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TCC-INCLUSÃO DIGITAL

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Inclusão Digital na Educação Básica: 
Nativos Digitais e Imigrantes Digitais 
 
André Moreira 1 
 
Resumo 
Elaboramos um estudo com foco na Inclusão Digital na Educação Básica pela 
importância do progresso digital ter trazido consigo, formas de se relacionar, 
trabalhar e estudar diferentes daquelas anteriormente vividas apontando os desafios 
na aprendizagem e os modelos efetivos para a inclusão digital na educação básica. 
Com objetivos pautados em discutir a utilização das TDIC como instrumentos 
mediadores da aprendizagem dos nativos digitais, avaliando as mudanças nas 
interações sociais na sociedade contemporânea que contribuem para a constituição 
da subjetividade dos jovens, indicando e pensando no papel da escola frente a esse 
novo normal. Reafirmamos a necessidade do reconhecimento por todos que de fato 
a internet possibilita o exercício da liberdade de expressão de uma forma jamais 
realizada antes pela história humana, examinando as mudanças geracionais a partir 
de um viés discursivo e de caráter interdisciplinar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Inclusão Digital. Nativos Digitais. Imigrantes Digitais. 
Tecnologias Digitais. Desigualdade e Direitos. 
 
1. Introdução 
O estudo realizado com foco na Inclusão Digital na Educação Básica se 
deu devido a importância do progresso digital ter trazido consigo, formas de se 
relacionar, trabalhar e estudar diversas daquela anteriormente vividas. Surgindo 
então a linha de pesquisa: Inclusão Digital na Educação Básica, acompanhada de 
 
1 Graduando em Pedagogia/8º Período na Faculdade Única. E-mail: amoreira970@gmail.com 
 
 
1 
seu problema de pesquisa: “Quais principais impactos a sociedade vivencia na 
inclusão digital da educação básica”. Durante as análises sistemáticas de todo 
material escolhido para estudo, aprofundou-se na fundamentação teórica, e como 
objeto de estudo para endossar ainda mais o trabalho, decidiu-se então destrinchar 
o termo nativo digital, que após realizada a descoberta, abre-se então um leque de 
entendimento e desmistificação do surgimento da inclusão digital e seus benefícios. 
A escolha desse tema se deu devido ao atual momento em que estamos 
passando, diante do confinamento causado pela pandemia do COVID-19, momento 
este que abriu as portas para o uso de novas tecnologias para as pessoas se 
conectarem e se aproximarem das ferramentas digitais que muito nos auxiliam no 
dia a dia, nos descrevendo de fato como nativos digitais, pois não conseguimos viver 
sem a utilização desse universo de possibilidades tecnológicas. 
Segundo Tavares & Melo (2019), o termo nativo digital tornou-se conhecido 
através do trabalho desenvolvido pelo educador Prensky (2001), quando se referiu a 
uma geração de crianças e adolescentes que atraíram a atenção, uma geração que 
ele identificou como nativo e falante de uma linguagem tecnológica digital. Os 
nativos digitais podem ser entendidos como aqueles nascidos após o surgimento da 
Internet e não podem imaginar o mundo sem ele, enquanto os nascidos antes da 
Internet e que tiveram que se adaptar a ela começaram ser chamados de imigrantes 
digitais. Assim cresceram os nativos digitais. Para Prensky, (2001) nativos digitais 
são aqueles nascidos após 1990. Aquela geração que iniciou sua vida acadêmica e 
profissional imersa no mundo digital fazendo com que os métodos de ensino fossem 
mediados pela tecnologia. Segundo Lalueza, Crespo, & Camps, (2010), o avanço da 
tecnologia, aliado a uma geração que está acostumada a interagir socialmente 
através da internet, resultou em jovens altamente aptos a manipular tecnologia. Essa 
habilidade permitiu que os nascidos a partir de 1990 vivessem a tecnologia de forma 
mais intensa que suas gerações anteriores. 
Tecnologias essas, cada vez mais importantes para o aprendizado das 
próximas gerações. Os jovens que já nascem com tecnologia no seu dia a dia são 
chamados “nativos digitais”, cada vez mais acostumados com recursos tecnológicos. 
As TDICs, assim como as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), 
representam diferentes mídias, porém agregam as mídias digitais. As TICs 
correspondem às tecnologias que mediam os processos informacionais e 
 
