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Atividade portfólio 2 - políticas da educação

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GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PRÁTICA - PORTFÓLIO 2 
A EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL ATUAL: 
DESAFIOS E PERSPECTIVAS 
 
 
 
 
 
 
Políticas da Educação Básica 
Prof. Wagner Montanhini 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
• Introdução ............................................................................................ p. 3 
• Análise do documentário “Pro dia nascer feliz” .................................. p. 4 
• Dados estatísticos do Ensino Médio e Ensino Fundamental ............... p. 6 
Estado de São Paulo .......................................................... .......... p. 6 
• Referências bibliográficas ........................................................ .......... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Neste trabalho, analisa-se o processo de ensino, aprendizagem e o cumprimento das leis 
da educação básica no Brasil durante o Ensino Médio, no documentário “Pro dia nascer 
feliz” do diretor João Jardim, do Estado de São Paulo e Município, nos anos de 2017 a 
2021. Ao contrário do que se pensa, os dados apresentam um aumento na taxa de 
abandono escolar após a pandemia da Covid-19, que afetou não só o Brasil como o mundo 
todo. O despreparo das escolas públicas para enfrentar as aulas remotas, já apresentam 
resultados negativos nesse ano de 2022, com a volta as aulas presenciais. Junto aos relatos 
do documentário, observa-se um passado muito próximo da realidade das escolas públicas 
atuais, com pouco investimento, qualidade, alunos sem estímulo, professores 
desvalorizados e com poucos recursos para ampliar suas aulas. No cenário das escolas 
privadas, segue o padrão de cobrança e rigidez nas tarefas escolares, mas com alunos que 
já sabem que terão mais oportunidades na vida profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO DOCUMENTÁRIO “PRO DIA NASCER FELIZ” 
 
O documentário retrata o dia a dia das escolas em diferentes regiões do Brasil, iniciando-
se com uma reflexão sobre a educação em 1962 e a informação de que, após 44 anos, 
97% dos alunos matriculados nas escolas públicas, 41% não chegaram a terminá-la, 
concluindo somente até a 8° série, com isso, suponha-se que os alunos ditos como 
perdidos, tem grandes chances de se tornarem presidiários e cidadãos que não sabem votar 
ou ter habilidades para uma profissão rotulada como digna perante a sociedade. 
As escolas públicas das cidades mais pobres relatadas no documentário muitas vezes não 
têm aula, sem estrutura nenhuma e quase abandonada pelo governo com falta de água, 
saneamento, merenda e material escolar. Outras escolas relatam frequentes atos de 
violência entre alunos e desentendimento verbal com professores. Os alunos mais 
agressivos ou debochados, muitas vezes possuem problemas familiares e de socialização, 
que não podem ser ignorados da sua formação como pessoa, analisando que para um 
adolescente sem grandes expectativas na vida, aquela é a única realidade. A reunião de 
professores mostrada deveria ter como finalidade planejar o desenvolvimento das ações 
voltadas para a processo de aprendizagem e oportunidades educacionais, funcionamento 
das escolas e melhoria da qualidade de ensino, entretanto, relata-se professores discutindo 
a aprovação dos alunos para o próximo ano visto que em um mês de aulas de recuperação 
não será suficiente para que ele aprenda efetivamente, e reprovando, o aluno ficará 
atrasado nos demais anos escolares. Em contrapartida, vemos alunos que tem a escola 
como um local inspirador, onde se dedicam ao máximo para que futuramente tenham uma 
realidade diferente da atual, e professores que apesar das imensas dificuldades, não 
desistem das aulas e dos seus alunos. 
Na escola privada os alunos contam com aulas extras e de outros idiomas como 
complemento curricular, onde a gestão inclui essas matérias pensando no futuro 
profissional dos alunos. Os professores tem suporte e materiais preparados para lecionar 
onde conseguem notar um melhor aproveitamento do aluno, além disso, os salários são 
melhores e muitos conseguem trabalhar somente em uma escola, podendo se dedicar a 
ela sem precisar de outro trabalho para completar a renda. Os relatos dos alunos nas 
escolas particulares são diferentes, nenhum sobre dinheiro ou pobreza, mas sobre 
afetividade, carência familiar e exclusão social por não terem tempo para lazer. Logo, 
esses alunos terão mais oportunidades de crescimento na vida profissional, melhor 
desempenho universitário, não precisando deixar seus estudos de lado para contribuir na 
renda familiar. 
A Leis de Diretrizes e Bases (LDB), em seus princípios fundamentais, promove na 
liberdade e nos ideais da solidariedade humana, seu preparo para o exercício da cidadania 
e sua qualificação para o trabalho, condizendo com as leis do Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA). O Artigo 4 da LBD, diz que é direito do educando ter “acesso aos 
níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade 
de cada um” (V), e que o aluno deve ter “atendimento em todas as etapas da educação 
básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde” (VII), e “padrões mínimos de qualidade de ensino, 
definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis 
ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem” (IX). 
 
