Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
WBA0549_v.2.0 APRENDIZAGEM EM FOCO SISTEMAS ADAPTATIVOS, ENSINO HÍBRIDO E METODOLOGIAS ATIVAS 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Cynthia Rúbia Braga Gontijo Leitura crítica: Roberta Galon Silva Prezado(a) cursista, A disciplina Sistemas Adaptativos, Ensino Híbrido e Metodologias Ativas mostra o potencial das tecnologias digitais de informação e de comunicação (TDICs) para a ampliação das oportunidades educacionais escolares e corporativas em nosso país. Sabemos que a Educação 4.0/5.0 tem nos desafiado cada vez mais a rever práticas e buscar alternativas formativas, tendo em vista o nosso compromisso pedagógico e os nossos sonhos e projetos pessoais, acadêmico-profissionais e institucionais em geral. Dessa forma, a meta aqui é contribuir com a ampliação de seus horizontes ao seduzi-lo para estudos, aprofundamentos e experiências. Nesta disciplina, você vai encontrar e interagir com diversas discussões acerca da educação do século XXI, especialmente as relacionadas à apropriação pertinente das tecnologias e das metodologias. Nesse sentido, são seus objetivos: • Reconhecer características da Educação 4.0. • Diferenciar modalidades educacionais presenciais, a distância, remotas e híbridas. • Reconhecer as dimensões e os recursos presentes em ambientes de ensino-aprendizagem. • Saber aplicar com propriedade os estilos de aprendizagem: método visual, auditivo e cinestésico. 3 • Aprender a utilizar Ambientes de Ensino-aprendizagem Adaptativos na Web (AdaptWeb). • Conhecer fundamentos teóricos das Metodologias Ativas: John Dewey, Paulo Freire e Carl Rogers. • Aplicar com propriedade metodologias de aprendizagem diferenciadas em sistemas adaptativos (u-learning). • Desenvolver competências e habilidades para o trabalho com metodologias ativas na internet. • Compreender o uso de algumas ferramentas para a mediação e a avaliação em ambientes na internet. Cada texto foi escrito e cada palavra foi escolhida com muito profissionalismo e respeito a você. Dessa forma, queremos que este material colabore com o aprimoramento das suas habilidades e competências na área e gere a necessidade de novos voos. Torcemos para que você voe cada vez mais alto, com saber e sabor, e intermedeie o voo de todos os estudantes que passarem pelo seu caminho. Afinal, tal como disse Rubem Alves, “Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas... Existem para dar aos pássaros coragem para voar. [...] O que elas amam são os pássaros em voo.” Dessa forma, cabe a esta disciplina, por meio de alguns subsídios, ajudá-lo a ajudar pássaros a voarem. Vamos juntos nessa? 4 INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! Modalidades educacionais presenciais, a distância, remotas e híbridas: potencialidades e desafios para a Educação 4.0 ______________________________________________________________ Autoria: Cynthia Rúbia Braga Gontijo Leitura crítica: Roberta Galon Silva TEMA 1 6 DIRETO AO PONTO Este tema engloba conceitos importantes, os quais destacamos a seguir: • Educação 4.0 – A Educação 4.0, sexta geração da Educação a Distância (EaD), iniciada em meados de 2010, engloba a utilização de tecnologias de informação e comunicação (TDICs) diversas, comunidades de aprendizagem no ciberespaço, aplicativos diversos, realidade virtual, inteligência artificial (IA), Learning Management System (LMS) ou ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), gamificação e metodologias ativas. Essa geração é marcada pela intrínseca relação dos indivíduos com o uso e com a produção da cultura audiovisual e cibernética, a qual exerce influências radicais na vida das pessoas e nos vínculos que elas formam entre si, mudando o seu próprio habitat ecológico. • Dimensões tecnológicas a serem apropriadas pelos atores da educação no cenário da Educação 4.0 – As três dimensões tecnológicas – Tecnologia digital, Cultura digital e Pensamento Computacional – relacionam-se ao desenvolvimento de capacidades por parte dos atores da educação, nos termos do Quadro 1. 7 Quadro 1 – Capacidades a serem desenvolvidas pelos atores da educação por dimensão tecnológica Dimensão Capacidades Apresentação e representação de dados e informações no mundo digital/ciberespaço. Tecnologia digital Compreensão, ainda que sintética, do que é hardware (parte física dos computadores) e software (parte operacional dos computadores). Entendimento dos fundamentos conceituais da internet e das redes virtuais em geral. Aprimoramento constante do seu letramento tecnológico/digital. Cultura digital Uso responsável e com compromisso social das TDICs e das redes virtuais em geral. Compreensão crítica e criativa dessas tecnologias em contextos específicos. Pensamento Computacional Tratamento adequado de dados e informações para resolver problemas. Fonte: adaptado de Araripe (2020). • Letramento tecnológico/digital: é caracterizado pelo uso fluente das TDICs, englobando, portanto, uma formação para o desenvolvimento de competências e habilidades para o seu uso e a sua produção em contextos culturais específicos. • Modalidades de educação: são quatro as modalidades de educação – presencial, a distância, remota e híbrida –, as quais apresentam características específicas, tal como registrado no Quadro 2. 8 Quadro 2 – Definição das modalidades de educação Modalidades DE EDUCAÇÃO Presencial O processo ensino-aprendizagem ocorre em um ambiente físico, em tempos determinados, com a presença física de professores e alunos. EaD Desenvolve-se em LMS/AVA, não sendo necessário que docentes e discentes estejam ao mesmo tempo no mesmo lugar. O processo pedagógico é intermediado por tecnologias diversas. Híbrido ou blended learning Considera recursos da cultura digital, mas também da produção cultural de matriz impressa, ocorrendo em espaços físicos em momentos presenciais e em espaços virtuais on-line (síncronos) e/ou off-line (assíncronos). Remoto O Ensino Remoto Emergencial (ERE) é uma transferência dos processos e das práticas da educação presencial para a EaD em que todos os conteúdos produzidos na modalidade convencional são disponibilizados em LMS/AVA, sendo seu acompanhamento realizado por um professor em tempo real. Fonte: elaborado pela autora. • Vantagens do blended learning: entre as suas vantagens, destacamos: 1) o atendimento a demandas personalizadas, seja de conteúdo, itinerários formativos e/ou processos avaliativos; 2) a otimização de processos e tempos de alunos, professores e demais atores educacionais; 3) a possibilidade de atendimentos personalizados ou em grupos, com horários flexíveis, lugares e meios diversos; 4) as múltiplas formas de contato, incluindo o face a face; 5) a disponibilização de fontes de informações diversas, seja em formato impresso, hipertextual e/ou hipermídia; 6) as possibilidades de colaboração, interatividade e conectividade entre os alunos e os demais atores nos ambientes e nas redes virtuais de aprendizagem; e 7) o desenvolvimento de maior autonomia dos alunos. 