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Slides sistemas de cultivo 2017_Agricultura Geral (2)

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SISTEMAS DE CULTIVO
Eng. Manuel Matsinhe
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
Departamento de Produção e Proecção Vegetal
Sistemas de produção
• Arranjos dos agricultores desde a sua maneira de cultivar, armazenar
e processar os produtos da machamba que são geridos em resposta à
factores físicos, biológicos, socio-económicos de acordo com a
preferencia e recursos disponíveis (Reijntjes et al, 1992)
Sistemas produtivos
• Sistema produtivo “puro” ( só culturas, ou só animais, ou só arvores).
• Sistema produtivo misto ( envolve culturas, animais e/ou arvores.
Podem ser:
- Agro-florestais;
- Agropecuárias;
- Agropecoflorestais.
•Um sistema de cultivo onde temos
culturas, pode ser caracterizado
dependendo do tipo de abordagem que
se quer fazer. Assim podemos ter:
Caracterização baseada na disponibilidade 
hídrica
Agricultura de sequeiro: Quando
depende exclusivamente da água
fornecida pela chuva
Agricultura de regadio: quando a água
utilizada pela planta é parcial ou
totalmente fornecida através de rega
Caracterização baseada no processo 
tecnológico de produção
Agricultura
itenerante/conservacionista:
caracterizada pela utilização da terra,
seguida pelo restabelecimento natural
da fertilidade do solo.
Fases da agricultura itenerante
1. Desmonte;
2. Queima;
3. Cultivo;
4. Pousio (2 ou 3 anos para o restabelecimento natural da 
fertilidade do solo)
Problemas ligados a agricultura itenerante
Diminuição do período e área de
pousio devido ao aumento da pressão
populacional, e aumento da população.
Consequências:
1. Declínio da fertilidade do solo e da
produção;
2. Deterioração das condições físicas do
solo;
3. Erosão acelerada do solo.
Formas para melhorar este sistema 
produtivo
1. Cultivo de leguminosas;
2. Sideração;
3. Estrumação;
4. Fertilizantes;
5. Rotação de culturas;
6. Métodos de conservação
7. Consociação;
Rotação de culturas
•É a ordem segundo a qual um grupo de
culturas se sucedem numa mesma
parcela
Planificação da rotação
1. Alternar o cultivo de culturas com
habilidades diferentes de absorção de
água e nutrientes:
a) Plantas com raízes aprumadas;
b) Plantas com raízes fasciculadas
2. Alternar culturas susceptíveis e com
resistência a doenças diferentes;
3. Alternar culturas com diferentes
exigências nutricionais:
a) Culturas esgotantes;
b) Culturas melhoradoras
 Cultivo simultâneo (consociação): o
cultivo simultâneo de mais de uma
cultura no mesmo terreno, durante o
mesmo período de tempo.
Objectivo das práticas acima referenciadas
•Garantir a manutenção, e mesmo
melhorar a fertilidade do solo reduzindo
o período de pousio ao mínimo possível;
•Manter a eficiência do período de
pousio;
•Prevenir o aumento de pragas,
infestantes e doenças do solo;
•Controlar a erosão do solo.
Padrões e sistemas de cultivo
 Padrão de cultivo, é a sequência anual e
arranjo espacial das culturas e, por
vezes, pousio numa área.
• Sistemas de cultivo – são
determinados pelos padrões de cultivo
utilizados numa unidade produtiva e a
sua interacção com os recursos da
unidade, e a tecnologia disponível
Tipos de sistemas de cultivo:
a) Monocultura: Sempre a mesma
cultura ano após ano;
a.1)Cultivo puro: uma só cultura, um só
cultivar;
a.2) Cultivo de recrescimento : a mesma
plantação é colhida várias vezes,
voltando a crescer depois de cada
corte
Formas de cultivo múltiplo
b) Cultivo múltiplo: duas ou mais culturas são semeadas no
mesmo ano no mesmo terreno
b.1) Cultivo sequencial: uma cultura segue
a outra depois da colheita;
i. Duplo: duas culturas consecutivas no
mesmo ano;
b.2) Consociacão
•Duas ou mais culturas são cultivadas no
mesmo terreno ao mesmo tempo.
Princípios da Consociação
1. Quando duas ou mais plantas são cultivadas em simultáneo, cada
uma deve ter espaço adequado para maximizar a cooperação e
minimizar a competição entre elas.
2. Na consociação ha mais complementaridade do que competição, e
esta complementaridade pode ser espacial ou temporal.
