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Centro Universitário Maurício de Nassau Disciplina de Farmacologia Curso de Estética e Cosmética Discente:Rayane Nogueira de Sousa Matrícula:01402410 Atividade Contextualizada de Farmacologia Fortaleza- CE 2022 Analise o caso a seguir: Homem, 65 anos, com diabetes mellitus tipo 2 e dor isquêmica no membro inferior é agendado para cirurgia de derivação femoro-poplitea. O paciente é hipertenso e tem histórico de doença arterial coronariana com sintomas de angina estável. Atualmente, o paciente só consegue andar uma curta distância de meio quarteirão sem que a dor nas pernas o obrigue a parar. Ele faz uso dos medicamentos atenolol, atorvastatina e hidroclorotiazida. Fonte: KATZUNG, B. G.; TREVOR, A. J. (Orgs). Farmacologia básica e clinica. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017. (Adaptado). Analisando a situação apresentada no caso, verifica-se que o paciente descrito apresenta um risco cardíaco subjacente significativo e será submetido a uma cirurgia estressante de grande porte. Para uma cirurgia complexa como esta, deve-se utilizar uma anestesia geral e a escolha adequada dos agentes anestésico é crucial. 1- Como anestesista da equipe médica, você deve fazer todo o planejamento de quais anestésicos devem ser escolhidos, tanto para indução quanto para a manuntenção da anestesia. Você ainda deve considerar: algum adjuvante anestésico deve ser utilizado nesta anestesia? Por fim, avalie a necessidade ou não de incluir fármacos analgésicos opioides em associação com os anestésicos selecionados. Para a anestesia o Propofol é o fármaco mais comumente utilizado, em caso de cirurgias graves como esta, sendo admistrada a dose de 1,5 a 4,5 mg/kg/h. Para oferecer ao paciente conforto noturno pós-cirurgia, diminuição da ansiedade, amnésia e redução de doses de agentes anestésicos usados na indução, serão administrados os anti-ansiolíticos diazepam(dose administrada de 10 mg) e midazolam (dose administrada 0,03 a 0,1 mg/kg. Os analgésicos opióides administrados serão (morfina e fentanila) que também favorecem o emprego de menores doses anestésicas, tendo em vista seus efeitos depressores sobre o sistema nervoso central Discussão do caso 1 Uso terapêutico dos fármacos selecionados O Cloridrato de midazolam é benzodiazepínico que permite utilização por via intramuscular e tem efeito mais previsível na indução anestésica do que diazepam, necessitando menor ajuste de doses. Produz inconsciência e amnésia rapidamente (pico em 2-3 minutos). Provoca mínima irritação venosa em comparação a diazepam. Seu curto efeito é vantajoso em cirurgias de ambulatório, procedimentos diagnósticos e anestesias regionais.um subtítulo. Diazepam é benzodiazepínico com propriedades hipnóticas, ansiolíticas, amnésicas e de relaxamento muscular de origem central. Uso concomitante a anestésicos gerais permite reduzir as doses deles, com menos efeitos adversos. Não tem propriedade analgésica, mas permite redução das doses de opioides. Pode ser usado empré-tratamento farmacológico anestésico, indução e manutenção da anestesia. Sulfato de morfina, protótipo do grupo dos analgésicos opioides, pode ser empregado em pré-tratamento farmacológico quando há presença de dor, antes da indução e durante a manutenção da anestesia para dar potência na sedação e no pós-operatório para obtenção de analgesia. 2-Você faz parte da equipe do centro cirúrgico de um hospital no interior de São Paulo, onde este idoso irá realizar a cirurgia de derivação fêmoro-poplítea. Antes do procedimento operatório, a enfermeira realizou a medicação dos seguintes sinais vitais: temperatura de 36,8 °C, pressão arterial de 168/100 mmHg, frequência cardíaca 78 bpm, saturação de oxigênio por oxímetro de pulso de 96% com respiração em ar ambiente e dor de 5/10 na perna direita. Discussão do caso 2 A anestesia balanceada deve começar com agentes intravenosos que provocam alterações mínimas na pressão arterial e na frequência cardíaca, como uma dose reduzida de propofol ou etomidato, em associação com analgésicos potentes, como a fentanila, para bloquear a estimulação indesejável dos reflexos autônomos. A manutenção da anestesia deve incorporar anestésicos inalatórios para assegurar a perda da consciência e a amnésia, agentes intravenosos adicionais para proporcionar analgesia intra e pós-operatória e, se necessário, bloqueadores neuromusculares para induzir o relaxamento muscular. A escolha do agente inalatório deve ser feita com base na intenção de manter uma contratilidade miocárdica, pressão arterial sistêmica e débito cardíaco suficientes para a perfusão adequada dos órgãos críticos durante toda a operação. Caso a dor isquêmica do paciente tenha sido crônica e intensa, pode-se administrar uma infusão de cetamina em baixa dose para controle adicional da dor. A emergência rápida dos efeitos combinados dos anestésicos escolhidos, que facilitaria o retorno do paciente a um estado basal de função cardíaca, respiração e atividade mental, pode ser obtida pelo conhecimento e entendimento das propriedades farmacocinéticas dos agentes anestésicos Fármaco Uso terapêutico Dose Administrada Etomidato Indução da Anestesia 0,2 e 0,3 mg/kg de peso corporal em um paciente adulto. Citrato de Fentanila Pré- medicação/ anestesia regional 2 mcg/kg (0,002 mg/kg) (0,04 mL/kg) de peso corporal em um paciente adulto. Cetamina Controle adicional da dor 2 mg/kg de peso corporal em um paciente adulto. Tabela 1.Fármacos , uso terapêutico e dose administrada. REFERÊNCIAS Brunton, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012. Katzung, B.G. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Artmed/McGraw-Hill, 2010.
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