9 • Desafios do blended learning – Entre seus desafios, ressaltamos a necessidade de: 1) mudança de mentalidade, no sentido da superação da dicotomização entre educação presencial e a distância; 2) capacitação e formação adequada dos profissionais da educação, no sentido do letramento tecnológico/digital; 3) desenvolvimento de processos de gestão institucional, de programas e projetos, de pessoas e de ambientes em sintonia com a Educação 4.0.; 4) produção de tecnologias e de AVA/LMS que respondam às necessidades de cada nível de ensino, ciclo de aprendizagem e particularidades dos estudantes; e 5) maior apropriação e construção de metodologias ativas que englobem projetos, didáticase avaliações construtivistas que evidenciem horizontes formativos. Referências bibliográficas ARARIPE, J. P. G. A. (org.). Competências digitais na formação inicial de professores. São Paulo: CIEB, 2020. Disponível em: https://cieb.net.br/tdic- professores/. Acesso em: 6 jan.2021. PARA SABER MAIS Ensino disruptivo As transformações condicionadas, ou até determinadas, pela presença em massa das tecnologias na vida das pessoas têm configurado o que se denomina de Educação 4.0, e, nesse cenário, tem emergido o conceito de ensino disruptivo. Você já ouviu falar sobre ele? Sabe-se que disrupção tem a ver com rompimento, fratura. Portanto, ensino disruptivo se relaciona com a proposta de rompimento com as velhas práticas pedagógicas, buscando, pois, 10 a inovação como pilar educacional. Ele busca englobar Inteligência Artificial (IA), Data Analytics, robótica aplicada à educação, entre outras ferramentas, para personalizar e otimizar experiências de ensino-aprendizagem dentro e fora de comunidades virtuais de aprendizagem. A IA, por exemplo, busca empreender uma análise do perfil estudantil, identificando as melhores maneiras de intermediar o processo ensino-aprendizagem de forma direta e assertiva, a fim de permitir que o aluno tenha o controle remoto dos processos pedagógicos em tela. Nesse cenário, busca, por um lado, particularizar práticas e, por outro, customizar o processo ensino- aprendizagem. Segundo informações da Associação Brasileira de Startups (ABSTARTUPS, 2020), o ensino disruptivo tem se ampliado no Brasil, desde a segunda década do século XXI, tendo sofrido um boom em 2020 quando determinados setores da educação se colocaram à frente em segmentos de mercado no país. De acordo com dados da Abstartups (2020), em 2019 já existiam 449 startups de tecnologia educacional (Edtechs) ativas no Brasil atuando como agentes de transformação do ensino-aprendizagem via recursos digitais e plataformas direcionadas. Desse universo, 70,6% ofereciam soluções tecnológicas para a Educação Básica (infantil, fundamental e médio), das quais 67,04% as disponibilizavam por meio de ambientes virtuais; 26,28% por meio de ferramentas aplicadas; 14,03% por meio de conteúdos direcionados; e 2,23% por meio de outros serviços. Em 2021, tendências nesse sentido, já mapeadas, foram aceleradas, colocando o ensino disruptivo como uma importante “chave” de transformação da educação brasileira. Em cenários de atualizações contínuas e combinações de aprendizagens (blend learning), é preciso um olhar atento para as propostas que aumentam o 11 engajamento dos estudantes em diferentes ambientes e formatos, tal como propõe o ensino disruptivo. Vamos acompanhar. Referências bibliográficas ABSTARTUPS. Associação Brasileira de Startups. O maior estudo de Edtechs do Brasil. 2020. Disponível em: https://abstartups.com.br/mapeamentos- edtech/. Acesso em: 14 jan. 2021. TEORIA EM PRÁTICA Você trabalha em uma escola e seus colegas apresentam muita resistência em utilizar Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) em sua prática docente. Dessa forma, o gestor escolar pede para você coordenar um projeto pedagógico interdisciplinar que envolva a utilização dessas tecnologias. Você planeja, então, uma reunião inicial para discutir o projeto com os seus colegas. De que forma você justificaria para os demais docentes a utilização de TDICs nesse projeto? Como você estimularia a adesão e o comprometimento de seus colegas com o projeto? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 12 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O capítulo Mídias Digitais, Fluência Tecnológico-Pedagógica e Cultura Participatória: a caminho da web-educação 4.0? trata de possibilidades de colaboração e cooperação na produção de conhecimentos, tendo como base teorias construtivistas e conectivistas. Para tanto, apresenta uma retrospectiva das gerações web e foca a análise nas interfaces entre fluência tecnológica, mídias digitais e princípios da cultura participatória na educação. Para realizar a leitura, acesse a nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra em seu navegador da internet. NOBRE, A; MALLMANN, E. M. M. Mídias Digitais, Fluência Tecnológico-Pedagógica e Cultura Participatória: a caminho da web-educação 4.0? In: ALVES, T. P.; CARVALHO, A. B. (org.). Mídias digitais e mediações interculturais. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2017. Indicação 2 O artigo indicado discorre sobre um estudo qualitativo acerca de práticas inovadoras de ensino híbrido no Brasil. Para tanto, recorre à Teoria Ator-Rede, a qual prevê que, em um mundo cada vez mais híbrido, humanos e máquinas se interligam, formando quase uma simbiose. Nesse cenário, os autores entendem que é cada vez mais difícil identificar qual é o lugar de cada um nessa inter-relação. Para realizar a leitura, busque pelo título da obra na internet. Indicações de leitura 13 ANGELUCI, A. C. B; CACAVALLO, M. Inovações no ensino híbrido: uma perspectiva a partir da teoria ator-rede. Comunicação & Educação, [s.l.], v. 22, n. 1, p. 63-73, 2017. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. A Educação a Distância (EaD) comporta múltiplos e diversos conceitos, admitindo concepções variadas e diversificadas. Com relação aos seus diversos conceitos, assinale a opção incorreta: a. Modalidade educacional que rompe a relação tradicional espaço/tempo e se concretiza por intermédio da comunicação mediada pela mídia/hipermídia e por tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs). b. Modalidade de educação que apresenta uma proposta ensino- aprendizagem em que professores e alunos não precisam, necessariamente, estar no mesmo espaço temporal. c. Processo planejado e não acidental de ensino-aprendizagem que ocorre, normalmente, em um lugar e em um momento distintos para estudantes em relação aos educadores, tendo como formas de interação as diversas tecnologias. 