CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM LAZER E RECREAÇÃO

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Autoria: Me. Leonardo Ristow; Esp. Alípio Rodrigues Pines Júnior 
Revisão técnica: Ma. Nayara Souza
LAZER E RECREAÇÃO
CONCEITOS
FUNDAMENTAIS EM
LAZER E RECREAÇÃO
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Introdução
Nesta unidade, você irá estudar a evolução histórica do lazer e da recreação.
Serão de�nidos termos relacionados a essa disciplina como: lazer, recreação,
trabalho, tempo livre entre outros. Após o estudo da unidade 1, em que foi
apresentado o universo de atuação do pro�ssional de lazer, assim como
algumas atribuições necessárias para desenvolver atividades de recreação.
Nesse momento, o foco principal é compreender realmente o que é lazer.
O conceito de lazer vem se transformando ao longo dos anos. Para chegar a
uma de�nição concreta, é preciso entender a relação entre lazer e trabalho, já
que inicialmente, a maior preocupação e interesse com o lazer surgiram com as
mudanças na carga e jornada de trabalho, no século passado. Diante do
aumento do tempo livre, as pessoas passaram a procurar atividades para se
distraírem e se divertirem.
De fato, encontramos algumas de�nições de lazer, como uma prática que
transmite emoções, tensões e diversão, capaz de desenvolver o ser humano.
Mas a�nal, o que é lazer? Para de�nir o lazer, é preciso entender o seu
desenvolvimento histórico e as relações com outros elementos, como trabalho e
tempo ócio.
Bons estudos!
 
Tempo estimado de leitura: 53 minutos.
As de�nições e as ideias do que é lazer e para que serve vem sofrendo
mudanças de acordo com cada período histórico da humanidade. O lazer já foi e
ainda é classi�cado de diversas maneiras. Algumas pessoas relacionam o lazer
com o tempo livre, ou com o período em que não se está trabalhando. Para
outras, é um momento que os problemas são esquecidos e as energias são
recuperadas (CAMARGO, 1992).
2.1 Evolução histórica do lazer, trabalho e tempo
livre
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Embora o senso comum tenha essas prede�nições, ao longo dessa unidade
vamos construindo o conceito de lazer. A começar pelos gregos. Eles foram os
primeiros a terem uma noção do lazer, relacionando-o como uma oportunidade
de re�exão e contemplação. Esse momento re�exivo também era chamado de
conhecimento da alma. Essa oportunidade de conhecer a alma só era permitida
nos momentos em que as pessoas não estivessem trabalhando ou produzindo.
Na mesma época, surgem termos relacionado ao trabalho como:
Dessa forma, o trabalho se caracteriza como a capacidade do homem produzir
ou fazer algo usando instrumentos. Diante disso, os trabalhadores (agricultores,
artesão e soldados) eram as pessoas que trabalhavam e produziam muito, que
não tinham tempo livre, ou ocioso. Por outro lado, os �lósofos, pensantes não-
trabalhadores, tinham bastante tempo livre. Desse contexto, começa a surgir
algumas diferenças sociais. Os trabalhadores não possuem tempo livre para o
lazer, já os pensadores possuíam. A partir daí, surge a relação entre trabalho e
lazer, onde o lazer era destinado apenas a uma classe privilegiada.
Essa concepção teve mudanças com o avanço do império romano. Junto ao
avanço romano veio a Era cristã e, com ela, novos valores. Com a mudança
religiosa de politeísmo (grego) para o monoteísmo, o homem passou a ser uma
criação divina criada por Deus. Nesse sentido, a relação de lazer e trabalho é
outra, o lazer se torna uma ameaça a puri�cação da alma, enquanto o trabalho é
uma maneira de atingir a salvação.
Abro um parênteses aqui para pensarmos como muitas crenças mudam o modo
como pensamos os diferentes aspectos de nossa vida. Veja, uma concepção
religiosa muda completamente a ação dos homens. Na Grécia, quem tinha
Labor, que é o processo �siológico do existir por meio do
esforço físico;
Poiesis, que signi�ca produção manual;
Práxis, que é a ação sem o uso da matéria, ou seja, o
discurso.
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momentos de lazer eram os mais privilegiados, a partir de Roma, o lazer se torna
quase que sinônimo de pecado.
De fato, naquela época, o trabalho era uma forma de merecer o céu e o
trabalhador não poderia almejar a riqueza. Embora considerado uma ameaça a
puri�cação da alma, o lazer ainda era permitido para poucas pessoas: àquelas
que dispusessem de tempo para buscar o aprimoramento da família nos moldes
cristãos. Então, os camponeses, que precisavam de mais tempo para
demonstrar que mereciam um lugar no céu, não conseguiam desfrutar do lazer.
Mais uma vez, acontecendo uma seleção social dos que podem e dos que não
podem realizar o lazer. De fato, essa relação entre trabalho e lazer serviu como
instrumento de manobra de controle da população, dos costumes e de
dominação do cristianismo, assim como todos os outros costumes e a moral
vividos na época.
Com o passar dos anos, surge o capitalismo na Europa. Diante disso, ocorrem
importantes mudanças nos contextos político e social. A principal, é o
aparecimento ou a divisão das classes sociais em proletariado e o burguês.
Essas transformações trazem uma nova relação entre trabalho e lazer. O objetivo
com o trabalho não era mais a salvação, e sim, o acúmulo de riqueza. Isso
possibilitou que os trabalhadores pudessem ascender socialmente,
determinando a supervalorização do trabalho. Portanto, o lazer era um tempo
desperdiçado por aqueles que queriam produzir riquezas.
Com o surgimento da revolução industrial, um período da humanidade em que
ocorreram diversas transformações econômicas e sociais. Entre os anos de
1760 e 1830 aproximadamente, o trabalho, até então artesanal, passou a ser
realizado nas indústrias, principalmente, no manuseio de máquinas. Além da
característica de trabalho, as pessoas passaram a trabalhar em jornadas de 16
horas por dia. Até mesmo mulheres e crianças cumpriam essa carga horária.
Isso tudo em condições péssimas de trabalho e sem nenhum direito trabalhista.
Devido a essa situação, tiveram origem os primeiros movimentos trabalhistas,
que lutavam por melhores condições de trabalho, entre tantas a redução da
jornada. Após muitas lutas, os trabalhadores conseguiram que as jornadas de
trabalho diminuíssem e, a partir daí, houve um aumento no tempo livre das
pessoas.
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Embora tenha sido um período de grande desenvolvimento tecnológico e
econômico, os acontecimentos durante a revolução industrial, nos apresentou
uma necessidade social e humana: o lazer. Inicialmente, lazer e ócio eram
sinônimos, tanto é que entre 1850 e 1950, o lazer era considerado banal. Por não
ser uma atividade de trabalho, e, portanto, improdutiva. Assim se aproximando
ao ócio.
