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AVA 2 Literatura Afro-brasileira e Indígena

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Disciplina: Literatura Afro-brasileira e Indígena 
Aluno: Bruna Carvalho da Cunha 
Matrícula: 20191302632 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2022 
 
Plano – I Semana Cultural Africana: África sem estereótipos. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
 
A cultura africana é vasta e diversificada, e por meio de uma história milenar, é 
capaz de contar a história de toda a humanidade. Também é dotada de uma enorme 
riqueza imaterial, fator que se explica tanto pela diversidade de etnias presentes 
na África quanto pela influência de povos do Oriente Médio e europeus que tiveram 
contato com os africanos ao longo da história. A combinação dos fatores migratórios, da 
colonização europeia e da diversidade étnica no interior do continente, fez com que a 
África seja atualmente um continente em que se fala vários idiomas e cultua-se 
várias religiões e que se caracteriza por ser pluricultural. 
A média de conteúdo dedicado ao estudo da África no Brasil, são apenas duas 
páginas para cada livro de história, isso em um país onde mais de 50% da população é 
negra e cuja cultura foi totalmente influenciada pela africana. 
O fato de compreender a importância da cultura africana na constituição da 
sociedade brasileira, não permitiu a evolução dos pensamentos atuais, visto que, a 
repercussão nas escolas e espaços sociais não procuram enfatizar o legado deixado por 
esses povos. Ainda é tratada de forma inferior às demais etnias, deixando a impressão de 
desfavorecidos, indefesos, inúteis, descartáveis 
A Cultura Africana inserida no currículo escolar deve-se a um processo construtivo 
e reflexivo, decorrentes de reflexões e constantes aprendizados que firmem na 
transformação social, contemplando um avanço significativo ao nortear práticas 
educativas que promovem a importância de reconhecer-se nos conteúdos apresentados. 
O estudo sobre a África no sistema escolar busca “revalorizar a história e culturas 
africanas e afro-brasileiras como forma de construção de uma identidade positiva” 
(NUNES, Pereira, 2008, p.254). 
OBJETIVO: O objetivo desse projeto é, apresentar o continente africano, sua 
grande biodiversidade, assim como sua extensa diversidade cultural, étnica, religiosa e 
política. Desconstruir os estereótipos criados sobre o continente africano e compreender 
a cultura africana como elemento construtivo da sociedade brasileira, além de analisar 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/africa-continente.htm
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/etnia.htm
https://brasilescola.uol.com.br/religiao/
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-biodiversidade.htm
como o ensino histórico pode evidenciar formas e estimas que ampliem o conhecimento 
proposto, na identificação de outras etnias, costumes e vivências, proporcionando a 
revalorização cultural. 
 
ATIVIDADES A SEREM REALIZADAS 
Essa semana cultural foi pensada com um total de cinco dias, por entender que essa 
cultura rica precisa ser conhecida e ter um melhor aprofundamento, o que não poderia 
acontecer em apenas um dia ou uma única aula. Todos esses eventos podem ser 
trabalhados individualmente e aprofundados de acordo com a necessidade de cada escola. 
E por ter sido construído em cinco etapas, eles poderão ser trabalhados não 
necessariamente em uma única semana, mas em dias alternados ou com maior espaço de 
tempo entre eles. 
 
1° dia 
No primeiro dia será realizado um bate-papo com o tema “África sem estereótipos”, 
com intuito de desmistificar os estereótipos negativos sobre a África como, fome, 
pobreza, passividade, guerras etc., além de fazê-los enxergar a África muito além dos 
clichês preconcebidos e empobrecidos. Pode-se iniciar o bate-papo com o 
questionamento: “o que é África para você? “. 
Além do estereótipo negativo, também há uma romantização de uma África 
tradicional, parada no tempo. O objetivo do bate-papo também será preencher essa lacuna 
de informação e revelar as Áfricas inspiradoras, contemporâneas, fora dos estereótipos. 
E isso inclui tecnologia, sustentabilidade, inovação, arte contemporânea etc. 
2° dia 
O segundo dia será destinado ao “Litera África”, que será desenvolvido no modelo 
de feia literária, onde os alunos terão contato com literaturas que retratam a cultura 
africana e que despertam a consciência negra, além de conhecer importantes autores de 
literatura Afro-brasileira que abordam a questão. Haverá um cantinho onde eles poderão 
se sentar, ler e interagir com os livros. Também poderá ser feito uma pequena palestra 
sobre a extensa diversidade cultural e racial existente no Brasil. 
3° dia 
 No terceiro dia haverá a “Feira Cultural Africana” destinada a exposição de roupas, 
acessórios, máscaras, jogos, instrumentos musicais entre outros objetos da cultura 
africana. Eles poderão experimentar e interagir com tudo, e ao lado de cada item deverá 
contar legendas e explicações sobre a origem, materiais usados para a confecção, para 
que eles são utilizados e de que região eles vieram. Deverão ser expostos também, itens 
brasileiros que foram trazidos/inspirados na cultura africana para que os alunos possam 
conhecer. 
4° dia 
Na gastronomia brasileira, a presença africana é marcante e está no sabor da 
feijoada, baião de dois, acarajé, cuscuz, angu, mas também nos temperos secretos, nas 
receitas particulares, nos hábitos gastronômicos e nos pequenos detalhes dos costumes 
cotidianos na cozinha dos cidadãos brasileiros. Nesse sentido, no quarto dia, será 
organizado uma degustação de comidas que foram trazidas/ adaptadas pelo povo africano 
e introduzidas na culinária do nosso país. É importante que seja passado a eles a origem 
e em qual contexto elas foram trazidas para cá. 
Ex: Na Bahia, eles introduziram o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o 
azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o 
vatapá, o caruru e o acarajé. 
5° dia 
Ao pensar em artes, sabemos que o legado de África está no samba criado na casa 
das tias baianas radicadas no Rio de Janeiro, no frevo que desce as ruas de Olinda e no 
berimbau, estrela maior da capoeira. Mas está também além. Está na melodia da MPB, 
nas religiões, na culinária, no idioma, na literatura etc. 
Nesse sentido, no quinto e último dia será realizado um festival artístico, onde os 
próprios alunos poderão apresentar, músicas, danças, peças, poesias, pinturas ou qualquer 
manifestação artística que seja inspirado na cultura africana e nos conhecimentos 
adquiridos ao longo da semana. Uma ideia interessante, seria convidar um grupo artístico 
profissional, para que faça uma apresentação/ exposição para os alunos. 
 
