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ARA0332 NEUROANATOMOFISIOLOGIA MEDULA ESPINAL E SEUS ENVOLTÓRIOS Profª Mônica Monken CONHECENDO A COLUNA VERTEBRAL Profª Mônica Monken DISCO INTERVERTEBRAL Aspectos Gerais Profª Mônica Monken QUAIS AS IMPLICAÇÕES DE LESÕES NA MEDULA ESPINHAL? Aspectos Gerais Profª Mônica Monken Medula = “miolo” / indica o que está dentro. Conceito: é uma massa cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem, entretanto, ocupá-lo completamente. A medula espinal faz parte do SNC e os nervos espinais do SNP. A Medula espinal e os nervos espinais contribuem para a homeostasia fornecendo respostas reflexas rápidas a muitos estímulos. Condução do fluxo de informações aferentes (influxos) e eferentes (efluxos) ao encéfalo (tratos ascendentes e descendentes). GENERALIDADES MORFOLOGIA EXTERNA • A medula espinal é protegida e se localiza dentro do canal vertebral. • Seus limites superior e inferior são o bulbo (forame magno) e a 1ª/2ª vértebra lombar (L1/L2), respectivamente. • A forma é aproximadamente cilíndrica, ligeiramente achatada (sentido ântero–posterior), com a presença de duas intumescências: a cervical (C4 até T1) e a lombossacral (T11 até L1). • Estas dilatações se devem à maior presença de corpos celulares e axônios na região, e em relação à presença dos plexos braquial e lombo-sacro. • A medula termina afilando-se para formar um cone – o cone medular, e continua em um delgado filamento – o filamento terminal. As Raízes nervosas formam uma estrutura chamada de cauda equina. Profª Mônica Monken • Existem 31 segmentos medulares: - 8 segmentos cervicais. - 12 segmentos torácicos ou dorsais. - 5 segmentos lombares. - 5 segmentos sacrais. - 1 segmento coccígeo. SEGMENTOS MEDULARES Profª Mônica Monken Profª Mônica Monken LIGAMENTOS DENTICULADOS OU DENTEADOS Ligamentos Denteados ou Denticulados Profª Mônica Monken Profª Mônica Monken ESTRUTURAS DE PROTEÇÃO DA MEDULA ESPINHAL Profª Mônica Monken Revestimentos: • vértebras ósseas • meninges • ligamentos • músculos • líquido cefalorraquidiano ou cerebrospinal (líquor) produzido no encéfalo (ventrículos) que envolve e protege o delicado tecido nervoso da medula espinal. • Três meninges (membranas) fazem a proteção de todo o SNC (o encéfalo e a medula espinhal) e também são acometidas de processos patológicos. • Elas são a dura-máter (superficial), aracnóide e pia-máter (profunda). • Após a pia-máter, encontra-se tecido nervoso, seja no encéfalo, seja na medula espinal. MENINGES Dura-máter e Aracnóide Profª Mônica Monken ESPAÇOS MENÍNGEOS Profª Mônica Monken • A dura-máter fica completamente aderida ao osso, e entre ela e o osso existe um espaço virtual, chamado de espaço extradural ou epidural; • Entre a dura-máter e a aracnóide, existe um espaço também virtual chamado de espaço subdural; • E entre a aracnóide e a pia-máter, existe o espaço subaracnóideo, no qual circula o líquor, ou líquido cerebrospinal ou cefalorraquidiano. Profª Mônica Monken MENINGITE Profª Mônica Monken • Inflamação das meninges decorrente de infecção, geralmente causada por uma bactéria ou vírus. • Sintomas: febre, cefaleia, rigidez de nuca, vômitos, confusão mental, manchas vermelhas na pele, letargia e sonolência. • Meningite bacteriana é a forma mais comum e muito mais grave e é tratada com antibióticos. Pode ser fatal. • Meningite viral não possui tratamento específico normalmente regride em 1 ou 2 semanas. • Transmissão: como é contagiosa tanto bacteriana como a viral, todo cuidado é pouco, pois sua transmissão é através contato corporal direto com uma pessoa portadora da doença ou só do vírus, de mucos salivares ou nasais, que pode ocorrer durante um beijo, um espirro ou tosse, além de poder ser transmitida pelas fezes, por água e alimentos contaminados. •VACINAÇÃO: MELHOR FORMA DE PREVENÇÃO! Profª Mônica Monken LÍQUIDO CEREBROSPINAL OU CEFALORRAQUIDIANO (LÍQUOR) • É um fluido límpido e incolor que ocupa, em maior quantidade, o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. • É semelhante em composição ao plasma sanguíneo. Produzido pelos plexos corióides que se encontram nas cavidades ventriculares. • Função: Proteção mecânica do sistema nervoso central e proteção biológica contra