Com tempo livre, ou seja, tempo “sem trabalho”, as pessoas passaram a se
ocupar com outras atividades, de forma voluntária. Com o objetivo de descanso
e/ou diversão. As atividades de não-trabalho eram classi�cadas em três tipos:
recuperação, entretenimento e formação pessoal. Devido a procura por essas
atividades, o lazer proporcionou o desenvolvimento de diferentes ocupações que
possibilitam as pessoas a desenvolvimento de habilidades cognitivas, críticas e
sociais (WERNEK; ISAYAMA, 2003).
Nesse momento na história, o lazer começa a ser visto como uma necessidade e
então a relação trabalho e lazer passa a ser discutida, não pelo ponto de vista
positivo/negativo ou bom/ruim. Assim, o lazer passa a um patamar de atividade
que desenvolve o ser humano sobretudo parao trabalho. Se solidi�cando como
uma atividade que proporciona diversos benefícios.
Em uma breve síntese histórica do lazer. Abordando apenas a sociedade
contemporânea, o lazer era visto como “perda de tempo”, já que no pensamento
da época: enquanto o corpo não trabalha, ele descansa. Como o tempo de
trabalho começou a diminuir (lembre-se que, na época da revolução industrial, as
pessoas chegavam a trabalhar em média 16 horas), as pessoas passaram a �car
Se você gosta de �lmes e cinema, provavelmente já ouviu falar do �lme
de Charles Chaplin chamado “Tempos Modernos”. Se não, a primeira
sugestão é assisti-lo no link a seguir!
Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=fCkFjlR7-JQ)
A segunda sugestão é assistir o vídeo “tempos modernos – explicação”
que usa o �lme como pano de fundo para explicar a relação do homem e
o trabalho durante a revolução industrial.
Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=YOu3kyrA-VE)
VOCÊ QUER VER?
https://www.youtube.com/watch?v=fCkFjlR7-JQ
https://www.youtube.com/watch?v=YOu3kyrA-VE
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mais ociosas, em outras palavras, com o tempo livre. Daí nasce a necessidade
por realizar atividades que promovam o desenvolvimento de diferentes
habilidades de forma prazerosa.
Figura 1 - Pessoas em momento de lazer
Fonte: Px Here. 2020.
#PraCegoVer
Na figura, temos a fotografia de uma grande
bolha de sabão. Ela ocupa boa parte da foto. Ao
fundo, através da bolha, pode-se observar
algumas pessoas ao ar livre. Há, também, uma
van e alguns cones de trânsito no chão. Ao redor,
há grandes árvores.
Essa de�nição é a que mais se aproxima com as ideias atuais. A estrutura
política e social da sociedade atual possibilita destacar a importância e a
necessidade de ambos, lazer e trabalho. De um lado, a produção de produtos e a
oferta de serviços (trabalho) de outro, a necessidade de recuperar as energias de
forma prazerosa, divertida e mais importante, com a possibilidade de
desenvolvimento pessoal. 
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A de�nição de conceitos será exposta mais a frente. Assim, cabe nesse
momento, apresentar algumas considerações que ajudam a de�nir o que é lazer.
De acordo com Fernandes, Húngaro e Solazzi (2004) são quatro aspectos a
considerar: primeiro, o lazer é uma atividade necessária ao desenvolvimento
integral do ser humano. Segundo, o lazer está diretamente relacionado ao tempo
livre. Terceiro, o lazer é uma atividade predominantemente de classe alta. E
quarto, o lazer é in�uenciado pelo Estado. Um ponto importante a partir de agora
é discutir a respeito da relação entre o lazer e a recreação.
O lazer e a recreação estão diretamente ligados, mas não
podem ser considerados sinônimos um do outro. Como
exemplo, podemos usar a natação, que não de�ne exatamente
o que é esporte, mas sim, um tipo de esporte. 
Da mesma maneira, a recreação, que não exatamente o lazer,
mas sim, um tipo de lazer. Então, você deve estar se
perguntando: a�nal, se recreação não é lazer, o que é então?
Recreação é uma forma ou tipo de atividade voltada ao lazer,
ou como vimos, uma atividade designada ao tempo que
reservamos para o desenvolvimento pessoal de forma
O vídeo “O lazer na História” do Professor Túlio Araújo, traz a visão de um
historiador sobre o lazer na história com um enfoque no lazer brasileiro.
Assista ao vídeo completo clicando no link a seguir!
Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=iod9ZdFjrVI)
VOCÊ QUER VER?
https://www.youtube.com/watch?v=iod9ZdFjrVI
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Ainda, para diferenciar o lazer da recreação, podemos nos referir às práticas de
lazer que não exclusivamente uma forma de recreação. Dessa forma, o lazer é
dividido pela teoria dos 3Ds de Dumazedier (1973), em que o autor classi�ca as
atividades de lazer em três objetivos: desenvolvimento, diversão e descanso. As
atividades de desenvolvimento são aquelas que pretendem desenvolver algum
aspecto da pessoa, seja físico, mental, cultural, emocional, etc. Por exemplo,
uma pessoa que deseje toni�car seus músculos e que isso não seja referente ao
seu trabalho, é considerada uma atividade de lazer. Caso a pessoa queira usar o
seu tempo de lazer com diversão. Ela pode cozinhar, ouvir ou tocar música, ler,
escrever etc. Já, se o objetivo do lazer é o descanso, é possível que a pessoa
faça isso, deitada, sentada ou mesmo indo a um parque fazer uma caminhada
leve. Existem diferentes formas de descansar.
É possível que uma única atividade compreende em mais do que um objetivo.
Por exemplo, ao assistir uma série, a pessoa descansa, se diverte e ao mesmo
tempo desenvolve alguns elementos psicológicos. Portanto, a ideia de
Dumazedier, não é limitar as atividades, e sim, identi�cá-las para melhor
adequação ao objetivo proposto. Isso vale para todas as atividades, até mesmo
as físicas. É comum pessoas praticantes de musculação, usarem o treino para
descansar, curioso não? Além do desenvolvimento físico e divertimento, tais
pessoas argumentam que relaxam da rotina do dia a dia treinando. Pois o
descanso não é só físico. É mental, emocional, social, etc.
Ok, mas e a recreação?
Bom, nesse sentido, por ser um tipo de lazer, a recreação também pode ser
enquadrada nesses objetivos. Um jogo ou brincadeira de recreação em um hotel,
pode desenvolver algum aspecto pessoal, divertir e ajudar a pessoa a descansar.
Portanto, o pro�ssional de lazer deve, ao planejar a atividade, deixar claro o seu
objetivo. Lembra na unidade 1, no quarto item, quando foram descritas
atividades para os adultos. Uma das recomendações era a dança. Então, uma
atividade que envolve a dança desenvolve aspectos físicos, é divertida e reduz o
estresse (ou seja, um descanso).
autônoma e voluntária. Também considerada uma ferramenta
voltada ao lazer, a recreação deve compreender que possui
uma estrutura fundada no prazer, na diversão, no
entretenimento.
