Prévia do material em texto
PROFESSORA: GRAZIELA BORGUIGNON MOTA CURSO: LETRAS PORTUGUES LITERATURA ALUNA: BRUNA CARVALHO DA CUNHA DISCIPLINA: LINGUÍSTICA APLICADA MATRICULA: 20191302632 RIO DE JANEIRO 2020 INTRODUÇÃO Ao falarmos sobre o campo da Linguística Aplicada, automaticamente a relacionamos com diversas áreas do conhecimento, já que essa especialidade trata do uso da língua em diversas situações, desde o estudo da mesma com base em diversas teorias até a sua aplicabilidade em diferentes contextos sociais. Nesse sentido, a LA tem como objetivo identificar, investigar e buscar soluções para problemas relacionados à linguagem na vida real. Já o Letramento simplesmente é ao ato de se ensinar e aprender as práticas sociais da leitura e da escrita, e isso só ocorre quando há o contato com vários tipos de linguagem tanto escritas quanto orais. Nesta perspectiva, Marcuschi (2001,25) diz que “ letrado é o indivíduo que participa de forma significativa de eventos de letramento e não apenas aquele que faz uso formal da escrita”. Percebemos, então que os estudo de letramento se relacionam muito bem com as investigações da LA, pois também apresenta a preocupação com as práticas sociais, sem focar em questões que não acrescentam no cotidiano. A partir disso entendemos a importância de se trabalhar o letramento com as crianças no ensino fundamental, para que se crie liberdade de expressão e que possam experimentar diversas linguagens. De acordo com os conceitos descritos, apresentamos um projeto a ser realizado na “escola municipal Alexandre Silva”, com a turma do nono ano do ensino fundamental, com o tema “ Letramentos: Oralidade, tecnologia e inclusão”. DESENVOLVIMENTO Objetiva-se implementar uma atividade em sala de aula que atue como processo de letramento através do uso da tecnologia, com a participação de alunos surdos (3 alunos) e a interação dos mesmos com os alunos ouvintes (27 alunos), sem que haja perda de aprendizagem por nenhum dos grupos. A atividade proposta será a de introduzir em sala de aula o computador, já acessado fora desse ambiente pelas crianças, mas dessa vez de uma forma diferente. Será colocado tecnologia a disposição das crianças a fim de mostrar e exemplificar através dessa ferramenta os diversos tipos de textos em seus inúmeros contextos sociais. Sabemos que os livros didáticos são limitados nesse sentido, e é preciso que eles tenham maior contato com o mundo para conhecer e reconhecer outros contextos comunicativos, nesse sentido a tecnologia tem seu efeito positivo, pois em poucos minutos pode-se mostrar vídeos, diferentes gêneros textuais e fazê-los reconhecer e identificar essa diversidade em seu cotidiano, transformando-os em indivíduos letrados e não só alfabetizados. Nesse sentido entramos no que chamamos de letramento digital que para Soares (2002, p.151) “(...) é um certo estado ou condição que adquirem os que se apropriam da nova tecnologia digital e exercem práticas de leitura e de escrita na tela, diferente do estado ou condição do letramento dos que exercem práticas de leitura e de escrita no papel”. Por último e não menos importante usaremos a tecnologia como forma de inclusão aos alunos surdos. Sabemos que o ambiente escolar não só pode como dever ser ambiente de ressocialização, com a integração desses alunos e de outros com deficiências. Isso pode ser feito através de ferramentas e recursos tecnológicos, que valorizem a sua identidade, respeite suas especificidades e desenvolva um indivíduo crítico e consciente da sua posição na sociedade. Além de tudo isso a tecnologia possui o poder de inclusão, e nela há espaço para todos os grupos sociais e minorias, incluindo deficientes auditivos, alvo do projeto proposto. Nesse sentido entramos no que chamamos de letramento digital que para Soares (2002, p.151) “(...) é um certo estado ou condição que adquirem os que se apropriam da nova tecnologia digital e exercem práticas de leitura e de escrita na tela, diferente do estado ou condição do letramento dos que exercem práticas de leitura e de escrita no papel”. CONCLUSÃO A partir da aplicação desse projeto, espera-se a formação de alunos não só alfabetizados, mas também letrados. Que através da mediação do professor eles possam entender a parte social da leitura e escrita, criando total autonomia e entendimento sobre o mundo que os cerca. Além disso espera-se também que se entenda diversos contextos sociais, com o objetivo de diminuir preconceitos. A inclusão também deve ser estimulada pelos professores, através do entendimento da importância da mesma. E por fim, deve-se aprender a utilizar cada vez mais a tecnologia afim de obter resultados em diversos contextos educacionais, extinguindo qualquer visão limitadora e retrógrada de aprendizagem, criando, assim novas possibilidades de acesso ao conhecimento. REFERÊNCIAS: KLEIMAN, Ângela B. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001 MARIA, Ana. Os estudos de Letramento no âmbito da Linguística Aplicada: diálogos que se entrelaçam. XVII CONGRESO INTERNACIONAL ASOCIACIÓN DE LINGÜÍSTICA Y FILOLOGÍA DE AMÉRICA LATINA (ALFAL 2014) João Pessoa - Paraíba, Brasil SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educação e Sociedade, Campinas: CEDES, v. 23, n. 81, p. 143-160, 2002 SOUZA, Edilson. Letramento na educação infantil: cuidar ou educar? https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/letramento-na-educacao-infantil- cuidar-ou-educar.htm Acesso em: 17/09/2020 ORISVALDO, José. Linguística Aplicada Contextualizada. Encontrado em: https://www.passeidireto.com/arquivo/58420651/l-inguistica-aplicada-contextualizada Acesso em: 17/09/2020 https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/letramento-na-educacao-infantil-cuidar-ou-educar.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/letramento-na-educacao-infantil-cuidar-ou-educar.htm https://www.passeidireto.com/arquivo/58420651/l-inguistica-aplicada-contextualizada