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OS ALIMENTOS E SUAS GEOGRAFIAS: UMA ANÁLISE SOCIOCULTURAL 
DO GLOBAL AO LOCAL 
 
Thaine Ribeiro Santos 
Universidade Federal do Espírito Santo 
thaineribeiro@hotmail.com 
 
1. INTRODUÇÃO 
Os alimentos fazem uma síntese da história e do modo de vida de um povo. Podem 
expressar as características de um lugar, são capazes de indicar os aspectos físicos e 
humanos de uma determinada região. Os tipos de alimento cultivados em uma região 
podem expressar uma diversidade de características, tais como, o tipo de clima, os 
principais tipos de solo, as migrações existentes, os grupos étnicos, as influências 
exteriores, bem como as características culturais. 
Os hábitos alimentares dos povos não se limitam apenas aos aspectos materiais, são 
historicamente construídos, e geograficamente disseminados no tempo e no espaço. 
Neste sentido, podemos atribuir a formação sociocultural dos povos através de seus 
hábitos alimentares. Cascudo (1983) argumenta que a nossa civilização foi construída 
através da alimentação, para ele “toda existência humana decorre do binômio estômago 
e sexo”. Assim, podemos atribuir a alimentação como um fator crucial para o 
desenvolvimento da sociedade como um todo. 
A cultura alimentar vem sofrendo um processo de homogeneização, que gradualmente 
vai transformando as características locais, modificando a cultura e o modo de vida, 
tornando-o cada vez mais globalizado. Esta homogeneização está atribuída à atual 
conjuntura global, que se encontra cada vez mais dependente das novas tecnologias, que 
são capazes de difundir com mais velocidade novos ideais de consumo. 
As novas tecnologias intensificaram o consumo e a dependência por alimentos 
“artificiais” que dominam os costumes locais, homogeneizando os gostos. Essa 
 
 
dominação é simbólica e se instala nos gestos mais simples do homem, entre eles, o 
comer. 
 
2. OBJETIVO 
Refletir e demonstrar os processos que margeiam a cultura e os hábitos alimentares dos 
povos, a partir da disseminação histórico-geográfica dos alimentos ao redor do mundo, 
e como o alimento pode trazer o global para o local, e o local para o global. 
3. METODOLOGIA 
A pesquisa foi pautada nos pressupostos da Geografia Humana e Cultural relacionada 
com a Geografia da Alimentação, ramo da ciência que busca uma análise sistematizada 
dos alimentos e sua relação com a produção e transformação do espaço. Neste sentido, o 
alimento em seu processo de transformação, movimenta o mundo e a sociedade. 
Vivemos para produzir, consumir e transformar. 
O desenvolvimento do trabalho consistiu em pesquisas teóricas, buscou-se realizar 
leituras de algumas obras e outros recursos pertinentes ao tema. A partir das leituras e 
das pesquisas, procuramos estabelecer uma relação entre o que foi pesquisado e o tema 
proposto. Assim, por meio das análises dos alimentos presentes na cultura global, 
tentamos relacioná-los com a cultura local. Desta forma, buscamos refletir acerca da 
cultura e de seus hábitos alimentares, e da disseminação desses alimentos ao redor do 
mundo, e como o alimento pode trazer o global para o local, e o local para o global. 
Em um primeiro momento, discorremos sobre a disseminação histórico-geográfica dos 
alimentos, que deram origem às diversas culturas, e a formação das identidades 
socioculturais. Em seguida, complementa-se a discussão dos alimentos a partir da 
introdução de um mapa pós-representacional (Figura 01) como uma ferramenta de 
subsídio para trabalhar o tema proposto, e representar espacialmente o objeto de estudo. 
 
 
Posteriormente, para permitir uma discussão sobre a influência dos alimentos na cultura 
local e global, foi feita uma análise dos pratos criados no Festival Internacional de 
Comida de Sidney realizado no ano de 2009. Este festival reuniu chefes de cozinha de 
vários países, para criar pratos inspirados em suas bandeiras. Além de preservar o 
desenho fiel das bandeiras, as mesmas foram montadas com ingredientes característicos 
das nações selecionadas. A partir da pesquisa, utilizamos as bandeiras gastronômicas 
como objeto auxiliar de análise, que nos permitem observar os aspectos geográficos e 
alguns elementos culturais dos países: os alimentos típicos. Em seguida, foi construído 
um mapa de Vitória com os restaurantes temáticos dos países, representado por suas 
respectivas bandeiras. Assim, por meio do mapa (Figura 06) procuramos fazer uma 
relação entre as bandeiras gastronômicas e os restaurantes típicos de cada país, que nos 
mostra que o global está presente no local. 
 