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Essa atividade pode ser planejada, mais para a diversão e menos para o
desenvolvimento físico, ou queima de calorias. Nesse caso, o pro�ssional deverá
dar mais atenção a músicas divertidas, a mais instruções de motivação do que
de correção de movimento e usar como “termômetro” da sua aula, os sorrisos e
risadas ao contrário de vermelhidão nos rostos e feições cansadas. Assim, o
pro�ssional deve conhecer muito bem o grupo e o local de trabalho, para
adequar as suas atividades às necessidades dos participantes. Outro exemplo,
são os pro�ssionais que atuam em colônia de férias. Podem surgir ocasiões em
que a o grupo que está fazendo as atividades, são todos de uma mesma escola.
Desse modo, as atividades de “quebra-gelo” são fazem nenhum sentido para
esse grupo, já que se conhecem.
Diante disso, entendemos que o lazer é uma atividade realizada no tempo livre
(ou seja, não é considerada trabalho). Em outras palavras, tudo que não é
trabalho, é lazer. São objetivos do lazer: diversão, desenvolvimento pessoal e
descanso. A recreação, é uma forma de lazer. Esta possui uma série de
de�nições e tem relação muito próxima com o jogo e o lúdico (CAVALARI;
ZACHARIAS, 2014).
Como pode-se perceber, muitas palavras usadas no universo da recreação
parecem se confundir ou serem usadas como sinônimos. A seguir serão mais
bem de�nidas as palavras lazer e recreação. Como exposto no dicionário, o lazer
é uma palavra que vem latim, licere. Que signi�ca aquilo que pode ser feito, ou
lícito. Outra palavra que, ao longo da história foi associada ao lazer, é o ócio, do
latim, otium. Unindo os dois conceitos, temos: açõespermitidas que são feitas
em tempo livre. Indo mais adiante. Camargo (1989) acrescenta que essa prática
não deve buscar nenhuma compensação �nanceira, ou seja, qualquer ação
voltada ao lazer não deve ser remunerada, que nesse caso vira trabalho. Neste
sentido, o lazer deve buscar a satisfação pessoal.
Por exemplo, uma pessoa que, por prazer, produz pequenos móveis em casa,
mas que, ao estar pronto, vende esse móvel para alguém, essa prática é também
 considerada um lazer. Pois o objetivo principal é o lazer. A venda do produto ou
a remuneração é consequência do lazer. Essa situação é diferente de um
2.2 Conceitos e definições
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marceneiro que tem que realizar a sua jornada de trabalho e produzir móveis.
Mesmo que ele sinta prazer nesse ofício, o objetivo principal dessa ação é a
remuneração e, nesse caso, é considerado um trabalho.
Por outro lado, tem o investimento no lazer. Muitos autores acreditam que o
lazer não pode envolver o aspecto �nanceiro, porém, na maioria das vezes, para
que a pessoa pratique o lazer é necessário, mesmo que pequeno, um
investimento.
Para ilustrar essas situações vou apresentar dois casos:
Gabriel é um homem que gosta muito de correr. Pratica corrida três vezes por
semana e, eventualmente, participa de eventos de corrida. Para correr, Gabriel
precisa investir em um tênis e vestimentas adequadas, como nas inscrições dos
eventos. Esse é um claro exemplo, em que a pessoa está investindo em lazer,
pois a sua prática está visando o desenvolvimento pessoal, já que nos eventos
ele se inscreve para disputar a premiação.
Já Morgana, também pratica a corrida e participa de eventos. Mas, no seu caso,
o objetivo de participação nos eventos é conquistar as melhores posições e, em
consequência, ganhar o prêmio em dinheiro. Nesse sentido, Morgana embora
goste muito de correr, seu principal objetivo com a modalidade é a remuneração
e, assim, se torna um trabalho ou um negócio.
Camargo (1989) ainda acrescenta que o lazer é compensatório, pois alivia as
tensões da rotina das pessoas. E classi�ca o lazer em três tipos: o lazer
esportivo (que envolve diversas atividades físicas), lazer cultural (que envolve
artes, literatura, turismo, cinema e etc), e o lazer recreativo (no qual a atividade
não se enquadra nem no esporte, nem na cultura).
Nesse caso, o lazer recreativo pode ser caracterizado como: atividades manuais
(tricô, crochê, marcenaria, culinária, jardinagem, etc), atividades cognitivas
(como jogos, participação em cursos, navegar na internet, etc), atividades
sociais (no qual envolve encontro com amigos, ir a bares, casas noturnas etc), e
atividades turísticas (no qual a pessoa viaja para algum lugar para sair da rotina
e conhecer novos lugares).
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Figura 2 - Jovens jogando basquetebol
Fonte: Pixabay. 2020.
#PraCegoVer
Na figura, temos a fotografias de alguns jovens
jogando basquetebol ao ar livre. Um deles, à
esquerda, está saltando e jogou a bola em
direção à cesta, que está do lado direito. A bola
está no ar. Perto da cesta, os outros jogadores se
aglomeram. Ao redor da quadra, há diversas
pessoas observando o jogo. Ao fundo, pode-se
observar prédios e um céu de fim de tarde.
Assim como exposto no exemplo de Gabriel e Morgana, o que irá determinar se
uma prática é lazer ou trabalho, ou ainda qual classi�cação dentro do lazer a
atividade irá assumir, depende do interesse principal. 
Vou ilustrar com o exemplo de Matias. Matias é um homem que gosta muito de
viajar sozinho. O seu principal objetivo é conhecer a história e a cultura local. Ao
chegar no destino, Matias procura atividades como visitação de museus,
acervos históricos, monumentos, edifícios importantes, etc. Nesse caso, embora
envolva uma atividade de turismo, essa prática é classi�cada como uma
atividade de lazer cultural.
Um exemplo dentro da área da Educação Física são as pessoas que se
matriculam em academias com o objetivo de encontrar pessoas. Isso acontece
muito com idosos em aulas de hidroginástica. Embora estejam praticando um
exercício físico, a atividade principal é a social. Portanto, o que precisa ser
identi�cado, é o interesse principal da pessoa naquela atividade.
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O melhor seria se as pessoas tivessem a condição de participar de várias
dessas atividades. Porém, devido a alguns fatores, principalmente tempo e
dinheiro, muitas pessoas realizam apenas uma atividade. Além disso, como
vimos no item 1 desta unidade, existe na nossa sociedade uma supervalorização
do trabalho.
Já a recreação, vem do latim recreare, que tem o signi�cado de renovar ou
recuperar. Diante dessa de�nição, podemos entender que a recreação deve
restaurar ou recuperar algo que está estragado. Se lembrarmos da relação entre
o trabalho e o lazer, onde um se produz, mas gera cansaço e outro se recupera,
percebemos que o trabalho é responsável pelo estrago e, assim, a recreação
encontra-se inserida no lazer.
