalos longos sem aplicação de estímulos (carga/treinamento) reduzem o desempenho. O efeito do treinamento é reduzido gradativamente caso não haja treinamento, e em cerca de 1 ano sem estímulo o indivíduo perde todo o ganho que estava tendo. Esse princípio diz que cada treinamento físico deve ter suas próprias características e suas adaptações de acordo com a atividade/ modalidade/esporte que o indivíduo realiza. Exemplo: O treinamento para um indivíduo que pratica Judô deve ser diferente no aprimoramento das capacidades físicas (força, flexibilidade, resistência, velocidade, equilíbrio etc.) de um indivíduo que carrega caixas durante uma jornada de trabalho. Princípio Carga X Volume ➜ Volume: Quantitativo (duração, frequência, número de séries e de repetições). ➜ Intensidade: Qualitativo (nível de estresse fisiológico, velocidade, carga). HELENA MENEZES Um treinamento muito intenso é executado por um curto período de tempo, enquanto que em um treinamento de maior duração ocorre a diminuição da intensidade, sendo inversamente proporcionais. Volume + intensidade reduzidos: Sem estímulos Volume + intensidade aumentados por tempo excessivo: Risco de lesão São as características físicas que podem ser "melhoradas" no corpo humano através do treinamento. VALÊNCIAS FÍSICAS HELENA MENEZES CONTRAÇÃO MUSCULAR ESTRUTURA MUSCULAR A contração muscular se refere ao deslizamento da Actina sobre a Miosina, realizando a Ponte Cruzada. Actina - Filamento fino Miosina - Filamento expesso Titina - Elemento passivo que segura a força do músculo durante o alongamento Actina e Miosina são elementos ativos que participam diretamente na contração muscular concêntrica Contração: Um estímulo nervoso do Sistema Nervoso Central para a contração se conecta a placa motora. No sarcolema, é liberado Acetilcolina, que se liga ao seu receptor fazendo o influxo de Ca2+ no túbulo T liberando o Ca2+ do Retículo Sarcoplasmático. Relaxamento: Se dá através do Ca+ que está em excesso retornando ao retículo sarcoplasmático através da Bomba Serca. Se a Bomba Serca não funcionar, o músculo fica contraído, pois o Ca2+ não consegue "se desligar" ➜ Uma das causas da hipertonia HELENA MENEZES TEORIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR Músculo encurtado ➜ Sarcômeros próximos demais e actina não consegue "puxar" a cabeça da miosina Musculo alongado ➜ Sarcômeros longes demais e a actina se conecta a poucas ou nenhuma cabeça de miosina Em músculos muito alongados ou muito encurtados, não é possível realizar a interação das pontes cruzadas (conexão da cabeça da miosina com a actina), não sendo tracionada as pontes cruzadas e não produzindo a força necessária. Todo músculo do corpo possui um comprimento ótimo para conseguir realizar 100% de força, geralmente no ângulo de 90º. Força X Comprimento Força X Velocidade A Relação Força X Velocidade diz que quanto maior for a força aplicada, menor é a velocidade. E quanto menor for a força aplicada, maior vai ser a velocidade do movimento. Necessário maior força Movimento mais demorado Necessário menor força Movimento mais rápido Envelhecimento Mudanças de proporção entre fibras do tipo I e do tipo II. Diminuição das fibras musculares do Tipo II (rápidas) e da potência ➜ Aumento do risco de quedas Trabalhar força e propriocepção Fibras Tipo I - Lentas Fibras Tipo II - Rápidas Fibras Longas - Hipertrofia Fibras Curtas - Aumento dos impulsos nervosos FIBRAS MUSCULARES CONTROLE MOTOR Luigi Galvani (médico) e Alessandro Volta (físico) pesquisavam e discutiam como acontecia a contração muscular, realizando experimentos com patas de rãs e metais, para ver como ocorria a atividade elétrica durante as contrações musculares. GALVANI E VOLTA Essas pesquisas foram muito importantes para atualidade, onde utilizamos a eletroestimulação tanto para treinamento na força muscular quanto pra causar analgesia em um processo de reabilitação.EMOÇÕES DE DUCHENNE A partir do experimento de Galvani e Volta, vários outros alquimistas começaram a pesquisar sobre a eletricidade, dando origem a escreverem o livro Frankenstein. Anos mais tarde, o livro Frankenstein inspirou os experimentos de