4. A DISSEMINAÇÃO HISTÓRICO-GEOGRÁFICA DOS ALIMENTOS 
Os alimentos são mais que uma necessidade básica para nossa reprodução e 
sobrevivência. Ao longo da história humana, no desenvolvimento das civilizações o 
alimento se configurou de uma forma complexa, adquiriu valores simbólicos, sociais e 
culturais. Propiciaram um intercâmbio entre os povos, que podiam “experimentar” a 
cultura do outro através da alimentação. Esse intercâmbio foi marcado pelas grandes 
navegações dos séculos XV e XVI, que mudaram o rumo da história e da cultura dos 
povos, que a partir de então, estabeleceram trocas culturais que alteraram toda a 
estrutura social da civilização ocidental. Neste sentido, a cultura ocidental não foi mais 
a mesma, o europeu através de seu pioneirismo além-mar, trouxe para o velho mundo 
especiarias orientais, que foram incorporadas aos hábitos alimentares dos europeus. A 
cultura européia, a partir de então, adquiria uma nova configuração, se tornava híbrida 
carregada de elementos de outras culturas. 
O mapa (Figura 01) faz uma síntese dos ideais que moveram as grandes navegações dos 
séculos XV e XVI. Mostra um estereótipo de mundo idealizado pelos europeus, que 
 
 
ambicionavam conquistar as Índias, e de lá trazer as preciosas especiarias, temperos 
valiosos e apreciados na Europa. O gosto europeu rompeu barreiras geográficas, 
disseminou no mundo hábitos alimentares de várias culturas, e levou para os povos 
dominados o modo de vida global que se incorporou ao modo de vida local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O novo gosto adquirido pelos europeus impulsionou os rumos da nossa história, sendo o 
estômago um dos binômios que passaram a comandar as decisões sociais que mudaram 
completamente o destino dos povos. Movidos pelo gosto, os europeus chegaram a 
América, e aqui implantaram sua hegemonia, e uma das heranças marcantes deixadas 
nessas terras foi o alimento. Alimento oriundo do oriente, mas com marcas da cultura 
européia, e que também passou a pertencer as Américas. E das Américas, foram levados 
para Europa muitos alimentos nativos, que se incorporaram ao modo de vida do 
europeu. 
Nessa breve análise, podemos constatar que os alimentos foram historicamente 
construídos e geograficamente disseminados no tempo e no espaço. E que em cada 
região do mundo foram incorporados às culturas dos povos, e assim adquiriu um lado 
simbólico, tornando-o referência sociocultural em cada local. 
 
5. O ALIMENTO COMO SÍMBOLO CULTURAL 
Figura 01 - Mapa feito com especiarias 
 
 
Levando em conta as características do território (clima, relevo, etc.), e o modo de vida 
da população, os alimentos podem adquirir uma importância de tal dimensão, que 
podem se configurar como um símbolo cultural, pois é capaz de carregar consigo uma 
série de características do local de origem, ser parte do conjunto de objetos que dão 
sentido a um determinado grupo social. 
Desde a criação dos Estados Nacionais, sobretudo no contexto colonial, as bandeiras 
nacionais são símbolos historicamente construídos, tomando uma identidade cultural 
própria, reforçando o sentimento de pertencimento do povo com seu território 
 
5.1.Bandeiras gastronômicas 
No Festival Internacional de Comida de Sidney, realizado em 2009 na Austrália, chefs 
de vários países prepararam pratos inspirados nas bandeiras nacionais, utilizando 
ingredientes característicosde cada uma delas. 
 
A Figura 02 corresponde à bandeira do Brasil, os contornos da bandeira e o arranjo dos 
alimentos dão conformidade ao estandarte, que em suas cores originais remetem aos 
brasões da família real portuguesa – verde de Bragança, e amarelo de Habsburgos1 – 
bem como à abóbada celeste e o lema positivista “ordem e progresso”, que foram 
inseridos logo após a Proclamação da república. 
 
 
 
 
1 Conferir: http://geo5.net/bandeira-do-brasil-significado/ 
 
 
 
 
 
 
Podemos observar que os ingredientes utilizados: folha de bananeira, limão, abacaxi e 
maracujá-preto, são abundantes no território brasileiro. A escolha deliberada destes 
vegetais demonstrou um compromisso de explorar os alimentos típicos de forma 
artística. Porém, esta relação alimentos-bandeiras, em um olhar mais criterioso, pode 
transcender sua função meramente ilustrativa, e buscar uma geograficidade da cultura 
alimentar: a tropicalidade associada ao modo de vida do povo brasileiro. 
Na Figura 03 está representada a bandeira do México, composta por condimentos 
próprios da culinária mexicana: Cebola, Pimenta Malagueta, Jalapeño e Nacho. Estes 
elementos criam uma identidade cultural e revelam características historicamente 
construídas, que tornaram a culinária mexicana um Patrimônio Cultural da 
Humanidade. 
No entanto, a origem da bandeira remete a outros significados, mas tanto a bandeira 
quanto os alimentos utilizados representam a cultura mexicana difundida no mundo, 
tornando-a globalizada. 
 
