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DESCRIÇÃO A Administração de Marketing em Nutrição atrelada aos conceitos de marketing, mercado e mix de marketing. PROPÓSITO Compreender o conceito de marketing e sua influência na Nutrição, bem como a aplicação do composto mercadológico. Discutir a aplicação do Planejamento estratégico à Nutrição, destacando o conhecimento não apenas da empresa, mas também das ameaças e oportunidades do mercado, e a partir disso, focar no estabelecimento de metas, permitindo maior conhecimento da sua aplicação em Nutrição. OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever conceitos gerais de Marketing, mercado, mix de marketing e administração de marketing MÓDULO 2 Identificar a importância do Planejamento Estratégico de marketing, incluindo as oportunidades e ameaças do mercado de atuação, e o estabelecimento de metas INTRODUÇÃO Neste material, vamos aprender os conceitos de marketing, entender o mercado e o mix de marketing, além da administração de marketing e suas atividades exigidas. Será destacada, ainda, a importância do estudo de um mercado, observando as oportunidades e ameaças que podem existir e reforçar o quanto o planejamento estratégico é essencial para a área de Nutrição, incluindo a formulação das metas para a empresa. O marketing tornou-se um ponto crucial para todas as áreas, seu objetivo é satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores, oferecendo-lhes produtos e/ou serviços. Seja na Administração, no Direito, na Medicina ou na Nutrição, conhecer tais conceitos relacionados à administração de marketing é crucial para o atendimento dos anseios oriundos do mercado no qual a empresa está inserida. Dessa maneira, conhecer pessoas, seus desejos e suas necessidades é o primeiro passo para o sucesso. A administração de marketing utiliza metodologias e estratégias aplicadas ao mix de marketing, conhecido como os 4 Ps ou composto mercadológico, e o planejamento estratégico maximizam as chances de sucesso do negócio, dando subsídios para o estabelecimento de metas. Pensar em estudar marketing hoje é, sem dúvida, estar focado no desenvolvimento de competitividade em um ambiente altamente exigente e turbulento, em que cada empresa precisa oferecer algo que realmente crie valor para o cliente final, inclusive no que tange ao desenvolvimento de estratégias visando à fidelização do seu público-alvo. Sendo assim, vamos aos nossos estudos acerca do tema. MÓDULO 1 Descrever conceitos gerais de Marketing, mercado, mix de marketing e administração de marketing MARKETING CONCEITO DE MARKETING Segundo Yanaze (2012): MARKETING PODE SER ENTENDIDO COMO A DEFINIÇÃO E O CONHECIMENTO DE DETERMINADO PRODUTO OU SERVIÇO E A FORMA COMO ELES SÃO ELABORADOS E COLOCADOS NO MERCADO. PORTANTO, MARKETING NADA MAIS É DO QUE O PLANEJAMENTO ADEQUADO DA RELAÇÃO PRODUTO-MERCADO. (YANAZE, 2012, p.8) O marketing passou a ser aplicado em diversas áreas, embora muitos o definam de maneira errada ou façam confusão com o significado. O marketing não pode ser confundido com propaganda e/ou vendas, pois, apesar de estarem ligados, não são sinônimos. A propaganda exerce uma tarefa específica de comunicar algo a um público específico durante tempo previamente definido; já a venda é ligada à promoção, assim como a propaganda, e visa à entrega de um produto ou serviço a um consumidor final, e, é claro, cobra e lucra com isso. MARKETING É A ATIVIDADE, CONJUNTO DE INSTITUIÇÕES E PROCESSOS PARA CRIAR, COMUNICAR, DISTRIBUIR E TRANSACIONAR OFERTAS QUE TENHAM VALOR PARA OS CONSUMIDORES, CLIENTES, PARCEIROS E PARA A SOCIEDADE EM GERAL. (AMA, 2008 apud YANAZE, 2012, p. 8) Estudar marketing é, acima de tudo, conhecer as pessoas às quais pretende-se atender. Durante décadas, criaram-se produtos e serviços que eram “jogados” ao consumo, sem sequer pensar nos indivíduos e em suas realizações, afinal, onde não havia concorrência, não era preciso tal preocupação. Atualmente, a tarefa do marketing está cada vez mais árdua, porque uma concorrência cada vez mais acirrada obriga as empresas a buscar mais produtos e serviços inovadores, criativos, e com custos que permitam estabelecer uma concorrência. Para Morsch e Samara (2006), o marketing é definido como um conjunto de atividades humanas que visam satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores por meio de troca, utilizando ferramentas como propaganda, pesquisa de marketing, promoção de vendas, estratégicas de preço, além de muita criatividade, imaginação e emoção na criação de produtos e serviços. A troca é então um meio pelo qual atende-se a um público. Trata-se de uma relação ganha-ganha, afinal, nesse processo há uma oferta de um produto ou serviço e, por conseguinte, um pagamento de acordo com o que foi pedido. Estabelecer trocas é exatamente o que as empresas precisam, mas deve- se considerar o funcionamento do mercado de atuação. Foto: Shutterstock.com A RELAÇÃO GANHA-GANHA É AQUELA EM QUE OS INTERESSES DE AMBOS OS LADOS SÃO LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO, POR ISSO OS ESTUDOS PRÉVIOS DO MERCADO PRECISAM SER BEM OBSERVADOS, AFINAL, OFERTAR AQUILO QUE A EMPRESA QUER SEM ANTES QUESTIONAR AO CLIENTE É, SEM DÚVIDA, MUITO ARRISCADO. Considerando Morsch e Samara (2006), observa-se uma convergência em todos os conceitos: a satisfação das necessidades e os desejos dos consumidores. Isso se dá justamente pela evolução do próprio marketing. Devido ao aumento nas ofertas de produtos e serviços, os consumidores deixaram de exercer uma figura passiva, que, no passado, apenas recebiam produtos prontos, sem inovação. Agora, os consumidores assumiram a posição de proatividade, buscando adquirir aquilo que realmente os satisfaça. Eles se tornaram coparticipantes do processo produtivo, o que significa dizer que auxiliam as empresas a produzirem aquilo que o mercado deseja, e não apenas o que a empresa quer. A expectativa de cada