14 d. Modalidade educacional em que os conteúdos produzidos são disponibilizados em plataformas de ensino e que se desenvolve, necessariamente, com o acompanhamento do professor em tempos sincronizados com os dos estudantes. e. Modalidade educacional intermediada por tecnologias diversas que não necessita necessariamente da presença de um professor/mediador para que ocorra o processo de ensino-aprendizagem. 2. No cenário da Educação 4.0, torna-se urgente o letramento tecnológico/digital. Com relação ao letramento tecnológico, analise as afirmações seguintes e assinale a opção incorreta: a. Engloba níveis distintos de fluência em tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs). b. Relaciona-se ao uso e à produção de tecnologias em contextos específicos. c. Refere-se à alfabetização digital, em que os sujeitos possuem capacidades para serem consumidores de tecnologias de ponta. d. Engloba a apropriação de dimensões tecnológicas específicas, tais como tecnologia digital, cultura digital e pensamento computacional. e. Implica a atuação do indivíduo como agente de informações em diferentes mídias e hipermídias. 15 GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: Na EaD, o acompanhamento docente dos processos pedagógicos em ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) pode ocorrer de forma síncrona (em tempo real) ou assíncrona (em tempos distintos). Além disso, a EaD ocorre, normalmente, em um lugar e em um momento distintos para estudantes em relação aos educadores, tendocomo forma de interação as diversas tecnologias. Questão 2 - Resposta C Resolução: O letramento tecnológico/digital implica não somente o uso da tecnologia como consumidor e cliente, mas a atuação do indivíduo como agente de informações em diferentes mídias e hipermídias, como produtor e leitor de diferenciados textos e hipertextos, com capacidades analíticas de significados em âmbitos culturais diversos. Ambientes de Ensino- aprendizagem Adaptativos na Web: desenvolvimento de novos protagonistas ______________________________________________________________ Autoria: Cynthia Rúbia Braga Gontijo Leitura crítica: Roberta Galon Silva TEMA 2 17 DIRETO AO PONTO Este tema trata de conceitos e assuntos importantes para a área, os quais destacamos a seguir: • Dimensões de ambientes de ensino-aprendizagem: há quatro dimensões – física, funcional, temporal e relacional –presentes em espaços pedagógicos tradicionais ou convencionais, e três – funcional, temporal e relacional – presentes em ambientes de ensino-aprendizagem na web, conforme especifica o Quadro 1. Quadro 1 – Dimensões presentes em ambientes de ensino- aprendizagem presenciais e na web Dimensão Ambiente presencial Ambiente web Física Diz respeito a tudo que é físico, material, como o mobiliário (mesas, carteiras, armários etc.), quadros e painéis, elementos decorativos, entre outros presentes nesses espaços. Não está presente, tendo em vista a imaterialidade dos espaços virtuais. Contudo, podemos observar nesses espaços questões relacionadas ao seu design, ou seja, à aparência do ambiente, em termos de disponibilização dos seus conteúdos, do seu layout. 18 Funcional Diz respeito aos elementos que estão presentes no ambiente, com vistas aos processos pedagógicos, como brinquedos, bancada de livros, entre outros. Diz respeito aos recursos, às ferramentas ali presentes, como biblioteca virtual, glossário, suporte para arquivos diversos, chats, wiki, calendário, perfil, envio de arquivos, relatórios, entre outros. Temporal Refere-se à organização do tempo naquele ambiente, ou seja, quais atividades serão empreendidas em cada momento naquele lugar. Tal como em espaços presenciais, relaciona- se à organização do tempo naquele ambiente; porém, devemos lembrar que na EaD a relação espaço-tempo não é necessariamente sincronizada entre estudantes e docentes e/ou outros profissionais da educação. 19 Relacional Tem a ver com as relações que se estabelecem nesse território, considerando-se aqui os acessos aos espaços, aos recursos, às normas, às orientações diversas dos atores educacionais e às trocas entre os parceiros de aprendizagens. Além de se referir aos acessos que os indivíduos empreendem nesses espaços, organiza- se em tempos sincronizados ou não entre os atores educacionais. Fonte: elaborado pela autora. • Espaço virtual ou ciberespaço – Espaço imaterial, mas real, em que as informações circulam e as comunicações se configuram por meio de redes de computadores e telecomunicações. • Ferramentas de comunicação em ambientes de ensino aprendizagem na web – Nesses ambientes, existem ferramentas de comunicação síncronas, as quais permitem que os usuários se comuniquem em tempo real, sendo necessário apenas que agendem um horário comum para se comunicarem, como chat, videoconferência e games interativos. Por outro lado, existem as ferramentas de comunicação assíncronas, as quais permitem a comunicação entre os participantes independentemente do horário de acesso de cada um, como e-mail, fórum de discussão, Wiki e WebQuest. 20 • Estilos de aprendizagem – O estilo de aprendizagem se refere à maneira (visual, auditiva, cinestésica) com que a pessoa aprende melhor. As pessoas que possuem um estilo mais visual aprendem especialmente pela visão; gostam, por exemplo, de observar demonstrações, ler e imaginar as cenas de um livro. Já as pessoas com um estilo auditivo aprendem com mais eficiência por meio de instruções verbais; gostam de diálogos e evitam descrições textuais longas. Por fim, as pessoas com um estilo cinestésico aprendem especialmente por meio do envolvimento direto com o objeto; preferem ir logo para a ação. • Sistemas adaptativos ou ambientes de ensino- aprendizagem adaptativos na web (AdaptWeb) – São uma personalização do processo de ensino-aprendizagem, pois reconhecem os estilos predominantes de aprendizagem de cada estudante, seu ritmo e seu tempo de aprendizagem. Com o mapeamento do perfil do usuário, realizado por programas adaptativos, especialistas em análise de bases de dados e profissionais da educação, é possível projetar itinerários formativos personalizados para cada estudante (microadaptabilidade) ou grupo de estudantes (macroadaptabilidade). PARA SABER MAIS Learning Analytics: considerações preliminares acerca desse recurso avaliativo É impossível viver sem avaliar! Você já pensou que a avaliação move o sujeito nos grupos em que participa, constituindo-se em mediadora de suas ações? Como seres perceptivos, analíticos e críticos, capazes de estabelecer relações entre fatos, fenômenos 21 e contextos, atribuímos valores, e são estes que condicionam o estabelecimento de juízos. E esses juízos são sempre orientados por determinados critérios (princípios eleitos como referência para a ação), os quais fundamentam nosso julgamento diante da/na realidade. Com base nessas ideias, vale refletir sobre os referenciais que movem nossas práticas avaliativas no interior da práxis pedagógica, e sabemos que isso não fácil. Sendo assim, conheceremos o Learning Analytics. Você já ouviu falar sobre ele? O