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PORTUGUÊS PARA CONCURSOS 
Módulo 1 | Prof. Eli Castro 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
1 
 
OS: 0004/2/22-Gil 
CONCURSO: 
 
ASSUNTO: 
Acentuação Gráfica 
Processo de Formação das Palavras 
 
 ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
Regras que não mudaram com o Novo Acordo Ortográfico 
1. Todas as palavras proparoxítonas (que têm o acento 
tônico na antepenúltima sílaba) são acentuadas: 
árvore, lâmpada, têmpora, esplêndido, lápide, sôfrego, 
hambúrgueres etc. 
Os exemplos citados acima são chamados, também, de 
proparoxítonas reais. 
 CUIDADO! 
Alguns gramáticos (e consequentemente algumas bancas, 
como o IMPARH) defendem a ideia de que palavras como 
série, mágoa ou tênue são exemplos de proparoxítonas 
(chamadas de proparoxítonas eventuais ou acidentais). 
Assim, seriam separadas da seguinte forma: sé-ri-e, má-go-a 
e tê-nu-e. 
Obs.: Essa polêmica se restringe a vocábulos paroxítonos 
terminados em ditongo crescente. 
 
2. Acentuam-se as palavras paroxítonas (que têm o 
acento tônico na penúltima sílaba) terminadas em: 
A) ditongo crescente ou decrescente: sério, ânsia, Mário, 
mágoa, espontâneo, viáveis, cárie, amáveis, jóquei, 
jóqueis, quisésseis etc. 
B) -ão, -ãos, -ã, -ãs: órfão, órfãos, órfã, órfãs; ímã, ímãs, 
órgão, órgãos. 
C) -i, -is: júri, júris, lápis, biquíni, biquínis, táxi, táxis etc. 
D) -on, -ons: próton, prótons, nêutron, nêutrons, elétron, 
elétrons, íon, íons, píton, pítons. 
E) -um, -uns, -us: álbum, álbuns, bônus, Vênus, médium, 
médiuns, fórum, fóruns, quórum. 
F) l, n, r, x, ps: amável, fácil, hífen, pólen, dólar, revólver, 
hambúrguer, Félix, tórax, tríplex, látex, bíceps, 
fórceps. 
 
3- As palavras oxítonas e os monossílabos tônicos 
acentuados são os que terminam em A, E, O (seguidas, 
ou não, de “S”) e em ÉU(S), ÉIS, ÓI(S): 
3. Oxítonas: vatapá, cajá, Pará, você, vocês, café, cipó, 
paletós, mocotó, avô, mantê-los, propô-lo, manifestá-
la, chapéu, chapéus, papéis, corrói, anzóis etc. 
 
 CUIDADO: REGRA SOMENTE PARA AS OXÍTONAS. 
Oxítonas terminadas em -ÉM e -ÉNS são sempre 
acentuadas. 
TERMINAÇÃO EXEMPLO 
-ém Porém, também, amém etc. 
-éns Reféns, armazéns, parabéns etc. 
 
A) Monossílabas: cá, fé, é, és, pó, pôs, mês, ré, sós, mês, 
fê-la, pô-los, dá-las, céu, céus, réis, réu, réus, dói, róis 
etc. 
 
4. HIATOS: Para serem acentuadas, as vogais I e U (em 
casos de hiato) precisam preencher as seguintes 
condições: 
a) ser tônicas; 
b) ser precedidas de vogal; 
c) formar sílaba sozinha ou com S. 
Exemplos: aí, caí, juízes, caído, Luís, incluí-lo, caíste, baú, 
saúde, gaúcho, balaústre. 
Basta falhar uma dessas condições para não mais haver 
acento: vai, cai, juiz, caindo, Luiz. 
 
Exceções: 
- Rainha, fuinha, lagoinha, moinho etc. 
Obs.: Para que se caracterize a exceção, é necessário existir 
o dígrafo NH depois da vogal. 
REGRAS QUE MUDARAM COM O NOVO ACORDO 
ORTOGRÁFICO 
Mudanças no alfabeto 
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as 
letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: 
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OS: 0004/2/22-Gil 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y 
Z 
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido 
da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em 
várias situações. Por exemplo: 
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km 
(quilômetro), kg (quilograma), W (watt); 
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus 
derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung 
fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. 
 
Uso do Trema 
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a 
letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos 
grupos gue, gui, que, qui. 
Como era Como fica 
agüentar aguentar 
bilíngüe bilíngue 
cinqüenta cinquenta 
delinqüente delinquente 
eloqüente eloquente 
 
 Atenção: 
O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em 
suas derivadas. 
Exemplos: Müller, mülleriano, Bündchen, Schönberg etc. 
 