cliente passou a ser um fator crucial com que as empresas devem se preocupar, pois desenvolver uma vantagem competitiva sustentável é o que se busca em um mundo cada vez mais competitivo, cheio de opções. ISSO SIGNIFICA QUE NÃO BASTA A EMPRESA PRODUZIR E COLOCAR O PRODUTO FINAL NO MERCADO, É NECESSÁRIO QUESTIONAR E OFERECER AO CONSUMIDOR O QUE ELE DESEJA E ESTÁ DISPOSTO A PAGAR. Se fosse considerada a orientação de produção ou orientação de vendas, por exemplo, não haveria necessidade em ouvir o consumidor. Isso porque, na primeira, o foco era a produção para se colocar no mercado e, na segunda, o objetivo era o volume de vendas, na verdade o lucro através da quantidade que se vendia. Atualmente, ocorre a orientação de marketing, voltada para o atendimento das necessidades e dos desejos do público-alvo. Considerando o conceito de vantagem competitiva apresentado pela Equipe de professores da FGV/EAESP, trata-se de competência exclusiva da empresa que não pode ser copiada pelo concorrente, e gera posição de mercado superior e duradoura, fazendo com que a empresa lucre com isso. A PARTIR DO MOMENTO QUE ALGUÉM COPIA O QUE ATÉ ENTÃO ERA UM DIFERENCIAL, A EMPRESA PERDERÁ ESSA CONDIÇÃO, DAÍ A BUSCA PELA TÃO ALMEJADA VANTAGEM COMPETITIVA SUSTENTÁVEL (DIAS, 2003). Percebe-se, então, que não poderá mais haver o “lucro pelo lucro”, mas, sim, um lucro decorrente da satisfação das necessidades e dos desejos do cliente, pertencente a um mercado. O lucro continua sendo uma busca constante das empresas, mas novos investimentos passaram a ser considerados, afinal o mercado possui características muito particulares, os clientes-alvo deixaram de ser meramente coadjuvantes e buscam cada vez mais o papel principal. As tomadas de decisões passaram a sofrer mais impactos de variáveis externas, não estando presas apenas a um requisito na decisão de compra. MERCADO Segundo Armstrong e Kotler (2007), mercado é o conjunto de compradores reais e potenciais de um produto. Dessa maneira, percebe-se que nem todas as pessoas pertencem a um mercado. É por essa razão que o administrador de marketing precisa estudar quem realmentepode ser impactado, de modo a não existir desperdícios não apenas de tempo, mas principalmente de energia e dinheiro. O marketing visa à construção de relacionamentos duradouros com os clientes, entendendo o comportamento de compra desses consumidores e oferecendo o que eles querem a um preço justo e com uma entrega garantida. A ideia principal é entender para atender. Não se pode mais perder um cliente após conquistá-lo, embora isso ocorra na maioria dos casos. Fazer parte de um mercado é buscar as mesmas coisas, ou seja, entender que pertence a um grupo e como tal possui necessidades muito parecidas; surge, assim, o segmento de mercado ou nicho de mercado. Segmentação de mercado é uma estratégia que visa dividir um mercado em grupos de pessoas com características comuns, formando segmentos a partir de perfis de comportamentos, localização, renda ou faixa etária. As bases para o desenvolvimento dessa estratégia são diversas e, por isso, caberá à empresa definir qual ou quais são mais aplicáveis ao seu produto ou serviço. Os mercados passaram a ter muitas opções, e a partir disso os profissionais de marketing precisam criar valor para cada consumidor. Dessa forma, há uma necessidade da empresa em desenvolver parcerias na cadeia de atendimento ao consumidor. Do produtor ao consumidor final, existem muitos interessados direta e indiretamente, os chamados stakeholders, e estes formam um sistema de marketing visando à satisfação dos clientes-alvo. É preciso uma definição clara de quem a empresa quer atender, isso não fica muito evidente em alguns casos, em que a empresa sequer define claramente sua missão, visão ou valores. EXEMPLO Um supermercado, por exemplo, só consegue atender seus clientes a preços baixos se houver parcerias que permitam a utilização de uma estratégia de preços nesse sentido. O mundo como uma aldeia nos mostra a necessidade de estratégias competitivas, as quais, sem dúvida, precisam ser atualizadas em um espaço de tempo cada vez menor, pois podem se tornar sem sequer terem sido colocadas em prática. BENCHMARKING Estudo de estratégias e ações adotadas em relação à concorrência com a incorporação das melhores práticas de outras empresas e/ou o aperfeiçoamento de seus próprios métodos. É preciso olhar ao redor, ver o mundo, pensar globalmente e agir localmente. Dessa maneira, pensar em benchmarking é pensar em adaptar algo já utilizado em outro momento ou cenário, e assim adequá-lo à realidade da empresa e do mercado ao qual está inserido. Muitos pensam no benchmarking como “copiar de alguém”, mas não é isso. O benchmarking inspira o indivíduo a aplicar as técnicas dentro de uma outra realidade, e exatamente por isso que merece uma atenção especial. O mercado consumidor moderno não é definido apenas pelo fator renda. Sem dúvida, ela é uma condição importante da escolha de um segmento, mas não é a única. Conhecer o mercado-alvo e suas exigências conforme as necessidades e desejos passou a ser condição indispensável na obtenção da tão almejada vantagem competitiva sustentável. Para fazer parte de um mercado, o consumidor precisa de dois requisitos: necessidade/desejo e renda, um complementando o outro. javascript:void(0) As necessidades e os desejos dos clientes precisam de uma oferta de produtos ou serviços para serem satisfeitos. Dessa maneira, as informações são essenciais e podem ser obtidas através de pesquisas de mercado, e para isso esse público deve ser muito bem escolhido, de modo a não haver o que chamamos de miopia de marketing. A miopia de marketing ocorre quando as empresas oferecem o básico para o consumidor, não enxergando desejos ocultos desse indivíduo, e é claro perdem oportunidades que fazem toda a diferença. Entende-se aí que o mercado mudou, e na verdade sempre busca o algo a mais, “a cereja