que é: é um recurso, uma ferramenta para análise de desempenho acadêmico dos estudantes, de suas aprendizagens em disciplinas, cursos, entre outros, na modalidade presencial ou a distância. Essa ferramenta consegue coletar, organizar, medir e analisar grandes quantidades de dados (Big Data) de forma que a pessoa que irá considerá-los possa decidir se irá: 1) focar em categorias específicas, como tempo de acesso de um aluno em um ambiente de aprendizagem, seu desempenho ortográfico em redações, sua evolução de desempenho em testes matemáticos de equação de 2º grau, entre outros; ou 2) triangular dados, como relacionar a presença do aprendiz nas aulas de português e redação com a evolução do seu desempenho ortográfico em redações. Para que serve: serve para contribuir para que os alunos e seus familiares melhor identifiquem a evolução do estudante em determinado quesito. Para o aluno em específico, serve para que possa se comprometer mais com os quesitos em que não apresenta um desempenho satisfatório, de acordo com seu objetivo. Para a escola, em geral, e para os professores, tutores e pedagogos, em específico, contribui para os seus processos de autoanálise e meta- análise, tendo em vista a identificação de pontos frágeis da sua atuação e a melhoria de processos de intervenção pedagógicos. 22 Como utilizar: entre as ferramentas disponíveis no mercado, sugerimos o Gephi e RapidMiner Studio, tendo em vista que são gratuitos e com interfaces bastante amigáveis. Esses recursos podem gerar relatórios referentes, por exemplo, ao acesso do aluno aos arquivos x, y, z; aos conteúdos e vídeos acessados de uma determinada disciplina; à consulta a referências propostas; ao acesso ao fórum de uma disciplina; a suas notas. O mediador das aprendizagens (professor, monitor, tutor, pedagogo, entre outros) usa os relatórios de desempenho do aluno, de acordo com os dados escolhidos, para propor práticas de intervenção mais eficazes e efetivas de forma individualizada, sem precisar dispor de tempos extensos para fazê-lo. 23 Quadro 2 – Learning Analytics: o que é, para que serve e como utilizar Fonte: elaborado pela autora. É ou não é um recurso bastante interessante para conhecer e saber mais?24 TEORIA EM PRÁTICA Analise as duas situações a seguir: Situação 1 – Márcia não tem muito conhecimento sobre a teoria Cognitivista. Ela está em sua casa à noite, tentando realizar exercícios sobre a teoria, mas infelizmente não está indo bem. Ela decide acessar o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) do seu curso e verifica que vários colegas também estão on-line. Para seu conforto, tem uma banda de internet com alta velocidade, e seu estilo predominante de aprendizagem é auditivo. Situação 2 – Fernando também não tem conhecimentos sobre a teoria Cognitivista. Ele está em seu trabalho, na hora do seu almoço tentando realizar os exercícios sobre a teoria. Decide acessar o AVA do seu curso e verifica que vários colegas estão on-line. Contudo, a sua conexão é de baixa velocidade, e seu estilo predominante de aprendizagem é visual. Quais ferramentas do AVA você proporia para Márcia e Fernando utilizarem para ajudá-los com as tarefas e por quê? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 25 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O Tópico 2.4 Sistemas Adaptativos e Adaptabilidade em ambientes virtuais da tese indicada apresenta conceitos e características desses sistemas, especialmente em ambientes virtuais de aprendizagem, ou Learning Management System (LMS), bem como discorre sobre aspectos pedagógicos de materiais didáticos e trilhas de aprendizagem personalizadas. Para realizar a leitura, acesse a nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra em seu navegador da internet. OTA, M. A. Adaptatividade em ambientes virtuais: uma proposta para personalizar a aprendizagem em cursos híbridos de ensino superior. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e Matemática) – Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2018. p. 35-51. Indicação 2 O artigo indicado discorre sobre a adaptação de conteúdos para estudantes em ambientes web, considerando seus estilos cognitivos. O trabalho foca na experiência de implementação de um Sistema Hipermídia Adaptativo (SHA) na EaD. Para realizar a leitura, acesse a nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra em seu navegador da internet. Indicações de leitura 26 CANDOTTI, C. T. et al. Sistema hipermídia adaptativo baseado em estilos cognitivos. Novas Tecnologias na Educação, [s.l.], v. 4, n. 2, dez. 2006. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. O Learning Analytics é uma ferramenta para análise de desempenho acadêmico dos estudantes, de suas aprendizagens em disciplinas, cursos, entre outros, na modalidade presencial ou a distância. Com relação ao Learning Analytics, analise as afirmações seguintes e assinale a opção incorreta: a. Essa ferramenta consegue coletar, organizar, medir e analisar grandes quantidades de dados. b. Essa ferramenta não trata de grandes quantidades de dados, o que dificulta o seu uso em ambientes adaptativos na web. c. Essa ferramenta serve para contribuir para que os alunos e seus familiares melhor identifiquem a evolução do estudante em determinado quesito. 27 d. Essa ferramenta contribui para que os agentes educacionais desenvolvam processos de autoanálise e meta-análise da sua prática profissional. e. Essa ferramenta contribui com a personalização do processo ensino-aprendizagem, situando-se, portanto, na perspectiva de sistemas adaptativos. 2. Os ambientes de ensino-aprendizagem adaptativos na Web (AdaptWeb) se baseiam na experiência do usuário, em seu estilo predominante de aprendizagem, em suas preferências e no estado atual de seu conhecimento acerca de um determinado assunto ou tema. Para Ota (2018)*, esses ambientes apresentam alguns desafios. Analise as afirmações a seguir e assinale aquela que não se apresenta como um desafio, uma restrição, de um AdaptWeb. *OTA, M. A. Adaptatividade em ambientes virtuais: uma proposta para personalizar a aprendizagem em cursos híbridos de ensino superior. Tese (Doutorado em Ensino de Ciências e Matemática) – Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2018. p. 35-51. a. A implementação de um AdaptWeb demanda especialistas com formação acurada, o que o torna caro para a instituição. b. A implementação de um AdaptWeb exige mudanças de mentalidade com relação aos processos pedagógicos tradicionais. c. A implementação de um AdaptWeb exige a alimentação e a retroalimentação de grandes quantidades de conteúdos, o que o torna caro para a instituição. 