Quanto à acentuação 
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói 
das palavras paroxítonas (palavras que têm acento 
tônico na penúltima sílaba). 
Como era Como fica 
idéia ideia 
paranóia paranoia 
apóia (verbo apoiar) apoia 
asteróide asteroide 
bóia boia 
celulóide celuloide 
colméia colmeia 
 Atenção: 
Essa regra é válida somente para palavras 
paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras 
oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: 
papéis, herói, heróis, troféu, troféus. 
 
2. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em 
êem e ôo(s). 
Como era Como fica 
abençôo abençoo 
crêem (verbo crer) creem 
dêem (verbo dar) deem 
dôo (verbo doar) doo 
enjôo enjoo 
lêem (verbo ler) leem 
magôo (verbo magoar) magoo 
povôo (verbo povoar) povoo 
vêem (verbo ver) veem 
vôos voos 
 
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares 
pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), 
pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. 
Como era: Ele pára o carro. 
Como fica: Ele para o carro. 
Como era: Ele foi ao pólo Norte. 
Como fica: Ele foi ao polo Norte. 
Como era: Ele gosta de jogar pólo. 
Como fica: Ele gosta de jogar polo. 
Como era: Esse gato tem pêlos brancos. 
Como fica: Esse gato tem pelos brancos. 
Como era: Comi uma pêra. 
Como fica: Comi uma pera. 
 Atenção: 
 Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a 
forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do 
indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do 
presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. 
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Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje 
ele pode. 
 Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. 
Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante 
que foi feita por mim. 
 Permanecem os acentos que diferenciam o singular do 
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados 
(manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). 
Exemplos: 
-Ele tem dois carros. -Eles têm dois carros 
-Ele vem de Juazeiro. -Eles vêm de Juazeiro. 
-Ele mantém a palavra. -Eles mantêm a palavra. 
-Ele convém aos estudantes. -Eles convêm aos estudantes. 
-Ele detém o poder. -Eles detêm o poder. 
-Ele intervém em todas as aulas. -Eles intervêm em todas as aulas. 
 
 É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar 
as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do 
acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual 
é a forma da fôrma do bolo? 
 
 Uso do hífen 
REGRAS 
 Algumas regras do uso do hífen foram alteradas 
pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria 
controvertida em muitos aspectos, para facilitar a 
compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das 
regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais 
comuns, assim como as novas orientações estabelecidas 
pelo Acordo. 
1- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de 
ligação quando o 1º termo está representado por 
forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal. 
Ano-luz, tio-avô, zé-povinho, má-fé, azul-escuro, seu-
vizinho, sul-africano, afro-asiático, vaga-lume, conta-
gotas, primeiro-ministro, arco-íris, decreto-lei, joão-
ninguém, segunda-feira, porta-retrato, quebra-mar, 
porto-alegrense etc. 
NÃOCONFUNDIR: As formas empregadas adjetivamente do 
tipo afro-, anglo-, euro-, franco-, indo- ítalo- etc. continuam 
sem hífen em empregos em que só há uma etnia: 
Afrodescendente, anglomania, eurocêntrico, lusofonia, 
francolatria etc. 
Obs.: Algumas palavras, com o tempo, perderam, em certa 
medida, a noção de composição, e passaram a se escrever 
sem o hífen. 
Ex.: girassol, paraquedas, mandachuva, pontapé. 
Obs.: Mas, se a noção de composição se mantiver na 
memória do falante, usa-se hífen. 
Ex.: para-brisa, para-choque, ave-maria, abaixo-assinado 
etc. 
 
2- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de 
ligação quando o 1º elemento está representado pelas 
formas além, aquém, recém, bem e sem. 
Além-Atlântico, bem-aventurado, bem-estar, sem-
vergonha, recém-eleito, aquém-mar, bem-dizer, além-
mar etc. 
3- EMPREGA-SE HÍFEN nos nomes geográficos compostos 
pelas formas grã, grão, ou por forma verbal ou, ainda, 
naqueles ligados por artigo: 
Grã-Bretanha, Grão-Pará, Traga-Mouro, Baía de Todos-
os-Santos, Trás-os-Montes etc. 
4- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de 
ligação quando o primeiro elemento está representado 
pela forma mal e o 2º elemento começar por vogal, h ou 
l. 
Mal-afortunado, mal-entendido, mal-estar, mal-
humorado, mal-limpo etc. 
PORÉM: malcriado, malgrado, malnascido, malpesado 
etc. (sem hífen). 
5- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos que designam 
espécies botânicas (plantas) ou zoológicas (animais). 
Andorinha-do-mar, feijão-verde, erva-doce, couve-flor, 
capim-limão, bem-me-quer (mas: malmequer é 
exceção), joão-de-barro, cobra-d’água etc. 
6- NÃO SE EMPREGA HÍFEN em certas locuções 
consagradas pela gramática normativa: 
Cão de guarda, fim de semana, fim de século, sala de 
jantar, cor de açafrão, cor de café, cor de vinho, depois 
de amanhã, em cima, por baixo de, por cima de, apesar 
de, a fim de, em contrapartida, faz de contas, um deus 
nos acuda, tomara que caia, maria vai com as outras, 
ponto e vírgula, comum de dois, arco e flecha etc. 
 
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As observações a seguir referem-se ao uso do hífen 
em palavras formadas por prefixos ou por elementos que 
podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, 
ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, 
entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, 
micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, 
pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, 
vice etc. 
7- Com prefixos, USA-SE SEMPRE O HÍFEN diante de 
palavra iniciada por h. 
Exemplos: 
anti-higiênico anti-histórico 
co-herdeiro macro-história 
mini-hotel proto-história 
sobre-humano super-homem 
ultra-humano 
 
8- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em 
vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo 
elemento. 
Exemplos: 
aeroespacial agroindustrial 
anteontem antiaéreo 
antieducativo autoaprendizagem 
autoescola autoestrada 
autoinstrução coautor 
coedição extraescolar 
infraestrutura plurianual 
semiaberto semianalfabeto 
semiesférico semiopaco 
 
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo 
elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, 
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, 
coocupante etc. 
 
9- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em 
vogal e o segundo elemento começa por consoante 
diferente de r ou s. 
 
Exemplos: 
anteprojeto antipedagógico 
autopeça autoproteção 
coprodução geopolítica 
microcomputador pseudoprofessor 
semicírculo semideus 
seminovo ultramoderno 
 
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. 
Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. 
 
10- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em 
vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse 
caso, duplicam-se essas letras. 
Exemplos: 
antirrábico antirracismo 
antirreligioso antirrugas 
antissocial biorritmo 
contrarregra contrassenso 
cosseno infrassom 
microssistema minissaia 
multissecular neorrealismo 
neossimbolista semirreta 
ultrarresistente ultrassom 
 
11- EMPREGA-SE HÍFEN quando o prefixo termina por vogal 
e o segundo elemento começa pela mesma vogal. 
Exemplos: 
anti-ibérico anti-imperialista 
anti-inflacionário anti-inflamatório 
auto-observação contra-almirante 
contra-atacar contra-ataque 
micro-ondas micro-ônibus 
semi-internato semi-interno 
 
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12- EMPREGA-SE HÍFEN quando o prefixo termina por 
consoante e o segundo elemento começa pela mesma 
consoante. 
Exemplos: 
hiper-requintado inter-racial 
inter-regional sub-bibliotecário 
super-racista super-reacionário 
super-resistente super-romântico 
 
13- EMPREGA-SE HÍFEN sempre que o 1º elemento terminar 
graficamente acentuado. 
Pré-natal, Pós-graduação, Pré-história, Pró-europeu, 
Pré-vestibular etc. 
Atenção: 
 Nos demais casos, não se usa o hífen. 
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, 
superinteressante, superproteção. 
 Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de 
palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. 
 
 Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de 
palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, 
pan-americano etc. 
 
14- NÃO SE USA O HÍFEN quando o segundo elemento 
começar por vogal e o prefixo termina por consoante. 
Exemplos: 
hiperacidez hiperativo 
interescolar interestadual 
interestelar interestudantil 
superamigo superaquecimento 
supereconômico superexigente 
superinteressante superotimismo 
 
 
15- USA-SE SEMPRE O HÍFEN com os prefixos ex, sem, além, 
aquém, recém, pós, pré, pró, vice. 
Exemplos: 
além-mar além-túmulo 
aquém-mar ex-aluno 
ex-diretor ex-hospedeiro 
ex-prefeito ex-presidente 
pós-graduação pré-história 
pré-vestibular pró-europeu 
recém-casado recém-nascido 
sem-terra 
 
16- DEVE-SE USAR O HÍFEN com os sufixos de origem tupi-
guarani: açu, guaçu e mirim. 
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 
 
