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Leiomiomas: Tumores Benignos do Músculo Liso

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Leiomiomas
São tumores benignos do músculo liso
(miométrio), contendo também tecido
conjuntivo. São as neoplasias mais comuns nas
mulheres. Além disso, são tumores sensíveis ao
estrogênio e à progesterona → por isso são mais
frequentes em idade fertil.
lembre-se: leio = músculo.
■ Principal causa de histerectomia no Brasil
■ É a neoplasia benigna mais comum da mulher.
ETIOPATOGENIA
○ Estrogênio: é o principal fator
determinante do crescimento tumoral,
especialmente o estradiol, que parece agir
diretamente sobre a proliferação celular
dos miomas.
É provável que mulheres com níveis
elevados de estrogênio apresentem
doenças benignas das mamas,
endometriose, adenomiose, hiperplasia
endometrial e alguns cânceres
ginecológicos do que miomatose uterina
○ GH: Exerce influência no crescimento
tumoral
○ Progesterona: estimula o crescimento
celular e inibe a apoptose.
este hormônio aumenta o fator de
crescimento epidérmico, também
responsável pelo crescimento tecidual
E é que o índice mitótico do tumor aumenta
na fase lútea, na qual é grande a produção
de progesterona.
Resumindo: papel importante no
desenvolvimento dos miomas, por inibir a
apoptose e estimular as mitoses e
crescimento celular durante a fase lútea.
CLASSIFICAÇÃO
Volume:
○ Pequeno: que não ultrapassa a sínfise
púbica
○ Médio: na metade da dist entre a cicatriz
umbilical e a sínfise púbica (3, 4° mês)
○ Grande: ultrapassa a cicatriz umbilical (5°
mês)
Útero:
○ cervicais
○ ístmicos
○ Corpóreos (+ frequente)
Camada uterina:
○ subseroso (fora da cavidade uterina;menos
sintomas)
○ intramural(+comum; dentro da camada
muscular do útero)
○ submucoso (+ relacionada com o
sangramento;dentro da cavidade uterina)
de acordo com sua localização, o que modifica a
sintomatologia e também alguns métodos
terapêuticos
FATORES DE RISCO
História familiar, raça negra, menarca precoce e
nuliparidade(os ovários não tiveram o repouso
fisiológico e continuam produzindo estrogênio
constantemente, por isso tem maior incidência) ,
hipertensão arterial, uso de álcool e obesidade.
- portadoras de síndrome hiperestrogênicas
Leiomiomas
- menacme (período reprodutivo; idade fertil)
FATORES PROTETORES
○ anticoncepcionais orais (ACO)
○ tabagismo
○ Primiparidade precoce.
Importante: o estrogênio e a progesterona
estimulam o crescimento dos leiomiomas
uterinos. Existe muita confusão, pois o uso de
progesterona pode reduzir o sangramento vaginal,
mas isso é apenas controle sintomático, não há
redução da neoplasia (pelo contrário).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Maior parte das vezes os miomas são
assintomáticos Porém quando existem sintomas
são: alterações no sangramento menstrual
(aumentando o fluxo e duração= menorragia) e
dismenorréia (dor antes e durante a menstruação)
Podem estar associados à infertilidade e,
dependendo do seu tamanho, podem levar a um
aumento do volume abdominal e comprimir
órgãos adjacentes, como bexiga e ureteres,
gerando distúrbios urinários e intestinais.
O sangramento uterino anormal e infertilidade são
duas manifestações relacionadas aos miomas
submucosos (ou ao menos com componente
submucoso).
COMPLICAÇÕES
São alterações histológicas que os miomas podem
sofrer, modificando muitas vezes sua história
clínica.
○ degeneração hialina é mais comum (tumor
mole e tem sua origem na diminuição do
fluxo de sangue para o mioma)
○ degeneração rubra é a mais comum na
gestação (miomas intramurais; origem nas
obstruções venosas devido ao rápido
crescimento tumoral)
○ degeneração sarcomatosa (transformação
em neoplasia maligna, leiomiossarcoma) é
a mais grave → encontrada na
pos-menopausa.
lembrando: degenerações são resultantes do
aumento do tecido conjuntivo e diminuição dos
leiomócitos.
MIOMA PARIDO
Tipo especial de leiomiomas, são os pediculados,
podem se originar das camadas submucosa ou
subserosa. Os submucosos com crescimento
exagerado do pedículo podem ser expelidos pelo
canal cervical, sendo então chamados de miomas
paridos.
DIAGNÓSTICO
O primeiro exame de imagem a ser solicitado é a
USG-TV, sendo a ressonância magnética (RM; PO
para visualizar miomas) melhor para avaliação da
localização exata do tumor
Histeroscopia →ótimo para diagnostico +
tratamento para Submucosos, por ser na cavidade
uterina
Laparoscopia → cortes no umbigo, onde se
introduz o laparoscopio. Ideal para diagnostico
para Subserosos
CONDUTA
Conduta conservadora: Indicada em pacientes
assintomáticas ou tumores pequenos. Isso porque
os miomas costumam reduzir demais com a
diminuição drástica dos níveis de estrogênio após
a menopausa.
Leiomiomas
Tratamento medicamentoso: O principal objetivo é
o alívio dos sintomas em mulheres que não
podem ou não desejam ser submetidas a
procedimentos cirúrgicos.
○ Danazol e gestrinoma (efeito
antiestrogênico e androgênico)
○ análogos de GnRH (+ afetivo; com flare-up):
inicialmente eles aumentam a produção de
FSH e LH pela hipófise, consequentemente
elevando a produção de estrogênio pelos
ovários, mas rapidamente há uma
dessensibilização, causando o que
chamamos de menopausa farmacológica,
com queda brusca nos níveis de estrogênio
○ antagonistas de GnRH: uma ação mais
rápida e sem o efeito flare-up, gerando
desde o princípio a menopausa
farmacológica.
Tratamento Cirúrgico:
○ Deseja engravidar + mioma submucoso =
miomectomia histeroscópica (mais
cobrada!)
○ Deseja engravidar + mioma subseroso =
miomectomia laparoscópica
○ Múltiplos miomas não pediculados + sem
desejo de engravidar ou risco cirúrgico
proibitivo ou deseja preservar útero =
embolização de artéria uterina
EMBOLIZAÇÃO DAS ARTÉRIAS UTERINAS
Leva a insuficiência ovariana → bloqueio da
irrigação → leiomioma diminui
Indicações:
○ Miomas sintomáticos ou volumosos
○ Pacientes com prole definida
○ Desejo de preservação do útero
○ Contra-indicação ou resistência à cirurgia
● Adenomiose é um fator de risco para falha

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