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petição ação de alimentos (ok)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4 ª VARA DE FAMÍLIA 
E SUCESSÕES DA COMARCA DE MACAPÁ-AP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUIZ GUSTAVO MARINHO, Brasileiro, menor impúbere, neste ato devidamente 
representado por sua genitora ALINE MARINHO DOS SANTOS, Brasileira, Casada, 
(profissão), portador da cédula de identidade R.G. nº 323728 e inscrito no CPF/MF nº 
687.339.252.91, ambos residentes e domiciliados na Av Maria Quitéria, nº 296, Bairro 
do Trem, CEP:68.901-060, Macapá, AP por sua advogada e bastante procuradora que 
esta subscreve, procuração em anexo (Doc.), vem respeitosamente a presença de 
Vossa Excelência, com fulcro na Lei 5.478, de 25 de julho de 1968, propor a presente 
AÇÃO DE ALIMENTOS 
 
Em face de GEDILSON BRITO PEREIRA, Brasileiro Casado, policial militar, portador 
da cédula de identidade R.G. nº xxxxx e inscrito no CPF/MF nº xxxxxx, residente e 
domiciliado na (Rua), (número), (bairro), (CEP), (Cidade), (Estado), pelos motivos de 
fato e de direito a seguir aduzidos: 
PRELIMINARMENTE 
Requer o autor, a concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro no disposto 
da Lei 1.060/50, em virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra e sem 
condições de arcar com os encargos decorrentes do processo por estar desempregada, 
devido ter que se dedicar integralmente á família e sendo financeiramente dependente 
do requerido no período da união estável e que desde o dia que o ex-
companheiro/genitor do requerente saiu de casa, os mesmos vem passando por 
necessidades, como falta de alimentos. sendo assim sem prejuízo de seu próprio 
sustento e de sua família, conforme declaração em anexo (Doc.). 
DOS FATOS 
 
Conforme faz prova a certidão de nascimento em anexo (Doc.), o requerente nasceu 
em 27 de dezembro de 2008, tendo como genitores GEDILSON BRITO PEREIRA e 
ALINE MARINHO DOS SANTOS, filho único e legítimo do requerido que atualmente o 
requerido mora na casa de seus pais e não tem despesas com aluguel, fruto da união 
da representante do menor, e do requerido, que são casados conforme faz prova a 
certidão de casamento em anexo ( Doc). 
Ocorre que o requerido não tem cumprido seu dever dentre eles o de colaborar para o 
sustento de seu filho menor impúbere. 
A representante legal tem uma doença crônica que se manifestou na gestação do filho, 
e no momento está desempregada e vem enfrentando dificuldades em manter o mesmo 
padrão de vida de seu filho desde o dia .... ,término do convívio matrimonial. 
A criação do requerente não deve recair somente sobre a responsabilidade de sua 
genitora, que são muitas e notórias, como por exemplo: alimentação, vestuário, moradia, 
assistência médica e odontológica, educação, dentre outras, conforme faz prova a 
documentação em anexo (Doc.). 
A situação financeira do requerido é estável e privilegiada, uma vez que exerce a função 
de Policial Militar, tendo condições de colaborar para o sustento de seu filho, todavia, 
quando procurado pela representante legal do requerente, este se negou a prestar 
auxílio, não restando outra alternativa se não a propositura da presente ação. 
DOS FUNDAMENTOS 
Os alimentos devem ser fixados em conformidade com o artigo 1.694, §1º, do CC, tendo 
em vista a proporcionalidade da necessidade de quem pleiteia com a possibilidade de 
quem arca com o pensionamento. 
Não se pode perder de vista, ainda, que os alimentos devem ser divididos pelos pais. 
DO DIREITO 
 