28 d. Um AdaptWeb permite uma adaptação completa dos conteúdos ao perfil do usuário, mas não garante a sua pontualidade. e. Um problema comum em um AdaptWeb é que os conteúdos didáticos presentes são flexíveis para serem reutilizados. GABARITO Questão 1 - Resposta B Resolução: O Learning Analytics é um recurso, uma ferramenta para análise de desempenho acadêmico dos estudantes, de suas aprendizagens em disciplinas, cursos, entre outros, na modalidade presencial ou a distância. Essa ferramenta consegue tratar de uma grande quantidade de dados de forma linear ou triangulada, o que contribui para que estudantes, familiares, professores e/ou outros profissionais da educação identifiquem as potencialidades e fragilidades acadêmicas dos alunos. A partir disso, os profissionais da educação podem propor itinerários formativos personalizados, ou seja, que melhor respondam às necessidades do estudante. Questão 2 - Resposta E Resolução: De acordo com Ota (2018, p. 42), os ambientes de ensino-aprendizagem adaptativos na web apresentam algumas restrições, nos seguintes termos: Criar sistemas adaptativos e sua incorporação nos processos educacionais é bastante complexo. Exige envolvimento de todos os participantes, além de ser um processo caro do ponto de vista institucional. [..] Um problema comum é que o conteúdo didático não é flexível para ser reutilizado ou recriado. Os sistemas são desenvolvidos como aplicativos isolados e/ou experimentais e não podem trocar recursos ou dados sobre os estudantes. Os recursos 29 básicos de um LMS (administração de cursos, criação de conteúdos, etc.) são muito mais difíceis de implementar em sistemas adaptativos. A complexidade dos sistemas exige dos usuários algum conhecimento pré-existente do sistema em si. [...] Para muitos cursos, o tempo é um fator importante. Então, não é possível aprender sobre as necessidades dos alunos durante um curso e depois adaptá-lo devido à falta de tempo. Metodologias Ativas: fundamentos, modelos e processos avaliativos ______________________________________________________________ Autoria: Cynthia Rúbia Braga Gontijo Leitura crítica: Roberta Galon Silva TEMA 3 31 DIRETO AO PONTO Este Tema engloba concepções, conceitos e assuntos importantes para o seu melhor entendimento, os quais destacamos a seguir. • Gênese – As primeiras incursões sistematizadas na área datam do início do século XX, quando pesquisadores, como Jean Piaget, na Suíça, e John Dewey, nos Estados Unidos da América do Norte (EUA), entre outros, desenvolveram estudos sobre o sujeito epistêmico. Piaget chegou à conclusão de que os sujeitos constroem conhecimento quando agem sobre o objeto/fenômeno, o que o levou a construir a teoria do Desenvolvimento Cognitivo, ou Psicologia Genética, denominada construtivista. Já Dewey aplica a teoria construtivista em escolas norte-americanas e propõe uma espécie de pedagogia de experimentos estudantis, de “mão na massa”, na qual os alunos assuem uma postura ativa e responsável em seu processode aprendizagem. Essa experiência resultou em um movimento, iniciado na década de 1930, chamado de Escola Nova, ou escolanovismo. • Teorias Construtivistas – Os caminhos trilhados por Piaget, Dewey, entre outros, fortaleceram as teorias construtivistas no século XX, as quais rompem com as pedagogias que pressupunham que o indivíduo apenas conhece quando assume o lugar de receptor passivo de informações, de conteúdos. Os objetivos construtivistas consideram a realidade social dos alunos e as suas diversas particularidades, e os conteúdos são pensados como instrumentos de transformação individual e social, e não como conteúdos em si. Os procedimentos são definidos a partir das necessidades de aprendizagem significativa dos estudantes; os recursos são considerados importantes para a intervenção nos processos de ensino-aprendizagem, mas não são exclusivos e únicos nesse processo; e a avaliação engloba a avaliação somativa 32 (de produto ou final), mas destaca a avaliação diagnóstica e processual, assumindo, portanto, um papel de mediadora do processo de ensino-aprendizagem, e não um fim em si. • Metodologias Ativas – São uma proposta de ensino- aprendizagem que se insere em uma pedagogia construtivista e tem como foco a aprendizagem do aluno e como eixo norteador o reconhecimento de que este constrói conhecimento quando age conscientemente e criticamente sobre o objeto/fenômeno. • Exemplos de Metodologias Ativas – Sala de Aula Invertida, Aprendizagem Baseada em Projetos, Aprendizagem Baseada em Problemas, Gamificação, Aprendizagem por Pares e Storytelling. • Sala de Aula Invertida - Os alunos estudam um tema que considerem mais adequado e depois discutem em sala de aula presencial ou virtual os seus achados e questionamentos sobre o assunto com o professor e os demais colegas. O professor deve intervir sempre que necessário para motivar os estudantes à participação, garantir que todos se posicionem e não deixar que a discussão se enverede para outros caminhos. • Aprendizagem Baseada em Projetos – Engloba um conjunto de atividades orientadas pelo professor que os estudantes devem desenvolver, teórica e empiricamente, para aprofundar os seus conhecimentos acerca de determinado conteúdo ou assunto. Para a sua socialização, o docente pode sugerir que os alunos façam uma apresentação em Power Point, criem um blog, gravem um podcast ou vídeos para postagem em redes sociais, como Facebook, Instagram ou TikTok. • Aprendizagem Baseada em Problemas – É semelhante à Aprendizagem Baseada em Projetos, mas com a diferença de que nela o aluno foca seus estudos em teorias para propor 33 a solução para um dado problema ou para dar a resposta a uma dada questão. Após seus estudos, alunos e professor se encontram para que os estudantes compartilhem as suas aprendizagens e apresentem as suas dificuldades. • Gamificação – Engloba os seguintes eixos norteadores: desafio, competição e/ou colaboração, progressão e conquista. Dessa forma, pode ser desenvolvida em quaisquer atividades com essa lógica, e não somente em atividades com softwares específicos. • Aprendizagem entre Pares – Considera que as aprendizagens dos estudantes se desenvolvem de forma mais fluida se intermediadas por colegas. Para tanto, o professor apresenta uma questão para que em duplas respondam e apresentem as suas respostas, com objetivo de mapear os resultados em percentagens de respostas consideradas válidas ou não. Com o mapeamento, o professor irá, então, decidir o caminho da proposta: explicar a questão/resposta de forma dialogada, reagrupar os alunos de forma que eles mesmos possam explicar a resposta para os colegas, apresentar novas questões que aprofundem a anterior, entre outras atividades. • Storytelling – Nada mais é do que a conhecida prática de contação de histórias, mas com foco no protagonismo do aluno por meio de técnicas de criação narrativa. PARA SABER MAIS Entendendo a diferença entre softwares educacionais e educativos Muitas pessoas não sabem, mas existem diferenças entre softwares educacionais e educativos. Os softwares educacionais são quaisquer 34 programas ou aplicativos utilizados em ambientes educacionais presenciais