 
2 
comunicativos das pessoas, como, por exemplo, o Jornal, Rádio ou TV. Já as TDICs 
englobam equipamentos digitais, tais quais computadores, lousa digital, dentre 
outros. A Internet é uma das principais TDICs e possui uma vasta amplitude de 
usos. Com isso, o estudante pode facilmente navegar pela web, causando 
distrações. É importante que o aluno tenha foco e discernimento no que fazer, tarefa 
que é facilitada a partir da estruturação e objetividade do conteúdo apresentadas 
pelo professor. Com um objetivo claro e definido, as chances de o estudante se 
dispersar durante seu tempo na Internet ficam cada vez mais baixas, o que facilita 
muito o ensino híbrido. 
Como metodologia utilizou-se a revisão bibliográfica que diz respeito a um 
estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, 
revistas, jornais, redes eletrônicas, ou seja, material acessível ao público em geral. 
Após a escolha do tema, definição do levantamento bibliográfico preliminar e 
formulação do problema, foi elaborado um plano provisório sobre o assunto. A etapa 
exploratória teve como principal objetivo apresentar uma análise do problema, tendo 
como principal forma a pesquisa bibliográfica. 
A estratégia assumida foi o ponto inicial do projeto de pesquisa que, 
paulatinamente, assumiu o perfil definitivo a partir das mudanças absorvidas com o 
aprofundamento da leitura e com o consequente amadurecimento dos 
entendimentos e pretensões em torno da pesquisa. Essas fontes foram utilizadas na 
pesquisa, sendo incorporadas à bibliografia. As partes da leitura do material 
bibliográfico tiveram como objetivo verificar as obras que interessam ao trabalho. 
 
 
 
 
2. Referencial teórico 
A revisão bibliográfica a seguir tem como objetivo verificar as obras que 
interessam ao trabalho, focadas na tecnologia na educação, os nativos digitais e os 
imigrantes digitais. Neste capitulo os autores demonstram os pontos fortes e fracos 
da modernização das práticas pedagógicas e a relação com a aprendizagem em 
períodos cotidianos. 
 
 
3 
O estudo segue pelos pontos de inovação da comunicação no processo de 
aprendizagem, apontando um desafio para dos profissionais de pedagogia e conduz 
aos constantes avanços do mundo tecnológico e as atividades de ensino. Fica 
evidente, neste capitulo, o entusiasmo do autor com a velocidade das constantes 
mudanças, associadas a uma possível sensibilidade do método simples de 
passagem de conteúdo. 
O autor tem seu foco de pesquisa às técnicas para a difusão social de 
conhecimento científico e tecnológico, tendo como elemento motivador os 
acelerados avanços tecnológicos. Normalmente, quando o termo tecnologia é 
utilizado, o foco está no computador, definido por Lima Júnior (2005) como uma 
reflexão ou uma extensão do modus operandi do pensamento humano, capaz de 
elaborar abstrações em vários contextos transformando o mundo ao seu redor. 
Lima Júnior (2005) não define tecnologia apenas como o uso de equipamentos, 
máquinas e computadores, nem como mecânica, ligada à ideia de produtividade 
industrial, seu conceito é muito mais completo e se refere à matriz em um processo 
criativo pelo qual o ser humano utiliza recursos materiais e imateriais ou os cria a 
partir do que está disponível na natureza e em seu contexto experimental, a fim de 
encontrar soluções para os problemas de sua vida cotidiana, indo além deles. O autor 
em suas abordagens foca a Tecnologia de Informação e Comunicação, Educação e 
Contemporaneidade; ciência da saúde (psicanálise); Geração e Difusão social do 
Conhecimento. 
Quanto aos nativos digitais, segundo Tavares & Melo (2019), o termo nativo 
digitaltornou-se conhecido através do trabalho desenvolvido pelo educador Prensky 
(2001), quando se referiu a uma geração de crianças e adolescentes que atraíram a 
atenção, uma geração que ele identificou como nativo e falante de uma linguagem 
tecnológica digital. Os nativos digitais podem ser entendidos como aqueles nascidos 
após o surgimento da Internet e não podem imaginar o mundo sem ele, enquanto os 
nascidos antes da Internet e que tiveram que se adaptar a ela começaram ser 
chamados de imigrantes digitais. 
Ainda para Tavares & Melo (2019), nativos digitais são os sujeitos que estão 
em contato com o idioma do computador, dos videogames e da Internet em geral 
desde tenra idade. Eles são nativos dessa linguagem e, nos primeiros anos, já são 
atraídos e se adaptam facilmente às tecnologias digitais. Também existem sujeitos 
 