• Ao se planificar a consociacão, quatro questoes devem ser levadas
em conta:
1) Arranjo espacial, 2) densidade de plantação, 3) datas de
maturacao, e 4) arquitectura das plantas
1) Arranjo espacial
•Consociacão misturada ( cultivo
misto);
•Consociacão em linhas;
•Consociacão em faixas;
•Sobressementeira;
•Cultivo de estratificado.
i) Cultivo misto ( consociacão 
misturada)
• As culturas estão simultaneamente no
mesmo terreno, durante maior parte do
seu ciclo (2/3). As plantas não têm
qualquer arranjo espacial.
ii. Consociação em linhas
•As culturas estão simultaneamente no
mesmo terreno, durante a maior parte
do seu ciclo, sendo semeadas em linha
ou qualquer outro arranjo espacial
definido.
iii. Consociação em faixas
• As culturas são cultivadas
simultaneamente no mesmo terreno
durante maior parte do seu ciclo, em
faixas suficientemente largas para
permitir práticas culturais
independentes e suficientemente
estreitas para interactuarem
agronomicamente.
iv. Sobressementeira
• A segunda cultura é semeada depois da
primeira atingir o estado reprodutivo
mas antes da colheita. As culturas estão
simultaneamente no mesmo terreno
durante menos de 1/3 do ciclo.
v. Cultivo de estratificado
• É a associação entre culturas perenes
altas, e anuais baixas ( ex: coqueiro +
arroz)
2) Densidade de plantação
a) Series aditivas: quando a densidade da cultura principal é mantida a
mesma densidade que em cultivo puro, adicionando-se uma certa
população de plantas da cultura secundaria. Nesta situação temos
que a densidade total da Consociação é superior a 100%.
b) Series de substituição: Neste caso, uma parte da densidade da
cultura principal é substituida por uma percentagem igual da
cultura secundaria. Como resultado a densidade total é sempre
igual a 100%.
3) Datas de maturação 
• As culturas consociadas só competem parcialmente pelos factores
limitantes, usando os mesmos recursos mas em tempos diferentes, e
portanto não competindo por ele, como é o caso de culturas com
ciclos diferentes, com os períodos de pico de uso de água, luz e
nutrientes não simultaneos. Ex: Mapira (ciclo de 90 dias) e feijão boer
( 180 dias)
4) Arquitectura das plantas
A arquitectura das plantas é frequentemente a estratégia usada para
permitir um membro da consociacao captar luz solar e nutrientes
que o outro não pode captar.
• Plantas altas que “gostam” de sol, podem partilhar o espaço com
plantas pequenas que não gostam de sol;
• Canopias altas e densas podem proteger culturas mais vulneráveis ao
sol atraves do ensombramento ou por providenciar uma protecção
contra o vento.
• As culturas podem usar os recursos em diferentes zonas. Ex: culturas
com sistema radicular diferentes. Uma com uma raiz aprumada pode
aproveitar os nutrientes a maior profundidade, e outra com uma raiz
fasciculada, usa nutrientes da camada superficial do solo
• A Consociação entre cereais e leguminosas em que os cereais usam o
Azoto do solo, enquanto que as leguminosas usam o Azoto
atmosférico captado pelo Rhizobium em simbiose nas raízes.
Consociação e controle de pragas e 
doenças
• A mistura de plantas suporta menor numero de pestes do que a
monocultura. Na monocultura as pestes persistem porque o
suprimento em alimentos (néctar, pólen, e outros) é continuo, e o
habitat é favorável.
• Na monocultura, as pragas tem maior oportunidade de se alimentar
em um tipo de planta, movimentar-se e continuar a alimentar-se com
o mesmo tipo de planta porque os alimentos estão mais
concentrados do que estariam em Consociação.
• Na Consociação, as pragas tem menor habilidade
de reconhecer a sua planta hospedeira;
• Algumas plantas exudam químicos das raízes ou
partes aéreas que podem repelir pragas e proteger
plantas vizinhas;
• Algumas plantas são o hospedeiro ideal para uma
determinada praga, que desvia a atenção da praga
não atacando a cultura principal
• Miscanthus Giganteus ( with rhyzoms)
• Pennisetum purpureum
• Brachariadecumbens, B. Guinensis
• Desmodium a feville verte & a feville argentee
• Stylosanthes scabra
• Cajanus Cajan
• Crotalaria juncea
• Trigonella foenum - graecum
Avaliação da consociação
•Para se saber quando é que a
consociação é melhor que a
monocultura, pode-se aplicar várias
formas:
LER
•LER (land equivalent ratio) ou taxa de
terra equivalente, é a razão da área
necessária em cultivo puro, para obter a
mesma quantidade de produção que em
consociação ao mesmo nível de maneio.
Land Equivalent Ratio(LER) (Taxa de
Equivalência de Área); área relativa
requerida pelas culturas em
monocultura para a obtenção da mesma
produção em consociação.