Duchenne. Duchenne passou a estimular eletricamente regiões da face de pessoas voluntárias, gerando contrações que lembravam algumas emoções como sorriso, pânico etc. Por isso, ele ficou conhecido como o idealizador da Fábrica de Emoções de Boulogne. ELETROESTIMULAÇÃO WILDER PENFIELD HELENA MENEZES Penfield era um neurocirurgião que pesquisava as áreas cerebrais acometidas em indivíduos com epilepsia. Dessa maneira, em 1957, Penfield desenvolveu o Homúlculo Sensorial e o Homúnculo Motor, conhecidos também como Homúnculo de Penfield. As respostas voluntárias dependem de um processamento cortical que depende de toda uma integração entre córtex cerebral, gânglios da base, cerebelo e periferia, ou seja: RESPOSTAS VOLUNTÁRIAS HELENA MENEZES Para o desenvolvimento do Homúnculo, a calota craniana de um indivíduo estava cerrada, com o crânio exposto, e as áreas cerebrais estavam sendo estimuladas eletricamente. As respostas voluntárias dependem de um processamento cortical que depende de toda uma integração entre córtex cerebral, gânglios da base, cerebelo e periferia, ou seja: Quando desejamos realizar algum movimento, há o planejamento no córtex límbico córtex límbico Esse desejo é transmitido através do sistema de inervação para o córtex associativo e para os núcleos da base (caudado e putâmen). Nem todo desejo de movimento é realizado, pois há um sistema de autocontrole que "filtra" as ações que serão realizadas Caso o desejo do movimento seja "autorizado" a partir para a execução, os estímulos migram para o córtex motor. A partir da ação do córtex motor com os núcleos da base, há a programação tática da execução do gesto motor.Estímulos são enviados para o tronco encefálico (em direção a musculatura) e também pro cerebelo (onde há o controle fino do movimento, em vérmis e hemisfério cerebelar). HELENA MENEZES Do tronco encefálico, os estímulos táticos migram para a medula anterior, chegando até o músculo que realizará o movimento. Após isso, os órgãos sensoriais geram estímulos que sobem pela medula superior até o SNC, para informar o cerebelo sobre como o movimento programado está sendo executado. A partir dessa comunicação, o cerebelo informa ao córtex límbico e associativo, e acontece uma correção do gesto motor. Isso gera um novo padrão de ativação, que vai atingir o músculo da mesma maneira anterior, repetindo o mesmo ciclo várias vezes em busca do movimento mais preciso e controlado. PACIENTE COM LESÃO CEREBELAR O controle fino do movimento não acontece, gerando movimentos descordenados. Ex: Marcha Atáxica BEBÊS E O DESENVOLVIMENTO Os bebês ainda não têm o desenvolvimento coordenativo preciso para realizar uma "marcha madura". Portanto, os bebês testam várias vias coordenativas, e por meio de "tentativa e erro" começam a refinar qual a sequencia coordenativa neuromuscular. Inicialmente, isso gerará a Marcha Rudimentar, que é a primeira marcha (com as pernas mais abertas e braços afastados para manter o equilíbrio). Ao longo do tempo, a via coordenativa vai se refinando e as estruturas de planejamento do movimento não mais tão importantes, pois o movimento da marcha torna-se automático. Podemos citar o exemplo do movimento de chutar uma bola no gol entre o Neymar (atleta profissional) e um professor universitário. O córtex límbico dos dois é o mesmo, pois ambos possuem a mesma vontade de chutar a bola no gol. Também chamados de "reflexos", são ações motoras involuntárias que dependem de um impulso sensorial do Sistema Nervoso Periférico, gerando potenciais de ação aferentes. Esses impulsos sensoriais aferentes são processados na medula, que por sua vez envia potenciais de ação eferentes como resposta neuromuscular ao estímulo recebido. HELENA MENEZES RESPOSTAS AUTOMÁTICAS Quando os adultos caminham, não ficam planejando cada passo igual o bebê, pois os adultos já desenvolveram o Engrama Motor. ENGRAMA MOTOR Sequência de ativação neuromuscular que torna o movimento automático, ou seja, quando a parte de planejamento de determinado movimento já está bem desenvolvida e o estímulo motor já se inicia de maneira automática. Isso ocorre por meio de treinamento do gesto, quando repetido por