ou a distância, podendo ou não ter uma intencionalidade formativa. Já um software educativo tem uma intencionalidade formativa, pedagógica. Os softwares educacionais se subdividem em: 1) aplicativos – não foram criados para serem utilizados em processos educacionais específicos, mas podem ser usados nesses contextos, como Power Point, Visual Class, Excel etc.; e 2) educativos – foram produzidos para contribuírem especificamente com o processo de ensino- aprendizagem, como Plickers, G Suite for Education, Simplifica (todos programas gratuitos) etc. Em síntese: Quadro 1 – Softwares aplicativos versus educativos Softwares aplicativos Podem ser utilizados para fins educacionais, porém foram produzidos para atender a outras demandas da informática, em específico, e da sociedade, em geral. Softwares educativos Foram construídos com vistas a ajudar o estudante no seu processo de construção do conhecimento relativo a conteúdos didáticos. Fonte: elaborado pela autora. De acordo com Gomes e Padovani (2005), em geral, podemos classificar os softwares educacionais/educativos (SE) em: • SE Básicos – Programas utilizados como ferramentas diárias de trabalho, como processador de texto, planilha, software de apresentação, bancos de dados, antivírus etc. • SE de Autoria – Programas que permitem ao usuário desenvolver seus próprios programas, conjugando os diversos 35 recursos tecnológicos disponíveis, entre os quais destaca-se a multimídia: textos, imagens, sons e animações. • SE de apoio a conteúdos curriculares – Programas que permitem o uso de vários recursos tecnológicos, como: multimídia/hipermídia, simulações, animações e jogos. Esses softwares possuem finalidades pedagógicas e podem proporcionar aos alunos um estudo dinâmico e interativo das disciplinas curriculares (geografia, história, biologia, física, química, entre outras), permitindo novos experimentos e avaliações dos resultados. • SE de referência – Programas que disponibilizam dicionários eletrônicos e enciclopédias na web, os quais estão sendo cada vez mais utilizados na educação. • SE de comunicação – Programas destinados à comunicação e à pesquisa por meio da internet. Esses softwares também estão sendo cada vez mais usados na educação, especialmente na educação a distância, pois possibilitam a comunicação entre os usuários. O profissional da educação pode “lançar não” de qualquer uma dessas categorias de softwares, desde que reconheça que a inserção de um SE, em processos formativos, deve ser norteada pelos interesses políticos e pedagógicos da disciplina, do curso, da escola etc. Nesse sentido, é necessário que, ao utilizá-lo, assuma uma postura crítico-reflexiva e um fazer inovador. Referências bibliográficas GOMES, A. S.; PADOVANI, S. Usabilidade no ciclo de desenvolvimento de software educativo. 2005. Disponível em: https://www.researchgate. net/publication/228971486_Usabilidade_no_ciclo_de_desenvolvimento_de_ software_educativo. Acesso em: 9 abr. 2021. 36 TEORIA EM PRÁTICA Você está participando de um processo seletivo para integrar uma equipe multidisciplinar de uma instituição de educação a distância (EaD). Parabéns! O seu currículo foi selecionado. Agora será a fase da entrevista. Chegou o grande dia. O recrutador pergunta se você conhece as Metodologias Ativas e você afirma categoricamente que sim. Então, ele lhe pede contar como utilizaria a metodologia da Sala de Aula Invertida em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA), considerando: 1. Descrição da atividade. 2. Recursos (ferramentas) a serem utilizados. 3. Papel do aluno. 4. Papel do professor. 5. Avaliação da atividade Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoriaem Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 A seção Abordagens de aprendizagem mediada pela tecnologia de comunicação e informação da obra indicada discute o lugar das tecnologias de informação e comunicação (TICs) na educação e em processos de inclusão em geral considerando propostas inovativas, Indicações de leitura 37 como o ensino adaptativo, a aprendizagem ativa e as tecnologias assistivas. Para realizar a leitura, acesse a nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra. FREITAS, M. F. R. L.; PINTO, R. O.; FERRONATO, R. F. Psicologia da educação e da aprendizagem. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. p. 179-187. Indicação 2 O capítulo Implementação da metodologia TBL (Team Based Learning) em uma estratégia de Blend Learning, no desenvolvimento da disciplina de empreendedorismo da obra indicada apresenta uma revisão da literatura sobre Metodologias Ativas. Além disso, descreve a implementação de uma disciplina em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) que foi planejada e organizada tendo por base essas metodologias. Para realizar a leitura, acesse a nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra no parceiro Pearson/Biblioteca Virtual 3.0. WATTÉ, B. H. et al. Implementação da metodologia TBL (Team Based Learning) em uma estratégia de Blend Learning, no desenvolvimento da disciplina de empreendedorismo. In: SPANHOL, F. J.; FARIAS, G. F.; SOUZA, M. V. D. (org.). EAD, PBL e o deságio da educação em rede: Metodologias Ativas e outras práticas na formação do educador coinvestigador. São Paulo: Blucher, 2018. p. 107-118. 38 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Os softwares educacionais se subdividem em (1) aplicativos e (2) educativos, podendo ser classificados em programas: básicos, de autoria, de apoio a conteúdos curriculares, de referência e de comunicação. Com relação a esses programas, analise as afirmações seguintes e assinale a opção incorreta: a. Os softwares básicos são exemplos de aplicativos utilizados como ferramenta diária de trabalho. b. Os softwares básicos não são programas educativos. c. Os aplicativos Power Point e Visual Class são exemplos de softwares educativos. d. Os programas de autoria permitem ao usuário desenvolver seus próprios programas. e. Os dicionários eletrônicos são exemplos de programas de referência. 