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1 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA CÁLCULO DE REATORES 2 APOSTILA 2 MÉTODO DE RUNGE-KUTTA APLICADO A REATORES QUÍMICOS Prof. Dr. Murilo Daniel de Mello Innocentini Curso de Engenharia Química Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5681181471077426 RIBEIRÃO PRETO - SP AGOSTO - 2015 2 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini 1. Introdução Existem diversos tipos de sistemas em Engenharia Química que podem ser representados por problemas de valor inicial. Um reator em batelada pode ser descrito a partir das concentrações em um instante de tempo (tipicamente t = 0) e das equações de balanço material e de energia. Um problema típico consiste em determinar o tempo necessário para se obter uma dada concentração de produto. A variável independente tempo (t) aparece freqüentemente em problemas deste tipo. Outras variáveis podem ser utilizadas; um exemplo é a determinação do perfil de temperatura T = f(z) ao longo de um trocador de calor, que pode ser feita a partir da temperatura de entrada (em z = 0) e das equações de transferência de calor. Neste caso, a variável independente é a posição ao longo do eixo do trocador de calor. Um exemplo extremamente simples de um problema de valor inicial é )y,t(f dt dy (1) Com condição inicial: t = 0 y = yo Em aplicações práticas, muitas vezes necessitamos de mais de uma variável para descrever o sistema. Muitos sistemas em Engenharia Química podem ser descritos por sistemas de equações diferenciais do tipo: )t,...z,y,x(f dt dx (2) )t,...z,y,x(g dt dy (3) )t,...z,y,x(w dt dz (4) Com condição inicial: t = 0 x = xo, y = yo, z = zo, ... Observe que, em sistemas com condição inicial em t = to diferente de zero, basta efetuar a mudança de variável = t-to para obter a condição inicial em = 0. Dentre os métodos para a resolução numérica de uma integral, o método de Runge- Kutta tem a vantagem de ser relativamente simples e de dar resultados mais precisos do que outros métodos. Embora as demonstrações não sejam realizadas aqui, sugere-se a leitura de material didático específico para a compreensão do método (Moderna Introdução às Equações Diferenciais, Richard Bronson, Coleção Schaum, McGraw-Hill, 1977, pg. 285). 3 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini Figura 1. representação gráfica do método de Runge-Kutta de 4ª ordem. Em cada passo a derivada é calculada 4 vezes: uma vez no ponto inicial, duas vezes em pontos intermediários e uma vez em um ponto (estimado) no final. Dessas derivadas o valor da função final (mostrado na figura como um ponto preenchido) é calculado. 