do bolo”, o diferencial que pode fazer toda a diferença no momento da escolha de compra por parte do consumidor. Os profissionais de marketing possuem um papel cada vez mais complexo no processo de atendimento das necessidades, pois necessitam acima de tudo pensar na criação de valor para o cliente. Isso pode estar relacionado ao processo de fidelização do público-alvo, e por isso a necessidade de um estudo aprofundado do mercado, entendendo quem são os atores envolvidos. Assim, será possível direcionar os esforços para que a empresa seja cada vez mais competitiva, sempre inovando e criando. MIX DE MARKETING E A ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING Estudar marketing é sem dúvida essencial no mundo competitivo de hoje. Para isso, torna-se indispensável entendermos as variáveis que formam o composto de marketing, também conhecido como mix de marketing ou simplesmente 4 Ps. São eles: preço, praça, produto e promoção. Imagem: Shutterstock.com NO “P” PREÇO, CONSIDERA-SE A POLÍTICA DE PREÇOS, OS MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DE DESCONTOS E AINDA AS CONDIÇÕES DE PAGAMENTO. ATENÇÃO Observe que não basta informar um preço de vendas, há um composto de preço que vai até a condição e forma de pagamento. Encontrar a estratégia certa para o preço parece ser uma tarefa fácil, mas não é. Sua implementação correta deve ser um objetivo muito claro, pois disso dependerá o sucesso ou fracasso da empresa. O preço pode ser definido como a quantia que se pede e/ou se paga por um determinado serviço ou produto. Embora tenha-se que considerar variáveis diversas na determinação de preço, sabe-se que, dos elementos do mix de marketing, esse é o único que gera receita, diferentemente dos demais que geram custo. O preço é também o elemento mais flexível por ser facilmente alterado pelo vendedor, de acordo com as circunstâncias. Foto: Shutterstock.com DICA Uma ótima dica na fixação de preço é estar atento à oferta de valor ao cliente, afinal ele não decide a compra considerando o custo da empresa, e sim a valorização que tem pelo produto ou serviço. É claro que isso dependerá do mercado que a empresa está inserida e principalmente da segmentação feita para a escolha desse mercado com o seu público-alvo. Desenvolver estratégias de determinação de preços é uma tarefa muito importante, e disso também depende o estágio em que o produto se encontra no ciclo de vida, ou seja, se está na introdução, no desenvolvimento, na maturidade ou em declínio. Uma empresa, ao lançar um produto, determinará seu preço pela primeira vez, e certamente os critérios utilizados para se chegar a esse preço serão diferentes daqueles usados no momento da maturidade, por exemplo. Seja como for, não se trata de um elemento do mix que possa ser desconsiderado, pelo contrário, é preciso estar atento ao mercado, às suas oscilações e, principalmente, às suas exigências quanto à escolha do produto, levando em consideração os preços praticados pelas empresas. JÁ NO “P” PRAÇA, OBSERVA-SE OS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO, TRANSPORTES, A ARMAZENAGEM, LOGÍSTICA E O CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO (CD), E POR FIM O PONTO DE VENDA (PDV). Conhecer a praça é sem dúvida um diferencial, afinal haverá posicionamento de acordo com esses estudos. Como observado no preço, a empresa precisa criar valor para o cliente, mas certamente ela não faz isso sozinha. Um ótimo canal de distribuição contribui para que haja vantagem competitiva, afinal todos querem comprar e receber o produto da forma mais rápida possível. De acordo com Armstrong e Kotler (2007): UMA REDE DE ENTREGA DE VALOR É FORMADA PELA EMPRESA, FORNECEDORES, DISTRIBUIDORES E POR FIM, CLIENTES QUE TRABALHAM EM PARCERIA PARA APRIMORAR O DESEMPENHO DO SISTEMA COMO UM TODO. (ARMSTRONG; KOTLER, 2007, p. 304) DICA Dessa maneira, esses vários stakeholders são responsáveis por fazer com que o ciclo do produto chegue ao fim, exatamente no momento em que ele for entregue ao cliente final. Os canais de marketing são formados por organizações interdependentes que farão de tudo para que o produto possa chegar até o consumidor final sem que tenham problemas que possam impedir isso no decorrer da cadeia produtiva e de distribuição.Vale ressaltar que qualquer decisão de canal de marketing afetará os demais componentes do composto mercadológico. Quando um fabricante decide confiar seu produto a um parceiro do canal, acredita-se que ele possua contatos, experiência e estrutura operacional para efetuar a venda e a entrega ao cliente final. Desse modo, o fabricante ficará livre para pensar e desenvolver novos produtos para que o ciclo se reinicie. Segundo Armstrong e Kotler (2007), os membros do canal de distribuição desempenham funções-chave, a saber: INFORMAÇÕES Coletar e distribuir dados de pesquisas e inteligência de marketing sobre agentes e forças presentes no ambiente de marketing necessário para planejar e ajudar a executar as permutas. PROMOÇÃO Desenvolver e divulgar mensagens persuasivas sobre uma oferta. CONTATO Descobrir compradores potenciais e comunicar-se com eles. AJUSTE Modelar e adaptar a oferta às necessidades do comprador, inclusive atividades, como fabricação, classificação, montagem e embalagem. NEGOCIAÇÃO Chegar a um acordo sobre preços e outras condições da oferta de modo que a posse ou propriedade possa ser transferida. Além disso, outros ajudam a cumprir transações já finalizadas: DISTRIBUIÇÃO FÍSICA Transportar e armazenar mercadorias. FINANCIAMENTO Obter e utilizar recursos para cobrir os custos do trabalho do canal. RISCOS Assumir os riscos de executar o trabalho do canal. ATENÇÃO Seja como for, parcerias são necessárias e todos precisam pensar no cliente, ter foco em atender às necessidades e aos desejos do público-alvo, sempre melhor que o concorrente. Quando a empresa determina o número de membros do canal que ela utilizará em cada