Além disso, como visto no minidicionário, a recreação está diretamente
relacionada a diversão, brincadeira e distração. O que torna a recreação muito
próxima da ludicidade e do jogo. O jogo é uma forma de inconsciente e irracional
de se divertir, lembre-se que os animais também brincam e se divertem. Outro
fato são as crianças muito pequenas, que brincam e se divertem sem ter
conhecimento do ambiente, contexto, pessoas e muito menos o signi�cado
racional daquela prática. Diante disso, percebemos que o jogo é praticado de
forma espontânea, sem normas ou regras. Porém, os seres humanos
sistematizaram o jogo para buscar o prazer e a diversão.
Da mesma forma, a recreação também tem a sua origem em atividades
espontâneas. Pro�ssionalmente, ela deve ser estruturada e sistematizada com o
objetivo de promover sentimentos agradáveis, por meio de atividades
previamente planejadas. Portanto, a recreação deve preencher os momentos de
lazer, promovendo alegria e prazer.
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Partindo da mesma ideia do jogo, a recreação carrega consigo elementos
culturais. No Brasil, muitas brincadeiras são de origem indígena ou europeia,
dependo da colonização da região. Cada território tem brincadeiras e maneiras
de recreação bem características. Por exemplo: em uma comunidade ribeirinha
no Amazonas, algumas atividades práticas nos rios são muito comuns. Porém,
em outras regiões, onde os rios não são próprios para banho, esse tipo de
atividade pode não existir ou até mesmo ser desconhecida. Diante do exposto, a
recreação deve ser realizada nos tempos livres, como uma ferramenta de lazer e
deve estar diretamente relacionada a brincadeira, a ludicidade e ao jogo (que
veremos de forma mais especí�ca na próxima unidade).
A recreação tem o poder de desenvolver diferentes aspectos de forma
lúdica. Para ampliar os objetivos trabalhados com o lazer e a recreação,
sugiro a leitura do artigo: CAMPOS, Aurélia Ferreira. A recreação no
desenvolvimento motor de crianças de 2 a 7 anos. Anais da Jornada de
Educação Física do Estado de Goiás, v. 1, n. 1, 2018. Que teve como
objetivo identi�car nas atividades recreativas aplicadas por esses
pro�ssionais dentro das instituições a relação com o estágio de
desenvolvimento motor dessas crianças. Con�ra clicando no link a seguir!
Acesse
(https://www.anais.ueg.br/index.php/jefco/article/download/13068/9446
)
VOCÊ QUER LER?
https://www.anais.ueg.br/index.php/jefco/article/download/13068/9446
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Figura 3 - Crianças indígenas jogando peteca
Fonte: Terra brasileira. 2020.
#PraCegoVer
Na figura, temos a fotografia de duas crianças
indígenas jogando peteca. Esta se encontra no
ar. A criança à esquerda observa a peteca,
enquanto a criança à direita está com a mão
levantada para bater no objeto. Ao fundo, pode-
se observar algumas árvores e uma cabana.
Após serem apresentados e discutidos aspectos históricos do lazer e as
relações com a recreação. Neste subtópico, serão descritos alguns conceitos
importantes relacionados ao lazer e a recreação. Numa espécie de um
minidicionário do pro�ssional de lazer. 
2.2.1 Glossário
 
Ato de brincar. Divertimento. Dito ou ato que, por divertimento
ou troca, se faz para iludir ou enganar alguém = PARTIDA.
Brincadeira 
Brinquedo 
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Objeto para brincar. Brincadeira.
Arte de dançar. Passos cadenciados, geralmente ao som e
compasso de música. Baile. Movimento incessante.
Ato ou efeito de divertir ou de se divertir. Distração. 
Recreio. 
Prática regular de uma atividade que requer exercício corporal e
que obedece a determinadas regras, para lazer, para
desenvolvimento físico ou para demonstrar agilidade, destreza
ou força (exemplo: esporte escolar; fazer esporte; praticar
esporte). Cada uma dessas atividades (exemplo: esporte
coletivo; esporte individual; esportes motorizados; esportes
náuticos). Atividade que se faz por diversão ou entretenimento.
Dança 
Diversão 
Divertimento 
Esporte 
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Do latim,  ,  , ser permitido, ser lícito. Tempo de que se
dispõe livremente para repouso ou distração. = ÓCIO. Atividade
que se realiza nesse tempo.
licet licere
Do latim  , jogo, divertimento, distração. Relativo a jogo ou
divertimento. = RECREATIVO. Que serve para divertir ou dar
prazer.
ludus
Do latim  , gracejo, graça, brincadeira, divertimento.
Exercício ou passatempo entre duas ou mais pessoas, das
quais uma ganha, e a outra, ou as outras, perdem. Divertimento,
exercício. Manejo. Artes, astúcia; modo de proceder.
jocus
Vagar. Folga. Repouso. Preguiça, mandriice. Falta de trabalho.
Ocupação agradável em momentos de folga.
Lazer 
Lúdico 
Jogo 
Ócio 
Recreação 
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Embora já tenham sido discutidos conceitos e de�nições de lazer e outros
termos, devemos compreender qual é a real �nalidade do lazer. Ao longo dos
anos, assim como os conceitos, as funções do lazer mudaram. No formato atual
2.3 Finalidades do lazer
Do latim,  , fazer brotar de novo, reanimar, curar.
Proporcionar recreio a. = ALEGRAR, DIVERTIR. Distrair-se com
algum divertimento ou atividade = BRINCAR, DIVERTIR-SE,
FOLGAR.
recreo
Ato de trabalhar. Qualquer ocupação física ou intelectual
(exemplo: trabalho manual). Atividade pro�ssional regular e
remunerada (exemplo: vai começar o novo trabalho na próxima
semana; o trabalho de treinador não é fácil) = EMPREGO,
OCUPAÇÃO, OFÍCIO, PROFISSÃO. Local onde se exerce essa
atividade pro�ssional (exemplo: almoçamos no trabalho) =
EMPREGO, SERVIÇO. Período durante o qual se desempenha
essa atividade pro�ssional (exemplo: combinaram um copo
depois do trabalho) Conjunto de tarefas que constituem a
obrigação ou o papel que alguém deve desempenhar (exemplo:
o atendimento ao público não faz parte do trabalho deles) =
FUNÇÃO, INCUMBÊNCIA, SERVIÇO.
Trabalho 
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da sociedade, entende-se que o lazer seja uma necessidade básica. De fato,
estudos têm apontado a in�uência do lazer na vida das pessoas, porém, poucas
pessoas o praticam de forma regular e sistematizada.
Para algumas pessoas, o lazer envolve ter hábitos de vida saudável, como se
alimentar adequadamente e se exercitar frequentemente. Para outros, o lazer
envolve estar com os amigos e se divertir com atividade culturais. Para muitos, o
lazer quer dizer descanso ou repouso. Como vimos no item anterior, é
importante que as pessoas realizem diferentes tipos de atividades de lazer e,
principalmente, reconheçam a importância dessas atividades. Imagina se
nossos antepassados não re�etissem sobre a necessidade do lazer?
Provavelmente, muitas pessoas morreriam de tanto trabalhar, talvez nenhum
indivíduo da raça humana estaria vivo.