 
 
 
 
 
Figura 02 - Bandeira do Brasil, com folha de bananeira, limão, 
abacaxi e maracujá. 
Figura 3 - Bandeira do México, com pimentas malagueta e jalapeño, 
cebola e nacho. 
 
 
A bandeira representada na Figura 04 é a da Itália, composta por massas, manjericão e 
tomate. A culinária italiana é uma das mais peculiares no mundo, por isso, a 
harmonização das cores e os elementos utilizados nesta bandeira a tornam de fácil 
distinção entre as demais. A bandeira sintetiza a tradição e a cultura de um povo que os 
fazem reconhecidos em qualquer lugar do mundo. 
 
 
 
 
 
 
A Figura 05 representa a bandeira do Japão. Nesta bandeira o círculo vermelho da 
bandeira original, que representa o sol, foi substituído por um bolinho de arroz envolto 
por um atum. A culinária japonesa se constitui basicamente de frutos-do-mar e cereais, 
sobretudo o arroz. Esta característica está associada ao seu território insular e de relevo 
acentuado. A cultura japonesa é um reflexo das condições geográficas do país, e sua 
culinária foi disseminada pelo mundo pelos processos de migração realizados no século 
XX. 
 
 
 
Por meio das análises das bandeiras 
gastronômicas podemos fazer 
uma relação com os costumes locais. O local pode carregar consigo a cultura de vários 
Figura 04 - Bandeira da Itália, com manjericão, espaguete e tomate 
Figura 05 - Bandeira do Japão, com arroz e atum 
 
 
lugares do mundo, neste sentido, a localidade de Vitória é uma expressão dessa 
diversidade cultural, pois seus espaços estão repletos de restaurantes típicos de vários 
países (Figura 06). Pelo ato de comer podemos “experimentar” a cultura de um povo 
sem sairmos do lugar. É possível, por exemplo, “visitar” o Japão ou o México apenas 
usando os sentidos (visão, olfato, paladar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. A HOMOGENEIZAÇÃO DO GOSTO 
Na atual conjuntura do capitalismo global o gosto e os hábitos alimentares atendem aos 
interesses hegemônicos. Com o advento das novas tecnologias, tais como, os meios de 
comunicação (TV, Internet, Rádio, Revistas, etc.) difundem com mais velocidade novos 
ideais de consumo no mundo, e transformam as culturas locais uniformizando os gostos. 
Os interesses dos donos do meio de produção são notórios em outras esferas do 
cotidiano, tais como a difusão de um padrão de consumo alimentar, com a criação de 
Figura 06 - Restaurantes de comidas típicas por país (Japão, México, Itália). 
 
 
novas mercadorias de alto valor agregado: alimentos semiprontos, congelados, 
enlatados, iogurtes, margarinas, maioneses, produtos derivados do açúcar, bebidas 
lácteas, óleo de soja, produtos diet, light, desnatados, bebidas isotônicas, refrigerantes, 
legumes pré-cozidos, embutidos etc. Uma parcela cada vez maior de produtos oriundos 
do campo sofre um processo industrial antes de chegar á mesa do consumidor. 
 
Essa indústria está conquistando os paladares do mundo e está 
demolindo as tradições da cozinha local. Os costumes do bom comer, 
que vêm de longe, contam, em alguns países, milhares de anos de 
refinamento e diversidade e constituem um patrimônio coletivo que, 
de algum modo, está nos fogões de todos e não apenas na mesa dos 
ricos. Essas tradições, esses sinais de identidade cultural, essas festas 
da vida, estão sendo esmagadas, de modo fulminante, pela imposição 
do saber químico e único: a globalização do hambúrguer, a ditadura 
do fast food. A plastificação da comida em escala mundial, obra do 
McDonald´s, do Burger King e de outras fábricas, viola com sucesso o 
direito à autodeterminação da cozinha: direito sagrado, porque na boca 
a alma tem uma das suas portas (GALEANO apud SADER, 2007). 
 