nível, pode utilizar o que chamamos de distribuição seletiva, ou seja, a empresa escolhe menos distribuidores do que candidatos disponíveis a isso. A distribuição exclusiva ocorre quando há um número mais limitado ainda de revendedores. Por fim, a distribuição intensiva ocorre com a escolha de diversos canais e vários pontos de venda, visando atingir o maior número de pessoas. A escolha de cada estratégia dependerá da empresa e do tipo de negócio que ela possui, mas o objetivo final sempre será o mesmo, levar o produto ao consumidor certo. O “P” PRODUTO, ENVOLVE DESDE TESTES E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS ATÉ QUALIDADE, EMBALAGEM, MARCA, ASSISTÊNCIA TÉCNICA, GARANTIAS, DIFERENCIAÇÃO, TIPOS DE PRODUTOS, TUDO O QUE DIZ RESPEITO AO QUE SERÁ APRESENTADO AO CONSUMO. ALGO INOVADOR E CRIATIVO DEVE SER PENSADO, DEVIDO ÀS DIVERSAS EMPRESAS ATUANTES NO MESMO MERCADO. O produto é aquilo que pode ser ofertado a um determinado mercado para que as pessoas possam satisfazer suas necessidades de desejos por meio da compra ou do uso. Destaca-se que um produto antes de ser lançado já passou por algumas fases, como desenvolvimento, prototipagem e testes mercadológicos, visando assim a uma boa comercialização. Quando falamos de produto, também nos referimos ao serviço. Ambos estão envolvidos e buscam o mesmo objetivo. Os produtos possuem três níveis: PRODUTO NÚCLEO Neste nível, considera-se o benefício ou o serviço central, o motivo da existência. PRODUTO BÁSICO Este nível inclui marca, design, características, nível de qualidade e embalagem. Geralmente, o ponto de partida relevante é o básico. PRODUTO AMPLIADO É representado pela garantia, instalação, pelo serviço de pós-venda, pela entrega e pelo crédito. É projetado no básico e, a partir disso, o consumidor define o que é importante, agregando-lhe valor. No processo de tomada de decisão quanto ao produto ou serviço, é importante que seja destacada a decisão de produtos individuais quando a questão se refere aos atributos do produto, já que são considerados os seguintes pontos: BRANDING Diz respeito à capacidade de criação e gerenciamento de marcas. EMBALAGEM Considera-se não apenas o recipiente, mas também o envoltório de um produto. ROTULAGEM Trata-se hoje de uma questão legal, que compõem as embalagens. No caso de produtos alimentícios, precisam constar todas as informações nutricionais. SERVIÇOS DE APOIO E ASSISTÊNCIA AO PRODUTO Importante a empresa avaliar aquilo que cria valor para os clientes e, em seguida, verificar se possui condições de oferecer tais serviços adicionais. Seja qual for a decisão tomada pela empresa ao lançar um produto no mercado, ela deve acima de tudo entender o comportamento do consumidor, de modo que os esforços não sejam em vão. Um ponto que deve ser destacado refere-se ao ciclo de vida do produto. As estratégias sofrem mudanças dependendo do estágio em que um produto estiver. EXEMPLO Um produto requer um esforço muito maior dos profissionais de marketing para que seja mantido no mercado. Criatividade e inovação, mesmo de maneira intrínseca, são exigências do consumidor moderno, digital, exigente e cada vez mais difícil de satisfazer. POR FIM, O “P” PROMOÇÃO DESTINA-SE À PROPAGANDA, PUBLICIDADE, PROMOÇÃO DE VENDAS, VENDA PESSOAL, RELAÇÕES PÚBLICAS E A MERCHANDISING. ALGUNS QUESTIONAMENTOS AQUI SERÃO: QUAL É O NÍVEL DE RENDA DOS CLIENTES? QUAIS SÃO OS PROGRAMAS DE TV ASSISTIDOS PELOS CLIENTES? COMO COMPRAM E A INTENSIDADE DA COMPRA? VALE A PENA O MERCHANDISING NO PDV? TRARÁ EFEITO? O composto promocional da empresa é uma mistura que envolve propaganda, promoção de vendas, relações públicas, venda pessoal e marketing direto. Promover um produto ou serviço é uma tarefa árdua, pois são tempos modernos e, com isso, as estratégias tornam-se rapidamente obsoletas. Além disso, tudo se comunica, afinal a utilização do marketing sensorial (relacionado aos cinco sentidos) está sendo cada vez mais importante na decisão de compra do consumidor. Vejamos o que cada ferramenta de promoção significa: PROPAGANDA Existe um patrocinador, trata-se de uma forma de promoção paga e chamada de não pessoal. Extremamente dispendiosa, mas possui um retorno muito satisfatório. PROMOÇÃO DE VENDAS Visa aumentar as vendas em um período de tempo predeterminado. VENDA PESSOAL Assim como a propaganda, também é muito cara, afinal visa a um atendimento personalizado e requer visitas presenciais aos clientes. MARKETING DIRETO Busca atingir os clientes potenciais sem intermediários, usando e-mail, mala direta ou telefone, por exemplo. A utilização de cada ferramenta dependerá das necessidades da empresa e dos tipos de produtos ou serviços comercializados por ela. O mercado consumidor deverá ser atingido de modo a efetivar as compras de acordo com o potencial que possuem. O processo de comunicação deve ser claro, transparente e principalmente integrado. Uma comunicação integrada de marketing permite garantir maior sucesso, pois oferece mensagens consistentes, claras e atraentes sobre tudo o que a empresa oferece ao mercado. Sendo assim, os elementos de comunicação devem ser muito bem trabalhados. Esses elementos são assim definidos: emissor, codificação, mensagem, meio, decodificação, receptor, resposta, feedback e ruído. ATENÇÃO Importante salientar que, a fim de se ter um processo de comunicação eficaz, é preciso uma definição clara do público-alvo, o qual é composto por clientes atuais e potenciais, entendendo as decisões de compra desses indivíduos e o que pode ou não os influenciar. Só com isso, a empresa conseguirá satisfazê-los. Toda organização direciona suas estratégias mercadológicas entendendo que o mix de marketing está voltado para o consumidor. Afinal, o mercado determina o que ele quer comprar, não aceita mais produtos que são criados sem considerar suas necessidades e seus desejos. Não basta a empresa criar, inovar ou comunicar se não levar em consideração