39 2. São exemplos de Metodologias Ativas: Sala de Aula Invertida, Aprendizagem Baseada em Projetos, Aprendizagem Baseada em Problemas, Gamificação, Aprendizagem por Pares e Storytelling. Sobre a Aprendizagem Baseada em Problemas, assinale a opção correta. a. Semelhante à Aprendizagem Baseada em Projetos, mas com a diferença de que nela o aluno foca seus estudos em teorias para propor a solução para um dado problema ou para dar a resposta a uma dada questão. b. Os estudantes estudam um tema que considerem mais adequado e depois discutem em sala de aula presencial ou virtual seus achados e questionamentos sobre o assunto com o professor e os demais colegas. c. Engloba um conjunto de atividades orientadas pelo professor que os estudantes devem desenvolver, teórica e empiricamente, para aprofundar seus conhecimentos acerca de determinado conteúdo. d. Engloba os seguintes eixos norteadores: desafio, competição e/ou colaboração, progressão e conquista. Dessa forma, pode ser desenvolvido em quaisquer atividades com essa lógica, e não somente em atividades com softwares específicos. e. Considera que as aprendizagens dos estudantes se desenvolvem de forma mais fluida se intermediadas por colegas. Para tanto, o professor apresenta uma questão para que em duplas respondam e apresentem as suas respostas, com objetivo de mapear os resultados em percentagens de respostas consideradas válidas ou não. 40 GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: Os softwares educacionais são quaisquer programas ou aplicativos utilizados em ambientes educacionais presenciais ou a distância, podendo ou não ter uma intencionalidade formativa. Já um software educativo tem uma intencionalidade formativa, pedagógica. Os aplicativos, tais como Power Point, Visual Class, Excel etc., não foram criados para serem utilizados em processos educacionais específicos, mas podem ser usados nesses contextos. Questão 2 - Resposta A Resolução: A alternativa “Os estudantes estudam um tema que considerem mais adequado e depois discutem em sala de aula presencial ou virtual seus achados e questionamentos sobre o assunto com o professor e os demais colegas” refere-se à Sala de Aula Invertida. A alternativa “Engloba um conjunto de atividades orientadas pelo professor que os estudantes devem desenvolver, teórica e empiricamente, para aprofundar seus conhecimentos acerca de determinado conteúdo” refere-se à Aprendizagem Baseada em Projetos. A alternativa “Engloba os seguintes eixos norteadores: desafio, competição e/ou colaboração, progressão e conquista. Dessa forma, pode ser desenvolvido em quaisquer atividades com essa lógica, e não somente em atividades com softwares específicos” refere-se à Gamificação. E a alternativa “Considera que as aprendizagens dos estudantes se desenvolvem de forma mais fluida se intermediadas por colegas. Para tanto, o professor apresenta uma questão para que em duplas respondam e apresentem as suas respostas, com objetivo de mapear os resultados em percentagens de respostas consideradas válidas ou não” refere- se à Aprendizagem por Pares. Competências e habilidades docentes para o trabalho intermediado por tecnologias na internet ______________________________________________________________ Autoria: Cynthia Rúbia Braga Gontijo Leitura crítica: Roberta Galon Silva TEMA 4 42 DIRETO AO PONTO Este Tema engloba concepções, conceitos e assuntos importantes para o seu melhor entendimento, os quais destacamos a seguir. • Níveis de desenvolvimento da apropriação das tecnologias na educação: englobam capacidades – emergente, básica, intermediária e avançada – para utilizar com propriedade as tecnologias digitais de informação e de comunicação (TDICs) em sala de aula, presencial ou virtual. A proposta é que o professor desenvolva/aprimore competências e habilidades para utilizá-las em seu planejamento e em suas experiências de aprendizagem com os estudantes, tendo em vista suas necessidades e particularidades. Figura 1 – Nuvem de palavras relacionadas à apropriação das tecnologias na educação, conforme níveis de desenvolvimento na área Fonte: elaborada pela autora. 43 • Hard skills: competências e habilidades técnicas, tecnológicas e teóricas incorporadas ao longo da trajetória acadêmico- profissional. • Soft skills: competências e habilidades socioemocionais, como empatia, liderança, colaboração, senso crítico, entre outras. • Competências e habilidades gerais para a atuação dos profissionais da educação em ambientes intermediados por tecnologias: técnicas e tecnológicas, de mediação e gerenciais. • Técnicas e tecnológicas: relacionadas a capacidades de uso de técnicas e tecnologias na educação, como criar um fórum ou um chat e criar e gerenciar uma sala em um ambiente virtual de aprendizagem (AVA). • De mediação: relacionadas a capacidades interrelacionais em sala de aula presencial ou virtual. • Gerenciais: relacionadas a capacidades de planejamento, gestão e avaliação em sala de aula presencial ou virtual. • Exemplos de ferramentas para mediação e avaliação na internet (Figura 2). 44 Figura 2 – Exemplos deferramentas para mediação e avaliação na internet Fonte: elaborada pela autora. Referências bibliográficas CIEB. Centro de Inovação para a Educação Brasileira. Competências digitais na formação inicial de professores. São Paulo: CIEB, 2020. Disponível em: https://cieb.net.br/wp-content/uploads/2020/12/6-Ensino-Personalizado-com- Tecnologia.pdf. Acesso em: 20 fev. 2021. GONTIGO, C. R. B. Design Educacional: Apostila para o MBA Transformação Digital na Educação. Belo Horizonte: Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação, 2020. 45 PARA SABER MAIS Considerações sobre trilhas de aprendizagem A trilha de aprendizagem é uma organização dos conteúdos e das atividades previstas em determinado curso ou em determinada disciplina. Ela pode ser linear ou agrupada. • Trilha de aprendizagem linear: os objetos de aprendizagem – temas/ conteúdos/ atividades – são organizados em uma sequência determinada. O estudante deve passar por um percurso para acessar outro, pois um depende do outro, ou seja, é necessário certo conhecimento prévio para prosseguir na sequência. O percurso do estudante é, portanto, determinado por quem o projetou. • Trilha de aprendizagem agrupada: as sequências não são interdependentes, ou seja, o estudante pode percorrer qualquer uma delas, no seu tempo, sem a necessidade de conhecimento prévio sobre uma ou outra. Como ele precisa cumprir um número mínimo de atividades para concluir a trilha, tem maior autonomia no seu processo de aprendizagem. De acordo com Zabala (2006, p. 58), ao organizar a sua trilha de forma linear, projete-a em sequências didáticas, que são “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que tem um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos”. Portanto, projete essa sequência em módulos ou unidades de aprendizagem – organização de temas/ conteúdos/ atividades – de forma interrelacionada por uma ideia dominante, a qual deverá aparecer no título da sequência. Também é interessante que as unidades sejam subdividas em séries/seções. Caso a 46 trilha seja agrupada, projete a sequência didática em módulos de aprendizagem independentes, mas lembre-se: linear ou agrupada, a trilha deve trazer uma coerência interna. Ao lado disso, empreenda uma abordagem pedagógica que desenvolva capacidades diferenciadas (cognitiva, afetiva, interpessoal, entre outras) dos estudantes, havendo uma integração de conhecimentos práticos e teóricos e uma relação com o seu contexto de atuação. Assim como existem aprendizagens diferenciadas, há soluções de aprendizagem diversas para alcançá- las, como o exemplo apresentado no Quadro 1. Quadro 1 – Relação dos tipos de aprendizagem com as ações e soluções de aprendizagem Tipo Ação Solução Pela informação Tipo Apostila, e-books, cartilhas, vídeos, podcasts, infográficos, imagens diversas etc. Pela colaboração Discutir, questionar, relacionar, cooperar Jogos interativos, fóruns, comunidades/ redes de aprendizagem, chats etc. Pela experimentação Contextualizar, praticar, aplicar, criar Laboratórios virtuais, simuladores, realidade ampliada, estudos de caso, pesquisa de campo, jogos etc. Fonte: elaborado pela autora. Busque também estimular o estudante a buscar novas informações sobre a temática tratada, com chamadas do tipo: “Agora é com você”, “Refletindo”, “Para saber mais”, “Dicas do professor”, “Você conhece?”, “Teoria em prática”, entre outras. 