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Execução de contrato de FACTORING - Estudo de caso

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FIBRA 
DOCENTE: Helem Noronha
ANNA VICTORIA SANTOS DE OLIVEIRA
EIDE DAYANNE FONSECA PANTOJA
FELIPE FARIAS
MARCELE MARTINS
MARÍLIA GAIA
FACTORING MERCANTIL
BELÉM/PA
2022
	O factoring é caracterizado por uma atividade mercantil que trabalha com aquisição de ativos através do pagamento de um preço, é um contrato de risco que não implica a falta de pagamento ao cedente e não há direito de regresso contra o mesmo.
	Acerca dessa modalidade de contrato não há na legislação vigente nenhuma norma que especifique sua regulamentação, no entanto o seu surgimento teve inicio com a Associação Nacional das Sociedades em Fomento (ANFAC), regulamentado em 11/02/1982. 
	Neste caso, a cessão de crédito é a transferência ativa dessa obrigação ou a venda de um direito de crédito é feito através da empresa Laredo Panificação Ltda de caráter mercantil, através da transferência dos títulos cambiários, para a empresa Factoring Fomento Mercantil (faturizador) que se tornou responsável/titular do título, e dispensando o faturizado da obrigação. 
	Seguindo as leis do direito cambiário, o art. 266 do CC, define que o cedente não responde pela solvência do devedor, salvo contrário, o que significa dizer que no ato da transferência pro soluto, o cessionário não poderá exercer o direito de regresso contra o cedente. Logo, a empresa Factoring Fomento Mercantil assume os riscos da cobrança e até mesmo a insolvência. 
	Na cessão pro solvendo é o contrário, o cedente responde pela solvência do devedor, portanto, o cessionário poderá cobrar o valor do cedente se o devedor não efetuar o pagamento das dívidas. Nesse caso o cedente responde em todos os aspectos pela higidez e solvabilidade do crédito. 
	Frise-se que o contrato feito pela Factoring Fomento Mercantil e a cessão de crédito respeitaram a formalidade atribuindo validade jurídica perante a terceiros através da celebração por escrito, isto é, instrumento público ou particular, nos moldes do art. 288 do CC.
Ademais, a mesma notificou o devedor, nos moldes do art. 290 do CC, observando que a ausência desta caracteriza a perda do direito de cobrança. Logo, a não notificação atribui a validade de quitação, uma vez que com a inércia, não notificou no momento certo, o que não ocorreu, tampouco, o devedor não está desobrigado frente ao cessionário, uma vez que o pagamento não foi efetuado pelo mesmo antes do conhecimento da cessão, nos moldes do art. 292 do CC. 
Importante mencionar que para reaver o crédito judicial o factoring pode se valer da prestação jurisdicional da execução, uma vez que o contrato é título executivo extrajudicial conforme o art. 783, inciso III do CPC. Tendo como fundamento do art. 646 do CPC como um instrumento para expropriar bens do devedor, para que este possa satisfazer o crédito para com a empresa Factoring Fomento Mercantil.
Ademais, sob a égide do art. 828 do CPC, requerer a expedição de certidão comprobatória do ajuizamento da ação de execução, com o intuito de averbação nos registros públicos de imóveis, veículos ou de outros bens sujeitos a penhora ou arresto.
Levando em consideração que se o devedor após a averbação, pretenda alienar ou onerar bens, nos moldes do, responderá por fraude conforme art. 792, inciso II do CPC. 
Após a citação, nos moldes do art. 829 o prazo para o devedor efetuar o pagamento da dívida é de três dias, após esse prazo deverá o oficial de justiça proceder a penhora de tantos bens que bastem para a satisfação do crédito. 
Referências
COELHO. Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial – Volume 3, 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 
DONINI, Antonio Carlos, Factoring : de acordo com o Novo Código Civil (Lei nº 10.406, de 10.01.2002). Rio de Janeiro: Forense, 2002.
VADE MECUM TRADICIONAL. 33ª ed. – São Paulo: SaraivaJur,2022.

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