agentes infecciosos. C A V I D A D E S V E N T R I C U L A R E S Profª Mônica Monken PUNÇÃO LOMBAR A punção é usada para coleta do líquido cerebroespinal (LCE) para: • fins diagnósticos • introduzir antibióticos • meios de contrastes • anestésicos • administrar quimioterapia • mensurar a pressão do líquido cerebroespinal (LCE) Profª Mônica Monken • A exploração clínica do espaço subaracnóideo é ampla, pois sabe-se que a medula espinal termina ao nível de L1/L2, enquanto o saco aracnóide termina em S2. • Entre estes dois níveis, o espaço subaracnóideo é maior, contém maior quantidade de líquor, não havendo perigo de lesão da medula, esta área (L3/L4 ou L4/L5) é ideal para a inserção de uma agulha. Profª Mônica Monken DOENÇAS QUE PODEM SER DIAGNOSTICADAS ATRAVÉS DO LÍQUOR • meningites (virais, bacterianas, fúngicas, por tuberculose, parasitárias), • sífilis • AIDS • sangramentos do sistema nervoso central • doenças degenerativas (esclerose múltipla) • alguns tumores ANESTESIA RAQUIDIANA Profª Mônica Monken • É um tipo de anestesia que perfura a dura-máter. • Usa um volume muito menor de anestésico, tem ação praticamente imediata e é dada de uma vez só, com duração limitada. • Via de regra, a raquidiana (ou ráqui) é usada nas cesarianas e às vezes nos partos vaginais. Profª Mônica Monken ANESTESIA EPIDURAL OU PERIDURAL • Utiliza uma quantidade bem maior de medicamento anestésico, e é administrada continuamente por um cateter que fica nas costas, durante o tempo que for necessário. • É um tipo de anestesia aplicada no espaço epidural da coluna vertebral, sem perfurar a duramáter e, portanto, sem atingir o líquor. • Via de regra, a epidural é usada nos partos normais. Profª Mônica Monken PUNÇÃO CISTERNAL OU SUB-OCCIPITAL Em situações especiais, quando a punção lombar não é possível ser realizada (por exemplo, infecções ou cirurgias locais), o líquor pode ser coletado na região da nuca (punção cisternal ou suboccipital) conforme indicação clínica. https://neurolife.com.br/o-que-e-liquor/ HÉRNIA DE DISCO Profª Mônica Monken Fases de formação hérnia de disco: • abaulamento discal • protrusão discal • hérnia extrusa • hérnia sequestrada Profª Mônica Monken MORFOLOGIA INTERNA A MEDULA ESPINAL é composta de uma área de: • Substância branca envolvendo a substância cinzenta. Ela consiste basicamente em feixes de axônios mielinizados dos neurônios (tratos de fibras nervosas). • Substância cinzenta tem a forma da letra H ou de uma borboleta, consistindo em dendritos, corpos celulares dos neurônios e neuróglia. FISSURAS E SULCOS Profª Mônica Monken • A fissura mediana anterior e o sulco mediano posterior dividem parcialmente a medula espinal em metades direita e esquerda. • Sulcos Laterais Anterior e Posterior recebem, respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. • Sulco Intermédio Posterior situado entre os sulcos mediano e lateral posterior. SUBSTÂNCIA CINZENTA Profª Mônica Monken A substância cinzenta (corpo de neurônio) é dividida em colunas (cornos) na medula espinal: • Coluna (corno) anterior (porção motora) • Coluna (corno) lateral (SNA) • Coluna (corno) posterior (porção sensitiva) Profª Mônica Monken SUBSTÂNCIA BRANCA A substância branca (axônio) é dividida em funículos na medula espinhal que contém os tratos ascendentes e descendentes: • Funículo anterior • Funículo lateral • Funículo posterior ✓ No centro da medula espinal está o canal central. TRATOS ASCENDENTES E DESCENDENTES Profª Mônica Monken ✓Tratos: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, função e destino. • Tratos sensitivos ou sensoriais (ascendentes) : consistem em axônios que conduzem impulsosnervosos para o encéfalo. • Tratos motores (descendentes): consistem em axônios conduzindo impulsos nervosos provenientes do encéfalo. • Os tratos são feixes de axônios no SNC, enquanto os nervos são feixes de axônio no SNP. Profª Mônica Monken FORMAÇÃO DO NERVO ESPINHAL O nervo espinal é formado por duas raízes (anterior e posterior), conectadas com a medula espinal. Raiz anterior: é formada por fibras nervosas mielínicas (radículas) provenientes de corpos celulares localizados nas colunas anteriores da medula espinal. Raiz posterior: nessa raiz está localizado o gânglio sensitivo do nervo