 
4 
que não nasceram parte da revolução digital, mas que assistiram ao nascimento e se 
adaptaram a eles, os chamados imigrantes digitais. Os imigrantes digitais, 
diferentemente dos nativos digitais, passaram pela progressiva evolução da era da 
informação, viveram o mundo sem a dependência atual da tecnologia em nossas 
vidas diárias, testemunharam seu nascimento rudimentar e hoje, eles processam ou 
tentam gerenciar tecnologias diariamente. 
Conforme Mello e Vicária (2008) apud cit Tavares & Melo (2019), com relação 
às crianças nativas digitais, há uma série de comportamentos observáveis que 
indicam familiarização precoce com a mídia. As crianças mostram uma atração 
precoce por fotos e vídeos digitais; intimidade com o computador ao reconhecer os 
ícones de certas funções operacionais, eles sabem como abrir programas e jogar com 
jogos virtuais sem maiores dificuldades ou explicações e, às vezes, mesmo antes de 
terem desenvolvido os procedimentos de leitura e escrita, eles já estão começando 
seus relacionamentos em redes sociais. 
Para finalizar, acreditamos que estas obras sejam direcionadas para todas as 
pessoas que estimam o conhecimento em especial aos discentes; docentes, 
pesquisadores da área da educacional, pois os autores mergulharam em fatos 
cotidianos, abordando cenários de extrema sensibilidade para toda comunidade 
educacional que vivencia a inclusão digital na educação básica, constatando que a 
tecnologia aliada à educação promove a cidadania, pois, estimula a produção de 
saberes, democratiza o acesso a informação e ao conhecimento e potencializa a 
emancipação social. 
 
 
 
 
 
3. O uso das tecnologias no ambiente escolar e suas facetas: 
Desigualdades e Direitos cerceados. 
Após a examinar as mudanças geracionais a partir de um viés discursivo de 
caráter interdisciplinar dos nativos e imigrantes digitais, podemos enfatizar que 
acreditamos no poder transformador da tecnologia e na importância da inclusão 
 
