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VENTILAÇÃO MECÂNICA NA IRpA e SDRA FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS – PROFª NATHALIA TOLEDO PIATTI VMI NA IRpA E SDRA • OBJETIVOS ✓Conhecer o conceito de IRpA e reconhecer esta condição; ✓ Ser capaz de classificar a IRpA pela etiologia desta condição; ✓Definir SDRA, conhecer a fisiopatogenia e classificação da SDRA; ✓Caracterizar a estratégia ventilatória adotada na presença de SDRA. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA • CONCEITO ✓ Inabilidade dos pulmões em suprir as demandas metabólicas do organismo; ✓Pode ser uma consequência da insuficiência da oxigenação tissular e/ou falência da homeostase do CO2; ✓ IRpA = PaO2 <60 mmHg respirando em ar ambiente ou PaCO2 >50 mmHg; INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA ✓Clínica: ✓Dispnéia ✓ Taquipneia ✓PaO2 < 60 mmHg ✓uso MAR ✓ alteração do nível de consciência ✓ confusão mental ✓Cianose ✓Hipoxemia; ✓Arritmia; ✓ Taquicardia; ✓hipertensão, hipotensão. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA • TIPOS IRpA HIPOXÊMICA – TIPO I PaO2 <60mmHg com PaCO2 normal ou baixa → pH normal ou alto; É a forma mais comum de IR; A doença pulmonar é grave o suficiente para interferir na troca pulmonar de O2 , mas a ventilação é mantida; Causas fisiológicas : alteraçãoda da relação V/Q e shunt; INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA • TIPOS IRpA HIPOXÊMICA – TIPO I - CAUSAS FiO2 alteração da V/Q (ex .DPOC) limitação da difusão Shunt intrapulmonar pneumonia Atelectasia ICC (edema pulmonar de alta pressão) SDRA (edema pulmonar de baixa pressão) INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA • TIPOS IRpA HIPERCÁPNICA – TIPO II PaCO2 >50 mmHg A hipoxemia está sempre presente O pH depende do nível de HCO3 HCO3 depende da duração da hipercapnia A resposta renal ocorre em dias ou semanas. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA • ALTERAÇÕES ✓ Hipercapnia: ✓ cefaléia, tremores, sudorese, vasodilatação cutânea, edema cerebral com narcose e coma. ✓ Exames complementares: ✓ 1. Gasometria arterial (PaO2, PaCO2, pH, BIC); ✓ 2. Hemograma: hematócrito, hemoglobina, leucócitos (leucocitose), alterações eletrolíticas. ✓ 3. Radiografia do tórax ✓ 4. Tomografia computadorizada (SDRA) INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA • TRATAMENTO • Correção da hipoxemia: Oxigenoterapia • Correção de hipoxemia e/ou hipercapnia: VMI e VMNI • VMNI na IRpA pós-extubação: evidência “A” (prevenção e correção da IRpA, redução das taxas de reintubação e redução do tempo de internação na UTI) VENTILAÇÃO MECÂNICA NA IRpA Nível de consciência – C A/C PSV Volume ou pressão VC = 6 a 8 Ml/Kg de peso ideal Fluxo = 10% VC FR = 12 a 20rpm PEEP = 5 cmH2O Sens = 2 cmH2O FiO2 = SpO2 dependente PIP = VC 6 a 8 mL/kg ideal (máximo 35cmH2O) Ti = 0.8 a 1.2s VMI NA SDRA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • SDRA ✓ Lesão pulmonar aguda caracterizada patologicamente por dano alveolar difuso e fisiopatologicamente pelo desenvolvimento de edema pulmonar não-cardiogênico devido ao aumento da permeabilidade da membrana alvéolo capilar pulmonar (Knobel). ✓Associada à várias patologias pulmonares e não pulmonares; SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • SDRA Síndrome de insuficiência respiratória de instalação aguda, caracterizada por infiltrado pulmonar bilateral à radiografia de tórax, compatível com edema pulmonar; hipoxemia grave, definida como relação