Alguma terminologia
Cultura componente: é cada uma das
culturas que compõem a consociação;
Cultura pura: é cada uma das culturas
incluídas na consociação, quando
cultivadas separadamente
Rendimento puro: é o rendimento de
cada uma das culturas componentes
quando semeados em monocultura;
Rendimento consociado: é o
rendimento de cada uma das culturas
componentes quando semeados em
consociação.
• LER =Taxa de Equivalência de Área
• Onde:
• Pa= a proporção da terra sob a cultura a;
• Pb= a proporção da terra sob a cultura b;
• Sa= produção por hectare da cultura a em monocultura;
• Sb=produção por hectare da cultura b em monocultura;
• Ya= produção por hectare da cultura a em consociação;
• Yb=produção por hectare da cultura b em consociação;
• La = Ya/Sa = a LER parcial de cultura a;
• Lb = Yb/Sb = a LER parcial da cultura b
Cultura Rendimento 
consociado 
(kg/ha)
Rendimento 
puro (kg/ha)
LER parcial
Milho 102 93 102/93 = 1.10
Feijão 15 60 15/60 = 0.25
Mapira 10 65 10/65 = 0.15
LER Total - - 1.50
• Se LER > 1, a produção em consociação é mais eficiente
tecnicamente do que a produção em monocultura;
• Se LER < 1, a produção em monocultura é mais eficiente
tecnicamente do que a produção em consociação;
• Se LER = 1, os dois sistemas de cultivo são tecnicamente iguais;
• O LER parcial de 1.10 significa que o resultado
obtido em consociação é agronomicamente mais
eficiente que o obtido em monocultura, o que
indica que 10% mais de terra seriam necessários
para obter o mesmo rendimento num cultivo em
monocultura;
• O LER parcial de 0.25 significa que o resultado
obtido em consociação é agronomicamente menos
eficiente que o obtido em monocultura, e
corresponde a somente 25% do rendimento que
poderia ser obtido em monocultura;
.
• O valor de LER total de 1.50 mostra que 50% adicionais de terra seria
necessário para produzir o rendimento combinado de milho, feijão e
mapira, se elas estivessem a ser produzidas cada uma em
monocultura
Exemplo: Os dados abaixo apresentados representam o
rendimento por hectare de milho e amendoim em
monocultura e em consociação. Qual é o sistema de cultivo
mais eficiente tecnicamente?
Tabela 1. Rendimentos, por cultura e sistema
.Monocultura Consociação
Amendoim 500 200
Milho 1200 900
Assim:
La = Ya/Sa = 0,4 ha de amendoim em
monocultura vai produzir a mesma
quantidade como 1 hectare de amendoim em
consociação);
Lb = Yb/Sb = 0,75 ha de milho em
monocultura vai produzir a mesma
quantidade como 1 hectare de milho em
consociação);
•LER = La + Lb = 0,4 + 0,75 = 1,154
•Pa = La/LER = 0,35 (Proporção de
amendoim na consociação)
•Pb = Lb/LER = 1-0,35= 0,65 (Proporção
de milho na consociação)
Você quer semear um campo de 1ha com uma consociação
em linhas de milho e feijão vulgar. Depois de estudar a
situação, decidiu optar por uma série de substituição.
Como o milho é a cultura principal, decidiu usar 70% de
milho e de 30% de feijão vulgar, e um compasso de
(70x30 cm) para ambas culturas. Tendo em conta a
seguinte informação:
i. Peso de 100 sementes de milho = 35gr;
ii.Peso de 100 sementes de feijão vulgar = 15 gr;
iii.Semente de boa qualidade (> 95% de 
germinação);
iv.Para ambas as culturas recomenda-se a 
sementeira de 1 semente por covacho.
A quantidade necessária de semente de milho e de 
feijão vulgar em kg é de?
Vantagens da consociação
•Maximização dos retornos sobre a terra
e o trabalho;
•Minimização do risco de perdas de
colheita e rendimento;
•Suprimento de alimento contínuo e
diversificado;
•Melhor uso dos recursos para o
crescimento ( luz e recursos do solo)
•Redução das perdas devido a
infestantes;
•Redução das perdas devido a pragas e
doenças;
•Melhoramento da fertilidade do solo
por redução da erosão e do
lixiviamento de nutrientes;
•Distribuição balanceada das
necessidades de força de trabalho e
atenuação dos picos de utilização;
Desvantagens da consociação
•Dificuldade de maneio prático
especialmente quando um alto grau de
mecanização é usado, ou quando as
culturas componentes têm diferentes
necessidades de fertilizantes, herbicidas,
pesticidas;
•Ocorrência de efeitos alelopáticos.

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