Obs: É importante que alguns desses eventos sejam abertos ao público e possam ser 
contemplados principalmente pelos pais dos alunos. 
 
CONCLUSÃO 
 
Refletir sobre a trajetória histórica da cultura africana, é constante desconstrução 
dos “pré-conceitos”, onde a compreensão dos conteúdos possa reafirmar a necessidade 
de pertencer, como também representar a cultura africana, garantindo assim a promoção 
educacional, diminuindo as violências e o “apartheid” resistente em nossa sociedade. 
O diálogo, fundamental para a concretização dos ideais, é o que impulsiona o ser 
humano a praticar sua criticidade, refletindo o fator existencial e suas relações reais com 
o outro. Compreende-se que apresentar ao estudante a realidade, permite analisar de 
forma simples e suave, os conhecimentos propostos. 
Apropriar-se dos conhecimentos que a Cultura Afro Brasileira transmite, contribui 
para o respeito e valorização dos direitos da população negra. A garantia de ampliar novas 
discussões que levem a mudança social, que alcancem uma postura fortalecida por meio 
das reflexões e resistências. 
Uma educação de qualidade deve renovar o compromisso de crer em novas 
perspectivas, esperançar ideais e conectar-se a formação individual e social almejando“[…] contribuir para conquistar um mundo mais seguro, mais sadio, mais próspero e 
ambientalmente mais puro, e que, ao mesmo tempo, favoreça o progresso social, 
econômico e cultural, a tolerância e a cooperação internacional” (UNESCO, 1990, p. 2) 
 
 
REFERÊNCIAS: 
CANDAU, V. M. Multiculturalismo e educação: desafios para a prática 
pedagógica. In: MOREIRA, A. F.; CANDAU, V. M. Multiculturalismo: diferenças 
culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis: Vozes, 2008 
NUNES PEREIRA, Luena Nascimento. O ensino e a pesquisa sobre a África no Brasil 
e a Lei 10.639. Em publicacion: Los estúdios afroamericanos y africanos em Ámérica 
Latina: herencia, presencia y visiones Del outro. Lechini, Gladys Centro de Estudios 
Avanzados, Programa de Estudios Africanos. Córdoba; CLACSO, Consejo 
Latinoamericano de Ciências sociales, Buenos Aires, 2008, p. 253-273 
PAIVA, Thais. África sem estereótipos. Carta capital. 2017 Disponível em: 
https://www.cartacapital.com.br/educacao/africa-sem-estereotipos/ Acesso em: 25 de 
março de 2022 
PORFíRIO, Francisco. "Cultura africana"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/cultura/cultura-africana.htm. Acesso em 25 de março de 
2022. 
SILVA, Ediliz Aparecida Ferreira da. A importância da cultura africana na formação 
da sociedade brasileira e suas reflexões sobre o ensino de história no ensino 
fundamental I: Estudo de caso nas escolas públicas do Estado de São Paulo. Revista 
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 07, Vol. 04, pp. 28-53. 
Julho de 2019. ISSN: 2448-0959 
UNESCO. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das 
necessidades básicas de aprendizagem Jomtien. 1990. Disponível em: 
<http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf>. Acesso em: 25 de 
março de 2022. 
 
https://www.cartacapital.com.br/educacao/africa-sem-estereotipos/

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