PaO2/FIO2 ≤ 200; ausência de sinais clínicos ou ecocardiográficos de hipertensão atrial esquerda; presença de um fator de risco para lesão pulmonar; SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • SDRA ✓Causas: ✓ aspiração de conteúdo gástrico, infecção pulmonar difusa, quase afogamento, inalação de gases tóxicos, contusão pulmonar, hiperóxia. ✓ LPA de etiologia extrapulmonar: foco distante, liberação de mediadores inflamatórios na corrente sanguínea que alcançam o pulmão pela circulação pulmonar, acometendo inicialmente as células endoteliais. ✓Causas: SEPSE, politrauma, pancreatite, embolia gordurosa, coagulação intravascular disseminada, intoxicação por drogas, circulação extracorpórea. SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • ETIOLOGIA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • CLÍNICA ✓ Hipoxemia acentuada refratária a elevadas concentrações de oxigênio; ✓Dispneia e radiografia com infiltrados difusos; ✓Ausência de causa cardiogênica. ✓Critérios Diagnósticos: hipoxemia refratária, redução da complacência pulmonar e infiltrados pulmonares (Rx). SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • LPA X SDRA ✓Diferenciação entre Lesão Pulmonar Aguda e SDRA (American – European Consensus on ARDS, 1994) ✓ LPA: Rx com Infiltrado bilateral, PaO2/FiO2 < 300, pressão capilar pulmonar menor que 18 mmHg; ✓ SDRA: Rx Infiltrado bilateral, PaO2/FiO2 < 200, pressão capilar pulmonar menor que 18 mmHg. SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • FISIOPATOLOGIA • Inflamação difusa da membrana alvéolo capilar Mecanismos diretos ou indiretos • Lesão na membrana alvéolo-capilar Extravasamento de fluido rico em proteínas para os alvéolos Redução da quantidade e alteração da função do surfactante Atelectasias e redução da complacência Lesão inicial seguida por reparação, remodelamento e alveolite fibrosante SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • FISIOPATOLOGIA Dano do endotélio capilar e das células do epitélio alveolar; Quebra da barreira epitélio capilar → saída de fluido e células inflamatórias →mudança na mecânica, fisiologia e troca gasosa; Alteração do surfactante → atelectasia e perda da complacência pulmonar. SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • FISIOPATOLOGIA ✓ 1. Prevalece o extravasamento de líquido intravascular, que vai dando lugar à necrose celular, hiperplasia epitelial, inflamação e fibrose, caracterizando lesão alveolar difusa; ✓ 2. Lesão do epitélio alveolar e do endotélio capilar por diferentes mediadores inflamatórios (citocinas, Fator de Necrose Tumoral – TNF a, interleucinas) devido à lesão pulmonar (direta ou indireta); SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • FISIOPATOLOGIA ✓ 3. Atração de neutrófilos, tornam-se ativos e liberam mediadores inflamatórios; ✓ 4. Perda das barreiras alveolar e capilar com influxo de líquido rico em proteínas para dentro dos alvéolos (altera a função do surfactante, lesão alveolar adicional e colapso). ✓Conseqüências: edema e microatelectasias. Há aumento do trabalho respiratório devido à redução de complacência e dispnéia. Alteração de V/Q: unidades alveolares SHUNT e hipoxemia severa. SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • FISIOPATOLOGIA ✓CIRCULAÇÃO PULMONAR: Aumento da pressão na circulação pulmonar ocorre devido à vasoconstrição dos vasos próximos aos alvéolos colapsados, causada por sua vez pela baixa tensão de O2; ✓Hipertensão pulmonar também ocorre pela presença do