2. Método de Runge-Kutta de 4ª ordem para 1 equação diferencial Considere que a função derivada possa ser representada genericamente por: )y;x(f dx dy (5) sendo x a variável independente. A solução numérica para essa equação é dada por: 4321n1n kk2k2k 6 1 yy (6) sendo: )y;x(hfk nn1 (7) ) 2 k y; 2 h x(hfk 1nn2 (8) ) 2 k y; 2 h x(hfk 2nn3 (9) )ky;hx(hfk 3nn4 (10) E h é o intervalo (passo) na variável independente x: hxx n1n (11) 4 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini As equações (6) a (11) são aplicadas quantas vezes necessárias para a obtenção da resposta. Exemplo 1: considere a seguinte função: 2xy dx dy , com condição inicial: x = 0 y = 1. Determine graficamente a solução y x no intervalo x entre 0 e 1. Compare com a solução analítica. Use passo h = 0,2. Resolução: Neste caso: 2xy)y;x(f , com xo = 0 e yo = 1. Pelas equações (7) a (11): Para xo = 0 e yo = 1: 0)1)(0)(2,0()1;0(hf)y;x(hfk 2oo1 02,0)1)(1,0)(2,0()1;1,0(hf) 2 0 1; 2 2,0 0(hf) 2 k y; 2 h x(hfk 21oo2 020402,0)01,1)(1,0)(2,0()01,1;1,0(hf) 2 02,0 1; 2 2,0 0(hf) 2 k y; 2 h x(hfk 22oo3 042,0)0204,1)(2,0)(2,0()0204,1;2,0(hf)0204,01;2,00(hf)ky;hx(hfk 23oo4 4321o1o kk2k2k 6 1 yy 042,0)0204,0(2)02,0(20 6 1 1y1 020,1y1 hxx o1o 2,00x1 2,0x1 Repetindo os cálculos: xo= 0 x1= 0.2 x3= 0.4 x4= 0.6 x5= 0.8 yo= 1.000 y1= 1.020 y3= 1.087 y4= 1.220 y5= 1.471 k1= 0.000 k1= 0.042 k1= 0.095 k1= 0.178 k1= 0.346 k2= 0.020 k2= 0.065 k2= 0.129 k2= 0.240 k2= 0.486 k3= 0.020 k3= 0.067 k3= 0.133 k3= 0.251 k3= 0.529 k4= 0.042 k4= 0.095 k4= 0.178 k4= 0.346 k4= 0.799 x1= 0.2 x2= 0.4 x4= 0.6 x5= 0.8 x6= 1 y1= 1.020 y2= 1.087 y4= 1.220 y5= 1.471 y6= 2.000 5 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini A solução analítica para esse problema é dada por: 2xy dx dy xdx y dy 2 x x y y 2 oo xdx y dy 2 x 2 x y 1 y 1 2 o 2 o 2 x 2 x y 1 1 y 2 o 2 o 2 0 2 x 1 1 1 y 22 2x2 2 y Comparando as soluções numérica e analítica: x y num y ana Erro (%) 0.0 1.000 1.000 0.0000 0.2 1.020 1.020 0.0400 0.4 1.087 1.087 -0.0040 0.6 1.220 1.220 -0.0400 0.8 1.471 1.471 -0.0280 1.0 2.000 2.000 0.0000 0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 x y Numérico Analítico 3. Método de Runge-Kutta de 4ª ordem para sistema de 2 equações diferenciais Considere o seguinte sistema de equações diferenciais: )z;y;x(g dx dz )z;y;x(f dx dy (12) onde x é a variável independente. 6 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini A solução numérica para esse sistema é dada por: 4321n1n kk2k2k 6 1 yy (13) 4321n1n ll2l2l 6 1 zz (14) sendo: )z;y;x(hfk nnn1 (15) )z;y;x(hgl nnn1 (16) ) 2 l z; 2 k y; 2 h x(hfk 1n 1 nn2 (17) ) 2 l z; 2 k y; 2 h x(hgl 1n 1 nn2 (18) ) 2 l z; 2 k y; 2 h x(hfk 2n 2 nn3 (19) ) 2 l z; 2 k y; 2 h x(hgl 2n 2 nn3 (20) )lz;ky;hx(hfk 3n3nn4 (21) )lz;ky;hx(hgl 3n3nn4 (22) E h é o intervalo (passo) na variável independente x: hxx n1n (23) As equações (13) a (23) são aplicadas quantas vezes necessárias para a obtenção da resposta. Exemplo 2: considere o seguinte sistema de equações diferenciais: xz2 dx dy 2x6 dx dz com condição inicial: x = 0 y = 0 e z = 2. Determine a solução y x e z x no intervalo x entre 0 e 1. Compare com a solução analítica. Use passo h = 0,1. 