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TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Luis Paulo Soares Munhoz 2TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO SUMÁRIO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTEC Rua Gustavo Ramos Sehbe n.º 107. Caxias do Sul/ RS REITOR Claudino José Meneguzzi Júnior PRÓ-REITORA ACADÊMICA Débora Frizzo PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO Altair Ruzzarin DIRETORA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) Rafael Giovanella Desenvolvido pela equipe de Criações para o ensino a distância (CREAD) Coordenadora do CREAD, de Tecnologia Educacional e Designer Instrucional Sabrina Maciel Diagramação, Ilustração e Alteração de Imagem Igor Zattera, Gabriel Olmiro de Castilhos Revisora Luana Reis TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO 3 A globalização e a TI 4 Sistemas de informação: conceitos básicos, 5 classificação, áreas e funções 5 Modelos e aplicação dos sistemas de 9 informação 9 Síntese 10 INTELIGÊNCIA COMPETITIVA E TECNOLOGIA 12 Disseminação da informação 13 Aquisição de informações estratégicas 14 Sistemas de informação e vantagem 14 competitiva 14 Inteligência competitiva e de negócios 15 Introdução ao comércio eletrônico 17 Síntese 21 TECNOLOGIAS APLICADAS 23 Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) 24 Enterprise Resource Planning (ERP) – Sistemas Integrados 26 CRM – Gestão das Relações com o Cliente 27 SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos 29 BI – Inteligência de Negócios 30 Datamining e Data Warehouse 31 Síntese 33 TENDÊNCIAS 35 Segurança e privacidade da informação 36 Ética em sistemas de informação 40 IoT e IA aplicadas aos negócios 42 Smart industry (Indústria 4.0) 44 Sistemas de colaboração 46 Social business 47 Síntese 49 REFERÊNCIAS 51 3TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO A tecnologia e sua contribuição aos processos estratégicos empresariais Neste primeiro momento, vamos fazer uma abordagem geral sobre as tecnologias aplicadas ao negócio e iniciamos falando sobre a globalização e as tecnologias da informação, traçando um parâmetro de relação entre estes fenômenos e principalmente destacando a importância das tecnologias para a evolução da globalização. Na sequência falamos sobre os sistemas de informação, destacando o conceito de sistemas e depois relacionando com a informação para chegarmos ao entendimento da importância dos sistemas de informação para as organizações na atualidade. Finalizamos este primeiro 4TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO capítulo falando sobre os modelos de sistemas de informação e suas aplicações, mas de forma resumida, pois temos outros capítulos onde podemos trabalhar de forma mais ampliada as diversas tecnologias aplicadas aos negócios. Então vamos iniciar nossa jornada. A globalização e a TI O evento da globalização não é recente, no entanto ganhou grande impulso com a evolução das Tecnologias da Informação (TI), principalmente a partir da criação e propagação da inter- net. O avanço das tecnologias, principalmente na área da TI, tem produzido mudanças em todas as áreas de conhecimento e com isso gera mudanças culturais significativas. Como Bauman (2012) afirma, o processo de globalização tornou-se irreversível e é o destino de todos nós. Claro que a globalização não é um fenômeno recente e sim um processo em crescimento. Segundo Robins (2012), “a globalização é vista como um fenômeno recente, típico da segunda metade do século XX. Contudo, a integração econômica do planeta teve início alguns séculos antes. Fundada em 1600, a Companhia das Índias Orientais é considerada a precursora da multina- cional moderna”. Ainda sobre a evolução do processo de globalização e a disseminação da informação, Bauman (2011), “o pesadelo da informação insuficiente que fez nossos pais sofrerem foi substituído pelo pesadelo ainda mais terrível da enxurrada de informações que ameaça nos afogar.” Nesta fala de Bauman podemos encontrar de forma clara a relação entre o processo de globalização e a evolução da TI, pois percebemos que a evo- “Globalização é o destino irremediável do mundo, um processo irreversível; é também um processo que nos afeta a todos na mesma medida e da mesma maneira. Estamos todos sendo “globalizados” — e isso significa basicamente o mesmo para todos. (BAUMAN, 2012) 5TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO lução tecnológica, principalmente nos meios de comunicação, acelerou a geração de informações e ampliou enormemente o acesso a estas informações, gerando a angústia do excesso de informações e o medo de estar deixando passar alguma infor- mação relevante entre tantas que nos chegam ao conhecimento todos os momentos. Aqui também podemos ver a importância dos sistemas de informação que possibilitam tratar os dados e gerar informa- ções em velocidades maiores, permitindo inclusive definirmos o tratamento que desejamos dar, os destaques que buscamos e até mesmo organizar alertas para situações ou confluência de dados que apontam caminhos que desejamos. Vamos então conhecer um pouco a respeito destes sistemas que nos apoiam. Sistemas de informação: conceitos básicos, classificação, áreas e funções Antes de partirmos para a definição de Sistemas de Infor- mação (SI), vamos falar sobre o conceito de sistemas. Existem vários conceitos, que partiram dos estudos iniciais da biologia, com Bertalanffy e foram sendo ampliados até chegarmos ao ambiente organizacional. Ainda Bertalanffy (1977), diz que “todo sistema faz parte de um sistema maior, com o qual man- tém relações numa contribuição para o seu funcionamento, assim como dele recebendo elementos para a execução de suas próprias funções”. Considerando um sistema como “um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, que possuem sub- “Um sistema é um conjunto de partes coordenadas que concorrem para a realização de um conjunto de objetivos” BERTALANFFY (1977). 6TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO sistemas (partes que interagem) formando um todo unitário”, Pinochet (2014), nos apresenta mais conceito de sistemas e diz ainda que “um sistema pode já existir na natureza ou é criado pelo ser humano, em função de uma determinada finalidade, para satisfazer uma necessidade que é a razão de sua existência”. Assim todo sistema tem uma entrada, um processamento e uma saída. No caso dos sistemas de informações, temos a entrada de dados, o processamento conforme a necessidade e a saída de informações que apoio o processo decisório da empresa. “O conceito de informação envolve aspectos que abrangem desde sua coleta na forma bruta (dados), conduzindo ao proces- samento, que pode ser sob a forma de agrupamentos, cálculos, transformação dos dados, até sua disponibilização para a to- mada de decisão. Dados são representações de fatos, podendo ser letras, números, imagens, sons, nomes etc., desprovidos de significados. A informação está vinculada à capacidade de relacioná-la ao contexto ao qual pertence, podendo estar associada a uma ação ou regra” (PRADO e SOUZA, 2014). Claro que a evolução tecnológica trouxe novas possibili- dades de trabalho com a informação e gerou a percepção de que é possível as mudanças no ambiente podem ser fontes importantes de informação e conhecimento, basta que a or- ganização consiga lidar de forma dinâmica com estas fontes e desenvolver a capacidade de processar as informações gerando conhecimento (NONAKA e TAKEUCHI, 1997). Seguindo a evolução dos sistemas chegamos aos sistemas de informação, novamente encontramos em Prado e Souza 7TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO (2014), a consideração de que “são um elemento essencial das organizações, os instrumentos pelos quais os processos organi- zacionais são realizados, registrados e analisados”. Certamente pensando sobre este conceito inicial, podemos entender a im- portância destes sistemas e sua grande presença nos ambientes de negócios, visto que permitem coletar informações de todos os tipos de interação entre os processos de uma organização. Uma das características mais interessantes dos sistemas de informações (SI) é suacapacidade de assumirem confi- gurações diferentes a partir da união de seus componentes conforme as características desejadas para atender a demanda das organizações. O resultado é a possibilidade de agruparmos os SI de várias formas. Uma das melhores contribuições para a classificação dos SI, vem de Sommerville (2011), conforme apresentamos no quadro a seguir. “Do lado da tecnologia, o estudo dos sistemas de informação não é “engenharia de software”, mas sim o estudo de como compreender e alinhar os sistemas e tecnologias às necessidades e estratégias das organizações. Do lado da administração, o estudo dos sistemas de informação não é “estratégia empresarial” ou “gestão de processos de negócio”, mas sim a compreensão da lógica, das possibilidades e das limitações da tecnologia para aplicação na geração de valor para os clientes e parceiros comerciais (PRADO; SOUZA, 2014)”. Classificação dos sistemas de informação POR NÍVEIS ORGANIZACIONAIS Sistemas de Informações por Departamento – são sistemas desenvolvidos para as áreas departamentais de uma organização. Eles podem funcionar cada um por si ou interconectados. Sistemas de Informações Empresariais – são um conjunto de sistemas departamentais, combinados com outros aplicativos. Sistemas Inter Organizacionais – São sistemas informações fazendo a interligação de diversas empresas. POR ÁREAS FUNCIONAIS Sistema de Informação Contábil Sistema de Informação Financeiro Sistema de Informação Industrial Sistema de Informação de Marketing Sistema de Informação de Recursos Humanos. POR TIPO DE SUPORTE Sistema de processamento de transação (SIT) – dá suporte a atividades funcionais e aos administradores. Sistema de informação gerencial (SIG) – dá suporte a atividades funcionais e aos administradores. Sistema de apoio a decisões (SAD) – dá suporte à tomada de decisões pelos administradores e analistas. Sistema de apoio ao executivo (SIE) – suporta o principal executivo na tomada de decisão. 8TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO As aplicações de tecnologia da informação nas organizações criam condições para um melhor desempenho ao oferecerem suporte aos seus processos e operações, bem como auxiliarem a tomada de decisões e a organização das estratégias em busca da vantagem competitiva (OLIVEIRA e COSTA, 2016). Para Stair e Reynolds (2015) os sistemas de informação de uma organização devem oferecer apoio a realização das ativi- dades e a execução da rotina diária, de forma a agregar valor aos produtos e serviços da empresa. A figura a seguir apresenta um resumo da evolução dos SI, relacionando com as décadas em que foram lançadas, tipo de operações principais e o nível da organização para os quais coletavam informações. PELO PAPEL DESEMPENHADO NA ORGANIZAÇÃO ERP – sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERPs), têm foco operacional e na integração dos processos de negócio. São comercializados em módulos e a ideia central é a da integração da informação empresarial. Os ERPs podem ser considerados um avanço dos sistemas de processamento de transações e sistemas de informações gerenciais. o ERP incorpora os dois sistemas, incorpora o conceito de processo empresarial e utiliza novas tecnologias até então não disponíveis. BI – sistemas de apoio a inteligência empresarial (business intelligence). O BI tem foco no apoio a decisão nos níveis gerenciais e estratégico. O ERP pode ser considerado uma entrada do BI. Alguns fabricantes fornecem as duas opções conjuntamente. O BI é como se fosse o avanço dos sistemas de apoio a decisão (SAD) e sistemas de suporte ao executivo (SIE). Classificação dos sistemas de informações Fonte: SOMMERVILLE (2011) Evolução dos SI Fonte: PEROTTONI et al., 2001. 9TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Modelos e aplicação dos sistemas de informação Certamente o nível de evolução tecnológica de uma or- ganização e também do mercado no qual está inserida, criam condições para que os SI desenvolvam aplicações voltadas às necessidades estratégicas atuais e futuras. Williams (2010), afirma que as informações são estratégicas apenas quando são úteis e diz que as informações são úteis quando são precisas, completas, relevantes e tempestivas. O quadro a seguir apresenta a classificação desenvolvida por Williams. • Informação precisa – permite sabermos exatamente o que é necessário; • Informação completa – a informação apresenta todos os elementos para seu entendimento e uso; • Informação relevante – a informação está relacionada ao • problema que desejamos solucionar; • Informação tempestiva – a informação está disponível quando é necessária. Classificação da utilidade da informação Fonte: Adaptado de Williams (2010). Outro ponto que o autor destaca é dos custos relativos à informação e neste caso encontramos também uma classificação desenvolvida por Williams (2010), conforme o quadro a seguir demonstra. • Custos de aquisição – custo de obtenção dos dados que a empresa não possui; • Custos de processamento – custos para transformar dados brutos em informações utilizáveis; • Custos de armazenagem – custo de arquivamento físico ou eletrônico das informações para uso e recuperação posteriores; • Custos de recuperação – custos para acessar informações já armazenadas e processadas. Custos das informações Fonte: Adaptado de Williams (2010) A partir da configuração entre a utilidade da informação e seu custo, as organizações modelam seus sistemas de informações e determinam suas aplicações, conforme a estratégia de empresa e tendo por base a classificação proposta por Sommerville (2011), que acompanhamos no quadro 3. Do modelo definido pela empresa surgem os sistemas que a mesma necessita para atender suas demandas e transformam-se em sistemas especializados conforme apresentado por Perottoni et al. (2001). 10TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Síntese Com o advento da globalização a disseminação da informa- ção criou um mundo onde temos informações em abundância, talvez em excesso e onde vivemos a ansiedade da busca da informação significativa para empresas e pessoas. Os sistemas de informação logicamente evoluíram para atender esta necessidade de coleta e tratamento de informações buscando gerar inteligência. As configurações possíveis para os sistemas, estão evoluindo na medida em que as tecnologias e dispositivos também evoluem, permitindo arranjos com características específicas para cada empresa. Os sistemas acabam recebendo várias classificações em detrimento de suas características e podemos destacar a classificação por níveis organizacionais, por áreas funcionais, por tipo de suporte e pelo papel desempenhado na organização. 11TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO ATIVIDADES 1. Qual o efeito da disseminação das informações em sua vida? 2. Como a disseminação das informações afeta as empresas? 3. O que é um sistema? 4. Em sua opinião, o que é informação e qual a importância da informação para as empresas? 5. Segundo Williams (2010), para ser estratégica, uma informação precisa ser completa. Qual o conceito de informação completa neste contexto? *As questões são autoavaliativas e não serão cobradas como atividade no ambiente virtual de aprendizagem. 12TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO INTELIGÊNCIA COMPETITIVA E TECNOLOGIA Tecnologias que colaboram para a obtenção de vantagens competitivas de forma inteligente. Neste capítulo falaremos sobre a inteligência competitiva e as tecnologias que apoiam a vantagem competitiva das empresas. Falaremos sobre o efeito da disseminação de informações e a aquisição da informações que são estratégicas para as empresas e os sistemas de informação que utilizam estas informações para gerar vantagem competitiva que advém da inteligência compe- titiva e de negócios e o uso destas informações no e-commerce. 13TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Disseminação da informação Em mundo conectado e com inúmeras opções de sistemas, as informações são geradasa todo momento, em todos os lu- gares. Em 2011 a University of Southern California publicou um estudo onde demonstrava os números do monitoramento que foi realizado em 60 tipos de tecnologia, no período entre 1986 e 2007. Embora o estudo aponte para o crescimento do número de informações, o que mais chama atenção é a apre- sentação dos números do ano de 2007. Segundo o estudo a humanidade armazenou dados equivalentes a 295 trilhões de Mb (megabytes) em 2007 apenas e ainda realizou a transmissão de aproximadamente 2 quadrilhões de Mb, o que demonstra o enorme avanço na disseminação da informação, visto que estes números são relativos ao uso de computadores apenas (HILDER, 2011). Ao analisar os números da publicação Francisco das Chagas de Souza, professor do Departamento de Ciência da Informa- ção da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em entrevista ao Correio Braziliense, em fevereiro de 2011 (dispo- nível em http://www.correiobraziliense.com.br), declara que “pelos dados do Royal Pingdom, em 2010 foram enviados 107 trilhões de e-mails, dos quais 89,1% eram spam, há também uma enorme quantidade de lixo armazenado. Esse é apenas um dos dados. Sendo otimista, a informação ‘boa’ talvez não Capacidade instalada de armazenamento e capacidade efetiva de radiodifusão e telecomunicações, em megabytes compactados otimizados (MB) por ano para 1986, 1993, 2000 e 2007. Fonte: HILDER, 2011. 14TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO passe de 20%”. Como podemos observar, a informação con- segue disseminar-se com facilidade, mas qual informação é relevante? Como chegar ao que precisamos e garantir que temos dados realmente fidedignos? Estes questionamentos orientam o caminho das organizações e seus sistemas de informações. Aquisição de informações estratégicas Soma-se aos questionamentos anteriores uma pergunta muito importante, que é o que vamos fazer com tamanha quantidade de informações? Já sabemos, todos nós, que esta quantidade de informações não facilita o trabalho, pelo con- trário, torna mais difícil. E vivemos com este dilema a todo momento, assim que com temos acesso, precisamos refinar o que achamos e chegar ao que realmente importa para o momento e processo decisório em que estamos trabalhando. Certo que os sistemas de informações compensam nossa capacidade extremamente limitada de trabalhar com várias fontes de informação ao mesmo tempo e processar tudo para chegar ao que buscamos, que se caracteriza por informações estratégicas. Estas informações são importantes para alimentar o processo decisório das empresas de forma a facilitar a seleção, desenvolvimento e implementação de estratégias vencedoras. Sistemas de informação e vantagem competitiva Para Williams (2011), “nos atuais hiper competitivos am- bientes de negócios a informação é tão importante quanto o capital para o sucesso empresarial.” Por isso a informação possui um caráter estratégico que pode garantir vantagem competitiva em relação aos concorrentes. Para desenvolver a vantagem competitiva os sistemas de informação da empresa devem oportunizar um controle de custos que torne a empresa líder em custo do setor, ou então acrescentarem um diferencial que seja importante aos clientes levando-os a pagar mais pelos produtos. 15TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Assim, em muitos casos os sistemas de informações podem não contribuir para uma vantagem competitiva sustentável, visto que as tecnologias estão disponíveis a todos os concorrentes que puderem pagar por elas. Para gerar vantagem utilizando os sistemas de informação, Williams (2011), diz que “a chave para manter uma vantagem competitiva não se encontra em computadores mais velozes, mais memória e em discos rígidos maiores. A chave consiste em usar as tecnologias da informação para aperfeiçoar e apoiar continuamente as principais funções de uma empresa”. Inteligência competitiva e de negócios “No ambiente empresarial moderno, o conhecimento é o recurso mais importante. O posicionamento válido no mercado e o desenvolvimento de estratégias corporativas são impensáveis sem consideração das informações relacionadas a concorrên- cia, tanto atual como potencial” (GRACANIN, KALAC e JOVANOVIC, 2015). A poucos anos atrás, quando pensávamos na coleta de informações sobre a concorrência, o que buscávamos eram dados que permitissem entender o tamanho do mercado e a participação de cada um de nossos concorrentes. Atualmente estas informações, embora importantes, não são suficientes e a complexidade do ambiente de negócios e sua grande volatilida- de, requerem informações sobre a oferta dos concorrentes, sua estrutura de produtos, serviços e despesas, volume de vendas, liquidez, f luxo de caixa, rentabilidade e a relação qualidade e preço. “É preciso dinheiro para fundar uma empresa, mas as empresas não conseguem sobreviver e crescer sem a informação correta” WILLIAMS (2010). 16TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Não somente a informação sobre a concorrência, mas tam- bém informações sobre fornecedores, clientes, políticas, legis- lação e mudanças no ambiente de negócios, caracterizam-se como um componente crítico para o planejamento estratégico das empresas e para a tomada de decisões. Os sistemas de informações visam facilitar a obtenção destas informações, no entanto, conforme Gracanin, Kalac e Jovanovic (2015), “construir um sistema de informação que suporte a gestão e a tomada de decisões, e que pode ser uma fonte de vantagem competitiva, não é uma tarefa fácil. O desenvolvimento das tecnologias da informação, hardware, software e de ativida- des como a coleta, acumulação e transmissão de informações, pode parecer uma tarefa fácil, mas apenas do lado técnico, pois sempre resta problema da obtenção de informações úteis e de qualidade”. Assim, é necessário a construção de um sistema integrado e inteligente que consiga coletar informações em várias fontes e realizar a análise das mesmas, disponibilizando opções de apoio ao processo decisório. Este sistema constitui o processo de Inteligência Competitiva ou Competitive Intelligence (CI), que fornece informações críticas de suporte a tomada de decisão estratégica, tática e operacional. Para a Sociedade de Profissionais de Inteligência Estra- tégica e Competitiva (SCIP)1 a inteligência competitiva é “o processo de monitoramento do ambiente competitivo. A CI permite que gerentes em empresas de todos os tamanhos tomem decisões sobretudo - marketing, pesquisa e desenvolvimento, investimentos e estratégias de negócios de longo prazo. O CI é um processo contínuo, que inclui coleta legal e ética de informações, análise que não evita conclusões indesejadas e disseminação controlada de conhecimento e informação aos tomadores de decisão”. 1 Em inglês Society of Competitive Intelligence Professionals-SCIP. É uma organização global sem fins lucrativos que lida com questões de desenvolvimento e uso prático da inteligência competitiva. Atualmente, a SCPI é uma abreviatura de Profissionais de Inteligência Estratégica e Competitiva, anteriormente conhecida como Sociedade de Profissionais de Inteligência Competitiva. Disponível em -http://www.scip.org 17TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Como vimos no conceito apresentado anteriormente, a inteligência competitiva é um processo. Este processo por sua vez inclui as atividades de coleta, análise e fornecimento de informações oportunas e úteis, que geram conhecimento essencial para gerentes e todos os tomadores de decisão para melhorar a posição competitiva de suas empresas - aos olhos dos consumidores. A inteligência competitiva desenvolve ferramentas para o tratamento de dados e informações brutas presentes no ambiente competitivo e faz o processamento destas, visando entregar informações que possam ser usadas no processo decisório estra- tégico. As empresas que entendem esse conceito conseguem ter um maior sucesso no mercado em relação aos seus concorrentes que não entendem a relação entre escaneamentoambiental e tomada de decisão estratégica. Introdução ao comércio eletrônico Certamente o comércio eletrônico ou e-commerce e seus processos, possibilitaram o surgimento de toda uma nova gama de sistemas inteligentes para trabalhar com a quantidade de informações que estavam disponíveis. Embora hoje tenhamos estes sistemas em praticamente todas as empresas, imagine a evolução que tivemos ao conseguirmos coletar informações diretamente com o cliente, em tempo real, através de sua in- teração com as plataformas de e-commerce. Stefano (2016), diz que “ainda hoje, um tempo considerá- vel após a chamada revolução da internet, o e-commerce, que promoveu uma revolução nas práticas de negócios, continua a ser relativamente novo, emergente e em constante mudança nas áreas de gestão dos negócios e tecnologia da informação”. 18TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Ao analisarmos o quadro anterior, percebemos nitidamente que uma nova fase pode ser considerada, pois como destaca Stefano (2016), “esta lista nunca estará completa, pois a cada dia são descobertas novas tecnologias e combinações. Mesmo “E-commerce é um modelo de negócio no qual as transações comerciais ocorrem via redes de telecomunicações, especialmente a internet”. (TURBAN et al, 2012) Em seu livro... Schneider (2013), identifica duas fases distin-tas da evolução do e-commerce. Segundo o autor, inicialmente este era um fenômeno essencialmente norte- americano e isso ficava evidente principalmente por encontramos os websites em inglês. Na sequência, a segunda fase, apresenta uma expansão e encontramos a presença dos websites em vários idiomas e presentes em vários países. A figura a seguir apresenta um resumo das duas fases identificadas pelo autor. Características chave das fases do e-commerce. Fonte: Schneider, 2013, p. 14. 19TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO assim, ela serve para destacar a terceira fase do e-commerce, a do comércio móvel (mobile commerce/m-commerce, por meio de smartphones, notebooks e tablets. Existe logicamente vários modelos de e-commerce e Turban et al. (2012), nos apresenta, no quadro a seguir, uma classificação dos modelos de e-commerce pela natureza da transação que executam. • Business-to-business (B2B) [empresa-empresa] - Todos os participantes do e-commerce B2B são empresas ou outros tipos de organizações. • Business-to-consumer (B2C) [empresa-consumidor] – envolve transações de varejo entre empresas e compradores individuais. • Business-to-business-to-consumer (B2B2C) [empresa- empresa-cliente] – uma empresa oferece produtos ou serviços a uma empresa que seja sua cliente, a qual, por sua vez, mantém seus próprios clientes, para os quais o serviço ou produto é repassado. • Consumer-to-business (C2B) [consumidor-empresa] - essa categoria envolve, por um lado, indivíduos que utilizam a uti- -lizam a internet para vender produtos ou serviços a organizações e, por outro, aqueles que procuram vendedores a fim de que ofereçam lances, para obter produtos e serviços de que necessitam. • Consumer-to-Consumer (C2C) [consumidor-consumidor] – os consumidores vendem diretamente uns aos outros. • Mobile commerce – as atividades e transações de e-commerce realizadas em ambientes sem fio são chamadas de comércio móvel (mobile commerce) ou m-commerce. • CE intranegócios (organizacional) – esta categoria abrange todas as atividades internas que envolvem a troca de produtos, serviços ou informações entre diferentes unidades e indivíduos de uma organização. • Business-to-employess (B2E) [empresa-funcionários] – é uma subcategoria do intranegócios, na qual a organização oferece serviços, informações ou produtos a funcionários. • Comércio colaborativo – quando indivíduos ou grupos se comunicam ou colaboram uns com os outros on-line, estão praticando comércio colaborativo (c-commerce). • CE nonbusiness – um número cada vez maior de instituições não-comerciais utiliza o CE para reduzir despesas ou aprimorar suas operações e serviços. 20TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO • E-government – quando uma entidade governamental adquire produtos, serviços ou informações de empresas ou de cidadãos, ou, ainda, oferece esses bens a tais empresas e cidadãos. • Exchange-to-exchange (E2E) – um espaço de troca como um mercado eletrônico público com diversos compradores e vendedores. Classificação dos modelos de e-commerce pela natureza da transação. Fonte: TURBAN, et al. 2012. 21TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Síntese O mundo conectado gera inúmeras opções de sistemas para atender as demandas crescentes por dados. Informações surgem a partir do tratamento dos dados e as empresas buscam as informações estratégicas, ou seja, as que podem gerar vantagem competitiva. Por isso os sistemas de informação tomam formas diversi- ficadas e buscam atender a demanda de cada empresa conforme o seu nível de necessidades. Facilitar a obtenção das informações estratégicas e ofe- recerem suporte para a tomada de decisão das empresas. Em um ambiente onde o e-commerce torna-se uma grande fonte de renda para as empresas, usar a informação de forma a obter acesso ao cliente é um grande diferencial competitivo. 22TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO ATIVIDADES 1. Em sua opinião, o que gerou o crescimento das informações disponíveis no mundo atual? 2. Como os sistemas de informação podem contribuir para a vantagem competitiva da empresa? 3. O que é, em sua opinião, inteligência competitiva? 4. Como os sistemas integrados podem facilitar o processo de inteligência competitiva? 5. O e-commerce pode ser classificado em vários modelos, descreva o modelo mais importante para sua empresa ou uma empresa que você conheça? 23TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO TECNOLOGIAS APLICADAS O uso das tecnologias nos negócios e as suas principais aplicações. Neste capítulo vamos falar sobre as tecnologias aplicadas aos negócios e seus principais usos, falaremos dos sistemas de apoio à decisão, que são muito importantes no mundo corpo- rativos. Também abordaremos os ERPs e sua capacidade de integrar informações da empresa. Os sistemas de gerenciamento das relações com os clientes e também de gestão da cadeia de produção, assim como a inteligência de negócios e o apoio de sistema de data warehouse e datamining fecham o capítulo e nos permitem verificar as principais aplicações que as empresas utilizam. 24TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) Os sistemas de apoio à decisão, têm como objetivo a com- binação de dados e modelos, através de um sistema baseado em computadores, visando apoiar os processos decisórios nas organizações. Neste caso específico de sistema, temos um grande envolvimento do usuário no processo de solução de problemas semiestruturados. Para O’BRIEN (2011), um sistema de apoio à decisão é uma das principais categorias de sistemas de apoio gerencial. São sistemas de informação computadorizados que fornecem aos gerentes apoio interativo de informações durante o processo de tomada de decisão. Os sistemas de apoio à decisão compõem a plataforma de entrega de inteligência empresarial para essa categoria de usuários, com a capacidade de apoiar a tomada de decisão se- miestruturada (LAUDON, 2014). São sistemas que dependem de modelagem e utilizam modelos matemáticos e analíticos para executar análises do tipo “SE – ENTÃO”. Essas análises partem de condições já conhecidas ou mesmo hipotéticas, per- mitindo ao usuário variar valores de entrada e com isso testar e simular resultados, o que permite mais eficiência na tomada de decisões caso os resultados venham a se confirmarem. Um exemplo que podemos utilizar é o caso de uma aná- lise do tipo “SE – ENTÃO”, em uma análise de sensibilidade onde perguntamos: “o que acontecerá ao ponto de equilíbrio se o preço de venda e o custo de fabricação de uma unidade aumentarem ou diminuírem? A figura 4 a seguir demonstra o caso de uma análise de sensibilidade, atravésde um SAD onde o sistema apresenta possibilidades de variação do preço do bem e do custo variável por unidade de vendas do mesmo bem. Os SADs apoiam as decisões administrativas quando são únicas e se alteram rapidamente utilizando modelos analíticos e recursos avançados de análise de dados. LAUDON (2014) 25TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO O quadro a seguir apresenta os componentes de um sistema de apoio à decisão, na visão de Massukado (2004). Segundo O’Brien (2011), os sistemas de apoio à decisão são bastante f lexíveis e permitem a realização de diferentes tipos de análises conforme a situação apresentada. Para o autor, os SADs desenvolvem quatro tipos básicos de análise que são: Análise do tipo E – SE: neste caso os usuários podem al- terar as variáveis ou a relação entre as variáveis e verificarem as mudanças que ocorrem nos valores de outras variáveis Análise de sensibilidade: aqui temos a alteração do valor de uma variável repetidas vezes e buscamos observar o que ocorre com as outras variáveis analisadas. Este tipo de análise é muito utilizado quando os gestores devem tomar uma decisão e estão em dúvida quanto às premissas que estão assumindo. Análise de busca de metas: neste tipo de análise a intenção é encontrar um valor as ser fixado como alvo em uma variável e então passamos a alterar os valores das outras variáveis até que o valor alvo seja atingido. Análise de sensibilidade. Fonte: LAUDON (2014). Componentes de um sistema de apoio à decisão Informação Dados formatados, textos, imagens, sons; Recursos Humanos Pessoas que coletam, armazenam, recuperam, processam, disseminam e utilizam informações; Tecnologias de Informação Hardware, software, comunicação e, Práticas de Trabalho Métodos utilizados pelas pessoas no desempenho de suas atividades. Componentes de um sistema de apoio à decisão. Fonte: Massukado (2004) 26TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Análise de otimização: nesta análise buscamos encontrar o valor ótimo para uma ou mais variáveis, com a inserção de limitações nestas variáveis. Em seguida passamos a mudar os valores das demais variáveis até atingirmos os valores otimi- zados para as variáveis alvos. Enterprise Resource Planning (ERP) – Sistemas Integrados ERPs são sistemas de planejamento empresarial que pos- suem como característica principal a união de vários módulos de software em uma suíte, integrando todos os módulos a um banco de dados central. O banco de dados consegue assim co- letar informações de todos os módulos, que estão implantados nos diversos setores, divisões e departamentos da empresa, tornando as informações disponíveis a todos que tenham ne- cessidade das mesmas e autorização para acesso. Finanças e Contabilidade Manufatura e Produção Recursos Humanos Vendas e Marketing Materiais e insumos Programação de produção Datas de expedição Capacidade de produção Compras Pedidos Previsões de venda Pedidos de devolução Preci�cação Fluxo de caixa Contas a pagar Contas a receber Receita Horas trabalhadas Custo do trabalho Requisitos dos Cargos Banco de Dados Central ERP. Fonte: Adaptado de LAUDON (2014). 27TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO CRM – Gestão das Relações com o Cliente As relações com o cliente são um dos pontos mais im- portantes para o sucesso da estratégia de uma empresa. Nor- malmente quando pensamos neste assunto, lembramos dos softwares de CRM (Customer Relationship Management), que trouxeram grandes avanços na coleta e tratamento de informações sobre o cliente e seus hábitos de consumo, além de permitirem que as empresas que o utilizam, desenvolvam uma maior proximidade com o cliente. É importante, no entanto, destacar que toda forma de de- senvolvimento de relacionamento com os clientes e as ações para manter este relacionamento, são ações de CRM e que podemos usar até mesmo uma planilha para controlar as informações que desejamos. Tudo depende do tamanho da organização e da necessidade de informações que temos de gerenciar. Assim, cada organização desenvolve o seu CRM utilizando softwares já disponíveis no mercado ou mesmo criando um sistema pró- prio, conforme seu tamanho e possibilidades. Quando uma empresa busca elevar sua rentabilidade é necessário desenvolver uma visão ampla do negócio, voltada para o entendimento das necessidades de seus clientes atuais e potenciais e também buscar antecipar as necessidades deste público. Por isso, Peppers e Rogers (2000), consideram que o CRM apresenta uma filosofia one- to-one para o relacionamento com estes clientes, possibilitando um direcionamento individualizado e diferenciado para cada cliente. Veja no quadro a seguir a aplicações comuns do CRM nas organizações. APLICAÇÕES COMUNS DO CRM • Coleta de dados: o sistema registra dados de clientes, como detalhes de contato, dados demográficos, histórico de compras, preferências de serviços e assemelhados. • Análise de dados: os dados registrados são analisados e categorizados pelo sistema de acordo com os critérios estabelecidos pela empresa. Essas informações são utilizadas para dividir a base de clientes em classes e personalizar a entrega de serviço de acordo com essa divisão. 28TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO O Meta Group (2001) apresentou três estágios evolutivos que o CRM se divide e que é utilizado pelas empresas ao es- calonarem a sua implantação. Nesta visão o CRM é utilizado na empresa com a finalidade inicial de estabelecer canais com o cliente. Normalmente nesta fase, que é chamada de CRM Operacional, encontramos a implantação dos call-centers, as iniciativas de vendas pela internet, soluções de automação da força de vendas e automação das atividades de marketing. Continuando sua evolução, busca-se agregar inteligência ao sistema, com a finalidade de ampliar o conhecimento do cliente e personalizar o tratamento. Nesta fase chamada CRM Analítico, temos a inclusão do Gerenciamento de Marketing e o uso de Datawarehouse. Por fim, na última fase todos os canais de contato com o cliente estão organizados de forma a garantir a integração entre os pontos de interação com o cliente e o f luxo de informações necessárias para toda a organização é o CRM Colaborativo. Veja a seguir a figura com o resumo das fases. • Automação da força de vendas: indicações de vendas, vendas cruzadas e oportunidades de vendas de valores mais elevados podem ser identificadas e processadas, e todo o ciclo de vendas - desde a geração de indicações até fechamento de vendas e serviços pós-vendas - pode ser acompanhado e facilitado por meio do sistema de CRM. • Automação do marketing: o data mining habilita a empresa a visar ao seu mercado. Um bom sistema de CRM permite que a empresa realize marketing one-to-one e economize em custo, o que resulta no aumento do retorno sobre o investimento (RSI) de sua verba de marketing. Sistemas de CRM também permitem a avaliação da eficácia de campanhas de marketing por meio da análise de respostas. • Automação da central de atendimento: os profissionais da central de atendimento têm as informações dos clientes ao alcance de seus dedos e podem melhorar os níveis de serviço para todos eles. Além do mais, sistemas de identificação de clientes (ID) e de números de contas permitem que as centrais de atendimento identifiquem a classe a que pertencem os clientes e personalizem serviço de acordo com ela. Por exemplo, portadores de cartões platina têm prioridade em filas de espera eletrônicos. •Aplicações comuns do CRM. Fonte: (LOVELOCK; WRIGHT, 2011) 29TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Estágios evolutivos do CRM. Fonte: EBERLE; BAMPI; MILAN, 2009 SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos A cadeia de suprimentos ou supply chain “é uma rede que engloba todas as empresas que participam das etapas de formação e comercialização de determinado produto ou ser- viço, que será entregue a um cliente final” (SCAVARDA; HAMACHER, 2001). “A cadeia de suprimentos pode ser classificada em três níveis,rede total, rede imediata e rede interna.” SLACK (1993). É interessante que ao observarmos rede geralmente percebemos que foco flui não só dentro de uma cadeia, mas apresenta f luxos divergentes e convergentes dentro de uma rede complexa resultante de muitas ordens de clientes diferentes a serem tratadas em paralelo. Por exemplo, olhando para a direção a jusante, a visão de uma organização pode ser limitada pelos clientes de seus clientes enquanto termina com os fornecedores de seu fornecedor na direção a montante. 30TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO BI – Inteligência de Negócios Com a função de auxiliar o processo decisivo, princi- palmente a tomada de decisões estratégicas nas empresas, o Business Intelligence, trata-se de conjunto de softwares que busca apresentar as informações necessárias para a tomada de decisões assertivas. Com a utilização dos vários softwares é possível coletar informações sobre concorrentes, clientes e fornecedores, per- mitindo analisar que, reunindo diversas informações, auxiliam nas decisões estratégicas a serem tomadas nas empresas. Para Matheus e Parreiras (2004): Cadeia de suprimentos. Fonte: Adaptado de Stadtler, Kilger e Meyr (2015) e Slack (1993) “Os sistemas de informação computacionais desenvolvidos através de iniciativas de BI são sistemas complexos, que necessitam muitas interações entre os usuários finais e os responsáveis pela análise, desenvolvimento e manutenção, e não simples programas que podem ser comprados, instalados e imediatamente utilizados. Sistemas de BI, mesmo considerando-se o foco em software e tecnologia, são, portanto, analisados, desenvolvidos e mantidos através de processos espirais de software, com diferentes etapas (ou tarefas) compondo o processo, que se repete de forma cíclica.” 31TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Para Carvalho (2003), “um sistema de BI não é uma tec- nologia que incentiva o compartilhamento de conhecimento entre as pessoas. O objetivo de um sistema de BI é contribuir para gerar novos conhecimentos que resultem em efetivos re- sultados empresariais de negócio”. Datamining e Data Warehouse Considerando o aumento das opções de sistemas infor- matizados nas organizações e a enorme capacidade de gerar e armazenar dados, verificamos a necessidade de trabalhar- mos a análise destes dados. As tecnologias de banco de dados normalmente disponibilizam a possibilidade de consultas aos dados armazenados, o que permite a organização de grandes quantidades de dados e sua análise. No entanto, existe a li- mitação imposta pela necessidade de termos o conhecimento da estrutura do banco de dados para que possamos realmente garimpar dados importantes. Garimpar talvez seja a expressão mais importante para o trabalho com grandes quantidades de dados, pois buscamos identificar dados relevantes que permitam gerar informações estratégicas. Garimpar ou minerar dados (data mining) visa encontrar informações que estão presentes em regras ou padrões encontrados em grandes quantidades de dados. Esta tecnolo- 32TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO gia é considera pelo Gartner Grooup como uma das grandes evoluções nas tecnologias aplicadas a negócios e que segue evoluindo graças a ao desenvolvimento constante de técnicas da estatística, das redes neurais, do aprendizado de máquina e dos algoritmos genéticos. A tecnologia de Data Warehousing permite a agregação dos dados e sua consolidação e compilação, facilitando enor- memente o trabalho dos gestores. Para Ordoñez Salinas e Nieto Lemus (2017), o “Data Warehouse tem como princípio a integração e consolidação da informação em uma estrutura multidimensional rígida. Um exemplo é o modelo de f loco de neve, usado para fazer o processamento analítico on-line (OLAP) aplicando Business Intelligence (BI)”. Laudon (2014), afirma que a “proposta de um data wa- rehouse é sustentar a tomada de decisão com dados e que a data mining pode ser usada em conjunto para auxiliar certos tipos de decisão. Para fazer a data mining mais eficiente, o data warehouse deve ter uma coleção de dados agregados ou sumarizados”. Ainda segundo o autor, a função do data mining é auxiliar na identificação de padrões novos, que não seriam encontrados ao utilizarmos uma simples pesquisa (LAUDON, 2014). 33TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Síntese Existem vários sistemas que foram desenvolvidos para atender as demandas das empresas por informação. Para isso várias configurações de sistemas surgiram e podemos destacar os sistemas de apoio a decisão, que oferecem suporte ao processo decisivo das organizações, visando torna-lo mais assertivo. Os sistemas de integrados que caracterizam os ERPs e conectam vários sistemas da empresa, visando oferecer informações in- tegradas e estratégicas. CRMs são sistemas que coletam informações e oferecem opções de gerenciamento da relação de uma empresa com seis clientes, mais do que apenas armazenarem informações de compras, buscam oferecer informações sobre as decisões do cliente e sobre sua trajetória em relação à empresa. Reunindo-se aos sistemas apresentados temos também os sistemas de gerenciamento da cadeia de suprimentos, os SCM, que permitem o acompanhamento das informações da cadeia de valor da empresa. Todos os sistemas usados de forma integrada e com o objetivo de garantir vantagem competitiva, torna-se a base para a inteligência de negócios, que utiliza também fer- ramentas como o data warehouse e o datamining para coletar, analisar e gerar informações importantes e relevantes. 34TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO ATIVIDADES 1. O que são os sistemas de apoio à decisão (SAD) e qual sua importância no mundo dos negócios? 