Embora pareça um pouco dramático, essa é a opinião de alguns estudiosos no
assunto. Vejamos a sociedade atual. Muitas pessoas trabalham oito às vezes
dez horas por dia e gastam aproximadamente três horas do dia se deslocando. O
tempo que resta, é destinado às necessidades �siológicas e descanso. Claro
que, nesse caso, a maioria faz isso por necessidade e não por escolha. Mas eu
quero trazer com esse exemplo, é que as pessoas estão trabalhando, adoecendo
e se estressando de um modo que não há possibilidade de recuperação.
Por outro lado, algumas pessoas estão desenvolvendo a consciência de que
momentos de lazer são importantes e que trabalhar menos, embora receba
menos, há um aumento na qualidade de vida. A conta não é tão simples assim,
pois envolve diversos fatores, mas esse é o pensamento atual. Por isso,
devemos compreender os benefícios do lazer em três aspectos: psicológico,
social e �siológico.
O aspecto psicológico refere-se a como as pessoas se sentem ao realizar
atividade de lazer, quais são as alterações no estado de humor, no
comportamento e nas habilidades cognitivas. Além disso, diante do ponto de
vista psicológico, as atividades que geram prazer auxiliam no tratamento de
doenças como depressão e ansiedade. Existe uma relação positiva entre o lazer
e o bem estar, principalmente no uso do lazer para a diminuição do estresse. Os
aspectos psicológicos in�uenciam na qualidade de vida quando o pro�ssional
de lazer considera os contextos nos quais o indivíduo esteja inserido.
Desenvolvendo atividades adequadas às necessidades particulares.
Uma prática de lazer bastante divulgada é a meditação. Essa atividade é capaz
de modi�car as ondas cerebrais, promovendo a sensação de calma e
tranquilidade, diminuindo a frequência cardíaca e respiratória. A meditação ainda
é relacionada a outras práticas como o Ioga e o Tai Chi Chuan. Essas atividades,
embora sejam consideradas físicas, envolvem aspectos mentais de
coordenação e concentração.
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Outra modalidade que promove a sensação de leveza e bem estar é a corrida.
Diversos estudos já evidenciaram o “barato de corredor”, associando as
sensações dos corredores ao consumo de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas.
De fato, as atividades aeróbicas aumentam a secreção de hormônios ligados ao
bem estar como dopamina e serotonina.
Um exemplo muito comum são as pessoas que querem começar a fazer aulas
de natação por indicação de colegas. Os colegas relatam que o contato com a
água é relaxante, é uma atividade que traz sensação de leveza, etc. No primeiro
dia de aula, a pessoa não se acostuma com a touca, o maiô incomoda, entra
água no ouvido, ela não consegue respirar direito, ou seja, foi péssimo! Assim,
cabe a pessoa achar que a prática que seja prazerosa.
O aspecto social envolve atividades em grupos. As atividades com outras
pessoas estimulam o respeito mútuo e a cooperação. Alguns estudos já
evidenciaram que aulas e atividades realizadas de forma coletiva bene�ciam os
aspectos físicos e mentais mais do que o exercício em si. Ou seja, indiferente da
prática corporal, o fato de estarem em grupo, já in�uenciana melhora da saúde
mentais e físicas.
Assim, a interação social também funciona como uma espécie de ferramenta
política, pois através da re�exão e crítica das nossas ações podem ser
realizadas atividades com propostas sociais de respeito e reconhecimento.
Desse modo, o lazer faz a associação das práticas do ser humano com a relação
histórico-social na qual ele vive. Ajudando no desenvolvimento integral da
pessoa.
Mais importante do que resultados de estudos, é a opinião
pessoal do praticante quanto a modalidade.
Não importa se a corrida promove aumento de hormônios
relacionados ao prazer, se a pessoa odeia correr.
Portanto, as pessoas devem procurar atividades que elas
acreditem que promovam prazer.
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São diversos os eventos esportivos que têm o objetivo de desenvolver e
interação social através do lazer. A taça das favelas de futebol é um deles.
Organizado pela Central Única das Favelas – CUFA é um evento que reúne mais
de cem mil jovens. Por mais que seja um evento competitivo, a principal meta da
Taça é promover a inclusão social dos participantes. Por meio da integração
entre as comunidades, ressigni�cação do território e fortalecimento da auto
estima.
Já as mudanças �siológicas são as mais investigadas pelos pesquisadores na
área. As pesquisas envolvem a análise bioquímica durante a prática das
atividades de lazer, principalmente as alterações das estruturas físicas do
organismo. As mudanças na condição física da pessoa são importantes para a
promoção da saúde e da qualidade de vida, junto com os aspectos psicológicos
e social.
A melhora na pressão arterial, o aumento �uidez da corrente sanguínea, o
fortalecimento dos músculos, a melhora na capacidade respiratória e o aumento
da oxigenação do cérebro são elementos essenciais para o bem estar, pois
estão diretamente relacionados a melhora do humor e controle da ansiedade e
do estresse. Diante disso, você deve estar re�etindo: mas o exercício físico tem
a mesma in�uência sobre o organismo, então, qual é a diferença?
O exercício físico é considerado uma atividade física controlada, ou seja, quando
uma pessoa pratica uma atividade em que é planejado o volume, a intensidade, o
método de treino, ela também tem todo os benefícios apresentados
A primeira edição da Taça das Favelas aconteceu em 2012. De lá pra cá, o
evento se consolidou como uma grande oportunidade de revelação de
jogadores. Alguns participantes foram contados por clubes brasileiros e
estrangeiros. Além disso, grandes nomes do futebol como Zico, Bebeto e
Romário acreditam que a Taça é um modelo a ser seguido no esporte no
país, pois, além de oportunizar aos jovens uma chance de se tornarem
jogadores pro�ssionais, são oferecidos cursos e palestras durante o
torneio, os quais os organizadores acreditam que sejam essenciais para
promoção de novas experiências educacionais e culturais.
VOCÊ SABIA?
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anteriormente. A diferença é que no lazer e recreação, embora também possam
existir atividades de alto esforço físico, o principal objetivo é a diversão. Então,
uma das ferramentas do lazer é o exercício físico, classi�cado anteriormente
nessa unidade como lazer esportivo.
De fato, a melhora nessas condições promove uma melhora no desempenho nas
atividades físicas diárias, como subir escadas, varrer, caminhar etc. O ponto
principal do aspecto �siológico das atividades de lazer é o prazer. Por esse
motivo, o Pro�ssional de Educação Física é um dos mais requisitados, pois
possuem o conhecimento de prescrição dos exercícios que promovam ganhos
nesse aspecto de forma divertida.
Considerando as características do lazer discutidas aqui, podemos compreender
que o lazer tem a audaciosa meta de desenvolver o ser humano integralmente.
Envolvendo o psicológico, o social e o �siológico.