7 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini Resolução: Neste caso: xz2)z;y;x(f e 2x6)z;y;x(g com xo = 0; yo = 0; zo = 2. Pelas equações (13) a (23): Para xo = 0, yo = 0 e zo = 2: 0)2)(0)(1,0()2;0;0(hf)z;y;x(hfkooo1 0)0(6)1,0()2;0;0(hg)z;y;x(hgl 2ooo1 02,0)2)(05,0(2)1,0()2;0;05,0(hf) 2 0 2; 2 0 0; 2 1,0 0(hf) 2 l z; 2 k y; 2 h x(hfk 1o 1 oo2 0015,0)05,0(6)1,0()2;0;05,0(hg) 2 0 2; 2 0 0; 2 1,0 0(hg) 2 l z; 2 k y; 2 h x(hgl 21o 1 oo2 )00075,2;01,0;05,0(hf) 2 0015,0 2; 2 02,0 0; 2 1,0 0(hf) 2 l z; 2 k y; 2 h x(hfk 2o 2 oo3 02,0)00075,2)(05,0(2)1,0(k3 )00075,2;01,0;05,0(hg) 2 0015,0 2; 2 02,0 0; 2 1,0 0(hg) 2 l z; 2 k y; 2 h x(hgl 2o 2 oo3 0015,0)05,0(6)1,0(l 23 )0015,2;02,0;1,0(hf)0015,02;02,00;1,00(hf)lz;ky;hx(hfk 3o3oo4 04,0)0015,2)(1,0(2)1,0(k 4 )0015,2;02,0;1,0(hg)0015,02;02,00;1,00(hg)lz;ky;hx(hgl 3o3oo4 006,0)1,0(6)1,0(l 24 8 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini 4321o1o kk2k2k 6 1 yy 04,0)02,0(2)02,0(20 6 1 0y1 02,0y1 4321o1o ll2l2l 6 1 zz 006,0)0015,0(2)0015,0(20 6 1 2z1 002,2z1 hxx o1o 1,00x1 1,0x1 Repetindo os cálculos: xo= 0 x1= 0.1 x2= 0.2 x3= 0.3 x4= 0.4 x5= 0.5 x6= 0.6 x7= 0.7 x8= 0.8 x9= 0.9 yo= 0.000 y1= 0.020 y2= 0.080 y3= 0.182 y4= 0.327 y5= 0.523 y6= 0.779 y7= 1.108 y8= 1.531 y9= 2.075 zo= 2.000 z1= 2.002 z2= 2.016 z3= 2.054 z4= 2.128 z5= 2.25 z6= 2.432 z7= 2.686 z8= 3.024 z9= 3.458 k1= 0.0000 k1= 0.0400 k1= 0.0806 k1= 0.1232 k1= 0.1702 k1= 0.2250 k1= 0.2918 k1= 0.3760 k1= 0.4838 k1= 0.6224 l1= 0.0000 l1= 0.0060 l1= 0.0240 l1= 0.0540 l1= 0.0960 l1= 0.1500 l1= 0.2160 l1= 0.2940 l1= 0.3840 l1= 0.4860 k2= 0.0200 k2= 0.0602 k2= 0.1014 k2= 0.1457 k2= 0.1958 k2= 0.2558 k2= 0.3302 k2= 0.4250 k2= 0.5467 k2= 0.7032 l2= 0.0015 l2= 0.0135 l2= 0.0375 l2= 0.0735 l2= 0.1215 l2= 0.1815 l2= 0.2535 l2= 0.3375 l2= 0.4335 l2= 0.5415 k3= 0.0200 k3= 0.0603 k3= 0.1017 k3= 0.1464 k3= 0.1970 k3= 0.2575 k3= 0.3326 k3= 0.4282 k3= 0.5509 k3= 0.7085 l3= 0.0015 l3= 0.0135 l3= 0.0375 l3= 0.0735 l3= 0.1215 l3= 0.1815 l3= 0.2535 l3= 0.3375 l3= 0.4335 l3= 0.5415 k4= 0.0400 k4= 0.0804 k4= 0.1221 k4= 0.1673 k4= 0.2189 k4= 0.2809 k4= 0.3582 k4= 0.4568 k4= 0.5833 k4= 0.7458 l4= 0.0060 l4= 0.0240 l4= 0.0540 l4= 0.0960 l4= 0.1500 l4= 0.2160 l4= 0.2940 l4= 0.3840 l4= 0.4860 l4= 0.6000 x1= 0.1 x2= 0.2 x3= 0.3 x4= 0.4 x5= 0.5 x6= 0.6 x7= 0.7 x8= 0.8 x9= 0.9 x10= 1.0 y1= 0.020 y2= 0.080 y3= 0.182 y4= 0.327 y5= 0.523 y6= 0.779 y7= 1.108 y8= 1.531 y9= 2.075 y10= 2.773 z1= 2.002 z2= 2.016 z3= 2.054 z4= 2.128 z5= 2.250 z6= 2.432 z7= 2.686 z8= 3.024 z9= 3.458 z10= 4.000 A solução analítica para esse sistema é dada por: 2x6 dx dz dxx6dz 2 x x 2 z z oo dxx6dz 3 x 3 x 6zz 3 o 3 o 3 0 3 x 62z 33 2x2z 3 xz2 dx dy )2x2(x2 dx dy 3 x4x4 dx dy 4 dxx4x4dy 4 x x 4 y y oo dxx4x4dy 9 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini 2 x 5 x 2 x 5 x 4yy 2 o 5 o 25 o 2 0 5 0 2 x 5 x 40y 2525 2 x 5 x 4y 25 25 x2x8,0y Comparando as soluções numérica e analítica: x y num z num y ana z ana Erro y (%)Erro z (%) 0.00 0.0000 2.0000 0.0000 2.0000 0.000 0 0.10 0.0200 2.002 0.0200 2.002 0.015 0 0.20 0.0802 2.016 0.0803 2.016 0.060 2E-14 0.30 0.1817 