 
5 
digital para a educação básica, e no contexto geral dos diferentes níveis do 
conhecimento. 
O primeiro passo para um avanço nessa transformação e alcance da inclusão 
digital para todos é a criação de projetos e programas de incentivo e de destinação 
de verbas para compra de computadores para as escolas públicas, e o segundo 
passo é propiciar desenvolvimento e suporte tecnológico para professores do ensino 
fundamental e na formação de jovens em tecnologia de programação e ferramentas 
digitais para o mercado de trabalho. É necessário a criação de políticas públicas 
voltadas para essas questões. 
O acesso a essas ferramentas tecnológicas geram grandes resultados dentro e 
fora das escolas, vejamos: O Conhecimento, abrir as janelas do conhecimento é o 
primeiro benefício da inclusão digital. O acesso a diferentes culturas, saberes locais 
dos mais remotos cantos do planeta e todo tipo de informação que se desejar a um 
clique precisa ser possível a muito mais pessoas. O conhecimento existe para ser 
compartilhado e multiplicado. Cidadania, o acesso à cidadania também pode ser 
potencializado com a inclusão digital. Serviços online como a emissão de 
documentos pessoais, o levantamento de direitos ou de informações oficiais de 
entidades ou do governo, e transações bancárias facilitam a vida de quem hoje tem 
essa vantagem. Empregabilidade, a inclusão digital pode incidir positivamente na 
empregabilidade e renda. 
Estar familiarizado com as tecnologias da informação gera mais e melhores 
oportunidades de emprego à medida que este conhecimento amplia o leque de 
vagas, sem contar que facilita o acesso a cadastros para postos de trabalho já 
existentes ou futuros e por último o desenvolvimento cognitivo, se utilizada da forma 
correta, a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa a favor do ensino, 
contribuindo para o aprendizado e desenvolvimento cognitivo das crianças. Imagens 
comunicam mais do que palavras e facilitam a construção de conceitos relevantes. 
Além disso, a velocidade dos cliques favorece o desenvolvimento do pensamento 
ágil e lógico e colabora para a flexibilidade do raciocínio. 
Sabemos que muitos ainda não tem acesso a internet através do computador, e 
sim apenas pelo celular, fato este comprovado pela pesquisa TIC EDUCAÇÃO 2019, 
feita pelo Cetic.Br, que mostra que grande parte dos estudantes não tem 
computadores em casa. Também é significativa a quantidade de estudantes que 
acessam a rede exclusivamente pelo celular, veja o gráfico a seguir: 
 
 
6 
Fonte:CGI.BR/NIC.BR, Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da 
Informação (Cetic.br) 
Entre as várias faces no contexto escolar, uma das mais inaceitáveis é o 
abismo educacional, acentuado pelo atraso da inclusão digital. Infelizmente existem 
ao menos 4,8 milhões de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos sem acesso à 
internet no Brasil, conforme dados da pesquisa TIC Kids Online 2019. 
A pesquisa tem como objetivo gerar evidências sobre o uso da Internet por 
crianças e adolescentes no Brasil. Realizada desde 2012, a pesquisa produz 
indicadores sobre oportunidades e riscos relacionados à participação on-line da 
população nesta faixa etária no país. Muitos não têm inclusive um aparelho para 
usá-la, como celular ou computador. Essa realidade é vivenciada por uma parcela 
dos alunos de escolas públicas, por isso é importante que as instituições e gestores 
públicos busquem estratégias para promover a inclusão digital. Observa-se que 
estudantes com menos condições econômicas têm menos acesso à tecnologia, 
recurso que em tempos de pandemia e de isolamento social é um fator determinante 
para a continuidade do ensino. 
 
 
7 
Com um olhar aprofundado, percebemos que o gráfico aponta o uso do 
celular nas escolas de diferentes regiões brasileiras e nós sabemos através de 
estudos os vários tipos de desigualdades sociais, no entanto, as desigualdades não 
se limitam apenas a fatores como cor, posição social e raça, ainda convivemos com 
as desigualdades regionais, que se referem às desigualdades entre as regiões, entre 
estados e entre cidades. Freitas (2021) afirma: 
 Levando em conta o panorama da pobreza nos estados, a região Nordeste, 
nessa região se encontra os estados que possuem maior concentração de 
pessoas com rendimento de até meio salário. Outra disparidade marcante 
entre o Centro-sul e o Nordeste está no desenvolvimento humano. O 
desenvolvimento humano avalia a qualidade de vida de uma população, em 
nível nacional, estadual e municipal. Tal avaliação requer estudos e 
cruzamentos de dados estatísticos. Isso pode ser realizado por vários 
órgãos, públicos ou privados, dependendo do interesse ou abordagem, 
embora o órgão oficial brasileiro seja o IBGE (Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística). O primeiro passo é coletar os dados através do 
censo nacional e, a partir daí, pode-se estabelecer comparações entre os 
estados. 
A partir desses fatos, verifica-se que dentro de um país pode haver vários 
tipos de desigualdades que podem ser decorrentesde vários fatores (históricos, 
econômicos, sociais etc.), e essas desigualdades acabam por impactar no cenário 
educacional, mostrando que ainda existe um abismo tecnológico entre as regiões do 
país. 
O fator socioeconômico está presente na temática da nossa discussão, por 
que se faz necessário considerar essas questões para de fato reconhecer o caminho 
percorrido pela Inclusão Digital, fator investigado nesse trabalho. Deixamos expostos 
os principais impactos oferecidos e percebidos pela sociedade que vivencia a 
inclusão digital na educação básica e o papel do educador frente a esses desafios. 
O ambiente sociocultural do indivíduo é rodeado pela informática nas mais 
diversas situações do seu cotidiano. A educação e a escola, que visam à formação 
integral deste indivíduo, precisam explorar, o melhor possível, esta ferramenta. Não 
há mais possibilidade de se ignorar a presença do computador na sociedade 
moderna. Entretanto, é necessário que não se supervalorize esta ferramenta. Como 
afirma Papert (1985) "(...) o computador por si mesmo não pode mudar os 
pressupostos existentes (...) que separam o cientista do educador, o técnico do 
humanista (...) O computador aumentou os riscos, tanto para a nossa inércia quanto 
para nossa superação dos pressupostos. É importante que se tenha em mente que 
o computador não fará o processo pedagógico acontecer de forma mais adequada, 
mas sim de um modo diferente, no próprio cotidiano de cada indivíduo. 
 