Como vimos até agora, o lazer é composto por diversas atividades, como:
esportiva, cognitiva, social, entre outras. Vale lembrar também, que uma mesma
atividade pode ser classi�cada em duas ou mais tipos, como no exemplo de
Matias, no qual a atividade foi considerada cultual, mas poderia ser de turismo
também. Entendemos, ao �nal da discussão apresentada, que a classi�cação do
lazer está diretamente relacionada ao objetivo pessoal.
Indo além, Pereira (1998) nos apresenta outro conceito relacionado ao lazer: as
práticas passivas e ativas. As práticas passivas de lazer, compreendem ao lazer
de consumo como ir ao cinema, assistir televisão, leitura, etc. Ou seja, atividades
que não envolvem grandes gastos energéticos. Já as práticas ativas, são
aquelas que envolvem os movimentos, como: caminhadas, esportes atividades
lúdicas, jogos, etc. Sabendo isso, nesse tópico iremos discutir sobre as
possibilidades de relacionar os conteúdos culturais lazer e as práticas ativas,
principalmente o esporte.
O esporte é considerado um fenômeno sociocultural e não precisa ser praticado
como determinam as instituições o�ciais. Ou seja, se um grupo de pessoas
deseja jogar futebol, eles não precisam necessariamente seguir as regras da
2.4 Estratégias motivacionais para o lazer ativo
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Fifa. Podem ser formadas equipes com cinco jogadores de cada lado, três, ou
até mesmo praticar o gol a gol, jogo em que cada jogador �ca posicionado na
trave e tenta fazer gol “de longe” no adversário.
Na sociedade moderna, o esporte tem se difundido, principalmente pelos
grandes eventos televisionados. Jogos Olímpicos e Copa do Mundo de Futebol
são exemplos de competições que milhões de pessoas param para assistir.
Esses eventos ajudam a aumentar o interesse no esporte e nos locais onde são
realizados. Estima-se que na Copa do Mundo de Futebol de 2018, realizado na
Rússia, milhões de torcedores se deslocaram pelo país, elevando os números do
turismo russo e movimentando muito dinheiro. Nesse caso, podemos observar
diferentes tipos de lazer envolvendo um único evento.
Além disso, esses eventos junto com a mídia estimula as pessoas a praticarem
esportes, que não podem ser considerados apenas como lazer esportivo. Cada
vez mais, estudiosos da área entendem que a prática esportiva in�uencia no
desenvolvimento de aspectos sociais, cognitivo, emocional e obviamente físico.
Porém, o pro�ssional de lazer deve compreender que o esporte pode envolver o
lazer de turismo, lazer cultural, lazer cognitivo, entre outros.
Neste sentido, o conteúdo cultural do lazer (geralmente passivo) pode se
transformar em um lazer ativo através de estratégias motivacionais, se tornando
uma nova possibilidade de atuação pro�ssional. Portanto, a seguir, vamos ver
algumas possibilidades de tornar essa relação possível. A começar pela relação
do interesse artístico, os grandes jogos estão repletos de
espectadores/torcedores que criam coreogra�as e cantos, tornando-os parte do
espetáculo. Percebemos o envolvimento ativo do torcedor. Um exemplo muito
comum é a “ola”, situação em que todos do estádio se levantam de forma
organizada para simular uma “onda”.
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Figura 4 - Envolvimento ativo da torcida em um jogo de futebol
Fonte: Flickr.
#PraCegoVer
Na figura, temos a fotografia de uma torcida na
arquibancada de um estádio de futebol. As
pessoas estão de costas, com os braços
levantados. Pode-se notar muitas pessoas
juntas, assim como a estrutura superior do
estádio.
De fato, assistir uma competição esportiva envolve situações em que as
pessoas expressam suas emoções e sentimentos. Essas formas de expressão
tornam uma experiênciacultural passiva em ativa. O esporte é capaz de fazer
com que espectadores pulem, cantem, gritem, dancem durante o espetáculo. O
mesmo não se vê em cinemas, teatros e exposições de arte. 
O esporte pode ser praticado em quase todo lugar. Uma estratégia de envolver a
prática esportiva aos interesses manuais, é possibilitar a criação e adaptações
de ambientes e equipamentos para a prática. Nesse sentido, professores de
Educação Física utilizam essa estratégia quando pedem para que seus alunos
tragam materiais recicláveis para a confecção dos mais variados materiais
esportivos. Raquetes, bolas, redes, traves, caneleiras, capacetes são alguns dos
materiais que podem ser produzidos a partir de materiais recicláveis. Dessa
forma, embora não seja a prática esportiva em si, essa atividade é uma maneira
de motivar os alunos a realizarem práticas ativas de lazer.
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Outra forma de tornar uma prática passiva de lazer em ativa, é a prática
esportiva social. Muitas vezes, buscamos o convívio social em reuniões,
encontros e outras atividades que não exigem muito movimento. Em tempos
atuais, a passividade ganha força com a proliferação das redes sociais virtuais e
isso tem afastado as pessoas. Dessa forma, o esporte aparece como uma
ferramenta para juntar pessoas.
Uma maneira que as empresas têm encontrado para tornar o convívio social
mais ativo, é a participação dos colaboradores em times esportivos em eventos
competitivos. Seja no futsal, futebol ou corrida de rua, as relações entre os
colaboradores se tornam mais afetivas e constantes. Um exemplo desse
envolvimento são os Jogos do SESI. Uma espécie de olimpíadas do trabalhador,
que tem como �nalidade estimular a prática esportiva e o intercâmbio
sociocultural. Além disso, academias, parques, quadras e piscinas são outros
exemplos de prática ativa de lazer social. São espaços que oportunizam as
pessoas de se conhecerem, conversarem e fazerem novas amizades.
A relação entre o esporte e o turismo é outra forma de motivar a prática de um
lazer ativo. O lazer turístico, como já visto, tem o foco de conhecer novos
lugares, suas culturas e costumes. Nesse sentido, o esporte estimula as
pessoas a conhecerem, principalmente os elementos geográ�cos e naturais da
localidade. Como neve, montanhas, praias, rios e mares. Sendo direta ou
indiretamente o “turismo ativo” é procurado por muitas pessoas. Seja na
participação de um evento competitivo, de uma aventura ou mesmo um passeio
com guia.
Para enriquecer o exemplo dos Jogos do Sesi, assista o vídeo “Jogos do
Sesi 2015”, no qual é apresentado um release das atividades
desenvolvidas. Veja na íntegra clicando no link a seguir!  
Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=puum83Om7co)
VOCÊ QUER VER?
https://www.youtube.com/watch?v=puum83Om7co
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Nessas atividades turísticas, a pessoa pode inclusive aprender uma modalidade
nova. Como no caso de pessoas que vivem em comunidade mais isoladas como
as indígenas. Além das atividades de lazer de turismo e cultural, os turistas
vivenciam algumas modalidades praticadas nos Jogos Indígenas, tornam uma
experiências muito marcante. No Brasil, há uma expansão das caminhadas em
trilhas usado bastões de apoios, a chamada caminhada nórdica. Essa prática
tem a sua origem em locais montanhosos e de difícil acesso, justi�cando o uso
dos bastões. Além da contemplação da natureza, os praticantes conhecem o
local se movimentando.