17- DEVE-SE USAR O HÍFEN para ligar duas ou mais palavras 
que ocasionalmente se combinam, formando não 
propriamente vocábulos, mas encadeamentos 
vocabulares. 
Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, o 
percurso Lisboa-Coimbra- Porto, o trecho Fortaleza-
Itapipoca-Sobral etc. 
18- NÃO SE DEVE USAR O HÍFEN em certas palavras que 
perderam a noção de composição. 
Exemplos: 
girassol madressilva 
mandachuva paraquedas 
paraquedista pontapé 
Observações 
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de 
palavra iniciada por “r”: sub-região, sub-raça etc. 
Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se 
sem hífen: subumano, subumanidade. 
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de 
palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, 
pan-americano etc. 
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo 
elemento, mesmo quando este se inicia por o: 
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, 
cooptar, coocupante etc. 
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, 
vice-almirante etc. 
 
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Imposições do Acordo Ortográfico 
Não se utiliza hífennas seguintes locuções: 
a) Cão de guarda 
b) Fim de semana 
c) Fim de século 
d) Sala de jantar 
e) Cor de açafrão 
f) Cor de café com leite 
g) Cor de vinho 
h) Deus nos acuda 
i) Salve-se quem puder 
j) Um faz de contas 
k) Um disse me disse 
l) Um maria vai com as outras 
m) Bumba meu boi 
n) Tomara que caia 
o) À toa 
p) Dia a dia 
q) Arco e flecha 
r) Calcanhar de aquiles 
s) Comum de dois 
t) Tão somente 
u) Ponto e vírgula 
 
Exceções impostas pelo Acordo Ortográfico 
Utiliza-se hífen nas seguintes locuções: 
a) Água-de-colônia 
b) Arco-da-velha 
c) Cor-de-rosa 
d) Mais-que-perfeito 
e) Pé-de-meia 
f) Ao deus-dará 
g) À queima-roupa 
 
 
 PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
DERIVAÇÃO 
É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são 
formadas a partir de outras que já existem (primitivas). 
Podem ocorrer das seguintes maneiras: 
- Prefixal; 
- Sufixal; 
- Prefixal-sufixal; 
- Parassintética; 
- Regressiva; 
- Imprópria. 
 
PREFIXAL 
Processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a 
um radical. 
Exemplos: 
DESFAZER 
INÚTIL 
AMORAL 
IMORAL 
AFÔNICO 
REORGANIZAR 
 
O VALOR SEMÂNTICO DOS PREFIXOS 
Veja a sequência: 
- ANORMAL, ACRÍTICO, ACÉFALO, APODRECER 
- DESAMOR, DESCONFIAR, DESLEAL, DESEMBOLSAR, 
DESCASCAR 
 
Os falsos prefixos 
Algumas palavras têm estruturas que se assemelham a 
prefixos. Contudo não o são, pois fazem parte do radical e, 
consequentemente, não apresentam valor semântico. Veja: 
INDÍGENA (não existe o substantivo “dígena”). 
DESMANTELAR (não existe o verbo “mantelar”). 
ATÔNITO (não existe o adjetivo “tônito”). 
RETALIAR (não existe o verbo “taliar”) 
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SUFIXAL 
Processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo a um 
radical. 
Exemplos: 
CARRINHO, LIVRINHO, CAMINHA, TAMPINHA ETC. 
LOUVÁVEL, AMÁVEL, SOFRÍVEL, ALIENÁVEL ETC. 
BAMBUZAL, BABAÇUZAL, AÇAIZAL, CAPINZAL ETC. 
REPUBLICANO, FRANCISCANO, CAMONIANO, ITALIANO ETC. 
COMUNISTA, CAPITALISTA, MILITARISTA, INDIVIDUALISTA 
ETC. 
HORROROSO, AFETUOSO, HABILIDOSO, CRITERIOSO ETC. 
TOLICE, IMUNDICE, MALUQUICE, CHATICE, CAFONICE ETC. 
 
O VALOR SEMÂNTICO DOS SUFIXOS 
Veja a sequência: 
- GOIABEIRA, FIGUEIRA, BANANEIRA, MACAXEIRA, 
BEBEDEIRA. 
- REPUBLICANO, FRANCISCANO, CAMONIANO, ITALIANO. 
 