 
8 
Assim como Freitas(2021) com seu olhar para o fator socioeconômico e 
cultural, podemos trazer a luz outra explicação da geração atual, conhecida como 
nativos digitais ou ainda como geração Z, segundo PORFÍRIO (2021): 
Também chamados de nativos digitais, quem nasceu na geração Z tem uma 
íntima relação com o mundo digital, com a internet e com a informática. São 
pessoas que cresceram jogando videogames, que acompanharam de perto 
as inovações tecnológicas e que gostam de consumir essas inovações 
quando possível. É uma geração que não costuma criar muitos vínculos 
duradouros com as pessoas. São pessoas que aprenderam a relacionar-se 
pelas redes sociais e por aplicativos, que evitam sair de casa. Quando 
podem, usam serviços delivery para não precisarem sair. Isso também 
evidencia uma forte característica dessa geração: a desigualdade social. 
Entre idas e vindas, citando os meios e ferramentas digitais e o acesso a elas, 
sempre voltamos a esbarrar nos desafios, então, como diminuir a desigualdade e o 
abismo entre as diferentes camadas e gerações? A inclusão social, econômica e 
política pode ser entendida como o conjunto de meios e ações que combatem a 
exclusão aos benefícios da vida em sociedade, oferecendo igual acesso à bens e 
serviços para todos; Esta exclusão é causada por diferenças de classe social, 
educação, idade, deficiência, gênero, religião e preconceitos em geral. 
Portanto, inicialmente necessitamos de uma exclusão de políticas públicas e 
leis que gerem quaisquer tipos de exclusão. Outro detalhe importante é a 
necessidade de criação de legislações e políticas públicas inclusivas, que afastem 
as desigualdades e exclusões de quaisquer formas, como por exemplo, a 
Declaração Universal De Direitos Humanos, que foi aprovada na Assembleia Geral 
da ONU em 1948, e é considerada até hoje como base da luta contra a opressão e 
discriminação das pessoas, tendo como fundamento básico a defesa da igualdade e 
da dignidade da pessoa humana. Em alguns de seus artigos, fica explícita a 
proteção à Igualdade, in fine: 
Artigo 1º: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. 
São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com 
espírito de fraternidade. 
Artigo 2º:Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades 
estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, 
cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou 
social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Não será tampouco feita 
qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou 
território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, 
 