Um interesse bastante curioso, são os jogos eletrônicos. Diante de uma
crescente no interesse pelos esportes, algumas empresas têm investido em
jogos que envolvam o movimento. Também conhecidos como exergames, os
jogos de exercícios são a associação do virtual com movimento. Esses jogos
simulam movimentos como de uma partida de futebol, tênis, basquete entre
outras modalidades. São uma forma muito interessante de estimular as pessoas
a “ativarem” suas práticas de lazer cognitivas. Já que os videogames são ótimos
estimulantes mentais.
A relação entre tecnologia e movimento também está presente em aplicativos
que usam como base a gami�cação para motivar os usuários. Nas mais
diferentes modalidades, os aplicativos registram as atividades e comparam com
pessoas do mundo inteiro, formando uma grande comunidade que disputam os
mais variados prêmios. Caso a pessoa não queira entrar nessa competição
recreativa, ela pode usar os seus dados para o estabelecimento e cumprimento
de metas. Ao �nal deste item, podemos observar a in�uência da atividade física
nas diversas formas de lazer. Acredita-se que o “brincar” pode ser inserido em
todos os contextos, cabe ao pro�ssional saber adaptar as suas atividades ao
público e ao propósito do lazer.
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Percebemos que, nesse caso, o lazer e a recreação podem ser consideradas
práticas de aprendizagem muito signi�cantes e motivacionais. 
Brincadeiras, brinquedos, pequenos jogos e grandes jogos 
Com o conteúdo estudado até o momento, vamos fazer um treino de habilidades
sobre brincadeiras, brinquedos, pequenos jogos e grandes jogos?
Nossos objetivos com essa prática são:
Um grupo de pesquisadores do Canadá e Irlanda estão investigando
sobre como tornar a prática esportiva mais motivante e signi�cativa.
Diante do contexto desses países, onde a prática de atividades físicas é
muito voltada ao �tness, esses autores têm proposto o LAMPE – Learning
a About a Meaningful Physical Education. Ou seja, aprendendo sobre uma
Educação Física signi�cativa. Para que as pessoas se motivem a prática
esportiva, os autores apresentam seis características que tornam uma
prática motivante:
1. Interação social;
2. Desa�o;
3. Diversão;
4. Melhora da habilidade motora;
5. Relevância pessoal para a prática;
6. Prazer.
VOCÊ SABIA?
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SUAS HABILIDADES
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Para realizar a prática, siga as etapas abaixo:
1. Precisaremos de alguns materiais:
2. Para a amarelinha, devemos seguir um percurso:
avaliar a organização de ambiente para a prática de
atividades de lazer e recreação;
analisar a aplicação das atividades de brincadeiras,
pequenos jogos e grandes jogos.
jogo amarelinha: giz de lousa ou �ta crepe, uma tampinha
de garrafa PET (variações: qualquer material que possa
ser lançado e pare no lugar que cair);
brincadeira de telefone de barbante: dois copos plásticos
(variações: pode-se utilizar latas de leite condensado
vazias e limpas), um pedaço de barbante e uma tesoura
(variações: pode ser um estilete ou qualquer outro
material que perfure o fundo do copo plástico.
pegue a �ta crepe e monte a amarelinha, fazendo, no
início, um quadrado, seguido de dois quadrados, e assim
sequencialmente até fazer 10 quadrados;
numere cada quadrado de 1 a 10;
faça uma área maior acima do quadrado com o número
10;
escreva, dentro dessa área, a palavra “CÉU”;
pegue a tampinha e se posicione na frente do número 1;
jogue a tampinha na casa número 1;
não pise na casinha que está com a tampinha;
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3. Para o telefone de barbante, também precisaremos seguir uma lógica:
pula para as casas 2 e 3, colocando um pé em cada casa;
siga pulando de casa em casa, seguindo a lógica de ter
somente um pé em cada casa;
ao chegar na casa “CÉU”, vire e retorne todo o caminho,
seguindo a mesma lógica;
quando chegar às casas 2 e 3, antesde pular a casa 1,
pegue a tampinha com uma das mãos, sem apoiar a outra
mão no chão;
pule a casa número 1 e volte para o início;
reinicie o jogo, lançando a tampinha, agora na casa de
número 2, seguindo a mesma lógica;
vence o jogo o jogador que completar o circuito, chegando
na casa de número 10.
pegue os dois copos de plástico;
com a tesoura, faça um furo no fundo de cada copo, no
tamanho su�ciente para passar um barbante;
corte um pedaço de barbante, em torno de três a cinco
metros;
passe uma das pontas do barbante pelo fundo (de fora
para dentro ) de um dos copos;
amarre o barbante para deixá-lo �xo;
faça os mesmos procedimentos com a outra ponta do
barbante e com o outro copo;
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4. Agora que você sabe montar o telefone de barbante e a amarelinha, é hora de
praticar!  Desenhe a amarelinha no chão de sua casa e a fotografe; depois,
convide outras pessoas que moram com você para brincarem juntos,
fotografando esse momento também.  O mesmo vale para o telefone de
barbante: construa o brinquedo, tire uma foto de como ele �cou e brinque com
alguém que more com você.
5. Depois de praticar bastante, faça um relatório, descrevendo os seguintes
pontos: v ocê já tinha brincado de amarelinha e de telefone de barbante antes? 
Quem participou com você já tinha brincado de amarelinha e de telefone de
barbante antes?  Como foi a experiência de construir a amarelinha e o telefone
de barbante?   Acrescente as fotos no relatório.  Esses jogos e brincadeiras
podem ser realizados em quais outros espaços, além de sua casa?  Para quais
faixas etárias você indicaria essas brincadeiras e jogos?
6. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as di�culdades encontradas e
depois escreva o  relatório do treino de habilidades para entregar.
cada pessoa segura um dos copos, deixando o barbante
bem esticado;
uma pessoa coloca o copo na boca, enquanto a outra
coloca em uma das orelhas;
quem está com o copo na boca fala, enquanto a outra
pessoa escuta;
depois trocam-se as funções.
É interessante dizer que as atividades propostas
podem ser classi�cadas como “jogos
tradicionais”. Kishimoto (1993) diz que os jogos
tradicionais infantis possuem como
características o anonimato, a tradicionalidade, a
transmissão oral, a conservação, a mudança e a
universalidade. Tais jogos são passados de
geração a geração, com suas explicações feitas
de forma oral, o que di�culta descobrir sua real
origem. É bem possível que seus pais ou avós
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Vivências de atividades práticas – Brincadeiras e jogos
Fizemos um treino de habilidades anteriormente e, agora, para �xar nossos
conhecimentos, partiremos para outra atividade. Vamos, então, fazer um treino
de habilidades sobre a vivência de atividades práticas envolvendo brincadeiras e
jogos?