PREFIXAL E SUFIXAL 
Ocorre quando ambos os afixos surgem acoplados ao 
radical. Contudo, podem perder um deles que, mesmo 
assim, o vocábulo continua com significação corrente. 
- INFELIZMENTE 
- AMORALIDADE 
- DESMISTIFICAÇÃO 
- DESMORALIZÁVEL 
 
PARASSINTÉTICA 
Processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e 
sufixo, simultaneamente, ao radical. Nesse casso, os dois 
afixos precisam estar acoplados ao radical. Detalhe: não é 
todo gramático que reconhece esse processo. 
Exemplo: 
- A-NOIT-ECER 
- PER-NOIT-AR 
- EN-FORC-AR 
- DES-ALM-ADO 
REGRESSIVA (ou DEVERBAL) 
Processo de derivação em que são formados substantivos a 
partir de verbos. As palavras formadas por deverbal 
terminam em a, e, o e geram substantivos abstratos. 
Exemplo: 
- Ninguém justificou a compra antes do horário (do verbo 
comprar) 
- O debate foi longo. (do verbo debater) 
- Esse sufoco não sai do meu peito! (do verbo sufocar) 
 
Outros exemplos: 
Amparar = o amparo 
Perder = a perda 
Enlaçar = o enlace 
Dançar = a dança 
Fugir = a fuga 
Engasgar = o engasgo 
 
IMPRÓPRIA (ou CONVERSÃO) 
Processo de derivação que consiste na mudança de classe 
gramatical da palavra sem que sua forma se altere. 
Exemplos: 
Classe gramatical 01 
(própria) 
Classe gramatical 02 
(imprópria) 
Ele vai jantar cedo. (verbo) O jantar estava ótimo. 
(substantivo) 
Respeite os meus cabelos 
brancos. (adjetivo) 
Respeite os meus cabelos, 
brancos. (substantivo) 
Tenho dois filhos. (numeral) O dois é um número par. 
(substantivo) 
Bebi meio litro de leite. 
(numeral) 
Ela está meio preocupada. 
(advérbio) 
 
COMPOSIÇÃO 
É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de 
dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas 
formas: justaposição e aglutinação. 
 
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JUSTAPOSIÇÃO 
Ocorre quando não há alteração nas palavras, e elas 
continuam sendo faladas e escritas da mesma forma como 
eram antes da composição. 
Detalhe: é possível, em palavras formadas por justaposição, 
que haja hífen ou não. 
 
Exemplo: passatempo, pé de moleque, beija-flor, guarda-
roupa, radiotáxi, abelha-rainha, paraquedas, dezoito, ano-
luz etc. 
 
AGLUTINAÇÃO 
Ocorre quando há alteração em pelo menos uma das 
palavras, seja na grafia, seja na pronúncia. 
Detalhe: Em palavras formadas por aglutinação, é 
impossível haver hífen. 
 
Exemplo: boquiaberto (boca + aberta), petróleo (pedra + 
óleo), pernilongo (perna + longa), planalto (plano + alto); 
embora (em+ boa+ hora); viandante (via + andante), 
lobisomem (lobo + homem), aguardente (água + ardente) 
etc. 
Além da derivação e da composição, existem outros tipos 
de formação de palavras que são abreviação, hibridismo e 
onomatopeia. 
 
ABREVIAÇÃO (OU REDUÇÃO) 
É a forma reduzida apresentada por algumas palavras: 
Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto 
(motocicleta), boteco (botequim), Rio (Rio de Janeiro), Zé 
(José), Pneu (pneumático), Foto (fotografia), Pólio 
(Poliomielite), Ex (Ex-namorada/o), Fone (telefone) etc. 
 
HIBRIDISMO 
É a formação de palavras a partir da junção de elementos 
de idiomas diferentes. Raramente aparece em provas de 
concurso. 
Exemplo: automóvel (grego + latim), burocracia 
(francês + grego), micro-ônibus (grego + latim), reportagem 
(inglês + latim), televisão (grego + latim), bicicleta (latim + 
grego) etc. 
ONOMATOPEIA 
Consiste na criação de palavras através da tentativa de 
imitar vozes ou sons da natureza. 
Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!, pingue-
pongue, mimimi etc. 
 
SIGLA OU SIGLONIMIZAÇÃO 
Uma sigla é a criação vocabular a partir da redução de 
outras palavras ou expressões. Na formação das siglas, 
utilizam-se as letras iniciais ou as sílabas iniciais de cada 
elemento componente. 
MEC: Ministério da Educação e Cultura. 
FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. 
ENEM: Exame Nacional do Ensino Médio. 
Médico Veterinário: Méd.Vet. 
Ministro: Min. 
Professor: Prof. 
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