7. O ATO DE COMER COMO GESTO DE DOMINAÇÃO SIMBÓLICA 
Santos (2008) afirma que a fome era um fenômeno homicida e visceral que mata 
milhões de seres humanos de maneira silenciosa e voraz. De todo o modo, buscamos 
refletir o ato de comer partindo do pressuposto da dominação simbólica que se instala 
nos gestos mais simples do homem, entre eles, o comer. 
Para Santos (2008) a fome revela históricas relações de dominação que a condicionam, 
a história dos alimentos proporciona, por um caminho totalmente diverso, descobertas 
semelhantes. Neste sentido, buscamos explicitar que por trás do alimento existem 
relações históricas de poder, e disputas de forças antagônicas. Cascudo propôs em sua 
 
 
obra, A história da alimentação no Brasil, uma geografia dos alimentos, essa geografia 
narra bem mais que a preferência e gostos, mas mostra os fluxos de dominação nas 
relações de troca, e deixam evidentes as marcas da colonização que protagonizaram as 
trocas na formação econômica de vários países. 
Eduardo Galeano expôs em sua obra, As Veias Abertas da América Latina (1978), as 
relações de trocas e de dominação, no período em que a plantação de alimentos 
configurava toda a economia colonial. Sobre a plantação de alimento nas colônias 
Galeano argumenta que “Imensas legiões de escravos vierem da África para 
proporcionar, ao rei açúcar, a força de trabalho numerosa e gratuita que exigia: 
combustível humano para queimar” (op. cit., p. 71). 
Assim, podemos atribuir o consumo do açúcar como um ato de dominação, o escravo 
plantava, colhia e processava o açúcar de maneira a atender aos desejos de uma elite 
européia que desfrutavam o doce sabor do “ouro branco” ao custo da coisificação do 
corpo do escravo que era visto como motor de produção. Desse modo, o açúcar se 
configurava em um símbolo de luxo e ostentação das elites, ao custo da espoliação do 
corpo e da alma do escravo. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este trabalho compreende os esforços de reflexões teóricas realizadas como requisito 
parcial de avaliação na disciplina Geografia Humana e Cultural do Brasil, do curso de 
Geografia da Universidade Federal do Espírito Santo. Portanto, ao analisarmos as 
bandeiras percebemos que a relação alimento-bandeira transcende a função ilustrativa e 
representa as origens socioculturais de um povo, revelando características 
historicamente construídas, ou seja, elementos de uma identidade cultural. Assim, por 
meio de uma investigação empírica em um momento oportuno, julga-se possível dar 
prosseguimento ao trabalho para reforçar as reflexões sobre os restaurantes temáticos 
dos países na grande Vitória. 
 
 
Saboreamos no presente– desde a cozinha japonesa aos pratos apimentados da cozinha 
mexicana – se olharmos o mercado capitalista enxergamos uma sociedade transformada 
pelas relações de consumo e valores. A incorporação de culturas e hábitos alimentares 
no tempo espaço reflete o caráter único que cada civilização construiu, seja por fatores 
geográficos ou por processos oriundos dos fluxos de dominação, marcas da colonização. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Bandeiras Nacionais Com Toque Culinário. Disponível em: 
http://catracalivre.com.br/geral/gastronomia/indicacao/bandeiras-nacionais-com-um-
toque-culinario/. Acesso em 16/11/2013. 
 
BOTELHO, Adriano. Geografia dos Sabores: ensaio sobre a dinâmica da cozinha 
brasileira. Disponível em: http://dc.itamaraty.gov.br/imagens-e-textos/revista-textos-
do-brasil/portugues/revista13-mat10.pdf. Acesso em 16/11/2013. 
 
CASCUDO, L. C. História da alimentação no Brasil. 3 ed. São Paulo: Global, 2004. 
960 p. 
 
GALEANO, E. H. As veias abertas da América Latina. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e 
Terra, 1978. 281 p. 
 
GALEANO, E. H. O império do consumo. 2008. Disponível em: 
http://www.cartamaior.com.br/?/Blog/Blog-do-Emir/Eduardo-Galeano-e-o-imperio-do-
consumo/2/24179. Acesso em 10/02/2014. 
 
GORZONI, P. A Geografia dos sabores. Disponível em: 
http://conhecimentopratico.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/28/artigo159362-
1.asp. Acesso em 27/11/2013. 
 
LUCCI, P. H. G. Geografia dos Alimentos no município de Vitória-ES. In: XIV 
Encontro de Geógrafos da América Latina: Reencuentro de Saberes Territoriales 
Latinoamericanos, 2013, Peru. Anais XIV EGAL, 2013. 
 
SANTOS, L. L. dos. O Direito Político de Comer. 2008. Disponível em: 
http://odireitopoliticodecomer.blogspot.com.br/2008/09/camara-cascudo-disse-em-seu-
tradicional.html. Acesso em 10/12/2013. 
 
 
 
SARAIVA, C. P. Aspectos da Geograficidade da Alimentação em Um Bairro 
Urbano Popular: o caso do bairro Jardim Tropical, município de Serra- ES. 
Monografia de Graduação em Geografia. Vitória, UFES, 2010.

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