2.054 0.1819 2.054 0.130 2E-14 0.40 0.3275 2.128 0.3282 2.128 0.222 4E-14 0.50 0.5233 2.250 0.5250 2.250 0.331 0 0.60 0.7787 2.432 0.7822 2.432 0.455 4E-14 0.70 1.1079 2.686 1.1145 2.686 0.584 3E-14 0.80 1.5311 3.024 1.5421 3.024 0.714 3E-14 0.90 2.0749 3.458 2.0924 3.458 0.837 3E-14 1.00 2.7735 4.000 2.8000 4.000 0.948 0 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 x y 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 z analítico numérico 10 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini 4. Método de Runge-Kutta de 4ª ordem para sistema de 3 equações diferenciais Considere o seguinte sistema de equações diferenciais: )w;z;y;x(j dx dw )w;z;y;x(g dx dz )w;z;y;x(f dx dy (24) onde x é a variável independente. A solução numérica para esse sistema é dada por: 4321n1n kk2k2k 6 1 yy (25) 4321n1n ll2l2l 6 1 zz (26) 4321n1n mm2m2m 6 1 ww (27) onde: )w;z;y;x(hfk nnnn1 (28) )w;z;y;x(hgl nnnn1 (29) )w;z;y;x(hjm nnnn1 (30) ) 2 m w; 2 l z; 2 k y; 2 h x(hfk 1n 1 n 1 nn2 (31) ) 2 m w; 2 l z; 2 k y; 2 h x(hgl 1n 1 n 1 nn2 (32) ) 2 m w; 2 l z; 2 k y; 2 h x(hjm 1n 1 n 1 nn2 (33) ) 2 m w; 2 l z; 2 k y; 2 h x(hfk 2n 2 n 2 nn3 (34) ) 2 m w; 2 l z; 2 k y; 2 h x(hgl 2n 2 n 2 nn3 (35) ) 2 m w; 2 l z; 2 k y; 2 h x(hjm 2n 2 n 2 nn3 (36) )mw;lz;ky;hx(hfk 3n3n3nn4 (37) )mw;lz;ky;hx(hgl 3n3n3nn4 (38) )mw;lz;ky;hx(hjm 3n3n3nn4 (39) E h é o intervalo (passo) na variável independente x: 11 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini hxx n1n (40) As equações (24) a (40) são aplicadas quantas vezes necessárias para a obtenção da resposta. Exemplo 3: A reação irreversível em fase líquida elementar 2 A B deve ser realizada em um reator descontínuo de volume útil 20 litros. Se o reator for carregado com uma solução 3 M do reagente A puro, então qual será a concentração após 20 minutos? Compare as soluções numérica e analítica. Considere que a constante de velocidade para essa reação é k2 = 0,1 L/mol.min. Resolução: Para essa situação: equação do reator: )r( dt dC A A (1.1) equação da reação: 2 A2A Ck)r( (1.2) de (1.1) e (1.2): 2 A2 A Ck dt dC 2 A2 A Ck dt dC (1.3) com condição inicial: t = 0 CA = CAo = 3 M 12 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini Método numérico: fazendo x = t e y = CA e substituindo o valor de k2 temos em (1.3): 2y1,0 dx dy com condição inicial: x = 0 y = 3 Aplicando o método de Runge-Kutta de 4ª ordem (para 1 equação diferencial) com passo h = 0,2 min, temos como exemplo as 5 primeiras iterações: xo= 0 x1= 0.2 x3= 0.4 x4= 0.6 x5= 0.8 yo= 3.000 y1= 2.830 y3= 2.679 y4= 2.542 y5= 2.419 k1= -0.180 k1= -0.160 k1= -0.143 k1= -0.129 k1= -0.117 k2= -0.169 k2= -0.151 k2= -0.136 k2= -0.123 k2= -0.111 k3= -0.170 k3= -0.152 k3= -0.136 k3= -0.123 k3= -0.112 k4= -0.160 k4= -0.143 k4= -0.129 k4= -0.117 k4= -0.107 x1= 0.2 x2= 0.4 x4= 0.6 x5= 0.8x6= 1.0 y1= 2.830 y2= 2.679 y4= 2.542 y5= 2.419 y6= 2.308 O valor de CA para t = 20 min é, de acordo com o método numérico: CA = 0,429 M. Método analítico: Pela equação (1.3): 2 A2 A Ck dt dC dtk C dC 22 A A t 0 2 C C 2 A A dtk C dCA Ao tk C 1 C 1 2 AoA Ao 2 A C 1 tk 1 C 3 1 t1,0 1 CA 13 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini Para t = 20 min: 3 1 )20(1,0 1 CA M429,0CA A figura a seguir apresenta a concordância excepcional entre os perfis de concentração em função do tempo para os métodos de resolução analítico e numérico. 