A Lei 5.478 dispõe sobre a prestação de alimentos, regulando esta. 
O artigo 1.696 do diploma Civil diz que: 
"Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo 
a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta 
de outros." 
O direito a prestação alimentícia é dever dos pais e tem guarida na nossa Lei Maior, 
devendo ser visto em seu sentido amplo, capaz de assegurar ao alimentante o direito à 
vida, saúde, lazer e ao desenvolvimento educacional, cultural e profissional. É o que 
reza o artigo 227 da Constituição Federal de 1988: 
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, 
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, 
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência 
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” O artigo 229 da mesma 
Carta Política também põe em relevo o dever dos pais a assistência dos filhos menores, 
o que denota a preocupação do constituinte com o tema 
Sílvio de Savo Venosa, traz uma importante conceituação para a palavra alimentos que 
nos possibilita uma melhor compreensão da importância de os pais proverem alimentos 
aos filhos menores. E assim, nos dizeres desse autor: 
“ … Alimentos, na linguagem jurídica, possuem significado bem mais amplo do que o 
sentido comum, compreendendo, além da alimentação, também o que for necessário 
para moradia, vestuário, assistência médica e instrução. Os alimentos, assim, traduzem-
se em prestações periódicas fornecidas a alguém para suprir essas necessidades e 
assegurar sua subsistência. (Sílvio de Salvo Venosa - Direito civil, direito de Família, 
décima edição, volume 6, página 356) . 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS FILHA MENOR. ALIMENTOS 
QUE DEVEM ATENDER AS NECESSIDADES DA CRIANÇA, CONSIDERANDO, 
TAMBÉM, A POSSIBILIDADE DO ALIMENTANTE. RECURSO PROVIDO EM PARTE. 
(Agravo de Instrumento Nº 70052979 838, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça 
do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 24/ 01/ 2013) 
DO PEDIDO 
 
Por derradeiro, restando infrutíferas todas as tentativas para uma saída suasória, não 
restou à requerente outra alternativa se não a propositura da presente ação de alimento, 
para que seu genitor, ora requerido, seja compelido a contribuir com o necessário para 
que a requerente sobreviva com um mínimo de dignidade, e para tanto requer: 
a) CITAR o requerido GEDILSON BRITO PEREIRA, residente e domiciliado na Rua, nº, 
bairro, Macapá, Amapá, CEP, para responder o presente feito, dentro do prazo legal 
de contestação, sob pena de ser declarada a revelia do demandado conforme 
preceituam os artigos 285 e 319 do Código de Processo Civil. 
b) FIXAR, em caráter de urgência, alimentos provisórios, com esteio no artigo 4º da Lei 
n° 5478 no valor mensal de R$ 1.450,00 (hum mil, Quatrocentos e Cinquenta Reais) 
sendo esse valor correspondente a 30% da remuneração mensal do demandado, que 
é na ordem atual de R$ 4.850 (Quatro Mil, Oitocentos e Cinquenta Reais). Devendo ser 
depositado na conta corrente de ALINE MARINHO DOS SANTOS (representante legal 
da autora da Ação de Alimentos), no Banco, agência n°, conta corrente n°, devendo 
esse valor ser depositado até o Quinto dia útil de cada mês. 
c) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na acepção jurídica da 
palavra, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio 
sustento e de sua família. Tendo esse pedido fundamento no inciso LXX IV, artigo 5° da 
Constituição Federal de 1988, bem como no artigo 4° da Le i 1.060 /50 referente a 
gratuidade judiciária; 
d) O arbitramento de alimentos provisórios, na proporção do salário do requerido. 
e) INTIMAR o Membro do Ministério Público para que possa intervir nesse processo 
conforme entendimento do inciso I, artigo 82 do Código de Processo Civil, bem como 
acompanhar o feito até o final, zelando pelos interesses da menor autora dessa ação. 
f) JULGAR PROCEDENTE a presente ação, condenando o requerido ao pagamento 
da pensão alimentícia no valor de R$ 1.450,00 ( hum mil e Quatrocentos e cinquenta 
reais ) mensais, sendo essa quantia referente a 30% de R$ 4.850,00 (Quatro Mil, 
oitocentos e cinquenta reais), convertendo essesalimentos provisórios em definitivo, 
sendo reajustado o valor mensal de acordo com a remuneração total percebida pelo 
demandado, incidindo sobre esse valor mensal ainda as verbas indenizatórias, férias, 
13° salário, FGTS, assim como os demais benefícios legais percebidos a título de 
remuneração ou salário percebido pelo réu. 
g) CONDENAR o réu ao pagamento das verbas sucumbenciais, de acordo com 
determinação do artigo 20 do Código de Processo Civil, sendo os honorários 
advocatícios fixados em 20% sobre o valor da condenação, fixados em favor da 
advogada da demandante. 
DAS PROVAS 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, além dos 
documentos que ora junta, depoimento pessoal do requerido, sob pena de confesso e 
também da oitiva de testemunhas arroladas oportunamente, bem como as que se 
fizerem necessários. 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se a presente causa o valor de R$ 17.400,00 (Dezessete Mil e Quatrocentos Reais), 
para todos os efeitos legais, levando - se em consideração o que determina o inciso VI 
do artigo 259 do Código de Processo Civil. 
 
 
Nestes termos 
Pede deferimento 
(Santana AP, 02 de Maio de 2019) 
Advogada 
OAB

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