47 No processo de elaboração da trilha, responda às questões: • Qual abordagem teórica lhe dará suporte? • O que se deseja com a proposta? • Quais as finalidades político-pedagógicas? • O que os estudantes estarão aptos a desenvolver? • Em quanto tempo? Observe um exemplo de uma trilha inicial de um curso em um AVA. Quadro 2 – Exemplo de apresentação de uma trilha de aprendizagem EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM X Ambientação Texto de boas-vindas. Solicitação de atualização do perfil e inclusão de foto; de participação no fórum de apresentação; de leitura dos materiais com orientações sobre o AVA e com dicas de organização e planejamento dos estudos. # Vídeo institucional. # Fórum de apresentação – Vamos nos conhecer? # Tutorial – Guia de ferramentas do AVA. # FAQ – Dúvidas frequentes sobre o AVA. # Podcast – Dicas para estudar a distância. # PDF – Plano de curso. # Trilha de aprendizagem do curso. Fonte: elaborado pela autora. Bora pensar ou repensar as suas trilhas de aprendizagem? 48 Referências bibliográficas ZABALA, A. A Prática Educativa. São Paulo: Artmed, 2006. TEORIA EM PRÁTICA Você está organizando uma sequência didática para a temática Arte e Cultura para estudantes do 1º ano do Ensino Médio (EM). De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), uma das competências na área de linguagens para esse público é: “Compreender a arte, em suas várias áreas, como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade”. Considerando essa competência, preencha o quadro a seguir, tendo em vista que a sequência didática deve ser projetada para ser realizada em 8 horas. Quadro 3 – Projeção de sequência didática para a temática Arte e Cultura para estudantes do EM. Objetivos educacionais Conteúdos a serem trabalhados Atividades propostas Avaliação Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 49 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 No artigo indicado, é abordado o conceito de podcast para situá- lo como um importante recurso tecnológico em ambientes web, especialmente em contextos de formação “móvel”. Ao lado disso, apresentam uma revisão bibliográfica que subsidia um conjunto de orientações sobre a utilização de podcasts em processos de ensino- aprendizagem. Para realizar a leitura, acesse a nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra no parceiro ProQuest. JÚNIOR, J. B. B.; COUTINHO, C. P. Recomendações para produção de podcasts e vantagens na utilização em ambientes virtuais de aprendizagem. Prisma.com, Porto, n. 6, p. 125-140, 2008. Indicação 2 No artigo indicado, é analisada a presença de fóruns em cursos virtuais, tendo como foco um estudo de caso de um curso de formação de professores. São discutidas as intermediações ocorridas no fórum e apontadas as mediações adequadas e/ou possíveis nesses espaços. Para realizar a leitura, acesse a nossa plataforma Biblioteca Virtual e busque pelo título da obra no parceiro ProQuest. Indicações de leitura 50 ROZENFED, C. C. F.; VELOSO, F. S. A comunicação em fóruns de um curso a distância de formação de professores para uso de TDICs: análise da presença de ensino. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 9, n. 3, p. 561-571, 2014. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. As hard skills são competências e habilidades técnicas, tecnológicas e teóricas incorporadas ao longo da trajetória acadêmico-profissional de uma pessoa. Com relação a essas competências e habilidades na prática docente, assinale a opção que não representa uma hard skill. a. Criação de um fórum. b. Criação de um Wiki. c. Criação de um questionário. d. Criação de um chat. e. Criação de estratégias de motivação. 51 2. São exemplos de ferramentas de mediação e avaliação em processos de ensino-aprendizagem: fórum, glossário, Wiki, portfólio virtual (webfólio), autoavaliação, mapa conceitual e questionário. Comrelação a essas ferramentas, assinale a opção correta. a. Na autoavaliação, o professor cria questões de múltipla escolha, com resposta única, ou itens discursivos, com respostas abertas, para que o aluno responda e demonstre os seus conhecimentos sobre determinados temas tratados na disciplina. b. No fórum, os estudantes podem criar de forma colaborativa textos virtuais e criar e atualizar termos, como um glossário ou uma enciclopédia de conhecimentos. c. No webfólio, os estudantes registram reflexões, análises e comentários sobre estudos e pesquisas sobre um determinado assunto, grupo de assuntos ou disciplina, por meio da inserção/colagem de textos, imagens, vídeos, links, entre outros. d. A Wiki é uma ferramenta que permite que o estudante crie esquemas hierárquicos entre conceitos, proposições e relações. Com ela, o estudante organiza, memoriza e analisa conteúdos trabalhados em uma disciplina, por exemplo. e. O glossário é um tipo de comunicação assíncrona, ou seja, o diálogo entre os participantes sobre um determinado tema, não sendo necessário que estejam conectados ao ambiente ao mesmo tempo. 52 GABARITO Questão 1 - Resposta E Resolução: Criação de fóruns, wikis, questionários e chat são hard skills, pois envolvem conhecimentos de determinadas técnicas e tecnologias. Já a criação de estratégias de motivação é uma soft skill, pois engloba capacidades de mediação dos processos de ensino-aprendizagem. Questão 2 - Resposta C Resolução: A autoavaliação é um tipo de avaliação que permite que o estudante elabore uma reflexão sobre o seu comprometimento e o seu desenvolvimento na atividade/ disciplina. O fórum é um tipo de ferramenta de comunicação assíncrona, ou seja, o diálogo entre os participantes sobre um determinado tema, não sendo necessário que estejam conectados ao ambiente ao mesmo tempo. A Wiki é uma ferramenta que permite a construção coletiva de uma enciclopédia de conhecimentos. Já o glossário é uma ferramenta que permite, de forma colaborativa, a criação e a atualização de termos, tal como um dicionário. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 3 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 4 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito Inicio 2: Botão TEMA 4: Botão TEMA 1: Botão TEMA 2: Botão TEMA 3: Botão TEMA 9: Inicio :
Compartilhar