muitas vezes, através de tentativa e erro. NEYMAR ≠ PROFESSOR Entretanto, para o Neymar, o movimento já é automático pois já há engrama motor de tantas vezes que ele realizou aquele mesmo movimento. Sendo assim, o movimento de chutar uma bola a gol será mais rápido do que o professor (que realizará toda a via de planejamento do movimento). RESPOSTAS INVOLUNTÁRIAS Reflexo miotático é o único reflexo monossináptico que temos em nosso corpo. HELENA MENEZES NÃO há controle de córtex motor e de nenhuma outra estrutura superior a medula. O que ocorre, posteriormente, é a tomada de conhecimento da ação motora que foi reproduzida involuntariamente. REFLEXO MIOTÁTICO Depende de estruturas sensoriais que estão localizadas no ventre muscular, chamados de Fuso Muscular. O fuso muscular consegue detectar quando há variações no comprimento do musculo submetido há vários graus de tensão. Sendo assim: O estiramento emite um potencial de ação aferente que é direcionada até a região do H Medular. Lá, acontece uma integração monossináptica, gerando um potencial de ação eferente, que se encaminha para o mesmo músculo gerador do estímulo inicial. Com isso, acontece uma contração reflexa a partir do estiramento muscular. Fuso Muscular em Saco: Os núleos estão agrupados no centro do fuso, formando uma "bolsa". TIPOS DE FUSO MUSCULAR Fuso Muscular em Cadeia: Os núleos são "colocados em cadeados", um atrás do outro, formando uma estrutura reta. Dependendo da forma do fuso, ele emite fibras sensoriais aferentes do tipo Ia ou II, que levam o impulso sensorial através do estímulo de estiramento muscular. A distribuição de sarcômeros no fuso muscular ocorre apenas nas extremidades do fuso, diferente da fibra muscular (onde temos sarcômeros ao longo de toda a célula). Para que seja obtido o melhor desempenho possível no salto, é necessário que primeiro o indivíduo flexione joelho e quadril. Com esta flexão, o indivíduo estira previamente a musculatura, ativando o reflexo miotático. Essa ação, juntamente com a ação voluntária que será realizada, aumenta o recrutamento das células musculares. HELENA MENEZES A percussão causada pelo martelo de Buck gera uma deformação do tendão patelar, que leva a um leve estiramento dos músculos do quadríceps. REFLEXO DO TENDÃO PATELAR Os fusos musculares do quadríceps geram potenciais de ação aferentes, que são encaminhados até o Hmedular levando a uma contração do quadríceps. Com isso temos uma contração reflexa do quadríceps, que é um índice de tônus muscular. Reflexos normais: Normotônico Reflexos aumentados: Hipertônico Reflexos diminuidos: Hipotônico SAPATOS DE SALTO Provocam o deslocamento do calcâneo, para uma posição elevada, que desloca o centro de gravidade para frente. A consequência disso é que o deslocamento da gravidade para frente provoca o estiramento constante dos músculos da cadeia posterior. Essa contração constante levam ao aumento do estado de fadiga muscular em curto prazo. SALTOS CONTRA O MOVIMENTO Isso ativará o reflexo miotático, levando ao aumento da contração da musculatura. Os movimentos são realizados através do eixo latero-lateral, também encontrado na literatura como eixo transversal.Os movimentos são realizados através do eixo crânio-caudal, também encontrado na literatura como eixo longitudinal. São realizados os movimentos de rotação interna e rotação externa São realizados os movimentos de flexão e extensão dos membros HELENA MENEZES PLANOS E EIXOS PLANO TRANSVERSO O plano transverso divide o corpo, através de uma linha imaginária, em duas metades: Superior e Inferior. PLANO SAGITAL Superior Inferior O plano sagital divide o corpo, através de uma linha imaginária, em dois hemisférios laterais: Direito e Esquerdo Direito Esquerdo Os membros realizam os movimentos de abdução e adução A coluna realiza o movimento de flexão lateral O punho realiza os movimento de desvio ulnar e desvio radial HELENA MENEZES PLANO FRONTAL O plano frontal divide o corpo, através de uma linha imaginária, em duas metades: Anterior e posterior Os movimentos são realizados através do eixo antero-posterior Ant. Post.
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