2. Qual a principal característica de um ERP? 3. O que é a filosofia one-to-one dos sistemas de CRM? 4. Quais os níveis da cadeia de suprimentos? 5. O que é inteligência de negócios e como o Data Warehouse e o Datamining podem contribuir para este processo? 35TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO TENDÊNCIAS Novas tecnologias de comunicação e de fabricação, permitem novos arranjos e novas aplicações, modelando os negócios de forma diferenciada. Neste capítulo vamos falar sobre os avanços tecnológicos e as grandes possibilidades que surgem na área de negócios. Iniciamos falando sobre a segurança e privacidade da infor- mação e sobre a ética necessária para mantermos a segurança e a privacidade. Logo a frente abordamos as novas tecnologias como a Internet das Coisa (IoT), Inteligência Artificial (IA), Indústria 4.0, Sistemas Colaborativos e Social Business. Todas novas tecnologias ou tecnologias já existentes, mas utilizadas em novos arranjos de negócios. 36TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Segurança e privacidade da informação Como já vimos na introdução deste capítulo, a evolução das tecnologias tem permitido grandes avanços na comunicação e nos processos de fabricação por consequência. No entanto, este avanço traz consigo a preocupação com a segurança deste enorme volume de informações que estão sendo geradas a todos instante, em todas as pontas dos processos de negócios, desde a produção até o as informações do consumidor. Mas o que é a segurança da informação? Para responder- mos esta questão, vamos usar o apoio de Galvão (2015), que diz “de uma forma mais detalhada, a segurança da informação tem como meta a proteção dos sistemas de informação contra a invasão, modificação dos dados por pessoas não autorizadas. Ela deve proteger as informações armazenadas em processamento ou em trânsito, garantindo também a segurança das áreas e instalações computacionais”. Podemos então verificar, que em um ambiente onde as informações são coletadas a todo momento, aumentam as vul- nerabilidades e as possibilidade de acessos ilícitos à informações importante e privativas de pessoas e empresas. Certamente esta vulnerabilidade aumenta quando consideramos a existência de variáveis externas e internas que afetam as empresas e perso- nalizam o problemada segurança das informações. Sêmola (2014, diz que “toda a informação está acessível dos pontos mais distantes através da Internet, Intranet, Ex- tranet, VPNs, culminando com as tecnologias de acesso sem fio, como Wi-Fi, 3G, 4G. Fica fácil perceber como o nível de risco tem crescido com base nessa análise.” A figura na página seguinte apresenta um esquema representativo da influência de variáveis internas e externas sobre a segurança da informação na empresa. 37TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO A informação pode ser colocada em risco pelos mais diversos fatores, conforme Galvão (2015), sendo “pelo comportamento indevido dos próprios usuários ou detentores da informação, também por problemas no ambiente em que a informação está inserida, além de possíveis falhas na infraestrutura da empresa ou mesmo por indivíduos mal-intencionados, que agem com o objetivo de alterar, destruir ou danificar as informações”. Para Kolbe (2017), “quando o assunto envolve segurança da informação nas organizações, ter conhecimento da estru- tura organizacional bem como do f luxo das informações é de suma importância para todos os programas de prevenção e a segurança deve ser entendida como um conjunto de processos que visam à proteção empresarial”. Isso nos leva a concordar com Galvão (2015), quando a autora diz que “houve um grande avanço tecnológico no mundo moderno e isso fez com que as empresas tivessem de se adaptar por meio da criação de políticas e metodologias de segurança fundamentais, para que a proteção das informações fosse garantida”. Informação Processos Negócio Ativos In�u ênci a Influência das variáveis internas e externas que personalizam o problema da segurança da informa- ção. Fonte: SÊMOLA (2014) “A segurança da informação foi caracterizada e assegurada, levando em conta os princípios da confidencialidade, da integridade, da disponibilidade, da autenticidade e da irrevogabilidade” GALVÃO (2015). 38TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Considerando os princípios apresentados pela autora no quadro a seguir, podemos verificar a importância de cada um para a garantia da segurança das informações, tanto para pessoas quanto para empresas. Podemos então entender a importância da organização de um sistema de segurança da informação para as empresas, visto a grande quantidade de informações que as mesmas coletam e tratam todos os dias e a possível perda de credibilidade e mais ainda de mercado, quando estas informações (de clientes, fornecedores e funcionários) são expostos e demonstram a vulnerabilidade da empresa no quesito segurança e privacidade. Confidencialidade Consiste em garantir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso ao conteúdo das informações. O método mais utilizado para prover confidencialidade a uma informação é a autenticação no acesso, ou seja, fazendo uso de senhas ou códigos de segurança. Integridade O princípio da integridade se baseia na garantia de que as informações armazenadas estão corretas, são verdadeiras e não sofreram nenhum tipo de violação, isto é, que qualquer alteração, redução ou acréscimo foram autorizados pelos seus proprietários. Disponibilidade É a garantia de que as informações estarão disponíveis sempre que forem solicitadas pelas pessoas autorizadas. Este princípio está diretamente relacionado à eficácia dos sistemas que armazenam tais informações. Autenticidade A autenticidade é a garantia da legitimidade da transação, do acesso, da comunicação e da própria informação, isto é, assegura a veracidade da fonte anunciada e de que a informação não sofreu nenhum tipo de modificação - não autorizada - ao longo do processo. Irrevogabilidade Este princípio existe para que não seja possível negar um ato. Uma vez que a informação existe e é autêntica, esse princípio garante que ela seja irrevogável, ou em um termo mais simples, inegável, isto é, garante que o autor de uma transação feita anteriormente não seja capaz de negar tal autoria sobre o ato. Princípios da segurança da informação. Fonte: GALVÃO (2015) 39TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Sendo assim, segundo Kolbe (2017), “as ações necessárias à implantação de um sistema de segurança da informação não se limitam ao ato de criar um novo departamento ou unidade administrativa e chamá-lo de Departament of Security Offi- cer. De forma mais ampla, a solução corporativa adotada para a segurança representa um modelo de Gestão Corporativa de Segurança da Informação cíclico e encadeado”. Sêmola (2014), apresenta as etapas do ciclo de uma modelo de gestão corpo- rativa da segurança da informação, conforme podemos ver no quadro a seguir: Laudon e Laudon (2014), dizem “que após identificarmos os principais riscos para os sistemas da empresa, é necessário desenvolvermos uma política de segurança para proteger esss ativos”. Sêmola (2014), considera que é esta política “estabe- lece padrões, responsabilidades e critérios para o manuseio, armazenamento, transporte e descarte das informações dentro do nível de segurança estabelecido sob medida pela e para a empresa; portanto, a política deve ser personalizada”. Para que a política de segurança tenha sucesso, ela deve ser reconhecida por parte dos colaboradores da empresa, como o manual de segurança e segundo Sêmola (2014), “suas diretrizes devem ser conhecidas por todos, e suas normas, procedimentos e instruções específicas devem ser apresentados a cada grupo com perfil de atividade semelhante. Assim, cada membro per- cebe suas responsabilidades dentro de um modelo de segurança único, motivando-o a colaborar”. • Criação do Comitê Corporativo de Segurança da Informação; • Mapeamento de Segurança; • Estratégia de Segurança; • Planejamento de Segurança; • Implementação de Segurança; • Administração de Segurança; • Segurança na Cadeia Produtiva; E etapas do ciclo de uma modelo de gestão corporativa da segurança da informação. Fonte: SÊMOLA (2014) 40TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Ética em sistemas de informação Para Rainer e Cegielski (2015), a “ética refere-se aos prin- cípios do certo e do errado que os indivíduos as utilizam para fazer escolhas para guiar seus comportamentos. Decidir o que é certo ou errado nem sempre é fácil ou óbvio. Por este motivo, muitas organizações profissionais desenvolvem seus próprios códigos de ética”. Sempre que pensamos em ética temos vários conceitos e várias aplicações e como vimos no parágrafo anterior, muitas vezes não é fácil definir o que é correto e o que é errado fazer em um dado momento ou situação. Se conversarmos com as pessoas sobre determinados temas, veremos que as opiniões divergem e podemos então perceber que cada pessoa traz para o debate uma série de argumentos que norteiam sua decisão ou posicionamento. Assim, percebemos