Nossos objetivos com essa prática são:
vivenciar atividades práticas de brincadeiras e jogos;
explorar atividades fundamentais do lazer;
discutir as características básicas da recreação.
conheçam esses e diversos outros jogos
tradicionais, que podem ser realizados nos mais
diversos locais, como acampamentos, hotéis,
resorts, praia, entre outros, e com diferentes
públicos. Os jogos tradicionais fazem com que
os adultos revivam lembranças de sua infância,
despertando sua criança interior. Assim, veri�que
se, em seu relatório, você citou que as atividades
propostas podem ser realizadas nos mais
diferentes contextos e espaços, e permitem a
participação de diferentes faixas etárias, com
um foco maior nas crianças. 
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SUAS HABILIDADES
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Para realizar a prática, siga as etapas abaixo:
1. Vamos treinar o jogo de perguntas e respostas. Elabore um quiz com cinco
questões e convide as pessoas que moram com você para participar. Você pode
escolher a temática que desejar. Grave a realização da atividade.
2. Faça uma entrevista com um pro�ssional que trabalha com recreação, para
entender melhor a área de atuação do lazer e da recreação. Seguem algumas
perguntas norteadoras para a sua entrevista: por que você escolheu trabalhar
com lazer e recreação? Há  quanto tempo você atua na área do lazer e da
recreação? Em que áreas de trabalho do lazer e da recreação você já atuou? Qual
dessas áreas apresentou a você os maiores desa�os? Por quê?  Diga algumas
dicas que você daria para um pro�ssional de Educação Física recém-formado
que quer entrar na área do lazer e da recreação.
3. Você também deve fazer um relatório sobre o seu aprendizado até aqui.
Pegue a gravação da atividade, suba o vídeo para o YouTube como “não listado”
e escreva o link do vídeo, junto com um texto pessoal, relatando como foi o
desenvolvimento da atividade.  Transcreva a entrevista que você fez com o
recreador (pro�ssional de Educação Física que trabalha com recreação). Faça
uma análise, integrando teoria e prática, a partir das atividades realizadas e do
que você estudou em aula. Apresente, ainda, uma breve conclusão a respeito do
que você aprendeu com essa atividade, as principais di�culdades e o que achou
de mais interessante.
4. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as di�culdades encontradas e
depois escreva o relatório do treino de habilidades para entregar.
CONCLUSÃO
É interessante perceber que cada faixa etária
tem necessidades e interesses diferentes. Você
pode propor atividades semelhantes para
crianças e adolescentes, só que, para isso,
deverá conhecer bem o seu público e o contexto
em que ele está inserido. Assim, entender essas
nuances lhe dará uma grande vantagem quando
propor atividades recreativas para os diferentes
públicos. 
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14/06/2022 10:37 Lazer e Recreação
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=QDf3skqh0TpL91nb0jQ7dQ%3d%3d&l=rPM%2f%2b%2fTSd9IuioFlR2tIig%3d%3d&lc=yu… 32/34
Nessa unidade pudemos ver a evolução histórica do lazer. Em alguns momentos
o lazer era uma atividade realizadas por poucos privilegiados que não
precisavam trabalhar, desde pensadores a nobres. Compreende-se, portanto, que
o lazer é uma atividade feita no tempo livre, ou seja, quando não se está
produzindo e, de fato, não deve ser uma atividade remunerada, principalmente a
partir da revolução industrial, o lazer começou a ser visto como uma
necessidade humana. Em um momento da história em que as pessoas
trabalhavam cerca de 16 horas diárias. Sentiu-se a necessidade do descanso, da
diversão e do desenvolvimento.
Tanto é que atualmente esses são os três principais objetivos do lazer:
descansar, se recuperar da atividade laboral, tanto físico quanto
psicologicamente. Se divertir, se entreter com alguma atividade física, cultural,
intelectual, social, etc.   E se desenvolver pessoalmente, se envolver em
atividades como cursos, palestras e outras atividades que desenvolvam
habilidades cognitivas emocionais e sociais. Esses três objetivos são
alcançados através de diferentes tipos de lazer: esportivo, manual, cultural,
cognitivo, social e de turismo.
Para classi�car se o lazer é de um ou outro tipo, é preciso identi�car as
necessidades dos praticantes. Uma mesma modalidade ou atividade pode ser
classi�cada como esportiva ou cultural, dependendo do objetivo da pessoa. A
tarefa de identi�car o propósito da atividade é extremamente importante para o
pro�ssional de lazer. Pois ao reconhecê-la, o planejamento e direcionamento das
atividades se tornam muito mais e�cazes
Também foi discutida a relação entre lazer e reação, em que muitas vezes são
confundidas como sinônimos. Diante da de�nição de lazer, entende-se que a
recreação é uma ferramenta do lazer. Que deve envolver o lúdico, o jogo, a
brincadeira,tema que será mais discutido na próxima unidade. Reconhecemos
que quando uma atividade é realizada com prazer, ela tem muitos mais
benefícios. Pensando no desenvolvimento integral da pessoa, podemos estudar
a diferença entre o exercício físico e uma prática ativa de lazer. Por um lado, o
exercício pode trazer mais benefícios para os aspectos �siológicos. Porém, os
benefícios   da atividade de lazer envolve mais elementos como: psicológico,
social, cognitivo, afetivo e emocional.
Dessa maneira, �nalizamos a unidade relacionando as estratégias motivacionais
para tornar as diferentes formas de lazer passivo para um lazer mais ativo.
Percebe-se que muitas formas de lazer são passivas, como: assistir um �lme, ler
um livro, escutar uma música ou viajar. Entretanto, todas essas atividades
podem levar uma “pitada” de atividade física, tornando o lazer mais in�uente na
promoção da qualidade de vida.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
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estudar a evolução histórica do lazer, trabalho e tempo
livre;
compreender conceitos e de�nições;
entender as �nalidades do lazer;
identi�car estratégias motivacionais para o lazer ativo.
Clique para baixar conteúdo deste tema.
CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. O que é lazer. 3. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1992. 
CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Política de lazer. Estudos do lazer, p.
03-07, 1992. 
CAVALLARI, V.; ZACHARIAS, V. Trabalhando com Recreação. 13. ed. São
Paulo: Ícone, 2014. 
DUMAZEDIER, Joffre. Trabalho e lazer. FRIEDMANN, G. & NAVILLE, P.
Tratado de sociologia do trabalho. São Paulo, Cultrix/EDUSP, v. 2, 1973. 
FERNANDES, Erick Rodrigo; HÚNGARO, Edson Marcelo; SOLAZZI, José
Luis. Lazer, trabalho e sociedade: notas introdutórias sobre o lazer como
um direito social. EFDeportes. com Revista Digital, v. 16, n. 155, 2004. 
WERNECK, C.L.G.; ISAYAMA, H.F. Lazer, recreação e Educação Física.
Belo Horizonte: Autêntica, 2003. 
Referências
14/06/2022 10:37 Lazer e Recreação
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