 
DADOS ESTATÍSTICOS DO ENSINO MÉDIO E 
ENSINO FUNDAMENTAL 
 
Segundo os dados do Censo Escolar da educação básica de 2021, foram registradas 26,5 
milhões de matrículas no Ensino Fundamental. Esse valor é 3,0% menor do que o 
registrado em 2017. A queda no número de matrículas foi de (5,2%). Devido o início da 
pandemia da Covid-19, em 2020, a rede de ensino pública teve em média 287 dias de aula 
online. Um recurso importante para as escolas nos tempos atuais é a internet e ao avaliar 
a disponibilidade de internet nas escolas da educação básica, percebe-se que esse recurso 
é pouco presente, inferior a 60% nos Estados do Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, 
Roraima e Amapá. A seguir, alguns dados do Estado de São Paulo e o Município. 
Os dados informados nas imagens foram retirados do Painel Educacional Estadual, no 
site do INEP, sobre as escolas públicas do Estado de São Paulo. 
 
Dados retirados do site do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDB), 
contendo a meta a ser alcançada em 2021, mas sem os dados oficiais informados. Os 
dados marcados em verde são os anos em que foram alcançadas as metas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados retirados do site do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDB), onde 
não possui os dados de 2005 a 2015 e as metas de 2007 a 2017. O ano de 2019, 
selecionado em verde, mostra que a meta foi alcançada, mas não temos os dados 
coletados em 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE ENTRE OS DADOS ESTATÍSTICOS E O 
DOCUMENTÁRIO 
 
