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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Pró-Reitoria de Educação Continuada
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão
Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946.
Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012.
SEMINÁRIO II - ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
Relator: FERNANDO FERREIRA – RA00304307
Questões para discussão em sala:
1. Efetue, de forma fundamentada, proposta de classificação jurídica dos tributos, evidenciando os critérios classificatórios adotados (considerar o binômio hipótese de incidência / base de cálculo e o disposto no art. 167, IV, da CF/88 e no art. 4º, I e II do CTN).
R: De acordo esta, sendo definida na doutrina como Teoria Tripartite, que são consideradas espécie tributaria como impostos, taxas, e contribuição de melhoria, e o empréstimo compulsório pode assumir quaisquer dessas configurações e as contribuições são impostos ou são taxas, e nos termos do art. 4º do CTN, a natureza jurídica é determinada pelo fator gerador da obrigação, sendo tributo vinculado ou não vinculado. Por tributo Vinculado compreende-se aquele em que, para o Estado Cobrá-lo devera realizar atividade especifica voltada ao contribuinte, isto é, o sujeito passivo, caso contrário, será considerado como não vinculante. Porque o art. 167, IV, da CF, prevê expressamente a possibilidade de relevância da destinação do produto para alguns impostos tais como os previstos nos art. 158 e 159 da CF.
1. Qual espécie tributária foi instituída pela Lei nº 9.998/2000? Há inconstitucionalidades no referido Diploma Legal? 
Lei nº 9.998, de 17 de agosto de 2000.
Art. 1º Fica instituído o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust, tendo por finalidade proporcionar recursos destinados a cobrir a parcela de custo exclusivamente atribuível ao cumprimento das obrigações de universalização de serviços de telecomunicações, que não possa ser recuperada com a exploração eficiente do serviço, nos termos do disposto no inciso II do art. 81 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997.
(...)
Art. 6º Constituem receitas do Fundo:
(...)
IV – contribuição de um por cento sobre a receita operacional bruta, decorrente de prestação de serviços de telecomunicações nos regimes público e privado, excluindo-se o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS, o Programa de Integração Social – PIS e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins;
(...)
Parágrafo único. Não haverá a incidência do Fust sobre as transferências feitas de uma prestadora de serviços de telecomunicações para outra e sobre as quais já tenha havido o recolhimento por parte da prestadora que emitiu a conta ao usuário, na forma do disposto no art. 10 desta Lei.
(...)
Art. 13. As contribuições ao Fust serão devidas trinta dias após a regulamentação desta Lei.
Art. 14. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de trinta dias da sua publicação.
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
R: Trata-se de uma contribuição especial, qual seja a de intervenção no domínio econômico, haja vista que foi instituída para universalizar o uso dos serviços de telecomunicações e com isso os valores arrecadados a título dessa contribuição, devem ser utilizados exclusivamente para este fim. O referido diploma legal é inconstitucional, conforme a emenda constitucional ° 3 de 1993. É fato notório que a desvinculação do produto arrecada é incompatível com a espécie tributária da contribuição, pois os valores arrecadados a título de contribuição de vem ser aplicados para os fins que a criaram. 
3. A respeito da base de cálculo das taxas e analisando as ementas dos REs 346.695 e 503350, abaixo transcritas, responda: 
“TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA. MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE. BASE DE CÁLCULO. COINCIDÊNCIA COM A DO IPTU. ARTIGO 145 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A corte de origem deliberou sobre a correspondência entre as bases de cálculo do IPTU e da taxa de limpeza pública, mesmo não tendo se referido expressamente ao art. 145, § 2º, da Constituição Federal. Questão devidamente prequestionada. 2. A posição adotada pelo Tribunal a quo, contudo, encontra-se coerente com o decidido pelo Plenário desta Corte, que, no julgamento do RE 232.393 (Sessão de 12/08/1999) fixou entendimento no sentido de que "o fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo do IPTU - a metragem da área construída do imóvel - que é o valor do imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa base de cálculo igual à do IPTU." 3. Falta de prequestionamento do disposto no inciso II do mesmo artigo 145 da Constituição. Controvérsia referente à especificidade e divisibilidade da taxa de limpeza pública não dirimida pelo Tribunal a quo. Súmulas STF nºs 282 e 356. 4. Agravo regimental improvido”. (Ac. U. da 2º Turma do STF, RE nº 346.695 AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, julg. em 02.12.2003, publ. no em 02.12.2003, publ. No DJ de 19.12.2004, pág. 83).
RE 503350 AgR / AL – ALAGOAS - Relator(a):  Min. RICARDO LEWANDOWSKI
EMENTA: TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. TAXA DE AUTORIZAÇÃO. QUEIMADA CONTROLADA. IBAMA. PODER DE POLÍCIA. UTILIZAÇÃO DE ELEMENTOS DA BASE DE CÁLCULO PRÓPRIA DE IMPOSTOS. CONSTITUCIONALIDADE. I - Incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão atacada, sob pena de não conhecimento do recurso. Incidência da Súmula 283 do STF. II - Taxa de autorização cobrada em razão do exercício regular do poder de polícia. Precedentes. III - Constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante devido, adotem um ou mais dos elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não se verifique identidade integral entre a base de cálculo da taxa e a do imposto. IV - Agravo regimental improvido. Julgamento:  25/08/2009
a) A utilização, para o cálculo da taxa, de um elemento componente da base de cálculo de imposto, configura violação ao disposto no art. 145, II, §2º da CF/88?
R: Não configura a violação, por que estamos diante apenas de um elemento vinculante.
b) Quais os critérios jurídicos que devem ser utilizados para a conformação da mesma? Responder tratando do custo do serviço público prestado e da possibilidade ou não de serviços públicos remunerados através de taxas poderem gerar lucros ou superávits, sempre tendo em conta o binômio hipótese de incidência / base de cálculo. 
R: As bases de cálculo das taxas devem ser próprias desta espécie tributária e deve quantificar, ainda que de forma aproximada, a atividade esta tal que a justifica e não poderá lucrar e muito menos superávit.
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Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 
Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae

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