estes fatores: A NECESSIDADE O DESEJO A RENDA O mix de marketing retrata as variáveis controláveis de marketing. Preço, praça, produto e promoção são relacionados à empresa e, embora o mercado tenha um impacto sobre eles, caberá à empresa decidir sobre lançamento, quanto cobrar, formatos de embalagens e tipo de distribuição a ser utilizada. Trabalharcada um desses itens do composto mercadológico é essencial para criação de valor para o cliente, afinal, desde a pesquisa de mercado até a chegada do produto na prateleira, o foco é um só: o cliente. De acordo com Alexandre Las Casas, (2005): ENQUANTO O MARKETING É UMA CIÊNCIA DESCRITIVA QUE ENVOLVE O ESTUDO DE COMO AS TRANSAÇÕES SÃO CRIADAS, ESTIMULADAS, FACILITADAS E VALORIZADAS, A ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING É UMA CIÊNCIA NORMATIVA QUE ENVOLVE CRIAÇÃO E OFERTA DE VALORES PARA ESTIMULAR A TRANSAÇÃO DESEJADA. (LAS CASAS, 2005, p. 36) MICROAMBIENTE E MACROAMBIENTE Cabe ao administrador de marketing conhecer o ambiente no qual pretende atuar, e a partir disso criar formas de atender ao seu público-alvo da melhor maneira possível. As informações são importantes nesse processo, pois ajudam a mostrar o caminho que a empresa deverá seguir e orientar os colaboradores acerca do mercado de atuação. O ambiente de marketing envolve todos os participantes da empresa, os chamados stakeholders, e os fatores externos. Em suma, microambiente e macroambiente formam esse ambiente, que muda o tempo todo, trazendo novas exigências. Cabe à empresa atender a essas novas exigências a fim de permanecer competitiva. Já conhecidas as variáveis controláveis de marketing, cabe ao administrador de marketing buscar as chamadas variáveis incontroláveis, visto que mudanças ambientais ocorrem devido a uma série de acontecimentos. No ano de 2020, a chegada do coronavírus mudou toda uma maneira de viver, o mundo passou por uma transformação. Isso ocorreu devido a uma variável natural, uma pandemia causada por uma doença que mudou o cenário mundial. Variáveis incontroláveis são forças naturais, políticas, legais, sociais, culturais, demográficas, econômicas e tecnológicas. Por fim, caberá à administração de marketing estabelecer os objetivos de marketing, planejar, coordenar e integrar as atividades de marketing, motivar os envolvidos em todo o processo e não se esquecer da avaliação e controle do desempenho das atividades. Dessa maneira, poderá fazer ajustes necessários sempre com o objetivo de manter a empresa no rumo certo em busca do alcance de metas, previamente definidas. Foto: Shutterstock.com A administração de marketing estará voltada para a gestão do marketing, visando aos resultados satisfatórios para a empresa sem esquecer dos stakeholders. Afinal, é um ciclo, e o que se pensa é o quanto o foco deve ser a satisfação. Uma vez satisfeitas as necessidades e os desejos do público-alvo, caberá à empresa criar novas estratégias, mas dessa vez visando à fidelização do público-alvo. ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING EM NUTRIÇÃO O especialista Danilo Prazeres abordará a administração de marketing em Nutrição. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. O MARKETING ESTÁ VOLTADO PARA AS NECESSIDADES DOS CLIENTES E, POR ISSO, DEVE CONHECER O PÚBLICO-ALVO. A PARTIR DISSO, DEVE OFERECER PRODUTOS E SERVIÇOS ESPERADOS PELO PÚBLICO-ALVO. DESSA FORMA, O MARKETING TRABALHA COM O CHAMADO COMPOSTO DE MARKETING. MARQUE A SEGUIR A OPÇÃO REFERENTE A ESSE MIX DE MARKETING: A) Preço, praça, produto e promoção B) Produto, praça, produção e promoção C) Produção, praça, produto e promoção D) Preço, praça, produto e produção E) Preço, produção, produto e promoção 2. CONSIDERANDO OS ESTUDOS ACERCA DA ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING, É IMPORTANTE OBSERVAR AS VARIÁVEIS CONTROLÁVEIS E NÃO CONTROLÁVEIS ORIGINADAS NO AMBIENTE EM QUE SE A ORGANIZAÇÃO ESTÁ INSERIDA. NESSE SENTIDO, ANALISE AS ASSERTIVAS ABAIXO E EM SEGUIDA MARQUE A OPÇÃO CORRETA: I) PREÇO E PRAÇA FAZEM PARTE DAS VARIÁVEIS INCONTROLÁVEIS. II) POLÍTICA, ECONOMIA E LEGISLAÇÃO SÃO VARIÁVEIS INCONTROLÁVEIS E A EMPRESA SOFRE IMPACTOS DESSAS FORÇAS. III) PRODUTO E PROMOÇÃO DEPENDEM DA EMPRESA, EMBORA ESTA VISE ATENDER ÀS NECESSIDADES DO MERCADO. A) Apenas a afirmativa I é verdadeira. B) As afirmativas I e II são falsas, apenas. C) As afirmativas II e III são verdadeiras, apenas. D) A afirmativa III é falsa, apenas. E) A afirmativa II é verdadeira, apenas. GABARITO 1. O marketing está voltado para as necessidades dos clientes e, por isso, deve conhecer o público-alvo. A partir disso, deve oferecer produtos e serviços esperados pelo público-alvo. Dessa forma, o marketing trabalha com o chamado composto de marketing. Marque a seguir a opção referente a esse mix de marketing: A alternativa "A " está correta. O mix de marketing é formado pelos Ps: preço, praça, produto e promoção. Preço diz respeito a todas as formas de pagamento, descontos e formas. Praça retrata o ponto de venda, a forma de distribuição, a localização física. Já o produto retrata a embalagem, o rótulo, as características físicas e o produto em si. A promoção é a divulgação do produto ou serviço e retrata a propaganda, o marketing direto e o merchandising, por exemplo. 