edema alveolar e pressão positiva da ventilação mecânica; ✓ Estratégia ventilatória protetora: baixo volume corrente (4-6ml/kg), limitação da pressão de platô e ajuste adequado de PEEP SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • RAIO X SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • VENTILAÇAO MECÂNICA OBJETIVO Promover adequada troca gasosa MODO VENTILATÓRIO VCV * PCV SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • VENTILAÇAO MECÂNICA VOLUME CORRENTE VENTILAÇÃO PROTETORA VC BAIXO (<6 Ml/Kg) Pressão de platô <30cmH2O HIPERCAPNIA PERMISSIVA Manter pH >7,20 – 7,25 PEEP SEMPRE utilizada em LPA/SDRA Evitar colapso pulmonar Grau de recomendação A SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • VENTILAÇAO MECÂNICA FIO2 Manter PaO2 > 60mmHg SaO2 > 90% Se possível abaixo de 60% SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • VENTILAÇAO MECÂNICA + POSIÇÃO PRONA Grau de recomendação “A”; Utilizada em pcts que usem altos valores de PEEP (>10 cmH2O e FiO2 > 60%) Complacência estática <40 mL/cmH2O) SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • VENTILAÇAO MECÂNICA + POSIÇÃOPRONA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • VENTILAÇAO MECÂNICA + POSIÇÃO PRONA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • RECRUTAMENTO ALVEOLAR Se o paciente estiver FiO2=50% elevar a PEEP=20cmH2O; FR=10-15ipm I:E= 1:1 Limitar pressão em 55cmH2O Grau de recomendação B SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • RECRUTAMENTO ALVEOLAR – ALBERT EINSTEIN • PEEP • 20cmH2O • 25cmH2O • 30cmH2O • 35cmH2O • PRESSÃO CONTROLADA • 15cmH2O • 15cmH2O • 15cmH2O • 15cmH2O • CADA PASSO COM DURAÇÃO DE 2 MIN E FR=10 ipm • APÓS PEEP=35cmH2O, RETORNAR PEEP=20 – 25 cmH2O E OBSERVAR SpO2. SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • RECRUTAMENTO ALVEOLAR – REDUÇÃO DA PEEP Iniciar após 8h de estabilização da oxigenação pós recrutamento Reduzir 2cmH2O de PEEP a cada 8-12h Monitorizar com PaO2/FiO2>300 SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • RECRUTAMENTO ALVEOLAR – CONTRA INDICAÇÕES RELATIVAS Fístula aérea Hipertensão pulmonar; HIC; Pneumonia; DPOC; Asma; TEP; Atelectasia total unilateral. SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • DESMAME PEEP=18-20cmH2O alterar de PCV para SIMV+PSV ou PSV Reduzir PSV=8-10cmH2O VC>350mL PEEP=10-12cmH2O – considerar extubação +VNI. SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO • SUGESTÃO DE LEITURA Artigos: 1) Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo Pulmonar e Extrapulmonar: Existem Diferenças? Cristiane S. N. Baez Garcia, Paolo Pelosi, Patricia R. M. Rocco. RBTI 2008:20:2:178-183. 2) Ventilação Mecânica na Lesão Pulmonar Aguda / Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo - III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. Marcelo B. P. Amato, Carlos R. R. Carvalho, Sílvia Vieira, Alexandre Isola, Vivian Rotman, Marcelo Moock, Anderson José, Suelene Aires Franca. RBTI 2007:19:3:374- 383. 3) Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo: Definição. Carmen S. V. Barbas, Gustavo F. J. Matos. Pulmão RJ 2011;20(1):2-6. 4) Fatores de Risco na Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo. Bruno V. Pinheiro, Laura F. M. Lisboa, Marcelo A. Holanda. Pulmão RJ 2011;20(1):13-18. 5) Entendendo a Estrutura Microscópica e Submicroscópica da Barreira Alvéolo-Capilar na Lesão Pulmonar Aguda. Vera L. Capelozzi. Pulmão RJ 2011;20(1):24- 30.
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