 
9 
sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de 
soberania. 
Artigo 7º Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, 
a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer 
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal 
discriminação. 
O que acontece com esses direitos? Quem vai à luta para garantir que sejam 
mantidos e cumpridos? Vários são os questionamentos que vão surgindo sem 
respostas. Pode-se perceber que o Estado não possui políticas públicas suficientes 
e eficazes para uma verdadeira redução nas desigualdades, mesmo com as 
algumas ações já realizadas, não se conseguiu chegar, até hoje, a uma redução 
significativa nas desigualdades, e por tanto, entende-se que o Poder Público não se 
utiliza do objetivo de desenvolvimento sustentável. 
Daí, a importância de “manter-se em estado de luta e de estudos” (Henrique 
Sobral, 2021). Do conhecimento mais simples ao mais complexo, ninguém nasce 
sabendo, todos passam por um longo processo. E o vetor que leva a cada pequeno 
passo dessa longa jornada é sempre ele: o professor. Nos últimos anos, a missão de 
ensinar ganhou aliados de peso: a internet e as novas tecnologias, que facilitam o 
acesso a novos conhecimentos, auxiliando nas interações sociais na sociedade 
contemporânea que contribuem para a constituição da subjetividade das crianças e 
jovens. Essa é uma arma poderosa no enfrentamento as desigualdades e é o 
caminho para que de fato aconteça a inclusão digital em nossos ambientes de 
ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
4. Considerações Finais 
Partindo do pressuposto que "aprender é fazer", o computador pode e deve 
ser visto como uma ferramenta cognitiva que pode facilitar a estruturação do 
trabalho, viabilizando a descoberta, oferecendo condições propícias para a 
construção do conhecimento. Para tanto este trabalho justifica-se como a 
informática/ inclusão digital deva ser compreendida de maneira mais ampla do que o 
simples acesso ao computador, a Inclusão Digital é um conceito que engloba as 
novas tecnologias da informação e comunicação, a educação, o protagonismo, 
possibilitando a construção de uma cidadania criativa e empreendedora. A Inclusão 
Digital é um meio para promover a melhoria da qualidade de vida, garantindo maior 
liberdade social, gerando conhecimento e troca de informações. 
A inclusão digital nas escolas pode proporcionar um espaço de aprendizagem 
lúdico e dinâmico com participação ativa dos alunos. Esse engajamento é essencial 
para o desenvolvimento do senso crítico e de aprendizado do conteúdo proposto 
pela grade curricular da instituição de ensino, estreitando laços e diminuindo os 
conflitos sociopolíticos existentes em nossa sociedade. Esses conflitos entre 
gerações é um tema complexo e resgata um debate extenso, porque possui diversos 
níveis de abstração e permite ser estudado por distintos e variados prismas teóricos. 
A reflexão, mesmo assim, é urgente, por diversos fatores: relevância histórica, 
compreensão cultural, prospecto de tendências, discussão da diversidade, dentre 
outros. Portanto, repensar a proposta de Prensky (2001; 2012) sobre nativos e 
imigrantes digitais se faz necessário, ainda mais agora, em que vivemos um 
momento peculiar de crise dos modelos identitários. 
Considerando esse cenário, foi cumprido o objetivo de examinar as mudanças 
geracionais a partir de um viés discursivo de caráter interdisciplinar. Para isso, 
relacionamos as contribuições de Prensky (2001), Lima (2005, 2007), LALUEZA, 
CRESPO, CAMPS, (2010), respeitando as diferenças epistemológicas de cada 
estudioso e área.Amparados por esses estudos, também abordamos, de forma 
geral, como essas mudanças geracionais estavam sendo tratadas pelas políticas 
educacionais brasileiras e como as TICs estavam sendo inseridas no Ensino Básico. 
Finalizando, reafirmamos a necessidade do reconhecimento por todos que de 
fato a internet possibilita o exercício da liberdade de expressão de uma forma jamais 
realizada antes pela história humana. Qualquer usuário pode expressar, mediante 
mensagens escritas, postagens de vídeos e áudios, seus pensamentos, ideias, 
 