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 0 5 10 15 20 25 30 Tempo (min) Co nc en tra çã o, CA (M ) Numérico Analítico 14 Cálculo de Reatores 2 –UNAERP - Prof. Murilo D.M. Innocentini Lista de exercícios 1) A reação irreversível de segunda ordem 2 A B + C é realizada isotermicamente em um reator batelada (BSTR). 20 litros de uma solução contendo 40 moles de reagente A puro são alimentados no reator. Sabendo-se que a constante de velocidade da reação é k2 = 0,5 L/mol.min, determine por método numérico a concentração do reagente A no reator após 15 minutos. Compare a solução com aquela obtida analiticamente. 2) Deseja-se realizar a reação irreversível elementar A + B C em um reator semi-batelada. Uma solução de 10 litros do reagente A em concentração 2 molar deverá ser inicialmente introduzida no reator. Na seqüência, o reagente B será alimentado, de modo contínuo e lento no reator, em uma vazão de 100 mL/min, correspondendo a uma vazão molar de B de 1 mol/min durante 20 minutos. Após esse período de alimentação, o reator é mantido sob agitação durante outros 20 minutos. Determine o perfil de concentração de A e de B no reator durante os 40 minutos de reação. Compare esse perfil com aquele caso todos os reagentes fossem alimentados de uma vez só no reator (operação em batelada pura). Considere que a constante de velocidade é dada por: k2 = 0,3 L/mol.min. Use passo para resolução numérica h = 0,5 min. 3) A produção de brometo de metila (CH3Br) ocorre pela reação irreversível elementar em fase líquida: CNBr + CH3NH2 CH3Br + NCNH2, que é realizada em um reator semi- batelada. Uma solução aquosa de metil amina (CH3NH2) em concentração de 0,025 mol/L deve ser alimentada em vazão de 0,05 L/s em uma solução aquosa de CNBr contido em um reator de vidro. O volume inicial do fluido no recipiente é de 5 L com CNBr em concentração de 0,05 mol/L. A constante de velocidade da reação é k2 = 2,2 L/mol.s. Pede-se: a) Obtenha os perfis de número de moles de reagentes e produtos (NA, NB, NC e ND) no reator em função do tempo (400 segundos). b) Obtenha os perfis de concentração de reagentes e produtos (CA, CB, CC e CD) no reator em função do tempo (400 segundos). c) Obtenha o perfil de grau de conversão (xA) do reagente CNBr no reator em função do tempo (400 segundos). d) Obtenha o perfil de taxa de reação (-rA) no reator em função do tempo (400 segundos). Utilize o método de Runge-Kutta com passo h = 5 s. Pode ser utilizada programação FORTRAN, BASIC, C++, PASCAL ou planilha Excel. Apresente todos os gráficos separadamente em planilha Excel.