2. Considerando os estudos acerca da administração de marketing, é importante observar as variáveis controláveis e não controláveis originadas no ambiente em que se a organização está inserida. Nesse sentido, analise as assertivas abaixo e em seguida marque a opção correta: I) Preço e praça fazem parte das variáveis incontroláveis. II) Política, economia e legislação são variáveis incontroláveis e a empresa sofre impactos dessas forças. III) Produto e promoção dependem da empresa, embora esta vise atender às necessidades do mercado. A alternativa "C " está correta. As variáveis incontroláveis são política, economia, legislação, cultura, tecnologia, entre outras. Dessa forma, a política, economia e legislação impactam diretamente a empresa, assim como o produto e a promoção estão ligados à competitividade de mercado. As variáveis incontroláveis precisam ser estudadas, de modo que as empresas estejam prontas para minimizarem ao máximo os impactos. Já as variáveis controláveis devem ser trabalhadas de modo a ajudar as empresas no aproveitamento de oportunidades. MÓDULO 2 Identificar a importância do Planejamento Estratégico de marketing, incluindo as oportunidades e ameaças do mercado de atuação, e o estabelecimento de metas PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE MARKETING PLANO DE MARKETING Vimos no módulo anterior o quanto é importante estudar o mercado e atender às necessidades e aos desejos dos consumidores-alvo. O marketing agora precisa de uma visão estratégica. Buscando formar sua base de clientes, a empresa precisa entender o que ocorre no mercado. Em busca da combinação de todos os fatores que impactam o mix de marketing, considera-se o planejamento, já que este determinará a melhor forma para atingir os objetivos de acordo com o ambiente no qual a empresa está inserida, observando as variáveis controláveis e incontroláveis. Las Casas (2005) ressalta que o planejamento de marketing inclui a previsão do futuro e o desenvolvimento de objetivos e estratégias que determinam quais as atividades de marketing, quando, como e onde devem ser desenvolvidas. Para o autor, esse é um processo contínuo, devido às modificações do ambiente. Embora o planejamento possa ser feito de maneira informal, é recomendado que seja feito de modo formal, pois permitirá o uso de ferramentas adequadas para o alcance dos objetivos. Portanto, é necessário que o gestor esteja atento a todas as informações necessárias para a estruturação de um plano de marketing completo. Imagem: Shutterstock.com Entende-se, portanto, que o plano de marketing é formal e se trata de um documento escrito, muito importante para todo o trabalho desenvolvido pela empresa. Nele constam informações importantes que devem ser acompanhadas, de modo a evitar que desvios ocorram. Porém, caso haja desvios, devem ser feitos ajustes para que a empresa volte a perseguir os objetivos. No plano de marketing, é essencial considerar a simplicidade, a praticidade e a flexibilidade, visto que todos os envolvidos devem conhecer e entender o funcionamento do plano, além de apresentar facilidade de adaptação caso algo ocorra no microambiente oumacroambiente. De acordo com Keller e Kotler (2006), o plano de marketing funciona em dois níveis: PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO (VISA AO LONGO PRAZO) No plano de marketing estratégico, são estabelecidos primeiramente os mercados-alvo, além da proposta de valor para o mercado e uma boa análise de oportunidades de mercado. PLANO DE MARKETING TÁTICO (ATUA NO MÉDIO PRAZO) No plano de marketing tático, são especificadas as táticas de marketing, além dos canais de vendas e serviços e das características do composto de marketing. A empresa moderna deve ser voltada para o plano de marketing, uma vez que a concorrência está muito acirrada e sem dúvida os objetivos devem estar claros para todos. O fato de toda a empresa ficar a par das informações necessárias ao bom andamento do plano remete a uma grande força, já que isso demonstra não apenas conhecimento, mas também união de todos os envolvidos no processo de criação de valor. Embora não se tenha uma regra definida, pode-se estabelecer alguns passos comuns a vários tipos de plano de marketing. Dessa forma, para efeito deste estudo, serão consideradas as seguintes etapas: 1 BUSCA DE INFORMAÇÕES E OPORTUNIDADES E PROBLEMAS ENCONTRADOS Na busca de informações, há uma análise ambiental. Em seguida, considera-se as ameaças e oportunidades, e as forças e fraquezas. Trata-se de um estudo detalhado e deve ser muito bem desenvolvido, diminuindo cada vez mais as chances de erro, maximizando, é claro, as possibilidades em se obter sucesso. OBJETIVOS DETERMINADOS Os objetivos são definidos de forma quantitativa e qualitativa. Devem ser claros, realistas e alcançáveis. Objetivos sem propósito são deixados de lado, não são respeitados pelos colaboradores; por isso, a palavra de ordem é foco. 2 3 DESENVOLVIMENTO DA ESTRATÉGIA No desenvolvimento de estratégia de marketing, define-se o público-alvo, o posicionamento e as estratégias de produto, preço, distribuição e promoção. Nesse item, é preciso reforçar que o estudo detalhado do mercado é fator-chave para o sucesso. Afinal, é preciso oferecer ao consumidor um atendimento melhor do que o da concorrência, não devendo haver espaço para erros. ORÇAMENTO O plano de ação considera as atividades desenvolvidas, os responsáveis, o período a ser desenvolvido e o quanto será gasto (orçamento). Caberá ao gestor definir qual é o melhor caminho para alcançar tais objetivos, logo, um plano de ação deve ser muito bem delineado, muito bem aplicado e executado, sem margens para desvios. 4 5 PROJEÇÃO DE VENDAS E LUCROS As projeções de vendas e lucros consideram o período, as vendas, os lucros e as observações gerais. Não há fórmula mágica, não há previsões sem fundamento, o que precisa ser feito é exatamente considerar aspectos reais sobre o que já ocorreu e ocorre, e a partir disso trabalhar no desenvolvimento de tais projeções. Terminada a elaboração do plano de marketing deverá haver uma comunicação formal para todos os executivos envolvidos na execução, de modo que todos entendam aquilo que é esperado e partam para a execução, visando à aplicação de tudo que foi planejado previamente. A falta de comunicação entre os colaboradores pode colocar em risco tudo o que foi feito até então, logo, é um ponto de atenção muito importante. ANÁLISE SWOT Desenvolver um plano de marketing não é uma tarefa tão fácil embora haja uma necessidade de simplicidade. Sendo assim, é preciso um estudo do ambiente