que para falar em ética em sistemas de informação temos de analisar toda a evolução das tecnologias e mais ainda a importância das informações para pessoas e empresas. Com dispositivos cada vez menores, que apresentam alta capacidade de armazenamento de informações e amplas possibilidades de conexão, mais rápidos e portáteis, a facilidade de perdermos, sermos roubados ou mesmo de sofrer um ataque (invasão) é enorme. Somamos a esta situação a redução das habilidades ne- cessárias para praticar crimes cibernéticos, dada a facilidade de aprendizado na internet em sites específicos e grupos de debate, onde é possível aprender técnicas hackers ou mesmo baixar programas (scripts) prontos que permitem invadir sites, redes ou computadores. Podemos perceber que o ambiente se “A política de segurança da informação estabelece padrões, responsabilidades e critérios para o manuseio, armazenamento, transporte e descarte das informações dentro do nível de segurança estabelecido sob medida pela e para a empresa”. SÊMOLA (2014) 41TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO torna convidativo aos que não possuem uma postura ética em relação a interatividade com os demais no ambiente digital. Tanto que existem organizaçõesespecializadas no cibercrime, ou seja, crimes no ambiente digital. Como já vimos quando falamos em segurança da informa- ção, muitas vezes as pessoas são vítimas de sua própria falta de segurança e descuido. Outras vezes por não saberem como agir. Assim, um código de ética é um ótimo ponto de partida para deixar claro a postura da organização em relação a segurança das informações dos clientes. Rainer e Cegielski (2015), dizem que “um código de ética é uma coleção de princípios que servem para orientar a tomada de decisão pelos membros da organização”. Os autores lembram ainda que: “Os princípios fundamentais da ética incluem obrigatoriedade, responsabilidade e imputabilidade. Responsabilidade significa que você aceita as consequências de suas decisões e ações. Responsabilização (accountability) refere-se a determinar quem é responsável pelas ações que foram tomadas. Imputabilidade ou responsabilidade legal (liability) é um conceito jurídico que sá aos indivíduos o direito de recuperar os danos causados a eles por outros indíviduos, organizações ou sistemas”. (RAINER e CEGIELSKI, 2015). No que diz respeito a ética nos sistemas de informação, temos claro que o maior ponto é referente a privacidade das pessoas e por isso a importância da criação de políticas e códigos que estabeleçam de forma clara quais são as diretrizes da empresa em relação a proteção da privacidade das informações de seus colaboradores, fornecedores e clientes. Vejam que a todo momento estamos abastecendo o ambiente digital com informações nossas. Estas informações são coletadas em todas nossas interações com sites, grupos de debate, Facebook e outras mídias sociais. Para isso as empresas 42TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO buscam estabelecer um modelo de obtenção do consentimento do cliente para a coleta e para o uso destas informações. Os dois modelos são os seguintes: IoT e IA aplicadas aos negócios Internet of Things (IoT) ou como falamos no Brasil, a internet das coisas, é um conceito que representa a evolução da internet como a conhecemos atualmente e amplia enormemente a capacidade de coleta, análise e distribuição de dados e com isso a capacidade de gerar informações e conhecimento. Os conceitos envolvidos na IoT não são novos, mas aqui também a evolução tecnológica tem possibilitado novos arranjos e amplas opções de inovação. Trata-se da conexão de objetos e dispositivos (coisas) e com isso amplia a coleta de informações. Segundo estudo da Cisco IBSG realizado em 2011, a IoT nasceu entre 2008 e 2009, quando o grupo descobriu que existiam mais dispositi-vos conectados do que pessoas no mundo, fato que não existia antes de 2008, conforme podemos verificar na figura a seguir. O modelo de opção de saída do consentimento informado permite que a empresa colete informações pessoais até que o cliente especificamente solicita que os dados não sejam coletados. Modelo de opção de entrada do consentimento informado, em que uma empresa é proibida de coletar qualquer informação pessoal a menos que o cliente a autorize especificamente. Modelos de opção de consentimento. Fonte: RAINER e CEGIELSKI, 2015 43TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO As aplicações da IoT nos negócios, são amplas e aumentam a cada dia com o surgimento de tecnologias novas. Permitem a conexão entre equipamentos na indústria e o sensoriamento de toda a produção (indústria 4.0), além de acompanhar toda a cadeia produtiva, da extração até o cliente final. Roupas que podem coletar informações sobre o uso e que podem adapta- rem-se as necessidades dos clientes e outros tipos de produtos que podem surgir a partir desta possibilidade. Para Luger (2013), a inteligência artificial refere-se ao “comportamento inteligente” dos artefatos, ou seja, é algo que pode ser definido como a inteligência que qualquer aparelho e/ou máquina criada pelo home revela ter. Em nossa vida diária, as empresas necessitam buscar quantidades gigantescas de elementos que estão armazenados nas bases de dados de mecanismos, sensores, etc, a IA, facilita esta tarefa e permite o acesso a informações presentes em bases de dados do mercado financeiro ou mesmo bases demográficas, científicas e mesmo médicas. Analisando volumes de informa- ções antes impossíveis de serem analisados de forma rápida e estabelecendo correlações e aprendendo com as mesmas. Aplicações como o IBM Watson permite que médicos tenham diagnósticos mais precisos, que ao atendimento de bancos seja mais rápido e isso é só o começo, temos todo um mundo de possibilidades de aplicações da IA na área de ne- gócios e sua utilização juntamente com a IoT, amplia mais o leque de opções que podem mudar totalmente a forma como pensamos e fazemos negócios. Pesquisa a Internet das Coisas. Fonte: Cisco IBSG, abril de 2011 44TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Smart industry (Indústria 4.0) Dentre as novas tecnologias e os novos modelos de gestão e uso da informação para o sucesso dos negócios, surgiu um interessante modelo denominado no Brasil como Indústria 4.0. Nos EUA este modelo é conhecido como Smart Indus- try. Considerada uma revolução nos processos produtivos da indústria, na verdade a quarta revolução industrial, por isso o 4.0. Costa (2017), diz que “no início do século XXI, com o desenvolvimento da Internet, sensores cada vez menores e potentes, com preços cada vez mais acessíveis, software e har- dware cada vez mais sofisticados, a capacidade das máquinas aprenderem e colaborarem criando gigantescas redes de “coisas” (IoT- Internet das Coisas), iniciou-se uma transformação na indústria, cujo impacto na competitividade, na sociedade e na economia será de tal forma, que irá transformar o mundo tal como o conhecemos”. Com o aumento das possibilidades tecnológicas em grande velocidade e a capacidade de usarmos modelos de hardware e softwares que permitem a coleta de informações e a conecti- vidade em todo o processo produtivo de uma indústria, dentre a tecnologias podemos destacar o surgimento de robôs que aprendem e que são projetados para serem robôs colaborativos, que tem em sua programação a capacidade de trabalharem junto com os seres humanos. Isso permite alterar as linhas de produção com máquinas inteligentes que trocam informações entre si e permitem pro- duzir bens personalizados, mas em massa, ou seja, em larga escala. Essa é uma das grandes novidades do conceito de in- dústria 4.0, sendo que a tecnologia de certa forma já existe a algum tempo, mas a maneira de reunirmos estes recursos e a possibilidade de integrar os equipamentos de forma inteligente, permitem esse avanço. Os conceitos da indústria 4.0 permitem que você crie pro- dutos personalizados, mas produza em massa, com eficiência 45TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO na utilização de recursos e principalmente com alta compe- titividade, possibilitando que empresas pequenas. médias ou grandes, possam utilizar este conceito. Hoje existem parceiros em várias áreas que possibilitam a adoção deste modelo de fabricação diferenciado, reduzindo custos, energia, gastos com produção e manutenção. Neste campo, empresas fornecedoras de tecnologia, institutos de pesquisa e governo, criam também o que chamamos indústria colaborativa, onde experiência são compartilhadas, assim como recursos e tecnologia. Indústria 4.0 ou Manufatura Avançada, como é conhecida no Brasil. O que destaca esta que é chamada de a 4ª revolução industrial é a quantidade de informações e a comunicação que é possível entre todas as máquinas de uma linha de produção. Essa evolução permite a criação de sistemas cyber-físicos, que possibilitam a conversa entre o real e o virtual e a mo- delagem no virtual para posterior aplicação no real, ou seja, podemos modelar a produção em um sistema que simula toda a empresa e vermos os resultados e custos de produção, ajus- tando conforme a necessidade. Depois podemos aplicar, com facilidade o mesmo modelo nomundo real, ou seja, a fábrica consegue seguir o que foi modelado e entregar o produto con- forme as especificidades determinadas no projeto. Além disso, espera-se que este tipo de sistema com um sensoriamento distribuído em toda a linha de produção, cria uma nova forma de produzir e de fazer negócios. A logística do sistema é adaptativa, ou seja, é possível fazer arranjos de máquinas e equipamentos com rapidez e produzir diversas variações de produtos na mesma linha. Mesmo utilizando um parque fabril com máquinas mais antigas, hoje é possível através de sistemas de sensoriamento, transformar uma empresa e iniciar o caminho da manufatura avançada. 46TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Sistemas de colaboração Normalmente ouvimos falar em groupware ou sistemas de CSCW, que traduzindo significam Computer Supported Cooperative Work, ou seja, falamos de sistemas que suportam ou apoio o trabalho de forma colaborativa e que utilizam com- putadores para facilitar o trabalho dos grupos e seu contato. Para Pimentel e Fuks (2012), “um sistema colaborativo não deve se restringir ao comando e controle da realização das ta- refas, como é a forma típica de trabalho na linha de montagem industrial clássica. Um sistema mais adequado à nova sociedade deve ser concebido para ser um espaço a ser habitado. Deve ser condizente com as necessidades das novas gerações, formada por jovens que desejam colaborar, interagir e compartilhar, sem uma hierarquia rígida, que tenha f lexibilidade de horário e lugar, que favoreça a criação e a informalidade”. Basicamente em um sistema colaborativo nas organizações, temos uma parte de hardware que corresponde aos computa- dores, notes, smartphones, rede, etc., também temos softwa- res utilizados para conectar os hardwares e fazer funcionar o sistema como um todo e temos ainda as pessoas, que utilizam este sistema para trabalharem em grupo e tomarem decisões, desenvolverem soluções, resolverem problemas que surgem no decorrer da atividade empresarial. No início deste tipo de sistema, as ações estavam muito liga- das ao que chamamos workflow, ou seja, descrição de atividades e f luxos de atividades. No entanto, segundo Pimental e Fuks (2012), “com o amadurecimento da área e os avanços tecnoló- gicos, os sistemas de workflow foram sucedidos pelos sistemas BPMS (Business Process Management System – Sistema para a Gestão de Processos de Negócio), que dão suporte também ao relacionamento entre os usuários, enfocam a aprendizagem organizacional, possibilitam a formação de comunidades de prática, redes informais, valorizam o saber-fazer e as práticas de 47TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO trabalho (conhecimento tácito). Essas características são mais condizentes com a nova sociedade, e assim esse tipo de sistema tem sido implantado com mais sucesso nas organizações”. As empresas são uma coleção de processos, ou seja, toda empresa está organizada em processos que orientam as ativi- dades a serem realizadas. Estas atividades muitas vezes são realizadas em grupo e podemos dizer que o processo em si, já é uma forma de organizar o trabalho de um grupo de pessoas visando um resultado específico e comum a todos. Sempre temos um objetivo que está relacionado a qualidade do trabalho realizado no processo e esta qualidade está dire- tamente relacionada ao grau de conhecimento e de interação, que os participantes do processo possuem. Logicamente todo o processo exige uma interação entre os participantes e com isso podemos perceber que a colaboração é fundamental para que os processos atinjam a qualidade esperada. Os sistemas colaborativos são pensados de forma a auxiliar que as entregas individuais dos participantes do processo, es-tejam integradas como parte de um todo coeso e consistente, além de garantir que todos os participantes entendem a sua importância no processo e o que é esperado dele. Social business E se pensássemos na gestão da empresa como utilizamos as redes sociais? E se aprendêssemos com as redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, etc) e suas interações, como gerir uma empresa? Será que é possível? Pois bem, a ideia do Social Business é exatamente esta, ou seja, utilizar as características das redes sociais e sua facilidade de interação, criando um ambiente criativo, ágil e inovador na empresa e facilitando a gestão. Vejam que tem tudo a ver com a questão da colaboração que vínhamos falando anteriormente. 48TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO O social aqui representa a interação das pessoas de forma colaborativa, possibilitando a conexão fácil e o acesso às infor- mações necessárias ao desenvolvimento de suas atividades de forma colaborativa e com inúmeras possibilidades de ganho, pois pessoas colaborativas geram mais resultados para a empresa. Sendo uma iniciativa bastante nova, podemos ver no quadro a seguir, as ferramentas para social business disponíveis no Brasil. Estas ferramentas apresentam, de formas diferentes, características similares que visam ampliar a conexão entre as pessoas na empresa e incentivar a colaboração, utilizando blogs internos, wikis, profiles, bookmarks e outras tantas opções as quais os usuários de redes sociais já estão acostumados. Para transformar o social business em uma realidade nas empresas, podemos partir dos sistemas apresentados anteriormente e desenvolvermos opções de trabalho na empresa que criem o aprendizado conjunto e no formato de redes sociais. IBM Connections O IBM Connections é uma verdadeira plataforma social, é uma das mais completas ferramentas Social Business, agregando diversas funcionalidades. Com uma interface muito similar às Redes Sociais tradicionais, ele é intuitivo e possui alta taxa de adesão dos usuários. Jive A Jive é pioneira no desenvolvimento de Ferramentas Social Business no mundo. Ao desembarcar no Brasil, trouxe soluções inovadoras e ferramentas que prometem mudar a maneira de fazer negócios. Social Base O Social Base é uma plataforma social que promove a comunicação interna de maneira inteligente e fácil. Podio – Citrix O Podio, desenvolvido na Dinamarca e adquirida pela Citrix, é uma das Ferramentas Social Business com foco no gerenciamento de projetos colaborativos muito bem feito. Totalmente flexível, ele permite que cada usuário defina o conteúdo a ser mostrado, tornando- se totalmente adaptável para os mais diversos tipos de projetos. Oferece a opção de ir além do gerenciamento de projetos, aliando-se a outras ferramentas que podem envolver CRM, fluxos de trabalho de recrutamento e até mesmo a intranet da empresa. Ferramentas social business disponíveis no Brasil. Fonte – Setesys (disponível em setesys.com.br) 49TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO Síntese Com a evolução das tecnologias da comunicação e infor- mação, novas e grandes possibilidades para a área de negócios surgem a todo momento. Certamente esta evolução traz em sua trajetória riscos e perigos. Os maiores riscos estão ligados a segurança das informações e a manutenção da privacidade dos dados das pessoas e empresas. Logicamente a ética torna-se um fator importante a ser pensado neste contexto. Mas a evolução continua sua caminhada e vemos apare- cerem possibilidades de uma internet que conecta as coisas (aparelhos, dispositivos, sensores, etc) e a evolução de sistemas que aprendem e desenvolvem uma inteligência específica e permitem que a indústria possa estar totalmente conectada, repensando processos produtivos e inclusive possibilidades de colaboração e a criação de um social business, onde as formas de trabalho e os modelos de negócios incorporam caracterís- ticas das redes sociais. 50TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIO ATIVIDADES 1. Quais os fatores que colocam a informação em risco? 2. O que é um código de ética? 3. Como surgiu a IoT? 4. O que caracteriza a inteligência artificial? 5. Por que a indústria 4.0 é uma revolução industrial? 6. O que caracteriza um sistema colaborativo? 51TECNOLOGIAS APLICADAS AO NEGÓCIOREFERÊNCIAS BAUMAN, Zygmunt. 44 cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. 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Tecnologias Aplicadas ao Negócio A globalização e a TI Sistemas de informação: conceitos básicos, classificação, áreas e funções Modelos e aplicação dos sistemas de informação Síntese Inteligência Competitiva e Tecnologia Disseminação da informação Aquisição de informações estratégicas Sistemas de informação e vantagem competitiva Inteligência competitiva e de negócios Introdução ao comércio eletrônico Síntese Tecnologias Aplicadas Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) Enterprise Resource Planning (ERP) – Sistemas Integrados CRM – Gestão das Relações com o Cliente SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos BI – Inteligência de Negócios Datamining e Data Warehouse Síntese Tendências Segurança e privacidade da informação Ética em sistemas de informação IoT e IA aplicadas aos negócios Smart industry (Indústria 4.0) Sistemas de colaboração Social business Síntese REFERÊNCIAS
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