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tics 12

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Discente: Lucas Shangenis de Holanda Gama 
Curso: Medicina 4° período
Doscente: Lilian Cristhian Ferreira dos Santos Rocha
Semana 12: Parto 
1- Quais os objetivos / propostas da avaliação inicial (primeira etapa do trabalho de parto) da gestante em trabalho do parto?
O objetivo de se realizar um bom manejo na fase primária do trabalho de parto é que com ela conseguimos evitar a internação da mulher até que ela esteja em uma fase ativa do trabalho de parto. Dessa forma, diminuem-se as intervenções sem necessidade e as complicações decorrentes dessas inúmeras intervenções.
Nesse sentido, o partograma só começa a ser preenchido no momento que a dilatação da paciente está superior à 3 cm, onde se inicia a fase ativa do trabalho de parto.
2- Qual a propedêutica recomendada nesta etapa?
Posteriormente ao exame clínico e obstétrico detalhado, deve-se manter a paciente em observação por algumas horas para avaliar a evolução do trabalho de parto. A priori, deve ser realizada a internação. E deve-se destacar a coleta dos sinais vitais (pressão arterial, pulso, temperatura e FC) que é de suma importância para a conduta médica junto com a ausculta do feto. 
A partir disso, faz-se o exame obstétrico com as 4 manobras de Leopold em especial a quarta manobra para observar se o bebê já se encontra cefálico. Também é realizado o toque vaginal para observar características do colo uterino orientação, dilatação e apagamento. Além disso, se faz o diagnóstico da apresentação fetal: tipo, altura, atitude (flexão e sinclitismo), variedade de posição. 
Por fim, o exame pélvico é realizado a cada 2 a 3 horas a fim de se avaliar o progresso do trabalho de parto. A deficiência na dilatação e a descida da apresentação podem indicar distocia, ou seja desproporção cefalopélvica.
3- E a amniotomia? Deve ser realizada?
Esta é indicada mais como um método de indução de parto e também é recomendado na presença de gestação a termo e estando o colo favorável e amadurecido com apresentação cefálica insinuada.
4- A gestante nesta etapa pode se alimentar? Quais as condições?
 	Em caso de cesárea agendada, a gestante deve ficar em jejum ou apenas se alimentar com líquidos por pelo menos12 horas, em média, antes do processo cirúrgico.
Por outro lado, em casos de partos normais a alimentação leve é liberada desde que não haja risco de aspiração. Entre os fatores de risco para a aspiração estão a eclâmpsia, a pré-eclâmpsia, a obesidade e o uso de medicamentos para diminuir a dor, que tornam mais lento o processo de esvaziamento do estômago. Para quem se encaixa em qualquer um desses grupos, portanto, o recomendado não é se alimentar durante todo esse período, a fim de evitar complicações. 
5- Devemos utilizar quimioprofilaxia com antibióticos sistêmicos?
Em relação a esta conduta, o uso de antibióticos profiláticos é indicado para as situações em que o parto não é iminente e quando a maturação pulmonar fetal não está bem documentada. Nesse sentido, é recomendado o rastreio para estreptococo do grupo B (GBS) na admissão e iniciar um ciclo de dias de ampicilina venosa associada à eritromicina ou azitromicina, seguido por cinco dias de amoxicilina.
Relação teórico prática. 
É de suma importância para a pratica médica, principalmente para os médicos obstetras conhecer as implicações que um processo de parto pode trazer e estar atento para intervir da maneira mais eficaz a fim de evitar complicações e mortes tanto do bebê quanto da mãe. Além disso, conhecer essas implicações pode evitar internações desnecessárias previamente e evitar e até mesmo possíveis violências obstétricas. 
Referências bibliográficas 
LEAL, Maria do Carmo et al. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Cadernos de Saúde Pública, v. 30, p. S17-S32, 2014.
FOGAÇA, Vanessa Dias; SCHNECK, Camilla Alexsandra; RIESCO, Maria Luiza Gonzalez. Intervenções obstétricas no trabalho de parto em mulheres submetidas à cesariana. Cogitare Enfermagem, v. 12, n. 3, 2007.
JÚNIOR, Mário Dias Corrêa; DO CARMO PATRÍCIO, Evilane; FÉLIX, Lara Rodrigues. Intervenções obstétricas no parto pré-termo: revisão da literatura e atualização terapêutica. Rev Med Minas Gerais, v. 23, n. 3, p. 323-329, 2013.
CASTILHOS, Fernanda Oliveira. Uso rotineiro de antibiótico em pacientes com ruptura prematura das membranas e conduta conservadora. 2021.

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