externo, em que se observam oportunidades e ameaças, e do interno, considerando as chamadas forças e fraquezas. Trata-se de uma ferramenta de análise estratégica que tem por objetivos conhecer não apenas a própria empresa, como também o que ocorre no mercado. Por essa razão, o estudo deve ser profundo, considerando todos os aspectos que se julgam importantes para o desenvolvimento de futuras estratégias. Imagem: Shutterstock.com Vejamos a seguir como funcionam essas análises. ANÁLISE DE OPORTUNIDADES E AMEAÇAS (AMBIENTE EXTERNO) Conforme aprendemos, é preciso conhecer as chamadas variáveis incontroláveis, ou seja, as forças do macroambiente. Dessa maneira, as empresas entenderão as tendências mercadológicas, considerando o cenário econômico, político, cultural, legal, entre outros. A partir disso, passarão a desenvolver as estratégias mais adequadas ao alcance dos seus objetivos. Essas análises buscam identificar oportunidades em um mercado altamente exigente, desenvolver produtos e serviços atrativos e, acima de tudo, atender às exigências do público-alvo, lucrando com isso. Conforme Keller e Kotler (2006), existem três fontes principais de oportunidades de mercado: Oferecer um produto cuja oferta seja escassa. Oferecer um produto ou serviço de uma maneira nova ou superior. Oferecer um produto ou serviço totalmente novo. As oportunidades podem assumir várias formas, por isso os gestores de marketing devem estar atentos a tudo e aproveitar ao máximo cada sinal de oportunidade. Vejamos o exemplo abaixo: Foto: Shutterstock.com Devido à aprovação da ANVISA (2020) sobre novas normas de rotulagem nutricional, empresas que fabricam embalagens têm oportunidade de vender mais, afinal para que produtos sejam comercializados, há a necessidade de adequação às novas regras. Não há o que ser feito senão adequar-se à nova legislação. Estar atento ao mercado é sem dúvida essencial para alavancar o sucesso de uma empresa. Mas, atenção! Nem só de oportunidades vive um mercado. Existem as chamadas ameaças ambientais, que podem vir de uma mesma situação que uma oportunidade, ou seja, o que seria uma oportunidade para uma empresa pode perfeitamente ser uma ameaça para outra organização. Quando a gestão analisar as principais ameaças e oportunidades do mercado no qual atua ou deseja atuar, poderá, enfim, concluir o quanto o negócio é ou não atrativo, criando a partir daí suas estratégias competitivas. Contudo, não basta uma análise externa. É preciso que se tenha conhecimento do funcionamento da empresa, ou seja, fazer um estudo interno, concluindo a análise SWOT. Vejamos agora como funciona a análise interna. ANÁLISE DE FORÇAS E FRAQUEZAS (AMBIENTE INTERNO) Conhecer o mercado e suas oportunidades sem dúvida é crucial para qualquer empresa. Mas de nada adianta fazer uma análise e sequer poder aproveitar as oportunidades descobertas. Por isso, outro ponto essencial é conhecer as próprias limitações e as forças que permitem a empresa avançar. O negócio precisa conhecer suas fraquezas e, mesmo que não consiga agir em todos elas, pode focar nas mais ofensoras. Ao adquirir forças, a empresa poderá aproveitar as oportunidades existentes de uma melhor maneira. Desse modo, a empresa precisa maximizar cada vez mais suas forças e minimizar as fraquezas. ATENÇÃO As empresas devem pensar em criar valor para seus clientes. Pensar em um diferencial competitivo é fazer algo altamente voltado para o atendimento das necessidades do público-alvo, algo diferente daquilo que já vem sendo ofertado pelo concorrente. Vejamos um exemplo de Fraqueza e Força: Foto: Shutterstock.com Uma empresa X descobre uma grande oportunidade em que poderá ganhar milhões com a fabricação de novos produtos, mas verifica que não tem capacidade para produzi-los rapidamente. Logo, ela não poderá aproveitar a oportunidade. Ao invés de ter um ponto forte, essa empresa terá um ponto fraco. Foto: Shutterstock.com Na mesma situação, a empresa Y consegue atender a uma demanda por uma grande produção de novos produtos, pois sua capacidade produtiva é muito boa. Nesse caso, a empresa citada tem um ponto forte, logo, aproveitará a oportunidade e lucrará com isso. Após o estudo do ambiente interno, caberá à empresa ajustar pontos fracos e fortes para que esteja pronta para atender plenamente ao mercado. O que for fraqueza deve ser minuciosamente trabalhado para que não seja porta de entrada para ameaças, e as forças por sua vez devem ser usadas para que as oportunidades sejam aproveitadas.ESTABELECENDO METAS Com as análises internas e externas, o gestor terá concluído a chamada análise SWOT, e a partir daí deverá estabelecer metas, ou seja, objetivos com prazos a serem cumpridos. Certamente, inovação, aumento do faturamento e aumento de participação de mercado são alguns objetivos que a empresa precisa buscar. A extensão do mercado de atuação não dependerá apenas das necessidades e desejos dos participantes, mas também, e principalmente, do fator renda. Ao estabelecer metas, faz-se necessário conhecer todas as variáveis que podem impactar a colocação destas em prática, lembrando que mesmo com o estudo desse mercado previamente é possível que não sejam conhecidas todas essas variáveis. Imagem: Shutterstock.com Conforme Armstrong e Kotler (2007, p.44), “a implementação de marketing é o processo que transforma os planos de marketing em ações para que os objetivos estratégicos de marketing sejam atingidos”. Esses objetivos devem seguir quatro importantes critérios: 1 Os objetivos devem ser dispostos hierarquicamente, conforme grau de importância. Os objetivos devem ser, prioritariamente, quantitativos. 2 3 Sem dúvida, os objetivos precisam ser realistas. Todos os objetivos precisam ser consistentes. 