espinal, formado por corpos celulares de neurônios pseudounipolares. Nervo espinal: formado pela união das fibras nervosas provenientes das raízes anterior e posterior (função motora e sensitiva – misto). Ramo anterior do nervo espinal: os ramos anteriores dos nervos espinais formam os plexos nervosos nas regiões cervical e lombossacral. Na região torácica o ramo anterior do nervo espinal não forma plexo, constituindo o nervo intercostal. Ramo posterior do nervo espinal: se dirige posteriormente, para inervar a musculatura do dorso e região cutânea. Os ramos posteriores não formam plexos. LESÕES MEDULAR ESPINHAL • Se refere a uma lesão nos elementos neurais da medula espinhal. • Essa lesão pode desencadear diversos graus de déficits sensório-motores, disfunção autonômica, sexuais, esfincteriana, reflexo e algumas respiratórias. • Pode ser temporária ou permanente. • Afeta de forma completa ou incompleta. REGRA DE PEELE - Vértebras C2 - T10 (processo espinhoso): soma-se 2 (segmento medular) - Vértebra T10 (processo espinhoso): segmento medular T12 - Vértebra T11- T12 (processo espinhoso): segmentos lombares - Vértebra L1 (processo espinhoso): segmentos sacrais PROGNÓSTICO DA LESÃO MEDULAR Profª Mônica Monken Intumescências são dilatações que se devem à maior presença de corpos celulares e axônios na região cervical e lombossacral da medula espinhal. Verdadeiro Falso No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, pois termina ao nível da: a) 12ª vértebra torácica. b) 2ª vértebra lombar. c) 5ª vértebra lombar. d) 1ª vértebra sacral. e) 5ª vértebra sacral. Profª Mônica Monken A medula espinhal não precisa de nenhuma estrutura de proteção. Verdadeiro Falso Sequência correta, do meio externo para o interno, das meninges: a) Pia-máter - aracnóide - dura-máter. b) Dura-máter - pia-máter - aracnóide. c) Aracnóide - dura-máter - pia-máter. d) Dura-máter - aracnóide - pia-máter. e) Pia-máter - dura-máter - aracnóide. Profª Mônica Monken Após a pia-máter, encontra-se tecido nervoso, seja no encéfalo, seja na medula espinal. Verdadeiro Falso Profª Mônica Monken Profª Mônica Monken VÍDEOS • Tronco Encefálico https://www.youtube.com/watch?v=ITCuY-sPTiY&t=23s •Estruturas do Tronco Encefálico https://www.youtube.com/watch?v=oiuXoja30e8 • Cerebelo https://www.youtube.com/watch?v=mZ19rRdxN7c&t=33s • Funções do Cerebelo https://www.youtube.com/watch?v=ITTEGz3q-N0 Próxima Aula Tronco Encefálico e Cerebelo https://www.youtube.com/watch?v=ITCuY-sPTiY&t=23s https://www.youtube.com/watch?v=oiuXoja30e8 https://www.youtube.com/watch?v=mZ19rRdxN7c&t=33s https://www.youtube.com/watch?v=ITTEGz3q-N0 Profª Mônica Monken Próxima Aula Tronco Encefálico e Cerebelo LEITURA ESPECÍFICA •Capítulo 5, 19 e 21 sobre neuroanatomia do tronco encefálico e cerebelo – MACHADO, A. B. M. ; HAERTEL, L. M. Neuroanatomia Funcional. 3ª. São Paulo: Atheneu, 2014. • Ler o capítulo sobre TRONCO ENCEFÁLICO do livro: BEAR, M.F.; CONNORS, B. W; PARADISO, M. A. Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. 4ª ed. Porto Alegra: Artmed, 2017. •Capítulo sobre TRONCO ENCEFÁLICO. HANSEN, John T. NETTER. Anatomia para Colorir. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Profª Mônica Monken Bibliografia Básica • BEAR, M.F.; CONNORS, B. W; PARADISO, M. A. Neurociências - Desvendando o Sistema Nervoso. 4ª. Porto Alegre: Artmed, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/97885827 14331 • JOTZ, G. P. et.al. Neuroanatomia Clínica e Funcional. 1ª. Rio de Janeiro: Elsevir, 2017. • MACHADO, A. B. M. ; HAERTEL, L. M. Neuroanatomia Funcional. 3ª. São Paulo: Atheneu, 2014. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788582714331 Profª Mônica Monken Bibliografia Complementar COSENZA, R. M. Fundamentos de Neuroanatomia. 4ª. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. MENESES. M. S. Neuroanatomia Aplicada. 3ª. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2074-8 OLIVEIRA, R. C. Neurofisiologia. 1ª. Rio de Janeiro: SESES, 2015. SCHMIDT, A. G.; PROSDÓCIMI, F. C. Manual de Neuroanatomia Humana: Guia Prático. 1ª. São Paulo: Roca, 2017. SNELL, R. S. Neuroanatomia Clínica para Estudantes de Medicina. 5ª. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2074-8 ATÉ A PRÓXIMA AULA!!