Buscar

APS CLÍNICA DE PEQUENOS II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APS – CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS II
1 – QUAIS AS PRINCIPAIS HEMOPARASITOSES EM CÃES E GATOS?
As principais causas de hemoparasitoses são os agentes Ehrliquia canis, E. equi, E. resticii, E. platys, E. ewingii, doença transmitida por carrapatos, causando quadro clínico severo.
Anaplasma phagocytophilum, agente que tem grande importância e potencial de zoonose em humanos.
Anaplasma platys: Acomete humanos, com relatos nos países europeus e recentemente o DNA foi encontrado em gatos.
 2 – DESCREVA A ABORDAGEM DIAGNÓSTICA DA ERLIQUIOSE, INCLUINDO METÓDOS SEMIOLÓGICOS E EXAMES COMPLEMENTARES, CITANDO AS ALTERAÇÕES QUE PODEM SER ENCONTRADAS.
Os sinais clínicos são variáveis, é caracterizada por manifestações clínicas multissistêmicas, que variam na intensidade de acordo com as fases da doença. Na fase aguda a riquetsia se replica pelas células de defesa do organismo (células mononucleares) localizadas em linfonodos, baço e medula óssea, resultando em aumento de volume desses órgãos. Pode ocorrer também destruição de hemácias e plaquetas, o que causa anemia e trombocitopenia. Devido à rápida multiplicação do agente no sangue e a vasculite generalizada que a acompanha, há grande multiplicidade de sintomas durante o curso da enfermidade como: febre, perda de apetite, dispneia, manchas avermelhadas na pele (petéquias e equimoses), sinais oftálmicos (uveíte), sinais neurológicos (convulsões, incoordenação) e poliartrite. A fase subclínica geralmente é assintomática, mas podem ser encontradas algumas complicações como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas. Entretanto, a fase crônica da erliquiose assume as características de uma doença autoimune. Geralmente nesta fase o animal tem os mesmos sinais da fase aguda, porém atenuados, encontrando-se apático, caquético e com susceptibilidade aumentada a infecções secundárias
Exames complementares: Hemograma completo, urinálise, PCR para Erliquiose, creatinina, ureia, proteínas totais e frações, ALT, ALP
Possíveis alterações:
Hemograma: Leve a moderada anemia normocítica normocromica não regenerativa, trombocitopenia, trombocitopatia, pancitopenia – hipoplasia ou aplasia medular (forma crônica, 15-20% dos casos)
Leucograma: Netropenia, neutrofilia, linfopenia, monocitose, linfocitose granular (incomum) e pleocitose mononuclear ou neutrofílica
Exames bioquímicos: Hiperproteinemia, hiperglobulinemia, hipergammaglobulinemia (geralmente policlonal), hipoalbuminemia, azotemia renal, leve aumento de enzimas hepáticas (ALT, ALP).
Urinálise: Proteinúria
3- QUAL O TRATAMENTO DA ERLIQUIOSE EM CÃES?
Para o tratamento da doença, em todas as suas fases, o antibiótico de eleição é a doxiciclina (10mg/kg/SID ou BID por 21-28 dias). Essa é lipossolúvel e alcança uma elevada concentração sanguínea e tecidual, penetrando rapidamente na maioria das células. Além disso, quando utilizada por via oral, a doxiciclina resulta em menor taxa de recidiva em comparação as outras tetraciclinas. 
Caso necessário, pode associar outros medicamentos, tais como:
Atropina (0,02-0,04mg/kg/ SC/30 minutos antes do Dipropionato de imidocarb) 
Dipropionato de Imidocarb (5mg/kg/SC/ 2 aplicações com intervalo de 15 dias entre cada uma)
Em pacientes com insuficiência renal, devido à via pela qual é eliminada (fecal), as concentrações da doxiciclina não tendem a aumentar no sangue. A doxiciclina é, portanto, ideal para tratar infecções suscetíveis quando a insuficiência renal for um fator complicante, como em infecções por E. canis. 
Além de tratamento suporte que inclui transfusões sanguíneas (em casos de anemia e trombocitopenia importantes), fluidoterapia, protetores gástricos e hepáticos. 
Durante todo o tratamento com a doxiciclina o proprietário deve lembrar-se de não oferecer leite e derivados ao animal, pois estes agem inativando a ação do antibiótico.

Continue navegando