4 Resumindo, as empresas e todos os seus stakeholders devem estar voltados para metas consistentes, coerentes com o negócio e com o mercado que atuam. É importante acompanhar todo o planejamento feito, de modo a ajustá-lo, caso seja necessário. O mercado possui necessidades e desejos próprios, e caberá à empresa e aos seus administradores não apenas conhecê-los, mas também atender aos desejos do público-alvo. SAIBA MAIS O marketing utiliza-se de ferramentas muito eficazes no que tange à busca por diferencial competitivo, basta que as empresas as utilizem da melhor maneira, visando ao cumprimento da missão social e financeira as quais se propuseram. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM NUTRIÇÃO O especialista Danilo Prazeres abordará o planejamento estratégico, tático e operacional em alimentos. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. AS ANÁLISES DAS OPORTUNIDADES DEVEM SER VOLTADAS PARA O CONHECIMENTO DAQUILO QUE O MERCADO-ALVO BUSCA A LONGO PRAZO. O PLANO DE MARKETING É VOLTADO PARA A OFERTA DE PRODUTOS ADEQUADOS A MÉDIO PRAZO. SENDO ASSIM, MARQUE A SEGUIR A OPÇÃO REFERENTE AOS DOIS NÍVEIS CONSIDERADOS NO PLANO: A) Estratégico e tático. B) Estratégico e operacional. C) Tático e operacional. D) Operacional e emergencial. E) Emergencial e tático. 2. A ANÁLISE SWOT REFERE-SE A UMA FERRAMENTA ESTRATÉGICA QUE APÓS REALIZADA DEVE DAR ORIGEM À FORMULAÇÃO DE METAS IMPORTANTES PARA A EMPRESA. NESSE SENTIDO, A ANÁLISE SWOT É FORMADA POR A) forças e fraquezas, oportunidades e ameaças. B) sobrevivência, forças, oportunidades e fraquezas. C) ameaças, sobrevivência, forças e fraquezas. D) forças, ameaças, oportunidades e sobrevivência. E) trocas, oportunidades, ameaças e forças. GABARITO 1. As análises das oportunidades devem ser voltadas para o conhecimento daquilo que o mercado-alvo busca a longo prazo. O plano de marketing é voltado para a oferta de produtos adequados a médio prazo. Sendo assim, marque a seguir a opção referente aos dois níveis considerados no plano: A alternativa "A " está correta. O plano de marketing é importante para entendermos não apenas para onde vai a empresa, mas também o que ela oferecerá, a quem irá atender. Dessa forma, pensar estrategicamente é considerar o longo prazo. Já as questões táticas são tratadas a médio prazo e operacionalmente falando, teremos o curto prazo. 2. A Análise SWOT refere-se a uma ferramenta estratégica que após realizada deve dar origem à formulação de metas importantes para a empresa. Nesse sentido, a análise SWOT é formada por A alternativa "A " está correta. A análise SWOT é uma ferramenta estratégica que estuda as forças e as fraquezas do ambiente interno e as ameaças e oportunidades do ambiente externo. Dessa forma, conhecê-las torna-se essencial para o desenvolvimento de estratégias competitivas sustentáveis, pois serão estruturadas para que a empresa consiga resultados satisfatórios. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Observamos conceitos importantes relacionados ao marketing e entendemos o motivo pelo qual a empresa deve buscar desenvolver estratégias mercadológicas considerando o contexto gerador de novos negócios ou a manutenção daqueles já existentes. Como vimos, as empresas precisam de um esforço maior para chegar ao cliente final, não sendo suficiente apenas criar e oferecer um produto a um mercado qualquer sem conhecê-lo, do contrário poderá haver uma miopia de posicionamento e, com isso, a possível rejeição do produto ou serviço. Além disso, entendemos o mix de marketing e a importância da administração de marketing para as empresas contemporâneas, seus objetivos e seu campo de atuação, bem como o caminho a ser percorrido para o estabelecimento de metas consistentes e coerentes, como a estrutura da empresa e do mercado. Em nosso estudo, pudemos perceber o quanto é importante a análise das oportunidades do mercado, pois disso depende o sucesso ou fracasso de uma empresa moderna. A utilização de pontos fortes e fracos para o aproveitamento das oportunidades deve ser um ponto de atenção para as empresas. Além disso, trabalhar o plano de marketing é uma tarefa real que o gestor possui, trata-se de uma ferramenta necessária para o desenvolvimento de vantagem competitiva sustentável, tendo em vista que as empresas vivem em um ambiente cada vez mais hostil e competitivo. O desenvolvimento de metas considera o estudo desses mercados, destacando as análises internas e externas, e observa a necessidade de objetivos coerentes conforme a realidade do mercado e, principalmente, da capacidade da empresa. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ANVISA. Anvisa aprova norma sobre rotulagem nutricional. Publicado em: 7 out. 2020. Consultado na internet em: 21 jun. 2020. ARMSTRONG, G.; KOTLER, P. Princípios de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2007. DIAS, S. R. D. Gestão de marketing: professores do departamento de Mercadologia da FGV-EAESP e convidados. São Paulo: Saraiva, 2003 KELLER, K. L.; KOTLER, P. Administração de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2007. LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios e casos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2005. MORSCH, M. A.; SAMARA, B. S. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo: Pearson, 2006. YANAZE, M. H. Gestão de Marketing e Comunicação: avanços e aplicações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo, leia: O artigo O planejamento estratégico de marketing e o plano de negócios, de Helgo Max Seitz, encontrado no site da Universidade Católica de Santos. O artigo Considerações sobre o Conceito de Marketing: teoria e prática gerencial, dos doutores Carlos de Brito Pereira, Geraldo Luciano Toledo e Luciano Augusto Toledo, para conhecer a abordagem da dinâmica do marketing. Você pode encontrá-lo no portal de periódicos da UFBA. A matéria Para onde crescer dentro da área de Marketing”, publicada por Marcelo Miyashita no site Mundo do Marketing. CONTEUDISTA Alexsandre de Castro CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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