Os relatos de anos atrás trazidos no documentário é, infelizmente, ainda presente nas 
escolas brasileiras. A desigualdade social, especificamente na educação pública, 
comparada com a privada, está em todas as regiões do país devido a diferença de classes 
e a falta de investimento estatal. O Artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA) diz que “a criança e o adolescente têm direito à educação, visando o pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para 
o trabalho”. No documentário aponta-se a falta de interesse dos alunos com os estudos 
por diversos motivos, atualmente, não se observa grandes evoluções, crianças e 
adolescente que moram em cidades pequenas nem sempre tem escola na própria cidade, 
não tem material escolar, outras precisam de barco para a ir à escola, algumas tem muitos 
irmãose é preciso escolher entre ajudar na renda familiar ou estudar, vão à escola com 
interesse em relacionamentos e, com isso, não enxergam os estudos como algo que vá 
acrescentar no seu futuro, tendo como exemplo seus pais e familiares, que passaram pelas 
mesmas condições estudantis precárias na sua época. Por outro lado, alguns alunos veem 
a escola como uma espécie de refúgio da realidade, se dedicando a leitura e atividades 
que tornem o a escola o seu local de referência. 
A adolescência é uma fase de mudanças e descobertas físicas, emocionais e intelectuais, 
além de ser a preparação para os compromissos em sociedade, como, votar nas eleições, 
se aprofundar nos cursos universitários disponíveis e o primeiro emprego. Eles estão 
formando sua identidade, descobrindo a sexualidade e desenvolvendo alterações 
psíquicas. Os adolescentes precisam estar sob o olhar preparado, cuidadoso e acolhedor 
da escola, da família e da sociedade. Segundo o ECA, no Artigo 15, “a criança e o 
adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em 
processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais 
garantidos na Constituição e nas leis”. 
As fases de depressão e isolamento em alunos da rede pública já são comuns na época do 
documentário, e estão cada vez mais presente entre os adolescentes justamente por não 
terem o apoio necessário, seja da família ou da comunidade escolar, visto que frequentam 
a escola por obrigação, não por vontade de aprender, pois sabem que fazendo o mínimo 
para garantir nota, passaram para o próximo ano. Os professores, na maioria dos casos, 
são desvalorizados e estão esgotados devido à sobrecarga causada por lecionar em muitas 
turmas, não possuírem estrutura para a aplicação de seus objetivos enquanto docente, a 
falta de suporte, atualização dos métodos de ensino, e trabalharem em mais de uma escola 
para completar a renda. Em algumas ocasiões, o professor faz o papel de mãe e pai do 
aluno, que além de ensiná-lo, precisa investigar a vida do aluno com cuidado e afeto para 
entender o problema que está prejudicando o seu desenvolvimento escolar. Nas escolas 
privadas, desde a época do documentário, vemos que essas escolas sempre tiveram um 
bom investimento, em contrapartida, olhando para os alunos, vemos cada vez mais casos 
de depressão, alunos frustrados e pressionados com o ensino exigente, mas que já sabem 
que possuem mais oportunidades de ter um futuro promissor. 
Durante a pandemia as escolas públicas e algumas da rede privada precisaram reinventar 
os métodos de ensino e adaptar para o ensino online, com o propósito de que os alunos 
seguissem as atividades dadas com o auxílio dos pais. Mesmo com a colaboração 
financeira e equipamentos eletrônicos da prefeitura, que demorou para acontecer e até o 
momento os alunos utilizaram celulares e computadores próprios, essa colaboração não 
chegou a todas as regiões por diversos motivos, dentre eles, a falta de rede de internet em 
cidades mais afastadas e alunos de baixa renda que não possuíam celular e internet em 
casa. Certamente, os impactos começaram a aparecer no retorno as aulas presenciais este 
ano, alunos com problemas para se concentrar, pouca habilidade de leitura, dificuldade 
nas matérias de exatas e ansiedade social. 
Dessa forma, podemos dizer que professores e alunos das escolas públicas são 
prejudicados por leis que não são cumpridas, os poderes públicos não exercem seus 
deveres para com os seus cidadãos. Partindo da colaboração e estímulo de professores, 
familiares e cidadãos esperançosos e empenhados em melhorar o futuro da educação, 
deve-se estar atento quanto aos nossos direitos e cobrar que eles sejam cumpridos e com 
qualidade. É preciso investir na educação básica para que ela dê recursos para os 
professores desenvolverem seus alunos, e eles tenham sucesso e evolução na 
aprendizagem escolar e na vida em sociedade. Convém observar as palavras de Darcy 
Ribeiro (apud RIESCO, 2019) “A crise da educação não é uma crise, é um projeto, é um 
desmonte”. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 
(Inep). Censo da Educação Básica 2021: notas estatísticas. Brasília, DF: Inep, 2022. 
Disponível em 
<https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/estatisticas_e_indicadores/nota
s_estatisticas_censo_escolar_2021.pdf> Acesso em: 12 de Maio de 2022. 
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 
(Inep). Painel Educacional Estadual. SP. Disponível em 
<https://inepdata.inep.gov.br/analytics/saw.dll?Dashboard&NQUser=inepdata&NQPass
word=Inep2014&PortalPath=%2Fshared%2FPainel%20Educacional%2F_portal%2FPa
inel%20Estadual> Acesso em: 12 de Maio de 2022. 
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 
(Inep). Índice de desenvolvimento escolar na educação básica. Disponível em 
<https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-
indicadores/ideb/resultados> Acesso em: 12 de Maio de 2022. 
BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do 
Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2019. 
Disponível em <https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/crianca-e-
adolescente/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-versao-2019.pdf> Acesso em: 12 de 
Maio de 2022. 
JARDIM, João; TAMBELLINI, Flávio R.; HADBA, Gustavo. Pro Dia Nascer Feliz. 
Brasil, 2006. Disponível em 
<https://www.youtube.com/watch?v=nvsbb6XHu_I&t=45s> Acesso em 12 de Maio de 
2022. 
PODER 360. Número de famílias na extrema pobreza salta 11,8% em 2022. 2022 
Disponível em <https://www.poder360.com.br/economia/numero-de-familias-na-
extrema-pobreza-salta-118-em-2022/> Acesso em: 12 de Maio de 2022. 
RIESCO, Carlos. Abup Raiz trabalhista. Educação pública: Essa crise é um projeto. 
Youtube, 01 de Novembro de 2019. Disponível em 
<https://www.youtube.com/watch?v=48sa8HUly-c> Acesso em: 12 de Maio de 2022. 
UNICEF. Cultura do fracasso escolar afeta milhões de estudantes e desigualdade se 
agrava na pandemia, alertam UNICEF e Instituto Claro. 2021. Disponível em 
<https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/cultura-do-fracasso-escolar-
afeta-milhoes-de-estudantes-e-desigualdade-se-agrava-na-pandemia> Acesso em: 12 de 
Maio de 2022.

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