 
11 
ideais, posicionamentos ideológicos, religiosos, econômicos, políticos, culturais, 
artísticos, esportivos, e, desabafos sentimentais. A internet é um canal poderoso de 
comunicação, que permite a qualquer indivíduo expressar-se com quem quiser na 
medida da sua liberalidade ou da sua patologia. 
A inclusão digital permanece como expressão usada para definir a 
incorporação e a democratização de tecnologias na aprendizagem dos estudantes. 
No ambiente escolar, a inclusão digital faz-se ainda mais necessária, pois, possibilita 
o acesso ao conhecimento de modo amplo para todas as faixas etárias e classes 
sociais, o que influencia diretamente na qualidade de vida das pessoas e no 
crescimento da sociedade como um todo, contemplando os nativos digitais que são 
a geração de jovens nascidos a partir da disponibilidade de informações rápidas e 
acessíveis na grande rede de computadores e os imigrantes digitais que são as 
pessoas que nasceram antes de 1980, em sua maioria os educadores de hoje, 
podem ser consideradas imigrantes digitais. Ou seja, aqueles que estão tentando se 
engajar na grande quantidade de inovações que estão por toda a parte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
5. Referências Bibliográficas 
SILVA, Henrique Dias Sobral. Metodologia Cientifica. Ipatinga: Faculdade Única, 2021. 
Disponível em 
https://storage.solucoesdidaticas.com.br//materialapoio/44/c44871d6a36d2239d9e4a613b25
5421e.pdf. Acesso em: 02 nov. 2021. 
Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, Disponível em: 
https://doi.org/10.1590/1809-584420149. Acesso em 03 de Novembro de 2021. 
Tavares, V. S. Melo, R.B. Possibilidades de aprendizagem formal e informal na era 
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Educacional. v.23: e183039 
PRENSKY, Marc. Nativos digitais, imigrantes digitais. [S. l.: s. n.], 2001. Disponível 
em:<https://docs.google.com/document/d/1XXFbstvPZIT6Bibw03JSsMmdDknwjNcYm7j1a0
noxY/edit> Acesso em: 03 de Novembro. 2021. 
LALUEZA, José Luis; CRESPO, Isabel; CAMPS, Silvia. As tecnologias da informação e da 
comunicação e os processos de desenvolvimento e socialização. In: COLL, César; 
MONEREO, Charles. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias 
da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 47-65. 
LIMA JUNIOR, A. S. Tecnologias Inteligentes e Educação: currículo hipertextual. Rio de 
Janeiro: Quartet, 2005. 222p. 
LIMA JUNIOR, A. S.. A escola no contexto das tecnologias de comunicação e informação: 
do dialético ao virtual. Salvador: EDUNEB, 2007. 
PRENSKY, Marc. Nativos digitais, imigrantes digitais. [S. l.: s. n.], 2001. Disponível 
em:<https://docs.google.com/document/d/1XXFbstvPZIT6Bibw03JSsMmdDknwjNcYm7j1a0
noxY/edit> Acesso em: 10 de Novembro de 2021. 
Tavares, V. S. Melo, R.B. Possibilidades de aprendizagem formal e informal na era digital: o 
que pensam os jovens nativos digitais? (2019) Psicologia Escolar e Educacional. v.23: 
e183039 
TIC-EDUCAÇÃO-2019/Cetic.Br. Disponível em: 
https://cetic.br/pt/pesquisa/educacao/analises/. https://cetic.br/pesquisa/kids-online/. Acesso 
em17 de Novembro de 2021. 
PAPERT, Seymour. LOGO: Computadores e Educação. São Paulo: Brasiliense, 1985. 
(edição original EUA 1980). 
FREITAS, Eduardo de. "Desigualdades Regionais"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/desigualdades-regionais.htm. Acesso em 07 de 
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PORFÍRIO, Francisco. "Geração Z"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/geracao-z.htm. Acesso em 07 de dezembro de 
2021. 
 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, Disponível em: 
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acesso em 07 de 
Dezembro de 2021. 
https://storage.solucoesdidaticas.com.br/materialapoio/44/c44871d6a36d2239d9e4a613b255421e.pdf
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https://doi.org/10.1590/1809-584420149
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https://cetic.br/pt/pesquisa/educacao/analises/
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https://brasilescola.uol.com.br/brasil/desigualdades-regionais.htm
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